quarta-feira, 31 de maio de 2023

PARADOXO DO ADVOGADO


O paradoxo do advogado (também chamado de paradoxo de Protágoras) é um antigo problema de lógica, criado na Grécia Antiga pelo sofista Protágoras (sábio/mestre em oferecer sua sabedoria, a fim de educar interessados).

O problema consiste no seguinte:
Um professor ensina direito a um aluno, sendo que este só precisará pagar pelas aulas quando ganhar seu primeiro caso em um tribunal.
Passado muito tempo, o aluno ainda não ganhou nenhum caso no tribunal e, também, não pagou o professor, de forma que este decide processá-lo.
Protágoras argumenta que, se o professor ganhasse o caso, receberia o dinheiro correspondente aos serviços prestados. Se o aluno ganhasse, o professor seria pago da mesma forma, visto que, segundo o contrato original, ele teria ganho o seu primeiro caso.
O aluno, no entanto, argumenta que, se ele ganhasse o caso, então, por decisão do tribunal, não teria que pagar o professor. Se não ganhasse, não teria ganho ainda nenhum caso e não teria que pagar o professor do mesmo jeito.

Assim, quem estaria correto?
Esse problema de lógica criado por Protágoras serve claramente para demonstrar que a atividade jurídica é de “meio” (não poder garantir um resultado) e não de “fim” (quando a finalidade será efetivamente o alcance daquele resultado esperado).
Muitos colegas de profissão alimentam, erroneamente, falsas expectativas nas contratações que estão por serem seladas e, quando advinda uma decisão de forma não esperada pelo cliente, acabam nascendo grandes transtornos a todos os envolvidos e, principalmente ao próprio profissional!
Portanto, o paradoxo do advogado ou paradoxo de Protágoras, serve perfeitamente como mecanismo de reflexão para o cidadão compreender como é a atividade desempenhada pelo advogado, ficando este profissional na pendência de uma decisão judicial, diante dos reveses da Justiça, devendo trabalhar para defender os interesses de seu cliente da melhor forma possível, mas jamais alimentando promessas ou afirmando, com ênfase, conclusões sem antes obtê-las, por infringir, assim, a ética profissional.

Por Neves e Cardoso Advogados Associados
Fonte JusBrasil Notícias

QUANDO O SÍNDICO ERRA POR AÇÃO OU OMISSÃO

O síndico pode ser responsabilizado quando as atribuições do cargo não são cumpridas ou em caso de crimes contra a honra e o patrimônio

Que o síndico tem direitos e deveres todo mundo sabe, mas muita gente desconhece que ele pode ser res­ponsabilizado civil ou criminalmente, quando as atribuições do cargo não são cumpridas adequadamente, ocasionando prejuízos aos condôminos ou a terceiros, ou em caso de prática criminosa ou contravenção.
A responsabilidade civil do síndico ocorre quando este não cumpre as obrigações inerentes ao cargo, ocasionando prejuízos aos condôminos ou a terceiros, ao passo que a res­ponsabilidade criminal acontece quando o não cumprimento das atribuições leva não apenas a uma omissão, mas a uma prática que pode ser entendida como criminosa ou contravenção.
A responsabilidade criminal do síndico envolve geralmente os crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação), a apropriação indébita de fundos do condomínio e a apropriação indébita de verbas previdenciárias dos funcionários. Para os crimes contra a honra, o Código Penal prevê penas de um mês a dois anos de reclusão, além de multa. Para apropriação indébita de fundos do condomínio, o CP prescreve multa e reclusão de um a quatro anos, podendo ser aumentada em um terço. Para apropriação indébita de verbas previdenciárias dos funcionários, as penas previstas são multa de dois a cinco anos de reclusão.
Segunda a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), Kátia Comarella, o Novo Código Civil, de 10.01.2001, não alterou os aspectos que dizem respeito à responsabilidade civil e criminal do síndico.
De acordo com a Dra. Kátia Comarella, o condomínio pode ser responsabilizado se um funcionário provoca danos a um condômino ou a terceiros. Nesse caso, o síndico pode ser responsabilizado pelo condomínio, se ficar comprovado que ele não tomou as precauções necessárias na hora de contratar o funcionário, ou se não verificou se o empregado cumpria suas funções corretamente.  
A advogada lembra que, quando o condomínio descumpre as leis trabalhistas, é muito comum o funcionário processar o condomínio, logo após a rescisão. Nesse caso, se for comprovada ação danosa ou omissão voluntária do síndico, ele poderá ser responsabilizado civilmente pelos prejuízos causados ao condomínio.
A falta de manutenção nos extintores, pára-raios, reservatórios de água, elevadores e demais equipamentos de segurança, a não contratação do seguro obrigatório e omissão de prestação de contas, são alguns exemplos práticos de responsabilidade civil do síndico, por ações ou omissões em sua gestão, explica Dra. Kátia Comarella.
O advogado Israel Freire, sócio diretor do Escritório Freire & Libório Advocacia Trabalhista e Previdenciária, lembra um caso recente no qual uma atitude arbitrária do síndico causou prejuízos ao condomínio. Ele executou uma obra sem convocação da Assembleia, sem autorização, e pior, invadindo espaço público.  A irregularidade foi denunciada e a construção demolida. “Por ter agido indo além dos seus poderes, posteriormente, o ex-gestor foi acionado judicialmente e obrigado a ressarcir o condomínio”, lembra Freire, que prefere manter, por questão ética, em sigilo o nome do síndico e do condomínio.
Para o advogado, é fundamental avaliar os preceitos contidos na Convenção do Condomínio, sobretudo quando há dúvidas se houve ou não omissão ou negligência por parte do síndico. O síndico pode responder criminalmente quando, por exemplo, deixa exposta a fiação elétrica numa área de playground e essa omissão provoca um acidente em uma criança. “Ele poderá responder criminalmente, no mínimo, na modalidade culposa”, afirma o advogado.

Responsabilidade pela gestão anterior  
Para evitar a responsabilidade civil ou criminal, em decorrência de irregularidades da gestão anterior, o síndico atual deve convocar uma Assembleia e expor a situação, devendo deixar que a maioria decida o caminho a seguir. “O síndico não deve se expor e brigar sozinho contra a administração anterior. Os danos existentes serão suportados por todos, logo, todos devem assumir o que se fazer”, explica Kátia Comarella.
“Se for comprovada a ação ou omissão voluntária do ex- síndico, ele poderá ser responsabilizado civilmente ou criminalmente”, diz. Segundo ela, para que o síndico seja penalizado, é preciso ingressar com ação e comprovar que as ações ou omissões do mesmo causaram danos ao patrimônio, aos condôminos ou a terceiros.
No Condomínio Bosque Imperial, em São Marcos, há um exemplo no qual o não cumprimento das atribuições do ex-síndico causou prejuízo aos moradores. O local onde deveria funcionar a guarita de segurança é hoje ocupado por uma boutique. Isso porque o espaço foi leiloado em decor­rência de um processo judicial movido contra o condomínio por um ex-condômino. “Na época, o processo correu à revelia, isso porque o ex-síndico (o então representante legal do condomínio) não compareceu às audiências”, explica o síndico atual Alessandro Castro.
“A boutique descaracterizou a entrada do condomínio, o que obriga aos agentes de portaria a trabalharem em local inadequado. O pior é que o processo já se arrasta por três anos na justiça, sem decisão”, desabafa Castro.
A melhor maneira de avaliar se o síndico está cumprindo com suas atribuições é observar se suas atitudes são tomadas com base no Estatuto do Condomínio. “Toda vez que nós preparamos um projeto de construção ou reforma, sentamos com a equipe e questionamos se ele está de acordo com o estatuto”, afirma o síndico do Bosque Imperial. “Este questionamento é que me faz agir corretamente, mesmo que minhas atitudes não sejam compreendidas pelos moradores, num primeiro momento”, complementa Castro.

