segunda-feira, 25 de abril de 2016

EM TEMPOS DE CRISE, FUNDOS DE RENDA FIXA SÃO BOAS OPÇÕES DE INVESTIMENTO

Tesouro Direto e previdência privada são alternativas para quem pode dispor de R$ 30 a R$ 100 por mês

Em tempos de crise econômica especialistas financeiros recomendam muita cautela para quem tem alguma folga no orçamento e pensa em aplicar esse dinheiro. O trabalhador que conseguiu alguma “sobra de caixa” e pretende investir no longo prazo pode diversificar e sair da tradicional caderneta de poupança, que tem oferecido retorno baixo. A orientação é de Ronaldo Guimarães, sócio do Banco Modal. De acordo com ele, fundos de renda fixa são boas opções para quem pode dispor de R$ 30 a R$ 100 por mês.
“O pequeno investidor precisa avaliar outras formas de aplicar o que sobra para sair da baixa rentabilidade da poupança”, ensina o especialista. A caderneta de poupança, que é isenta de Imposto de Renda, pode ser trocada por títulos do Tesouro Direto, Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e até em Letra de Crédito Imobiliário (LCI), tudo depende de quanto terá para investir.
Mas, o executivo adianta que qualquer investimento tem que ser feito, de acordo com o perfil da pessoa. É preciso saber também qual a finalidade da aplicação, como a compra de um imóvel ou um carro, por exemplo.
Segundo ele, neste caso uma boa alternativa é Tesouro Direto, programa de compra de títulos públicos que está atrelado à taxa básica de juros, a Selic.
Há a possibilidade de garantir aposentadoria mais tranquila e optar por planos de previdência privada, se o trabalhador estiver pensando em um prazo maior para poupar. Existem dois tipos de planos: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
O primeiro é recomendado para quem tem renda mais alta. O valor pago pode ser abatido no Imposto de Renda. Já a segunda opção não pode e é indicado para pessoas com renda menor e que, por isso, usam formulários simplificados ou isentas.

RENTABILIDADE TEM QUE SER AVALIADA


No Tesouro Direto, rendimento independente do valor aplicado
Para o consultor financeiro Alexandre Prado, o Tesouro Direto é um dos investimentos mais democráticos que existem por atender a todos os tipos de investidores e pagar os mesmos rendimentos independente do valor aplicado.
“Quem tem R$ 100 vai receber o mesmo percentual de retorno de quem aplicou R$ 100 mil ou R$ 1 milhão”, diz. É possível comprar 1% do preço unitário de um título com valor de aplicação de R$ 30. Isso faz do Tesouro Direto uma boa oportunidade para investidores que dispõem de pequenas quantias, principalmente em momentos em que a taxa de juros está elevada. “Assim, o pequeno investidor consegue formar uma poupança de longo prazo”, explica.

Atenção: são cobrados impostos com os ganhos desses títulos. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é pago apenas quando o prazo da aplicação for inferior a 30 dias. Já o Imposto de Renda é sempre obrigatório e sua alíquota é dividida em quatro faixas: 22,5% do lucro para investimentos até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais.
Quem puder guardar R$ 200 por mês, por exemplo, é recomendável uma aplicação que não tenha despesas com manutenção de conta. Uma alternativa seria, depois de juntar R$ 1 mil migrar para outros produtos que oferecem retornos financeiros com a mesma facilidade de aplicação e resgate que a poupança.
O CDB pode ser uma boa alternativa à poupança, principalmente pelo baixo risco. E tem a mesma segurança que a poupança. Os dois contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que paga até R$ 250 mil para o investidor se o banco quebrar, e o retorno chega a ser o dobro da caderneta. Alguns bancos exigem aportes de milhares de reais para a LCA e LCI, outros nem oferecem esta opção de investimento. Já outros oferecem as letras com aportes mínimos de R$ 1. Estas aplicações contam com a garantia do FGC.

Por Martha Imenes
Fonte O Dia Online