quarta-feira, 29 de junho de 2022

CONCURSO PÚBLICO: “ESTUDAR PARA APROVAR” E “ESTUDAR PARA SABER”

 “Lo que un hombre puede ser, debe serlo”. A. H. Maslow

Estudar é, sem lugar a dúvidas, um processo que implica grande esforço mental. Requer uma atividade cerebral custosa em tempo e também em consumo de energia, e a energia é um recurso limitado. Não se produz de forma automática, senão que exige atenção, motivação, determinação e empenho intelectual: pensar resulta caro. Por outro lado, a relevância atribuída à informação que se quer aprender é crucial. Tanto assim que quanto maiores são as exigências cognitivas derivadas da necessidade de aprender alguma informação, maior parece ser sua importância e dificuldade.
Daí que nos habituamos à (arraigada e entranhada) suposição de que uma informação relevante e difícil só pode ser adequadamente compreendida e assimilada quando é ensinada e/ou vem reforçada por alguma autoridade social. Um claro exemplo é o prestígio dos cursinhos preparatórios para concursos, cujo método básico e central de ensino (e na maioria das vezes único para a “transmissão do saber”), em uma época em que a virtude do esforço pessoal está lamentavelmente em declive, são as chamadas “aulas magistrais”.
Toda uma indústria que, com seus ideólogos, gurus, predicadores e defensores, parece destinada a magnificar, reafirmando nossa credulidade e manipulando nossas esperanças, a supersticiosa e perversa crença de que aprender consiste, fundamentalmente, em “tragar-se” os conhecimentos transmitidos pelo professor, a aceitar sem discussão as opiniões alheias, a pensar sem fatiga com a cabeça dos demais. Com razão disse Delgado Ocando sobre esse tipo de prática docente: “Al método catedrático [de tipo magistral] corresponde...la repetición papagayesca de lo que se dijo en la Cátedra. Pruebas de sentido crítico, de originalidad de pensamiento, de esfuerzo personal, de prontitud para resolver cuestiones nuevas...no se pueden exigir a quien durante mucho tiempo ha estado habituado a un tipo de formación precaria y deficiente, a un sistema de enseñanza memorístico y repetitivo”. (E. P. Haba) A regra é simples: quanto mais, melhor.
Provavelmente para muitos isso não constitua nenhum problema. Para quê, podemos perguntar, se o objetivo é memorizar, absorver ou engolir (sem mastigar e sem digerir) a maior quantidade de informação possível? Pois bem, as condições alienantes a que conduz este sistema já foram denunciadas desde muito tempo atrás. Nos encontramos aqui com uma mostra inequívoca do modelo de “educação bancária” a que tão atinadamente criticava Paulo Freire. Mas não somente isso: essa prática de ensino tem algo não só profundamente anti-pedagógico, senão também imoral, vicioso e alienante. Não se reconhece aqui – e o que é pior, se potencia e incentiva - a enorme distância que há entre estudar para saber e estudar para aprovar.
O que queremos dizer é que, em nossa opinião, o problema que produz as mais graves consequências é o descaso ou ignorância da extraordinária diferença que existe entre estas duas formas de estudar e que constitui a principal causa das misérias que permitem a subsistência de cursinhos que, despreocupados com o aprendizado significativo, parecem mais interessados pela (e dedicados à) aprovação: todo um conjunto de estratégias desenhadas e dirigidas a encher a memória e deixar o entendimento e o raciocínio vazios.
Ao iludir nossa capacidade para perceber o gigantesco abismo que há entre estudar para saber e estudar para aprovar, acabamos por olvidar que nada do que é realmente importante se aprende em pouco tempo, de forma passiva, rápida, “mastigada” e com impaciência. Desaprendemos que se aprende com esforço, discutindo, questionando, escrevendo e lendo obras de verdadeira qualidade intelectual que, com o tempo e a constância, vão modelando nossas estruturas cerebrais (nossas redes neuronais) sem dar-nos conta nem quando nem como, mas que resultam em novas exigências para o pensamento e em novas maneiras de organizar nossas idéias. Nos acostumamos a viver no mundo dos conteúdos mínimos, dos “livros de ocasião”[1], resumos e anotações, das informações inconexas e fragmentadas, do estudo desvinculado, desinteressado e irreflexivo. E já sabem o que diz o velho refrão: “quando a única ferramenta que tens é um martelo, tudo começa a se parecer com um prego”.
Referimo-nos ao seguinte: que estudar para concurso passou a ser algo meramente instrumental, um meio (ou um instrumento) “rápido” e “seguro” para auto-afirmação e consagração profissional, ascensão e estabilidade sócio-econômica, sem qualquer implicação com nossas atitudes pessoais e vitais, com nossa visão da vida e do mundo (B. Russell).  Esta perspectiva sobre a tarefa de estudar, que em um primeiro momento parece louvável, correta e necessária, tem, contudo, um lado escuro. Não é suficiente e, ademais, é nefasta, na medida em que termina indicando o seguinte: tudo o que estudamos é algo externo a nossa pessoa, é simplesmente um utensílio para assegurar-nos a subsistência; nossos estudos não são e nem constituem nosso “eu”.
Dito de outro modo, somos algo distinto do estudado, aquilo que enfrentamos como inimigo, ou no melhor dos casos, como amigo ingrato. É unicamente um instrumento, como uma muleta que nos ajuda a caminhar melhor, mas que se encontra fora do nosso ser: não faz parte e nem integra nossa substância. É algo esquisito, estranho a nossa pessoa. Por esta via, qualquer aprendizado se constitui em (e é vivido como) uma faticidade alheia, em um opus alienum à existência de quem aprende e sobre o qual não tem nenhum controle. É algo que eu faço unicamente por necessidade, que cultivo recorrendo a um apego romântico ao “sacrifício” ou a um “sofrimento” justificado: um mal necessário. Vida e estudo, vida e formação, são, assim, coisas diferentes; vetores que não se tocam, pontes que não se entrecruzam.
Portanto, o estudar para aprovar implica não somente em converter a tarefa de estudar em uma atividade hostil, senão também em concebê-la como algo que existe fora do indivíduo e com a qual há que enfrentar-se. Esta forma de estudo, que M. Salas denomina de “concepção instrumental do saber”, ignora claramente que o estudo não é uma entidade que se encontra  “out there”, em algum lugar fora do indivíduo, senão que é sua própria vida, sua personalidade, sua existência; que a separação ou dicotomia entre o que se “é” e o que se “faz” é a principal forma de alienação. (K. Marx)
Idealmente, não se estuda para outro, senão para si mesmo. Para perceber, entender e viver melhor. Somos o resultado de nossos estudos, sua consumação, sua consequência, seu corolário. Quando estudamos para saber, não somente interiorizamos os novos conhecimentos, fazemos nosso o que aprendemos e convertemos em familiares o estudado, senão que também alcançamos, ao final do processo, a excelência que transmite uma profunda satisfação pessoal de domínio e a confiança necessária em nossas próprias capacidades e possibilidades intelectuais: “Isso eu já sei!”.
Um indivíduo que se cultiva em uma área de conhecimento humano acaba assumindo por completo o controle de sua formação e sua motivação. Em lugar de dedicar-se a aprender de memória o conteúdo das matérias, busca os conceitos, os fundamentos, os “porquês” e os princípios subjacentes às mesmas enquanto estuda. Revisa suas debilidades e dificuldades e as corrige até estar seguro de haver superado e compreendido completamente o tema estudado. Estuda porque quer aprender para saber e com um compromisso de eficácia e aperfeiçoamento pessoal, não somente para superar uma prova de concurso.    
A tarefa que desenvolve (estudar) passa a ser uma práxis vital, uma forma de viver, uma ética pessoal. Aprende a desfrutar daquilo que faz e a lograr uma personalidade autotélica: de um indivíduo capaz de estabelecer suas próprias metas e cuja vontade e disposição faz com que a atividade de estudar valha a pena fazê-la por si mesma, se valore por si mesma, independentemente de suas consequências[2]. É a plena convicção de estar desfrutando muito mais da atividade enquanto a realiza e aprendendo muito mais sobre o que estuda do que quando o faz de forma desapaixonada, descomprometida e/ ou instrumental.
É deixar-se levar por uma corrente que concentra toda nossa atenção em um arrebato de energia harmônica, uma sensação de controle sobre nossas atividades e objetivos que eleva-nos por encima de nossas ansiedades e abulia e em que tudo sucede de forma serena, equilibrada e sem problemas. É valorar e sentir entusiasmo por formar parte do processo daquilo que se está fazendo, independentemente de qual seja o resultado desejado. É a inefável sensação de assumir o esforço e a dedicação como uma força positiva e construtiva, e não como uma enorme e pesada carga. Um tipo de conhecimento que, transformando-nos, convertemos em “substância própria” (Epicteto).
Se um indivíduo estuda realmente porque deseja saber, se entende o que quer e quer o que faz, se tem esse objetivo que considera como próprio e ao que quer dedicar-se por si mesmo e não somente por seu valor instrumental, então esse estudo passa a ser parte integral de sua personalidade, a ser sua própria pessoa, sem correr o risco de perder-se nos desvarios de uma mente vagabunda. E todo o conhecimento adquirido - o qual não é possível sem esforço, sem perseverança e, sobretudo, sem interesse e motivação -, uma vez incorporado dentro de um marco geral de valores pessoais, não somente não será olvidado ou descartado do horizonte de quem o possui, senão que seguramente afetará e influirá os mecanismos cerebrais que definem em essência quem somos e quem seremos.
Enfim, que a experiência de estudar para saber, recuperando a tradição do cultivo de si mesmo, exercendo nossas melhores capacidades autotélicas e dando o melhor de nós mesmos para chegar a ser o melhor que podemos chegar a ser, é a maneira mais poderosa para lograr a autonomia do espírito a que se referia Kant e para fazer com que o conhecimento obtido adquira um sentido verdadeiramente transcendente: não somente uma manifestação do que somos capazes de aprender e saber, senão de tudo aquilo que devemos esforçar-nos por chegar a aprender e saber.
É, dito em poucas palavras, a única forma de estudo que dinamiza, enobrece e enriquece o autoconhecimento, a firmeza do espírito, a integridade pessoal e o domínio de si mesmo, “que es donde reside verdaderamente la virtud”. (Montaigne)