Por Evandro Dias e Núbia Cristina Santos
Fonte Revista Cadê O Síndico

FUMAÇA DE CIGARRO TAMBÉM FAZ MAL PARA CÃES E GATOS

Pets que vivem em lares de pessoas fumantes têm maior propensão para desenvolver doenças
  
Dia 31 de maio foi o Dia Mundial Sem Tabaco. Devido ao enorme prejuízo que o hábito de fumar traz à saúde, campanhas mostram de diversas formas os males que o cigarro causa para quem fuma e também para os que convivem com a fumaça de cigarro em casa.
Cães e gatos que vivem em lares de pessoas fumantes têm maior propensão para desenvolver rinite, asma, bronquite e conjuntivite, por exemplo. Espirros, tosse, engasgos, falta de ar, olhos vermelhos e com coceira são alguns dos sintomas que indicam que as coisas não vão bem. Por serem doenças crônicas, representam um custo elevado com tratamento, exames e internações frequentes, sem falar nos medicamentos que vão desde antialérgicos, corticoides, broncodilatadores, até antibióticos e colírios.
As complicações não são raras e o bichinho fica com a saúde frágil. A expectativa de vida cai consideravelmente. Alguns estudos apontam correlação também com o desenvolvimento de câncer.
Nesta campanha sem tabaco, toda a família, e o pet faz parte dela, se une em benefício da saúde dos bichinhos e de quem eles tanto amam: você. Pense nisto antes de acender um cigarro. Agora, se a dificuldade em parar de fumar for muito grande, evite essa prática dentro de casa, ou na companhia de seu pet.
Por Fernanda Fragata
Fonte Exame.com

O QUE É E COMO DESENVOLVER INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


A Inteligência Emocional é a capacidade de compreender e gerenciar os próprios sentimentos, assim como o sentimento dos outros

Daniel Goleman, conhecido como o pai da Inteligência Emocional, relata que não existe correlação entre ela e o QI, pois eles são controlados por diferentes partes do cérebro. Enquanto o QI não é capaz de mudar significativamente ao longo da vida, a Inteligência Emocional pode evoluir e aumentar, e alguns hábitos podem ajudar a desenvolver esse tipo de inteligência.

1. Dê atenção ao seu corpo e comportamentos   
Preste atenção ao seu comportamento!
Observe como você age quando está sentindo certas emoções e como isso afeta sua vida. Uma vez que nos tornamos mais conscientes disto, é fácil julgar e começar a atribuir rótulos ao nosso comportamento.
Lembre-se também de ouvir o lado físico do seu corpo, sensações e sentimentos como calafrios, por exemplo, podem sinalizar que você precisa prestar mais atenção ao momento.

2. Reduza as emoções negativas
Um dos principais pontos ao desenvolver a Inteligência Emocional é ser capaz de gerir as suas emoções negativas.
Evite saltar para uma conclusão negativa imediatamente e pense que as situações possuem várias opções de saída, basta você procurá-las. Uma dica é escrever seus pensamentos e sentimentos, isso pode ajudar a externalizar e compreender melhor.

3. Lide de frente com o estresse e a ansiedade
Todos passam por momentos estressantes na vida ou se sentem ansiosos por algum motivo. Saber lidar com estas situações pode fazer a diferença entre o equilíbrio e a disfunção.
Quando sob pressão, a coisa mais importante a ter em mente é manter a calma.
Dicas rápidas como lavar o rosto com água fria, tomar ar fresco, evitar cafeína ou fazer exercícios intensos podem mudar muito a maneira como nos sentimos.

4. Não julgue ou mude seus sentimentos com muita rapidez
Neste caso a pressa é inimiga da perfeição. A Inteligência Emocional é um processo gradual, pode ser lento e varia de pessoa para pessoa.
Tente não descartar seus sentimentos antes de ter uma chance de pensá-los.
Emoções saudáveis muitas vezes se elevam e caem como uma onda, aumentando e desaparecendo naturalmente. Seu objetivo não deve ser “furar a onda” antes de atingir seu pico.

5. Pratique o “responder” ao invés do “reagir”
Segundo Goleman, o cérebro emocional responde aos acontecimentos de forma mais rápida do que o cérebro pensante. Por isso é importante se concentrar em suas ações e perceber a diferença entre o responder e reagir.
O processo de reagir é um processo inconsciente onde experimentamos um gatilho emocional e nos comportamos de forma inconsciente, expressando essa emoção de maneira instantânea. Já o responder é um processo consciente que envolve perceber como você se sente, depois decidir como você quer se comportar.
Como dito antes, tome seu tempo e não se deixe reagir de maneira impulsiva e imediata.

6. Pratique a empatia
A empatia é sobre entender o próximo, como alguém se sente ou se comporta de determinada maneira e poder comunicar essa compreensão a eles.
O estado de empatia deve começar de você: quando se sentir ou se comportar de certa maneira, pergunte "Por que eu acho que estou me sentindo assim/fazendo isso?"
A primeiro plano a resposta será "Eu não sei", mas continue prestando atenção ao seus sentimentos e comportamentos, e você começará a notar diferentes respostas que chegam. Isso nos torna mais sensíveis e abertos.

7. Crie um ambiente positivo
Criar um ambiente positivo não só melhora a sua qualidade de vida, mas pode ser contagioso para as pessoas ao seu redor.
Perceba o que está indo bem, o porquê e onde você se sente agradecido em sua vida.

8. Conheça seus limites e saiba quando é suficiente
Há momentos em que é importante definir nossos limites adequadamente. Estes limites podem incluir o exercício do nosso direito de discordar, de dizer "não" sem se sentir culpado, de estabelecer nossas próprias prioridades e nos proteger da coação.
E é importante saber quando é hora de mudar o seu foco. A inteligência emocional envolve não só a capacidade de olhar para dentro, mas também de estar presente no mundo ao seu redor.