Bibliografia mínima
Ansermet, F. y Magistretti, P. (2006). A cada cual su cerebro. Plasticidad neuronal e inconsciente, Buenos Aires: Katz Editores
Baumeister, R. F. & Tierney, J. (2011). Willpower. Rediscovering the Greatest Human Strength, New York: The Penguin Press.
Blakemore, Sarah-Jayne & Frith, Uta (2005). The learning brain, Oxford: Blackwell Publishing Ltd.
Chabris, C. y Simons, D. (2011). El gorila invisible. Cómo nos engaña nuestro cerebro, Barcelona: RBA.
Churchland, P. (2011). Braintrust. What neuroscience tell us about morality, Princeton University Press
Csikszentmihalyi, M. (2008). El yo evolutivo, Barcelona: Ed. Kayrós
Eagleman, D. (2011). Incognito: The Secret Lives of the Brain, New York: Pantheon Books
Haba, E. P. (1995). Pedagogismo y "mala fe": De la fantasía curricular (y algunas otras cosas) en los ritos de la programación universitaria: Un cuadro clínico que no es "constructivo", San José: IJSA.
Jensen, E. (1996) "Brain-Compatible Learning” International Alliance for Learning, Summer 1996, Vol. 3, CA: IAL, Encinitas.
Lamprecht, R., & LeDoux, J. (2004). Structural plasticity and memory. Nature Neuroscience Reviews, 5, 45-53.    
Ledoux, J. (2002). Synaptic self: How our brains become who we are. New York: Viking.
Lilienfeld, S. O. et al. (2010). 50 grandes mitos de la psicología popular. Las ideas falsas más comunes sobre la conducta humana, Madrid: Biblioteca Buridán.

Notas:
[1] É notável a proliferação de “gigantescos” livros jurídicos (especialmente para concursos) com escassa ou quase nenhuma discussão teórica de fundo ou de obras dedicadas a anotações e/ou comentários de textos de lei (e jurisprudências) de uso mais frequente. Na fina observação de Mártires Coelho (1997), nesses “livros de ocasião, cujo peso vai aumentando a cada nova edição, em publicações que se sucedem a espaços de tempo sempre menores – na capa muitos chegam a advertir, honestamente, até que mês do ano estão atualizadas as suas anotações -...” os “textos de circunstância (...) vão se transformando em páginas e páginas, a tal ponto numerosas, que mesmo os seus usuários habituais têm dificuldade crescente em localizar os dispositivos legais anotados” (e às vezes, inclusive, os próprios temas já estudados).
[2] A ação autotélica é uma atividade que compensa por si mesma a quem a realiza e que, por essa razão, proporciona inestimáveis retribuições internas: traz a recompensa em si mesma, nos próprios meios. O processo é o que conta, o caminho é a meta ou parte da meta ( e a meta é um estado mental). Um exemplo importante – ademais de clássico- é o do trabalho: o jovem Marx condenava a alienação do trabalho sob os regimes econômicos de propriedade privada precisamente porque impediam que fosse uma atividade autotélica.

Por Atahualpa Fernandez e Marly Fernandez
Fonte Âmbito Jurídico

COMO FINALIZAR O QUE VOCÊ COMEÇOU

DOIS DIAS

terça-feira, 28 de junho de 2022

VOCÊ SABE RECONHECER UM MANIPULADOR?

Todo mundo usa técnicas de manipulação no dia a dia, mesmo sem perceber. Aprenda a reconhecer as condutas mais comuns desses indivíduos e evite ser manipulado por eles

Já estava decidido: o jantar seria naquele restaurante italiano que você cobiça há meses. Mas, sem você nem sequer notar, o espaguete à bolonhesa perde a vez para uma legítima comida alemã, que seu parceiro escolheu. E quando aparece uma promoção no trabalho perfeita para seu perfil e seu colega afirma, de maneira muito convincente, que a mudança não seria apropriada para você neste momento? Antes mesmo de perceber, você declina o convite da chefia e quem fica com a vaga, claro, é o solícito companheiro de trabalho.
As cenas descritas são fantasiosas, mas poderiam ter acontecido. Isso porque o mundo está cheio de pessoas que manipulam as situações cotidianas de acordo com desejos e necessidades pessoais. “Há muita gente assim no mundo. Mas por meio de suas atitudes, é possível identificá-las e fugir das ciladas que elas preparam”, diz Marie-Josette Brauer, doutora em psicologia e expert em técnicas de persuasão.

Manipuladores criam um problema para depois vender a solução
Mas Marie-Josette pondera que nós todos somos manipuladores em algum momento da vida. “A manipulação é uma ferramenta social. Nós aprendemos a usá-la desde cedo”, exemplifica a psicóloga. “Só vira uma problema quando começa a acontecer repetidamente, com a pessoa manipulando os outros o tempo todo para conseguir o quer, sempre visando o bem próprio”, acrescenta a expert.
“O problema geral da manipulação é que cada experiência prepara o manipulador para fazê-lo mais e melhor”, pontua Sergio Senna, doutor em Psicologia e professor do Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal. “Eles vão explorar qualquer aspecto que considerem adequado para melhorar as chances de sucesso em seus golpes”, complementa Sergio.
Psicólogo e especialista em Terapia Comportamental, Reginaldo do Carmo Aguiar diz que é preciso ter alguns fatores em mente para podermos diferenciar o grau de perigo que esses indivíduos oferecem. “Para avaliar algo como problema é importante pensar nas seguintes variáveis: frequência, duração, intensidade e a intenção da manipulação”, analisa Reginaldo.
Além desses fatores, alguns comportamentos são muito típicos nos manipuladores. Os especialistas apontaram os principais. Confira:

Conhecer as táticas de manipulação é uma maneira de evitar que pessoas mal-intencionadas nos transformem em 'marionetes'

1. Falsos elogios
A habilidade com as palavras é uma competência que o manipulador domina e usa sem dó. “Ele diz na frente de todo mundo para alguém que executou bem uma tarefa: ‘Parabéns, você deve ter passado o fim de semana inteiro fazendo isso’. Parece um elogio, mas na verdade ele está dizendo que a pessoa não dá conta do trabalho durante o expediente”, exemplifica Marie-Josette.

2. Reforço da culpa
Eles fazem as pessoas se sentirem culpadas para conseguir o que querem. “É um sentimento negativo, que motiva as pessoas a tomarem decisões para se livrarem da sensação aversiva que ele traz”, aponta Sergio, ressaltando que o manipulador gosta de se colocar na posição de vítima.

3. Desordem
“É a estratégia do ‘dividir para reinar’. No trabalho, isso aparece naquelas pessoas que lançam, discretamente, dúvidas sobre a competência e a conduta dos colegas, o que acaba provocando conflitos e gerando um ambiente de confusão. O manipulador vai criando uma situação para que ele apareça como a única pessoa sensata”, descreve Marie-Josette.

4. Narcisismo
“As coisas têm que ser do meu jeito porque sou o mais inteligente”. Para Reginaldo, essa frase é típica dos manipuladores e eles realmente acreditam nela. “Nessas pessoas, o comportamento interpessoal mais frequente envolve atitude de grandiosidade; busca incessante por admiração e insensibilidade ao outro”, afirma o psicólogo.

5. Exploração das fraquezas
Sergio diz que um manipulador está sempre em busca do ponto fraco de quem ele quer persuadir. “Eles analisam o comportamento alheio com facilidade em busca de vulnerabilidades a serem exploradas, como a ganância”, identifica o expert, contando que nessa situação é comum pessoas serem manipuladas em golpes que prometem o ganho de muito dinheiro de maneira fácil.

6. Uso de lógica aparente
Para conseguir o que quer, o manipulador usa dados e informações de maneira enviesada. “Por exemplo, um vendedor diz para você comprar um produto porque ele foi aprovado por 95% dos consumidores. Mas não diz que o número de pessoas pesquisadas foi bem pequeno, o que torna a estatística pouco confiável”, constata Marie-Josette.