Melhorando a cada dia
Em seu livro chamado Inteligência Emocional, Goleman ressalta que o controle das emoções é um fator essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo.
Ao contrário do QI, a inteligência emocional é altamente flexível. À medida que você treina seu cérebro com novos comportamentos emocionalmente inteligentes, ele constrói os caminhos necessários para transformá-los em hábitos.
Porém, ele adverte que devemos buscar controlar apenas às emoções estressantes e incapacitantes, pois sentir emoções é o que torna nossa vida rica.
Fonte HiperCultura

BONS PENSAMENTOS

terça-feira, 30 de maio de 2023

MUNDO VIRTUAL PODE CRIAR ADVOGADOS SEM FRONTEIRAS


Está na hora de reformular completamente o site do escritório. A crise econômica mundial está produzindo algumas transformações no mundo dos negócios – e no mundo da advocacia nos Estados Unidos. Vai-se a ideia antiga de que o site da firma deve ser uma espécie de folheto eletrônico, uma presença online estática. Afirma-se uma ideia nova: a do site com um conteúdo dinâmico, que se transforma em uma ferramenta para desenvolvimento de negócios e possibilita a expansão virtual da área geográfica de atuação da firma.
"Esse é o futuro dos sites das firmas de advocacia", diz consultor de estratégias de marketing e desenvolvimento de sites para firmas de advocacia Robert Algeri, em artigo publicado no The National Law Journal. "Os sites vão se tornar mais valiosos", ele afirma.
As bancas devem superar a ideia antiga de que desenvolvimento de negócios só se faz através de processos altamente pessoais, muitas vezes durante reuniões sociais, jantares e drinques. Essa é uma estratégia que continua válida, mas deve se fortalecer a ideia de que os relacionamentos virtuais, que já estão na moda, podem ser muito produtivos para o desenvolvimento de novos negócios. Os esforços de conquista de novos clientes devem ser concentrados em um raio de "x" quilômetros em volta da firma, vai progressivamente ser substituída pela visão dos espaços ilimitados da internet, diz o consultor.
Em outras palavras, se firmará a figura dos advogados sem fronteiras. O marketing de cada um desses advogados tenderá a se concentrar sobre a área (ou áreas) de sua especialidade. "Não importa se o cliente prospectivo está longe ou muito longe, o relacionamento virtual se desenvolverá em cima do conteúdo do site da firma e do advogado", afirma Robert Algeri.
Segundo ele, o site deve ter um conteúdo dinâmico que serve para promover a firma e os advogados, através de artigos, blogs, apresentações, vídeos, podcasts, mesmo que o conteúdo seja criado ou editado por terceiros. E, é claro, a mídia social, através do Facebook, Twitter e Linkedin, também será bem utilizada. "O marketing de conteúdo é a maneira mais efetiva dos advogados desenvolverem negócios com clientes à distância", diz o consultor. Com isso, "o site da firma de advocacia deixará de ser considerado um material de marketing suplementar; passará a ser uma plataforma de marketing fundamental para todas as atividades da banca".

Microsites para advogados
Outra ideia antiga que vai mudar: a de que o site é um instrumento de marketing e de branding exclusivo da firma como um todo. O site deve exercer essas mesmas funções para a promoção individual de cada advogado da firma. "Essa é uma grande mudança no que as firmas pensam de si mesmas. Mas é uma mudança inevitável, pelo simples fato de que a maioria dos negócios são desenvolvidos com base na boa reputação e nos esforços dos advogados, individualmente", afirma o consultor. "A firma que quiser aumentar suas receitas tem de ajudar cada advogado a edificar sua prática", ele diz.
Uma das primeiras medidas práticas nos sites da próxima geração será expandir significativamente a biografia dos advogados. Pesquisas da Great Jakes Marketing Co., empresa do consultor Robert Algeri, e da Wicker Park Group indicam que mais de 60% do tráfego dos sites das firmas de advocacia ocorrem nas seções de biografias de advogados. A diferença, agora, é que as biografias deixarão de ocupar um espaço padrão, inflexível, curto, para se tornar um elemento importante no site da firma.
A melhor opção, recomenda, é criar microsites para os advogados dentro da página da firma. O microsite de um advogado, com várias páginas, será o espaço para ele demonstrar seus talentos intelectuais, sua capacidade profissional e acomodar publicações, apresentações, estudos de casos e um blog, além de suas informações biográficas, de preferência com galerias de fotos que registrem sua atuação profissional e seus relacionamentos.
O microsite também poderá trazer vídeos e podcasts (arquivos de áudio que podem ser acessados pela internet). E os advogados devem usar mídia social, como Twitter e Linkedin, como um instrumento de marketing, dirigido fundamentalmente para as áreas de negócios que a firma deseja desenvolver. "Como os advogados agora podem desenvolver negócios a longa distância, é apropriado criar conexões com um certo teor emocional com pessoas que nunca encontraram pessoalmente", diz o consultor.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