7. Falso alívio
Estratégico, o manipulador primeiro cria uma dificuldade, para depois oferecer uma "solução". Marie-Josette descreve uma situação que exemplifica esta conduta: “O chefe diz para o subordinado: ‘Você tem que trabalhar o fim de semana inteiro para terminar um projeto’. Quando o empregado reclama, o patrão diz: ‘Então fica só hoje até mais tarde’. O empregado passa a madrugada trabalhando, mas acha que se deu bem”.
E o que fazer depois de identificar um indivíduo com essas características no nosso convívio? Sergio alerta que o mais importante é não tomar nenhuma medida precipitada ao perceber uma tentativa de manipulação. “Lembre-se que o manipulador está atrás de uma decisão. Basta mostrar-se cauteloso nas decisões que ele irá dispensá-lo por conta própria, pois tem uma fila de pessoas desatentas prontas para cair no golpe”, aconselha o especialista.
“Questione sempre e peça mais informações sobre o que o manipulador diz. Confira com outras pessoas se ele está dizendo a verdade. Você acabará descobrindo a tentativa de manipulação ou pelo menos desestimulando o autor dela”, finaliza Marie-Josette.

Por Ricardo Donisete
Fonte iG Comportamento 

ACREDITE NA SUA FORÇA!

segunda-feira, 27 de junho de 2022

A ARTE DA NEGOCIAÇÃO - CAPACIDADE DE ESTABELECER EMPATIA AJUDA ADVOGADO A NEGOCIAR MELHOR


O atributo pessoal mais importante que um advogado pode levar para a mesa de negociações não é sua mente sagaz, nem sua língua afiada. É a empatia, definida como a capacidade de compreender e se identificar com os sentimentos, pensamentos e experiências de outra pessoa, combinada com autocontrole.
“Essa é a receita mais indicada para se obter o melhor resultado em uma negociação, com o benefício adicional de fazer você se sentir mais satisfeito com você mesmo e com seu trabalho”, diz o advogado Andy Mergendahl em um artigo publicado pelo Lawyerist.
Em muitas negociações, o advogado é seu principal oponente. Pensa que sabe negociar – e debater – porque foi bem nas aulas de contencioso na faculdade de Direito. “Mas, na verdade, o sistema contraditório americano, no qual os advogados são treinados, os tornam negociadores muito ruins. Isso acontece porque nossa cultura jurídica criou a imagem obsessiva do advogado guerreiro, sem qualquer sentimento de empatia pela outra parte”, diz Andy Mergendahl.
Para o advogado, a negociação não tem nada a ver com a guerra. É uma busca por resultados que beneficiem as duas partes, da melhor maneira possível. Com essa visão, quando o advogado decide negociar mesmo que duramente, seguindo a lei ao pé da letra, a possibilidade de que a negociação termine em acordo é muito alta.

Negociação não é contraditório
Andy Mergendahl compara uma boa negociação com o Aikidô, uma arte marcial japonesa centrada na defesa pessoal, que não machuca o agressor. Se baseia no princípio da não-resistência, onde o peso do adversário é usado para imobilizá-lo. A abordagem é conhecida como o prolongamento do “ki”, que significa espírito ou energia. Os uniformes dos praticantes trazem uma frase em japonês que se traduz como “a verdadeira vitória é a vitória sobre si mesmo”.
“Eu penso nessa frase, quando estou em uma negociação. Isso me mantém focado no comportamento conciliatório, compreensivo e determinado a chegar ao acordo objetivado pelo cliente e, quem sabe, promover um espírito de cooperação entre as partes no futuro. Isso faz algumas pessoas pensarem que eu não pareço um advogado. Mas o fato é que, por mais compreensivo que me mostre, jamais me esqueço dos interesses de meu cliente”, ele diz.
O advogado diz que, frequentemente em negociações relacionadas a uma demanda ou a um contrato, ouve o colega da outra parte explicar as razões de seu cliente para chegar a um acordo proposto e, é claro, todos os argumentos são a seu favor. “Isso é equivalente a um ataque no Aikidô”, ele diz.
Porém, em vez de contraditar imediatamente as razões do oponente com as razões de seu próprio cliente, que obviamente são opostas, ele explica ao colega que as entende (chegando ao ponto de repeti-las). E diz que, se estivesse no lugar dele, se sentiria da mesma forma.
Então – e só então – ele explica, calmamente, as posições de seu cliente e diz algo como: “Estou certo de que você compreende o que estou dizendo, da mesma forma que eu entendi o que você disse”. Frequentemente, isso funciona como um lubrificante para reduzir o atrito. E, muitas vezes, o caminho para o acordo é aberto e se chega ao objetivo em um tempo razoavelmente curto.

Guerreiro pacífico
“Isso é parecido com o Aikidô porque, de certa forma, eu me esquivo do ataque e uso a própria energia do adversário para colocá-lo em uma posição favorável para as duas partes. Faço o colega perceber que não há problema em abraçar uma solução conciliatória. Procuro ser compreensivo e peço a ele que também seja. E essa é uma abordagem útil para muitos outros tipos de conflitos na vida”, ele afirma.
Mas não se engane, ele ressalva. O advogado tem de saber o que seu cliente precisa conseguir e do que ele pode ou não pode abrir mão. E deve estar pronto para se levantar da mesa de negociação, se despedir e ir embora sem um acordo, se a outra parte não mostrar vontade alguma de fazer qualquer concessão e de buscar uma solução conciliatória.
Mas, se o advogado conseguir sossegar sua mente sagaz e calar sua língua afiada, para se entregar ao desafio de conseguir o acordo que beneficia seu cliente, como ele espera, sua chance de cumprir tal missão é muito mais alta. E talvez você se credencie para usar uma camiseta que diz: “I am a peaceful warrior” (“sou um guerreiro pacífico”), ele sugere.

Por João Ozorio de Melo
Fonte  Consultor Jurídico

ELEGÂNCIA SEM DOR


Dores nas costas, nos ombros, no pescoço e dor de cabeça insistente. "A causa pode estar dentro da sua bolsa", alerta o quiropraxista Felipe Trindade, de São Paulo. Grande ou pequena, o segredo é aliviar o peso que você leva dentro dela. O especialista também mostra a maneira correta de carregar esse acessório para evitar alterações no equilíbrio da postura que desencadeiam desconforto e dor.

1. Faça uma faxina na bolsa periodicamente eliminando o que for desnecessário.

2. Prefira uma bolsa com alça longa e ajustável, que passe por cima da cabeça e cruze a frente do corpo.

3. Coloque celular, chaves e outros objetos de uso frequente nos compartimentos na parte da frente da bolsa. Assim, quando for alcançá-los, você não precisa se esticar muito ou fazer movimentos bruscos, evitando o risco de mal jeito nas costas ou no pescoço.

4. Carregue o laptop ou o tablet em uma mochila, apoiada nos dois ombros. Isso evita sobrecarregar só um lado do corpo.
Por Yara Achôa
Fonte Boa Forma

domingo, 26 de junho de 2022

COMO AS CORES MEXEM COM NOSSAS EMOÇÕES

Quando você pensa em paz, que cor vem a sua mente? Pode ser que você tenha pensado em outras cores, mas, provavelmente, a primeira que surgiu foi o branco, certo?

Se você refletir sobre as emoções primárias como raiva, medo, nojo, alegria, tristeza ou surpresa, vai atribuir uma cor para cada uma delas. Não é interessante perceber como estão conectadas diretamente com as nossas emoções?

Para entender como o cérebro humano identifica as cores e atribui uma sensação ou emoção a elas, contamos com a PSICOLOGIA DAS CORES.

O estudo analisa o comportamento humano em relação às cores e também ajuda a compreender a influência delas em nosso estado emocional.

Por isso, elas são muito usadas por empresas em embalagens para vender produtos; pela publicidade para comunicar ideias e conceitos; ou ainda na ambientação de hospitais, casas e escritórios.

Para ter uma ideia do impacto delas até em nossas decisões, Neil Patel (referência em marketing digital e responsável pelo sucesso de algumas empresas na internet como a Amazon e General Motors) afirmou que a “cor representa até 85% da razão pela você comprou um produto específico”.

Em termos práticos, essa informação compartilhada por Patel reforça que a cor é um elemento fundamental para qualquer projeto, desde a criação de uma identidade visual de uma marca até a escolha de um look para uma entrevista de emprego. O que deve ser considerado é objetivo, ou seja, qual emoção queremos despertar no outro e que reação esperamos como resultado.

Como PENSADORES VISUAIS, podemos (e devemos) usar também as cores para expressar sentimentos, comunicar ideias e criar experiências para aqueles que entram em contato com os materiais que produzimos.

 Quando quiser expressar emoções, as cores são aliadas criativas e poderosas! Algumas dicas para ajudar nesse processo.

🔵AZUL: serenidade, honestidade, inteligência.

🟢VERDE: esperança, equilíbrio, crescimento.

🟡AMARELO: confiança, alegria, criatividade.

🟠LARANJA: energia, jovialidade, amigável.

🔴VERMELHO: raiva, paixão, desejo.

🟣LILÁS: espiritualidade, calma, lealdade.

As cores podem mudar de significado de acordo com cada cultura. Fique atento em relação ao seu objetivo e para quem você irá usar a cor como forma de expressão.

Agora, aproveite esse recurso incrível para se comunicar com mais clareza e emoção!

CICLOS DA VIDA - 7 ANOS

DEUS TE SURPREENDE SEMPRE!

sábado, 25 de junho de 2022

8 REGRAS PARA DESBAGUNÇAR A SUA VIDA E PARA DOMAR A BAGUNÇA

 

Veja quais são e como você pode aplicá-las em sua vida pessoal:

1. Jogue fora o jornal de anteontem.

2. Somente coloque uma coisa nova em casa quando se livrar de uma velha.

3. Tenha latas de lixo espalhadas nos ambientes, use-as e limpe-as diariamente.

4. Guarde coisas semelhantes juntas; arrume roupas no armário de acordo com a cor e fique só com as que utiliza mesmo.

5. Toda sexta-feira é dia de jogar papel fora.

6. Todo dia 30, por exemplo, faça limpeza geral e use caixas de papelão marcadas: lixo, consertos, reciclagem, em dúvida, presentes, doação.

Após enchê-las, jogue tudo fora.

7. Organize devagar; comece por gavetas e armários e depois escolha um cômodo, faça tudo no seu ritmo e observe as mudanças acontecendo na sua vida.

8. Veja uma lista de atitudes pessoais capazes de esgotar as nossas energias. Conheça cada dessas ações para evitar a "crise energética pessoal".

 

APRENDA...

ADUBAR OS SONHOS

VOCÊ

 

EU AINDA POSSUO!

quarta-feira, 22 de junho de 2022

INTERNET SEGURA: COMO PROTEGER MEUS DADOS NA REDE?

Confira cinco dicas do Idec para evitar que suas contas de e-mail, redes sociais etc. sejam invadidas ou suas informações vazadas na rede

O surgimento de novas plataformas tecnológicas traz diversos desafios para manter a segurança dos usuários. Cada vez mais conectados, os consumidores cadastram seus dados em uma série de serviços online, muitas vezes sem se preocupar com a vulnerabilidade das informações. Mas os riscos existem.
Plataformas como Dropbox, Last.fm e Yahoo já foram alvos de ataques de hacker no mundo inteiro. Entre as informações roubadas havia nomes, senhas, endereços de e-mail, números de telefone, entre outros dados que podem ser comercializadas na deep web – zona da internet que não pode ser detectada facilmente nos mecanismos de busca, repleta de atividades ilegais.
A seguir cinco dicas para navegar de forma mais segura na internet.

Conta segura
O primeiro passo para ter uma conta segura é verificar se ela já foi invadida alguma vez e se seus dados estão vulneráveis. Para isso, consulte o site haveibeenpwned.com (em inglês), criado pelo australiano Troy Hunt, diretor regional da Microsoft. Basta inserir seu endereço de e-mail e clicar em "pwned". Automaticamente, o site verifica se a conta está na lista de mais de 1 trilhão de e-mails hackeados nos últimos anos.
Caso apareça a frase "Good news — no pwnage found!", o endereço fornecido não foi afetado, e é possível criar um alerta automático, caso o e-mail apareça em futuros vazamentos. Já se o resultado for "Oh no — pwned!", o endereço está comprometido. Nesse caso, é importante mudar imediatamente sua senha nos serviços mais utilizados, como conta de e-mail e redes sociais.
Uma dica importante é criar senhas fortes que misturem letras, números e formem uma frase. Por exemplo: AmoPizza60. Também é recomendável trocar periodicamente as senhas.
Vale lembrar que não é seguro utilizar a mesma frase em todos os serviços. Se tiver medo de esquecê-la, anote-a em um papel (não no computador, pois ele também pode ser invadido) e deixe em um lugar seguro.