REFLEXÕES SOBRE A VIDA PRÁTICA DO DIREITO E A IMPRESCINDIBILIDADE TEÓRICA DE SUA COMPREENSÃO


A vida prática das carreiras jurídicas certamente impõe uma série de desafios ao profissional do direito, demandando interrelação entre as esferas do conhecimento teorético, filosófico, científico e o conhecimento adquirido com a velocidade de respostas reclamada pela realidade que, acumulado, se condensa na experiência particular e profissional.
Some-se a responsabilidade pessoal e social envolvida, de todas as ordens: moral, partrimonial, coletiva, filosófica, científica, inter e transgeracional, e, ainda, a vinculação às tradições, a serem renovadas em seu horizonte de sentido pelo espírito criativo que marca a temporalidade e as conjunturas do acréscimo das novas combinações de sentido inseridas no corpo de significados estabelecido.
A realidade se apresenta, assim, multicausal e multifacetada, razão pela qual conhecimentos nunca são exaurientes, bastantes para comportá-la, reduzindo-se, pela operação da linguagem, seus elementos a esboços sucessivos de suas mudanças, de onde se pode retirar sentido para efetivar alguns recortes e campos de ação. Essa característica, todavia, em hipótese alguma nega o conhecimento, sua busca e sua constante reelaboração.
Como uma imagem que emula o objeto, favorecem-se ou elementos gráficos, ou massas de luz, ou seja, um elemento constitutivo ou outro, tentando-se aproximar a representação do representado, sem, contudo, superar a diferença entre um e outro, ontologicamente intransponível.
Inobstante a inacaptabilidade absoluta, o fluxo do tempo social, feito pelos homens e pelo encadeamento de suas ações, imprime o dever de prosseguimento, razão pela qual a marcha segue adiante carregando as pessoas e as coisas, movendo-lhes e demandando-lhes movimento. Os sujeitos que conhecem não podem simplesmente parar a tentativa de conhecer, sob pena de inanição; essa premissa, ao menos, para a vida prática, que é o campo da produção da vida social e individual.
Somado a esse inevitável déficit de conhecimento, que não pode se estagnar ante o abismamento do real, uma dimensão sempre presente de ausência de apresentação, que se desvela aos poucos e parcialmente, havendo causas e motivos que, muitas vezes, sequer se consegue presumir, e que seriam determinantes para uma compreensão mais ajustada e sensível do ponto de enfoque em determinada situação.
Esse tateamento inevitável – no sentido de uma percepção de rugosidades mais ou menos grosseiras, mais ou menos vislumbráveis, cognoscíveis – se condensa com mais força do que um posicionamento de certeza e segurança.
Embora as expectativas todas ante o direito (aliás, uma de suas razões de ser) se manifestem em torno das certezas, epistemicamente o campo é repleto do orbe das dúvidas, razão pela qual a humildade e o equilíbrio são características de posicionamento primeiro ante o cenário de estímulos jurídicos.
Há mais perguntas do que respostas, e mais vazados do que preenchidos.
Para o prosseguimento do fluxo, um certo encobrimento dessa característica é necessário, revestindo-se de aparências que conformam e sustentam o processo de continuidade sem as interrupções da adequação da segurança. As construções, por força do tempo social, não podem ser feitas com o tempo que lhes deveria ser fornecido para construí-las com as acumulações devidas. Correções e aproximações são necessárias.
A continuidade imperativa implica em cortes mais ou menos abruptos que tocam as coisas adiante, e a função normativa prévia dá os contornos que viabilizam o desdobramento deste imenso edifício em reiterada construção que se condensa no fenômeno nominado direito.
Por isso tudo, o cotidiano criativo se reveste de uma série de dimensões de habilidades para lidar com essa dinâmica própria. A construção dos casos a serem levados ao Juízo e a administração dos feitos quando em curso requerem uma diligência constante com aspectos da realidade e do direito, sem o que as coisas se perderiam no tempo e no espaço.
Os cuidados, assim, dependem do argumento certo, da hora certa de se posicionar, da estratégia mais adequada para a tutela do direito subjetivo em jogo. Ao mesmo tempo, muitos movimentos se fazem ao exterior das tentativas de controle, e a tentativa de dirigismo legítimo destes procedimentos reforça o esforço da marcha adiante, sendo o resultado final a forma consequente deste variado ritmo de forças diversas. Misturam-se intenção e acaso, que é o oculto da intenção alheia desconhecida.
O contato inicial com o problema, conforme relato e documentação, insere novas lâminas de sentido, e inicia o tônus investigativo que se projeta sobre o corpo normativo, firmando-se por meio da busca dos textos e nos textos, concatenando-se feixes de leitura e de redação.
O desvelamento legal, as interações dos pensadores e intérpretes da lei, a vinculação dos preceitos e as soluções jurisprudenciais formam um universo na busca de explicação e organização dos fatos similares envolvidos em torno do campo semântico das categorias.
As camadas de linguagem e interpretação se acumulam em contextos de comunicação, firmando-se compreensões e interagindo diferentes agentes sociais na tentativa da consecução do objetivo final do resultado prático do processo e obtenção dos direitos pretendidos ou, ainda, resolução adequada da conjuntura destes.
A administração do processo, com diferentes interações com os órgãos incumbidos, assim, se apresenta como um complexo arranjo em que transitam diferentes pessoas cumprindo missões igualmente importantes para o atingimento final. Conjuntamente a isso, as relações interpessoais marcando também o movimento interior e exterior do processo, envolvido na vida social dos agentes profissionais.
É nesse complexo de pessoas, linguagem, leituras e tempos cruzados e alinhavados, em sucessivos influxos de passado e futuro, que o direito se constrói, e que a vida prática não pode prescindir dos aportes teóricos. Nos jogos de luzes e sombras, a reflexão e o olhar preocupado traçam o tateamento de respostas, sempre provisórias, sempre parciais, mas inevitavelmente necessárias para a continuidade da construção da vida.

Por Eliseu Raphael Venturi
Fonte Âmbito Jurídico

SUAS HABILIDADES NO TRABALHO MUDAM CONFORME A IDADE

Mente em evolução: a ciência mostra que o cérebro e as habilidades mudam conforme a idade

Esqueça aquela história de jovens brilhantes e idosos lentos. Ao contrário do que sempre se imaginou, não existe uma idade de ouro do cérebro, quando todas nossas habilidades estariam no auge.
É o que indica um novo estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em parceria com o Hospital Geral de Massachussets, nos Estados Unidos, que descobriu que a cada faixa etária um tipo de inteligência tem seu desempenho máximo.
Publicada em 2014, a pesquisa analisou, desde 2008, 50000 testes de funções cerebrais. “A inteligência fluida, relacionada ao processamento de informações novas, tem auges em várias idades, não apenas um pico aos 20 anos”, diz Laura Germine, psiquiatra e neurocientista e uma das autoras do estudo.
“Há coisas que ficam melhores com o uso e o tempo, e outras que dependem mais da juventude.” A conclusão é que todos têm algo a oferecer em cada idade, justamente porque o cérebro está sempre mudando e se adaptando.
Os picos notados no estudo não são uma regra. “As diferenças entre os indivíduos da mesma faixa etária são maiores do que as diferenças entre os grupos em si”, afirma Laura.
Ao entender o cérebro, fica mais fácil compreender por que somos melhores ou piores em determinados aspectos de convívio social (e de raciocínio) que podem influenciar o modo como encaramos os dilemas do trabalho e tomamos decisões.

dos 18 aos 20 anos
EM ALTA: PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
A velocidade para processar informações chega ao máximo. Ao encarar dados e detalhes novos, essa pessoa não se sente perdida. “O novo não ­assusta nessa fase”, diz Vladimir Ponczek, coordenador do Learn, laboratório de pesquisa e análise do aprendizado da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.

EM BAIXA: ANÁLISES APROFUNDADAS
Habilidades importantes, como desenvolvimento de vocabulário e capacidade de fazer análises mais aprofundadas, estão no começo. Afinal, muitas vezes os jovens ainda não têm um repertório diversificado consolidado no cérebro.

COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: OBSERVE MUITO
Ser rápido para processar diversas informações não quer dizer que você tenha compreendido, de fato, o que aconteceu. “Conhecimento é associar uma informação a outra e, para isso, é preciso experiência”, diz Marcos Cavalcanti, coordenador do centro de referência em inteligência empresarial na COPPE, escola de negócios da Universidade Federal do Rio de janeiro. observe os mais experientes para criar repertório.

aos 25 anos
EM ALTA: MEMÓRIA RECENTE
A memória de curto prazo alcança o auge e temos facilidade em reter informações novas. Isso quer dizer que detalhes e pequenos prazos têm menos chance de passar despercebidos.

EM BAIXA: MATURIDADE EMOCIONAL
Nessa idade, lidar com emoções é um desafio. Ao mesmo tempo, com a transição para a fase adulta, enfrentam­se situações sociais cada vez mais complexas. Essa dicotomia pode gerar ansiedade social.

COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: DESENVOLVA A PACIÊNCIA
Mantenha a calma quando se sentir desajeitado em certas interações no trabalho ou na vida pessoal — não vai ser sempre assim. “As competências socioemocionais estão em constante desenvolvimento”, AFIRMA Vladimir, da FGV. E use seus pontos fortes a favor. A memória de curto prazo fortalecida ajuda a se organizar de maneira mais eficiente no trabalho e facilita na hora de aprender novas práticas ou conteúdos.

aos 30 anos
EM ALTA: CONVÍVIO COM OS OUTROS
Pode não parecer uma habilidade cognitiva, mas a capacidade de reconhecer o rosto de pessoas que você não conhece bem ou só viu uma vez tem seu auge por volta dessa idade. “É uma função importante para o convívio social”, diz Marcos, da COPPE.

EM BAIXA: RAPIDEZ PARA ABSORVER NOVIDADES
Aos poucos, ficamos mais lentos para processar novas informações, o que, em alguns casos, pode levar à impressão de que estamos ficando para trás, pois o aprendizado não é mais tão rápido quanto costumava ser.

COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: INVISTA NO CONTATO PESSOAL
Não perca tempo tentando ser rápido como dez anos atrás. Agora você está ficando melhor na interação social, o que é ótimo para o trabalho — ainda mais porque é nessa idade que os profissionais começam a chegar a cargos de liderança. “É uma habilidade importante para trabalhar bem em equipe”, diz Vladimir, da FGV. Agora há mais facilidade para cultivar a rede de contatos e mais traquejo ao se aproximar de pessoas novas.

dos 40 aos 50 anos
EM ALTA: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A capacidade de entender e reconhecer as emoções dos outros aumenta. Fica mais fácil saber o que os outros podem estar pensando ou sentindo. E o raciocínio lógico também melhora: esse é o pico das habilidades aritméticas, por exemplo.

EM BAIXA: MEMÓRIA DE CURTO PRAZO
Aqui é o momento em que a memória de curto prazo começa a ficar mais lenta. Anotar os compromissos torna-se crucial para não se esquecer de nenhuma tarefa a ser realizada.

COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: APOSTE NA INTUIÇÃO
“Nessa fase temos mais repertório para lidar com pessoas e entender o que elas querem”, diz Marcos, da FGV. Então, aproveite que a inteligência emocional, tão valorizada pelo mercado de trabalho, está no auge da forma para mapear sentimentos e aspirações das pessoas com as quais você trabalha E, por um lado, ajudar sua equipe e colegas a se desenvolver e, por outro, encontrar aliados para novos projetos e ideias.

dos 60 aos 70 anos
EM ALTA: COMPREENSÃO DE CENÁRIOS
Nesse período, tudo que foi aprendido durante a vida está bem assentado no cérebro e pode ser usado com mais eficiência. “É a fase do poder de comparação. Há facilidade em pegar um dado novo e relacioná-lo com o que já viveu”, diz Marcos, da FGV.

EM BAIXA: APRENDIZADO DE NOVIDADES
Como o cérebro já se habituou às informações do passado, a maioria das pessoas não tem mais tanta facilidade para aprender coisas novas ou mudar antigos hábitos.

COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: FAÇA CONEXÕES
A experiência e o conhecimento são Patrimônios em qualquer lugar e podem compensar em boa parte a possível decadência de outras funções cerebrais. “pessoas nessa faixa etária podem buscar na própria cabeça os elementos necessários para analisar informações”, Afirma Vladimir Ponczek, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Aposte no poder de análise e no vasto repertório ao discutir ideias e dar opiniões.
Por Bárbara Nór
Fonte Exame.com

DIA DE SANTA JOANA D'ARC


"Ó Santa Joana D’Arc, vós que, cumprindo a vontade de Deus, de espada em punho, vos lançastes à luta, por Deus e pela Pátria, ajudai-me a perceber, no meu íntimo, as inspirações de Deus. Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os meus inimigos que atentam contra a minha fé e contra as pessoas mais pobres e desvalidas que habitam nossa Pátria.
Santa Joana D’Arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária. Ó Santa Joana D’Arc atenda ao meu pedido (pedido). E que nada me obrigue a recuar, quando estou com a razão e a verdade, nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira.
Santa Joana D’Arc, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me. Amém!"

O DIA ESTÁ COMEÇANDO...

segunda-feira, 29 de maio de 2023

RESPIRE, AMANHÃ TEM MAIS!

DIA DA ENERGIA


Criado em 1981, numa iniciativa da Direção Geral de Energia (em Portugal), o Dia Mundial da Energia é comemorado no dia 29 de maio.
Esta comemoração tem por finalidade sensibilizar e motivar as pessoas quanto à necessidade de poupar energia, além de alertar sobre os impactos ambientais advindos da geração e a importância de preservar os recursos naturais. É também uma oportunidade de promover energias renováveis.
Fonte Ambiciência