Validação dupla
Os serviços de e-mails e algumas redes sociais possuem um sistema que avisa o usuário, por mensagem SMS ou e-mail, caso a conta tenha sido acessada por um computador ou navegador novo, ou seja, que ele não reconhece.
O Facebook também possui um recurso em que você escolhe de três a cinco contatos confiáveis para receberem um código e uma URL da rede social para ajudá-lo a efetuar login novamente caso sua conta seja invadida.

Whatsapp mais seguro
Após ser invadido por hackers em 2017, o popular aplicativo de mensagens instantâneas mudou suas configurações para dar mais segurança aos usuários.
A versão possui um recurso complementar que aumenta a proteção da conta. Ele segue a lógica da validação dupla. Contudo, em vez de mandar um e-mail ou SMS com o aviso de acesso, exige que o usuário insira uma senha adicional para que o WhatsApp funcione em outros smartphones. Assim, em caso de clonagem do chip, não será possível habilitar uma nova conta informando apenas o código de segurança padrão.
Para ativar o recurso, você deve acessar as configurações do aplicativo. Nela, selecione a opção "Verificação em duas etapas" e clique em "Ativar". O aplicativo vai pedir para inserir uma senha numérica e confirmá-la. É possível informar também uma conta de e-mail para a recuperação da senha, assim será possível acessar o WhatsApp de outro dispositivo caso esqueça o código de acesso.

Cadastro completo
Possivelmente, ao baixar um novo aplicativo ou iniciar registro em um site, você já deparou com a opção de se cadastrar com a conta de sua rede social, principalmente do Facebook, em vez de fazer um novo cadastro.

Apesar de cômoda, essa opção não é recomendável, pois as redes sociais possuem uma vasta quantidade de dados pessoais armazenados. E são nesses dados que as empresas estão interessadas quando dão essa opção de cadastro rápido ao usuário. Você está disposto a compartilhá-los com elas? Antes de responder, lembre-se de que a segurança de muitos sites e aplicativos é baixa e, portanto, estes podem ser facilmente invadidos.

Objetos inteligentes
Também é importante ter cuidado com objetos que se comunicam e interagem via internet, como carros autônomos, aparelhos de saúde ou de monitoramento de atividades físicas. Esses produtos podem coletar e enviar informações pessoais sem seu conhecimento, representando riscos a sua segurança.
Para não se expor demais, procure ler a política de privacidade, observando se concorda com os dados que são coletados e com quem são compartilhados; desligar opções de rastreamento e de comando de voz, que habilita microfones e gravações; e manter o dispositivo desligado quando não estiver sendo utilizado.
Veja mais dicas na Cartilha de Segurança para Internet, do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) - https://cartilha.cert.br/livro/cartilha-seguranca-internet.pdf.

Fui vítima e agora?
Em casos mais graves, como vazamento de fotos íntimas, dados de cartões de crédito ou outros danos causados por falhas de segurança, por exemplo, o consumidor pode exigir reparação aos provedores do serviço com base no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor e no artigo 21 do Marco Civil da Internet. Eles são responsáveis mesmo se não tiverem causado o problema e independentemente de o serviço ser pago ou gratuito.
O primeiro passo é contatar os provedores por meio de seus canais de ajuda. Caso o problema não seja resolvido, procure os órgãos de defesa do consumidor ou ingresse com ação de reparação no JEC (Juizado Especial Cível).
Fonte Idec

6 TENDÊNCIAS SOBRE O FUTURO DO TRABALHO QUE VOCÊ PRECISA CONHECER


Vivemos um momento de muitas transições/mudanças, mas uma das mais significativas é a Revolução Digital. O mercado de trabalho, assim como tantas outras áreas, é diretamente afetado por tudo o que vem acontecendo.
A Cia de Talentos realizou um estudo para entender de que forma a Revolução Digital e outras mudanças em curso já afetaram (e ainda irão afetar) o mercado e as relações de trabalho. Como resultado dessa pesquisa, nasceram as “6 Tendências do Futuro do Trabalho” que você vai conhecer agora:

1) Adaptar-se é preciso: os avanços da tecnologia exigem das empresas e pessoas uma capacidade de adaptação cada vez maior. Apesar do ambiente complexo e hierárquico das organizações ainda não possibilitar que as respostas sejam dadas na velocidade necessária, estamos caminhando para isso. Você está pronto para trabalhar de forma mais autônoma e descentralizada (hierarquia horizontal)? Você é do tipo que pergunta tudo para o chefe ou gosta de se desafiar e correr atrás das respostas?

2) Prepare-se para nunca estar pronto: vivemos em um ambiente veloz e de alta imprevisibilidade. Não há mais tempo para tirar uma ideia do papel só quando estiver “redondinha”, até porque, em um piscar de olhos ela poderá ficar ultrapassada. Temos que aceitar que daqui em diante tudo o que desenvolvermos terá prazo de validade. Sempre haverá algo para fazer diferente, para melhorar e a ser aprendido. Experimente, arrisque! E se errar, aprenda a aceitar os erros (eles fazem parte do processo de aprendizado) e seguir em frente!

3) Faça você mesmo: o estudo apontou também que há um esgotamento do modelo tradicional de trabalho, pessoas buscam não só um emprego, mas um trabalho com propósito (um objetivo maior). Por outro lado, nas empresas, os desafios são cada vez mais multidisciplinares, complexos e velozes. Não dá mais para cada um ficar dentro da sua “caixinha” e resolver só os problemas da sua área. Aparentemente, trabalhar por projeto e com equipes multidisciplinares é a solução para esse impasse. Você está preparado para isso?

4) Vá além do óbvio: para resolver os problemas multifacetados enfrentados hoje pelas organizações e para encarar os desafios trazidos pelo rápido avanço da tecnologia, não basta apenas o conhecimento cognitivo tradicional – raciocínio matemático, linguagens etc. É preciso desenvolver também os saberes artístico, socioemocional e holístico. Amplie seu repertório, busque cursos/textos/filmes/livros fora da sua área de atuação, vá a lugares em que não se imagina, conheça gente diferente… Tudo isso, mesmo que não pareça, poderá te dar as respostas para novos problemas. Qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Pense nisso!