OS CICLOS DE CARREIRA DOS ADVOGADOS E SEUS PRINCIPAIS DESAFIOS


Ao longo de toda sua carreira os advogados enfrentam uma série de desafios paralelos e complementares ao exercício da advocacia em razão do momento profissional o qual atravessam, desde seu primeiro estágio até a eventual gestão de seu próprio escritório. Um mosaico diversificado de desafios para os quais não recebem o devido preparo ou base teórica durante a Universidade e que ao longo de sua carreira acabam por se apresentarem como fatores importantes e decisivos para seu sucesso profissional. Independe do ciclo da carreira o qual os advogados atravessam os desafios não diminuem, apenas mudam e se diferenciam, e por vezes se tornam mais complexos, principalmente quando relacionados às pessoas, sejam elas sócios, colaboradores, clientes, concorrentes ou a si mesmo. Advocacia é uma atividade jurídica essencialmente baseada em pessoas, seja na sua origem fundamental ou mesmo em sua prática cotidiana.
Tratar deste assunto é desafiador, pois qualquer tentativa de padronização com objetivo de classificação para estudo e entendimento acaba por deixar vertentes e especificidades sem a devida abordagem, mas para fins didáticos a carreira na advocacia pode ser dividida em cinco fases ou ciclos: o Aprendiz (de estagiário até obtenção da carteira da Ordem), o Contratado ou Empreendedor (entre um e cinco anos de carreira), o Proprietário ou Sócio de Serviço (entre seis e dez anos de carreira), o Estabelecido (entre onze e vinte e cinco anos de carreira) e por fim o Equilibrista (com mais de vinte e cinco anos de carreira).
Novamente chamo a atenção que tais estratificações em ciclos ou fases de carreira por tempo de mercado não conseguem absorver todos os possíveis casos e que ocorram prováveis exceções e característica de um determinado ciclo ocorrendo muito antes ou bem depois na escala temporal que acompanha as respectivas estratificações em ciclos. Porém, a escala de etapas e respectivos desafios costumam respeitar um padrão sequencial mínimo conforme os advogados avançam em cada um dos ciclos de suas carreiras.
No ciclo “Aprendiz” a maioria dos futuros advogados enfrentam o desafio de desenvolver sua capacidade técnica em paralelo a aprendizagem das relações humanas e desenvolvimento de uma postura profissional condizente com as expectativas de eficiência e comprometimento do escritório contratante e do mercado.
O Aprendiz tem o desafio de entender que cada escritório possui um perfil organizacional particular e que o exercício de percebê-lo seguido pela tentativa de conviver sob estes padrões se traduz em um perfeito exercício de adaptação e flexibilidade comportamental, normalmente chamado de “jogo de cintura”, que no futuro serão obrigados a executar perante seus sócios, colegas, juízes e clientes. O Respeito aos prazos, a correta organização de tarefas e do tempo, o cumprimento eficiente de suas responsabilidades e horários, bem como o desenvolvimento da capacidade de se moldar ao ambiente e equipe de pessoas que os cercam são desafios que devem ser superados em paralelo ao desenvolvimento da capacidade técnica. Porém não são os únicos, pois esta etapa da carreira somente estará completa caso consigam durante a fase de estágio identificar ou ratificar a área do direito o qual realmente desejam de dedicar, pois, não há uma grande zona de risco em obter sua carteira da OAB e ainda não saber a qual área do direito irá dedicar. Tal possibilidade poderá custar alguns anos de sua carreira, pois enquanto o Aprendiz não define para aonde quer ir não terá como empreender esforços para chegar lá, e ainda correm o risco de se excederem na constante troca de escritórios em curtos espaços de tempo em um percurso desvairado de estágios, saltando de um escritório para outro, comprometendo alguns outros ensinamentos e etapas de seu amadurecimento profissional.
É uma fase difícil, do exercício da aceitação e de compreensão do outro, de suas regras, de suas visões diferentes, e de aceitar mesmo discordando. Uma fase de forte adaptação, modelagem comportamental e definições que acabarão por influenciar positiva ou negativamente o futuro de sua carreira.

No ciclo “Contratado ou Empreendedor” que geralmente ocorre durante os cinco primeiros anos de carreira o advogado enfrenta novos desafios, por isso espera-se que ele realmente tenha apreendido os ensinamentos da fase anterior e esteja preparado para o enfrentamento de novos desafios.
Nesta etapa da carreira os desafios estão relacionados com a opção de trabalhar como advogado contratado em algum escritório de advocacia ou partir para uma sociedade de serviços, ou ainda a abertura do próprio escritório. Quaisquer opções apresentam desafios.
O Contratado enfrentará a cobrança por um alto volume de produção, eficiência, disponibilidade e comprometimento, bem como precisará de habilidade e “jogo de cintura” para manter um bom relacionamento com seu chefe imediato, assim como com outros colaboradores e sócios do escritório. Desta forma a gestão de sua imagem profissional ou marketing pessoal dentro do escritório é um desafio importante a ser superado, junto com a entrega de produtividade e eficiência jurídica esperada visando consolidar sua permanência, ou ainda quando da estruturação de uma rede de relacionamentos e da capacidade de captação de clientes, possa se apresentar como um potencial sócio para o escritório. O trajeto mais curto para o advogado contratado se tornar um potencial sócio do escritório onde trabalha é se tornar imprescindível na produção jurídica ou então apresentar capacidade efetiva para captação de novos clientes para a carteira deste escritório.
Já o Advogado do tipo Empreendedor pode até iniciar sua carreira partindo para a abertura de seu próprio escritório, desde que não precise da tutela de um advogado experiente para execução de um excelente trabalho, tenha um bom “network” associados à habilidade de transformar contatos em contratos e os recursos financeiros para sustentar seu escritório e sua vida pessoal por ao menos dois anos. Por isso alguns advogados optam pelo trabalho remunerado em algum escritório como uma espécie de intervalo de tempo até ser possível reunir tais condições para empreender.
Seja qual for a estratégia adotada pelos advogados em início de carreira, os principais desafios estarão relacionados reafirmação e desenvolvimento de sua capacidade jurídica, definição da área do direito e segmento de mercado (pessoa física ou jurídica) que pretende atuar seguido de uma estratégia coerente para alcançá-lo, habilidade de relacionamento e negociação em seu ambiente de trabalho, gestão de seu marketing (imagem) pessoal, disponibilidade e dedicação, bem como a capacidade e oportunidades para a captação de clientes, pois esta poderá definir sua estratégia de carreira, uma vez que a captação sempre abre oportunidades para um escritório próprio ou para uma eventual sociedade no escritório onde trabalha.

No ciclo “Proprietários ou Sócios de Serviços” (entre seis e dez anos de mercado) os advogados enfrentam o desafio de expandir seu mercado, tornar-se referência em uma determinada área ou subárea do Direito, ao mesmo tempo em que se dedicam a gestão do escritório e aos clientes, com especial atenção para a rentabilidade da carteira, a eficiência da equipe jurídica, a marca do escritório e sua reputação pessoal no mercado, bem como a contínua responsabilidade pela manutenção da satisfação dos atuais clientes e a captação de novos.
Neste momento da carreira a gestão de pessoas, de fluxos e qualidade do trabalho, do tempo, da imagem, de relacionamentos, das finanças e do mercado alvo do escritório acabam por aumentar muito as horas de trabalho dedicadas em razão do acúmulo de responsabilidades, obrigando-o a tomar decisões que acabam culminando entre a expansão societária ou na profissionalização do escritório, na delegação coerente de responsabilidades (sob o treinamento anterior da equipe), bem como uma reflexão sobre o modelo de advocacia que se pratica tendo como base a busca de maior rentabilidade atendendo menos clientes selecionados pela alta lucratividade ou então pela expansão da carteira tendo como fonte de sua rentabilidade o alto volume de clientes, sustentado por uma numerosa equipe de advogados.
São desafios e decisões importantes que devem ter como base de decisão o mercado e área do direito o qual atuam, os diferenciais competitivos que oferecem a este mercado e a capacidade das equipes jurídica e administrativa de entregar um serviço diferenciado que realmente agregue valor aos clientes. Neste momento serão tomadas as decisões que poderão ou não estabelecer definitivamente o escritório e o advogado no mercado. É neste momento que advogados com talento para a captação costumam se unir, seja pela contratação ou sociedade, a outros advogados com excelência na execução, pois o sucesso nas fases anteriores de sua carreira acaba por se materializar em grandes carteiras e por consequência em muito trabalho e pouco tempo.
No ciclo “Estabelecido” (entre onze e vinte cinco anos de carreira) os advogados enfrentam o desafio da expansão controlada para novos nichos de mercado junto da manutenção da atual participação de mercado e da equipe jurídica. Devem ter como objetivo “blindar” a participação de mercado já conquistada, sua reputação (evitando queda da qualidade mediante alto volume de trabalho) e evitar a obsolescência decorrente da acomodação, além da eventual rotatividade da equipe jurídica composta por advogados experientes já sem a menor expectativa de se tornarem sócios ou com planos empreendedores na cabeça.
Neste momento a aposta na solidificação dos relacionamentos com atuais clientes e parceiros, o investimento contínuo na imagem da marca jurídica e na performance de gestão do escritório, bem como um plano de carreira realmente condizente com a realidade da banca podem iluminar um pouco esta fase garantindo a qualidade da produção jurídica. Cabe ainda atenção especial nesta fase da carreira para as oportunidades de expansão da carteira de clientes apostando em novos seguimentos de mercado subsidiado pela reputação do escritório, network de relacionamento dos advogados e estudos de mercado.
Nesta fase, costumeiramente ancorada por uma sólida carteira, um dos principais desafios dos advogados Estabelecidos está na manutenção da satisfação dos clientes. A produção jurídica e o atendimento ao cliente deve ocupar papel central na gestão do escritório, pois mesmo a captação de clientes nesta fase será direta ou indiretamente subsidiada pela satisfação dos atuais clientes. São eles que potencializarão ou irão minar a reputação do advogado ou escritório no mercado, ocupando papel importante nos planos e oportunidades futuras.