5) Pensamento sustentável: você está enganado se acredita que aqui vamos falar apenas da construção de uma relação sustentável com o meio ambiente. Isso é o mínimo. Precisamos construir relações equilibradas, de ganha-ganha, com todos a nossa volta: clientes, fornecedores e sociedade. Para isso, a capacidade de colaboração, o trabalho em equipe e a vontade de gerar uma experiência positiva para o outro são essenciais. Quando você sugerir uma solução para um desafio, costuma se perguntar se é realmente boa/justa para todos os envolvidos?

6) Capacidade de RealizaAÇÃO: entregar apenas um simples produto ou serviço já não é mais suficiente. Hoje, as empresas precisam criar experiências de impacto e fazer o cliente se sentir parte do todo. Mas como conseguir isso? A resposta está na observação, na capacidade de “vestir o sapato” do outro, de entender o problema por ele vivenciado e a partir disso agir. Criar soluções. Quer um exemplo? Na última semana, a foto de um pote com saches de catchup e uma tesoura no meio em uma lanchonete, chamou muita atenção em uma rede social. Uma ideia simples, não? Sim, mas com certeza quem a colocou em prática, primeiro, precisou observar a dificuldade dos clientes para abrir os saches. E aí, já parou para pensar como o seu trabalho pode contribuir para a solução de problemas cotidianos?
Por Equipe Cia de Talentos
Fonte Chega Mais

5 VANTAGENS QUE TESTES DE PERSONALIDADE TRAZEM PARA CARREIRA

Ferramentas que mapeiam personalidade são comuns em processos de seleção, confira quais os benefícios que este tipo de teste traz para a sua carreira

Conhecer fatores de motivação é fundamental para acertar nas escolhas de carreira, diz especialista

É comum certo receio na hora de fazer um teste de personalidade, principalmente quando ele está atrelado a algum processo seletivo para uma oportunidade profissional. E isso acontece bastante, já que muitos profissionais de recrutamento costumam adotar ferramentas deste tipo para selecionar profissionais.
A explicação para o medo de encarar as perguntas que identificam o perfil pessoal comportamental pode ser etimológica. “A própria palavra teste pressupõe um parâmetro de adequação, parece que existe um certo e errado”, diz a psicóloga Giselle Mueller-Roger Welter, responsável técnica por um teste de personalidade, o Human Guide, apresentado durante o CONARH, que começou ontem em São Paulo.
Mas afinal, quais benefícios o profissional terá para a sua carreira (ou para o planejamento dela) ao encarar um teste de personalidade? É o que EXAME.com perguntou a Giselle. Confira cinco vantagens citadas pela especialista:

1 Conhecer o “DNA motivacional” traz autoconhecimento
“Não existe certo e errado quando se fala em personalidade. E o instrumento, no caso o teste, vai mapear o perfil da pessoa”, lembra Giselle. Ao encarar o teste e o seu resultado, o profissional vai dar um passo importante em direção ao autoconhecimento, segundo a especialista.
Vale destacar que o sucesso e a satisfação na carreira são, na maioria das vezes, resultantes da sintonia entre o desempenho da atividade e o perfil motivacional do indivíduo.
Assim fica claro que se conhecer, saber o que o inspira e o motiva para levantar todos os dias e ir trabalhar é parte fundamental deste processo. Isso porque, a partir da percepção dos fatores de motivação é possível ajustar a rota de carreira e aproximar-se daquilo que realmente faz sentido na sua vida.

2 Compreender a trajetória passada
“Agora eu entendo”. Sim, ao entrar em contato com motivadores e entender os contornos da sua personalidade, muito provavelmente movimentos, situações e conflitos ganharão a luz necessária para o seu real entendimento.
Uma pessoa que tenha se exposto muito em determinadas situações de trabalho pode compreender melhor suas ações ao perceber que a necessidade de atenção é um traço da sua personalidade. Ou seja, segundo Giselle, o resultado do teste vai organizar melhor a percepção que ela tem dela mesma.
Isso acontece porque ao entender o próprio funcionamento o profissional consegue traduzir o seu comportamento para o contexto da sua carreira. Conflitos profissionais, trocas de emprego e escolhas no passado podem ter mais relação com sua personalidade do que você imagina.

3 Fazer escolhas mais conscientes
“Ao identificar fatores de automotivação, a pessoa terá mais condições de avaliar se determinada tarefa vai trazer satisfação ou não”, diz Giselle.
Ou seja, a oferta de emprego pode ser boa em termos financeiros, mas se trouxer no “job description” uma atividade que você sabe que é altamente desmotivante para você, as chances de cair em uma cilada vão diminuir bastante.

4 Optar por fazer os ajustes necessários
Uma pessoa tímida e retraída que perceba que dentro da sua área de atuação ser expansiva é um valor social poderá fazer ajustes em seu comportamento para não se prejudicar.
“Esse profissional pode fazer um esforço no sentido de tomar ações para fazer as pazes com situações de exposição social caso perceba que sua timidez o atrapalha na hora de batalhar por uma promoção, por exemplo”, diz Giselle.
É claro que não haverá mudança na sua natureza, mas, de acordo com a especialista, é possível, nesse caso, trabalhar uma “expansividade instrumental”.

5  Aumento da tolerância
O olhar mais atento para a sua personalidade poderá trazer vantagens para o relacionamento interpessoal. “Ao me conhecer, passo a entender mais as outras pessoas e fico mais tolerante”, diz Giselle.
Por exemplo, você é uma pessoa mais sensível e tem um colega de trabalho extremamente objetivo. Ao se conhecer, fica mais fácil conhecer o outro e o resultado é que é menos provável que o modo de agir dele seja encarado como ofensivo. “Com melhor entendimento, a pessoa não se sente agredida pela objetividade dele”, diz Giselle.

Por Camila Pati
Fonte Exame.com

SUA PAZ


terça-feira, 21 de junho de 2022

MULHERES EM JORNADA INTEGRAL: HOME OFFICE EVIDENCIA DESEQUILÍBRIO DE GÊNERO


A modalidade de home office possibilitou a sobrevivência de milhares de empregos no período de quarentena. Se tornou, assim, um privilégio aos que podem continuar exercendo suas funções na segurança de suas casas, em meio a uma pandemia.
Em situações de crise, é importante a análise dos diferentes reflexos de uma mesma situação para homens e mulheres, já que a igualdade garantida na Constituição Federal, ainda não quebrou as barreiras culturais para alcançar seu cumprimento.
Para muitas mulheres, a casa ainda é sinônimo de trabalho doméstico e cuidado com outras pessoas. Com o isolamento social, em que escolas estão fechadas e empregados domésticos não estão trabalhando, há o desafio de incluir, neste mesmo espaço, suas vidas profissionais.
Antes da pandemia, mulheres gastavam em média, o dobro de horas semanais em atividades domésticas e de cuidados com pessoas, em relação aos homens, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Com a pandemia, a tendência é que as mulheres estejam ainda mais sobrecarregadas.
São nos momentos de crise que o abismo entre homens e mulheres se evidencia e o machismo estrutural se torna um agravante dentre tantos desafios impostos pela pandemia, em vista que, administrar trabalho, atividades domésticas e filhos simultaneamente, se tornou a realidade de muitas mulheres em quarentena, independente dos cargos que ocupam e de classe social.
Diante deste cenário, dentre os trabalhadores em home office durante a crise do coronavírus, as mulheres são as mais prejudicadas, já que em tempos de contenções de custos e demissões em massa, a produtividade se torna um fator importante para sobrevivência no mercado de trabalho, e a sobrecarga imposta às mulheres pode afetar substancialmente o desempenho em suas atividades laborais.
Historicamente, as lutas das mulheres por conquistas de direitos em sociedade, sempre estiveram atreladas à desvinculação das limitações das obrigações domésticas. Atualmente, mesmo após a conquista de espaço e reconhecimento no mercado de trabalho, os resquícios de um tempo não muito distante, faz com que mulheres acumulem os papéis do passado com as conquistas do presente.
O estereótipo da mulher que consegue conciliar várias atividades ao mesmo tempo, também é reflexo do machismo estrutural e colabora com o afastamento de mulheres do mercado de trabalho, já que, se essa capacidade fosse real, haveria igualdade com os homens em cargos de alto escalão, políticos e no empreendedorismo.
A distinção de gênero não é mais compatível à sociedade atual. Para se possibilitar a equidade no mercado de trabalho, é necessário reconhecer e respeitar os limites das mulheres nas obrigações de suas vidas privadas, deixando de romantizar o papel da mulher que consegue dar conta de tudo e permitindo que elas sejam protagonistas de suas próprias vidas.
O cenário de crenças limitantes de uma cultura em que as maiores posições no mercado de trabalho são voltadas para homens, inviabiliza as mulheres e as levam a acreditar que são incapazes ou inferiores. A quarentena não é o momento de impor às mulheres a serem multitarefas, é o momento de homens e mulheres se conscientizarem de seus papéis, responsabilidades e limites, na vida profissional e doméstica, para a construção da equidade de gênero e consequentemente de um mercado de trabalho mais justo e coerente com o momento vivido. 
Por Laís Menezes Garcia
Fonte JusBrasil Notícias

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA AS MUDANÇAS QUE ESTÃO ACONTECENDO NO MERCADO DE TRABALHO?


A crise econômica é apenas um dos fatores que estão influenciando mudanças no mercado de trabalho. O rápido avanço da tecnologia tem permitido o surgimento de novos modelos de negócios, que exigem uma nova postura de profissionais e empresas para sobreviverem no mercado. Por isso, é importante olhar para as transformações em curso e observar o quanto você está preparado para manter sua empregabilidade no futuro.
Para te ajudar nesse exercício, vou compartilhar aqui seis tendências do futuro do trabalho que a área de inovação de uma das empresas do Grupo DMRH identificou. Vamos lá?

Caminhos Adaptativos – Os avanços da tecnologia exigem das empresas e pessoas uma capacidade de adaptação cada vez maior. As decisões precisam ser tomadas rapidamente, sem enfrentar os obstáculos hierárquicos que tornam o processo de mudança lento. Você está pronto para trabalhar de forma mais autônoma, em uma hierarquia horizontal?  Você é do tipo que pergunta tudo para o chefe ou gosta de se desafiar e correr atrás das respostas?

Para Sempre Beta – A única maneira de acompanhar a velocidade das mudanças é aceitar que nunca estaremos 100% prontos. Se ficarmos muito tempo elaborando uma ideia, a chance de alguém colocá-la em prática antes ou de ela ficar ultrapassada é grande. Você costuma experimentar e arriscar? Vê o erro como uma oportunidade de desenvolvimento ou como um fracasso?

Carreiras Faça Você Mesmo – A relação tradicional de trabalho entre empresas e profissionais está se esgotando. Já há muitas pessoas procurando caminhos para se sentirem mais realizadas. Você está preparado para trabalhar por projeto e em equipes com pessoas de diferentes áreas? (Veja o que já postei sobre isso)

Mentes do Futuro – Os desafios da sociedade atual demandam muito mais do que raciocínio lógico. Você tem buscado viver experiências diferentes e ampliar seu repertório? Há quanto tempo fez algo pela primeira vez? Ir ao cinema, a exposições, shows, ler livros que não têm nada a ver com sua atividade profissional são coisas que você costuma fazer?

Pensar Ecológico – A economia colaborativa, que já emerge, deve se consolidar, levando à construção de relações mais equilibradas. Quando pensa em uma solução para um desafio, costuma se perguntar se é realmente boa e justa para todos os envolvidos?

Conect-Ação – Entregar apenas um simples produto ou serviço já não é mais suficiente. As empresas precisam criar experiências de impacto e fazer o cliente se sentir parte do todo. Por meio do seu trabalho, você pensa ou entrega soluções que geram conexão de verdade? Ao pensar em um produto, serviço ou dilema na gestão de suas equipes, o quanto você realmente “calça o sapato” dos seus clientes/consumidores/colaboradores?
Muitas pessoas já devem estar sentindo o impacto de algumas dessas mudanças em seu dia a dia. Mas acredito que organizá-las e discuti-las nos ajude a analisar o quanto estamos próximos ou não dessa realidade.
Por Sofia Esteves
Fonte Veja.com