Os advogados do ciclo “Equilibrista” são aqueles com mais de vinte e cinco anos de carreira e que já superaram inúmeros desafios e evoluíram junto com o mercado e se encontram talvez no auge de suas carreiras, mas vivenciam agora um cenário diferente daquele onde provaram seu valor e enfrentam diariamente a tarefa de manter sua reputação de mercado, a qualidade da produção jurídica, enfrentamento da alta rotatividade de estagiários e relacionamento com advogados mais jovens (geração y), além de sua relação com eventuais sócios. Porém, o principal desafio associado aos advogados “Estabelecidos” é sua postura pessoal perante uma nova realidade do mercado jurídico, demandando um exercício de autoavaliação sincera, identificação de seus pontos positivos e negativos, bem como e identificação de quais são os reais alicerces que sustentam e fizeram diferença sua carreira.
Após as conquistas e vitórias sobre os desafios anteriores, apenas a autoavaliação sincera ou uma reinvenção de si mesmo poderão permitir a manutenção da liderança do mercado e automotivação. É preciso recuperar aquela antiga personalidade de advogado iniciante querendo provar algo para si mesmo. É necessário incorporar aquela garra da juventude, equilibrar-se entre o passado e o futuro, e partir em busca de novos desafios, agora com o conhecimento dos atalhos e a humildade que só aquele que realmente sabe das coisas possui.
Na advocacia, assim como em outras profissões liberais com base em serviço, seu produto é você mesmo, assim como a total responsabilidade pela sua carreira. Os desafios serão permanentes e sempre haverão decisões estratégicas a serem tomadas. Bem como não há uma sequencia linear entre os ciclos de carreira, pois muitos já iniciam suas carreiras com grande estrutura e outros ainda acabam por se estabelecer profissionalmente como advogado Contratado. Não existem regras definidas neste aspecto.
Para o sucesso na advocacia não basta tão só o domínio dos livros de Direito, eles são fundamentais, pois a excelência jurídica é a base mínima de estrutura e suporte da carreira, mas também é apenas o princípio de uma sequencia de outros desafios enfrentados em busca do sucesso profissional. Conhecimentos sobre relacionamentos humanos, marketing jurídico, psicologia, gestão, tendências políticas, jurídicas e econômicas, e até mesmo finanças formam um mosaico de conhecimentos complementares e de suporte para decisões estratégicas e respostas aos desafios que os advogados serão obrigados a enfrentar no competitivo mercado da advocacia ao longo de todos os ciclos de sua carreira.

Por Victor Furtado
Fonte OAB/GO

SETE DICAS PARA PASSAR UMA IMAGEM DE SUCESSO


Não basta ser bem-sucedido; é preciso parecer. Kevin Daum, empreendedor, conferencista e escritor especializado em marketing, enumerou em sua coluna no site da revista Inc. sete conselhos para construir uma imagem de sucesso. “Algumas pessoas são naturalmente abençoadas com uma aura de sucesso, mas a maioria tem de construir a autoconfiança e burilar certos aspectos da própria imagem”, diz Daum.
E adverte: “Se você projetar uma imagem de perdedor, as pessoas vão tratar você como um perdedor logo de cara.” As sete dicas são:

1. Vista-se bem em qualquer ocasião. 
Não é preciso ser rico para isso, assegura Daum. O importante é prestar atenção aos detalhes e saber que tipo de visual é adequado a cada situação (terno e gravata ficam tão deslocados num churrasco quanto agasalho de ginástica ou chinelo num escritório de advocacia). Ponto importante: sempre se vista um tom acima do que é esperado. Se a regra é usar jeans e camisa polo, acrescente um blazer esportivo. Finalmente, dê atenção especial a sapatos, corte de cabelo e unhas, porque todo mundo observa essas coisas, mesmo que disfarçadamente. Toques de desleixo passam a impressão de que você não sabe cuidar de si mesmo.

2. Fale e escreva corretamente.
Evite ser informal demais e tome sempre cuidado para não esquecer os plurais bem pronunciados. Cuidar da dicção, aliás, faz muita diferença. E melhore seu inglês. Daum lamenta dizer isso, mas avisa que muitos americanos pensam que quem fala inglês precário é pouco inteligente.

3. Domine a arte da conversa inteligente.
Em resumo: pare de falar apenas de sua própria vida e das celebridades e comece a se inteirar do que está acontecendo no mundo. Estude sempre. Leia. Viaje. E saiba relacionar as coisas que você colhe nessas atividades. Mais importante: saiba calar-se e ouvir, senão não há conversa, mas monólogo.

4. Seja generoso.
Qualquer doação desinteressada causa o maior impacto positivo. Não precisa ser algo material, mas atenção, energia, dedicação ou sabedoria. Até você mesmo vai passar a gostar mais de você.

5. Seja organizado.
Segundo Daum, uma pessoa desorganizada irrita todo mundo em volta, mesmo que ela não ocupe uma posição de destaque. A desorganização passa a impressão de descontrole, descuido e desinteresse. Faz você atrasar respostas a e-mails e telefonemas e, pior, chegar tarde a compromissos. Se você for assim, peça ajuda a um assistente, faça uso de aplicativos de smartphone criados para isso e evite carregar coisas de casa para o trabalho e vice-versa. Aparentar organização faz as pessoas acreditarem que você é eficiente e está sempre no controle.

6. Faça com que as pessoas se sintam importantes.
Já no primeiro contato, dê um aperto de mão firme e olhe nos olhos. Esteja presente nos momentos importantes da vida de quem você conhece. Leve as pessoas a acreditar que estão dizendo coisas importantes e merecem sua doação de tempo e atenção. “Use o poder da gratidão, seja com pequenos presentes, cedendo seu tempo ou simplesmente dizendo obrigado”, aconselha Daum.

7. Cerque-se de pessoas bem-sucedidas.
“Você sempre será julgado pelas companhias que cultiva”, adverte o autor. Por isso, diz ele, esforce-se para construir um círculo de pessoas que você respeita e admira, e assim será respeitado e admirado por elas.
Por Márcio Ferrari
Fonte Papo de Empreendedor

4 DETALHES QUE FAZEM TODA A DIFERENÇA PARA O SEU NETWORKING

Networking: para ter resultado, você precisa se debruçar sobre a "psicologia" do networking, sugere especialista

No delicado mundo do networking, perceber as sutilezas e nuances pode ser o segredo para o seu sucesso.
A regra mais elementar do processo, diz a coach Marie-Josette Brauer, é cuidar da sua rede de contatos de forma constante - não só em momentos de necessidade.
No entanto, aplicar esse princípio não basta.
Para ter resultados consistentes, você precisará se debruçar um pouco sobre a “psicologia” do networking, sugere Fabrício Barbirato, diretor executivo do IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos).
De acordo com o especialista, é importante prestar atenção aos códigos culturais e comportamentais implícitos em uma relação profissional.
Assumir um tom levemente apreensivo em um email, por exemplo, pode transmitir ao outro mensagens que você sequer imagina.
O risco de passar o recado errado é maior no caso do brasileiro. “Ao contrário dos americanos, somos pouco habituados ao networking”, diz Barbirato. “Essa falta de prática muitas vezes se transforma em ruídos e mal-entendidos”.
A seguir, você verá 4 detalhes sutis que você deve considerar antes de marcar o próximo café com um colega de profissão:

1. Mostrar ansiedade é fatal
A verdade é dura: ninguém gosta de quem parece desesperado por uma recolocação. O brasileiro, como outros povos latinos, tende a desvalorizar quem demonstra insegurança.
Por isso, diz Barbirato, se você mandou um email para um contato há poucos dias e ainda não obteve resposta, pense duas vezes antes de reencaminhar a mensagem.
O melhor a fazer é respirar fundo. “Ainda que você esteja ansioso, a sua postura deve ser sempre tranquila, paciente, confiante”, aconselha o especialista.

2. “Dar emprego” não é favor
Barbirato também destaca um detalhe conceitual que tem um impacto profundo sobre a sua relação com pares. Fazer networking não é pedir favor - é estabelecer uma relação que beneficia todas as partes envolvidas.
“Ninguém ofereceria uma vaga para você se também não tivesse interesse no que você pode entregar para a empresa”, afirma. Por isso, em vez de agir como se procurasse ajuda, ofereça trocas.
Essa pequena mudança de mentalidade pode operar grandes mudanças. Consciente do seu valor para a outra parte, você saberá se “vender” de forma mais confiante e eficiente.

3. Humildade é o segredo de quem cativa
Na tentativa de impressionar a outra pessoa, você pode esquecer um princípio fundamental do networking: ser modesto faz os outros gostarem de você.
“Em vez de dizer ‘fiz doutorado em Harvard’, comece o papo contando que fez pós-graduação nos Estados Unidos, e deixe a pessoa ir descobrindo aos poucos os detalhes”, recomenda a coach Marie-Josette Brauer.
Também é importante valorizar o outro. Quando receber um cartão de visitas, por exemplo, não o guarde automaticamente no bolso. Pare, leia e faça perguntas que revelem interesse genuíno pelas suas realizações.

4. Networking não deve ser feito a qualquer hora - nem com qualquer um
Segundo Barbirato, é comum que os mais desavisados ignorem aspectos sutis da etiqueta do networking.
Não é bem visto se relacionar de forma muito ostensiva com profissionais do mesmo segmento da sua empresa, por exemplo, já que vocês são concorrentes em potencial.
Outro cuidado tem a ver com o momento. Enquanto você não completar um ano no seu novo emprego, é mais elegante desacelerar o networking. “Pode parecer que você é um profissional volúvel, que mal aterrissou na empresa e já está de olho em outra oportunidade”, diz o especialista.
Por Claudia Gasparini
Fonte Exame.com

VOCÊ CONHECE O VERDADEIRO VALOR DO SEU SERVIÇO?

O consumidor precisa perceber valor, além de preço, no seu serviço, segundo especialistas

Uma dúvida de muitos empreendedores que trabalham com serviços é como fazer a formação de preços ideal. Diferente de produtos, os serviços nem sempre podem ser “medidos”, o que dificulta esta tarefa. “Eu acho que a lógica é parecida com a de precificação de produto, mas o serviço trabalha com o intangível e causa mais dúvida”, diz Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper.
Para Cristian Welsh Miguens, professor da Universidade Anhembi Morumbi, a formação de preço depende do grau de competitividade da empresa. “O grande problema de definir preço é que o serviço não é tangível e o cliente não consegue tocar e observar o valor”, explica.
A lógica de precificação mais usada é baseada na dupla homem/hora. “Você deveria calcular o custo da prestação de serviço e a partir disso colocar uma margem de lucro”, afirma Nakagawa. O problema deste modelo está justamente na falta de percepção de valor.
Afinal, qual o real benefício do seu serviço? “Cabe ao empreendedor tentar precificar sabendo que está vendendo não só a resolução do problema, mas também de outros problemas simbólicos”, indica o professor do Insper.
Isso varia também de cliente para cliente. Por isso, ao precificar, é importante avaliar quem é o seu cliente e o que tem valor para ele. “Responda qual o benefício que o cliente vai ter com o resultado do seu trabalho”, diz Miguens.
O que pode ser muito útil nesse processo é uma ferramenta que foi desenvolvida pelo expert Alexander Osterwalder, idealizador do Business Model Canvas, chamada canvas de proposta de valor. “O empreendedor consegue colocar no papel o problema principal que ele está resolvendo e depois as dores que você resolve e os ganhos adicionais que oferece ao cliente”, ensina Nakagawa.
Com este modelo preenchido, fica mais fácil visualizar o valor proposto pela sua empresa. “Ele vai entender que pode estar entregando muito mais com o serviço e, por isso, pode cobrar mais”, indica.
Se você tem uma oficina mecânica, por exemplo, e oferece um serviço de leva e traz, um ambiente limpo e organizado e uma sala de espera para o cliente, isso dá mais valor ao seu serviço. “O cliente pode ter uma série de ganhos adicionais e o que poderia parecer caro se torna mais barato. Essa lógica de vender o mais intangível, que está associado a dores e ganhos adicionais, permite que a precificação seja mais baseada no valor entregue”, diz Nakagawa.
Outra dica é pesquisar a fundo o mercado. “As pesquisas sobre os preços praticados no mercado ajudam muito. Tem que levar em consideração o valor que está levando ao cliente e fazer um trabalho próximo a ele, porque vender serviço envolve confiança, e não só propaganda”, diz Miguens.
Por Priscila Zuini
Fonte Exame.com