segunda-feira, 31 de maio de 2021

OS DEZ MANDAMENTOS DO ADVOGADO QUE É EMPREENDEDOR


1. Ser perseverante
Implementar o seu sonho não é tão fácil quanto você pensa que é. Leva anos. E muito mais se você não se manter focado, organizado e entender que você não conseguirá crescer de verdade se não arriscar de vez em quando, enquanto mantém a cabeça no lugar nos momentos de crise.

2. Saber valorizar o trabalho em equipe
Um pequeno escritório nunca tem internamente todos os recursos que precisa. Portanto, é essencial ter uma equipe de pessoas que possa pedir ajuda quando os problemas e dificuldades aparecerem. Tenha mentores para as áreas de marketing jurídico, finanças, produção jurídica, recursos humanos, tecnologia e toda área que você julgar necessário.

3. Manter o foco
Um escritório de advocacia só consegue prosperar quando se mantém focado naquilo que ele sabe fazer de melhor. Não insista na clínica geral, no “fazer tudo para todos”.

4. Manter-se constantemente informado
Todos os dias acontecem eventos que afetam os negócios dos seus clientes. Se você quer realmente prestar um excelente serviço jurídico, você precisa manter-se atualizado sobre as tendências do mercado, jurídico ou não, e implementá-las antes mesmo de o seu cliente saber. O conhecimento pode diferenciar você dos seus concorrentes.

5. Entender que comunicação é chave para o sucesso
Tenha certeza que você sempre fala de uma maneira clara, simples e consistente. Todo e qualquer processo de comunicação envolve documentar o que aconteceu entre você e o seu cliente para que não exista qualquer mal-entendido no futuro. Ambos os lados devem estar sempre cientes sobre as respectivas expectativas

6. Entender que dinheiro é fator crítico
É sempre bom tratar as finanças do escritório com o rigor necessário e reservar uma verba para os eventos que você não imagina que possam acontecer. Por outro lado, não tenha medo de investir dinheiro onde você acredita que trará retorno.

7. Ser honesto e íntegro o tempo todo
Acima de tudo, você precisa ser verdadeiro. Desonestidade é sinal de fraqueza, sem mencionar que é a pior estratégia de marketing que pode existir. Se os seus clientes souberem que você será sempre verdadeiro com eles, nunca terão dúvidas sobre acreditar em você. Uma excelente reputação jurídica leva anos para desenvolver, mas segundos para ser destruída.

8. Ser um aprendiz sempre
O mundo está em constante movimento, e para você adaptar-se a ele e manter-se à frente dos seus concorrentes, você precisa ser um eterno aprendiz. Aprenda sobre economia, sobre gestão, sobre negócios, sobre biotecnologia, sobre tecnologia, sobre a Floresta Amazônica. Aprenda! Aprenda! Aprenda!

9. Trabalhar pelo sucesso dos outros
Nunca esqueça o porquê de um advogado existir: ajudar os clientes a resolver os problemas que eles têm. E lembre-se: “faça o bem e jogue no mar”. O que vai, volta!

10. Fazer Marketing Jurídico
Nunca pare de fazer o marketing do seu escritório. Procure constantemente por novos negócios dentro dos atuais clientes, novos clientes e novos mercados para servir. Inove!

Assim, em um mundo sem heróis e de conceitos deturpados sobre o bem e o mal, prevalece a máxima socrática: conhece-te a ti mesmo. Conhecendo nosso espírito e buscando a luz do mundo (conhecimento e repertório), seremos o que desejamos: pessoas dispostas a mudar a ordem do tempo e das coisas. Se as coisas estão difíceis na profissão, se os contratos não estão sendo fechados como gostaria e tudo demora tempo demais, atitudes são possíveis de ser tomadas com planejamento, ética e ação. Inovar na advocacia é como o sangue que corre nas veias: não pode parar sob pena de falência dos órgãos vitais. A mudança depende de nós e de nossa alma. Isso e nada mais.

Por Rodrigo D’Almeida Bertozzi  & Lara Selem
Fonte Consultor Jurídico

QUAL É A FINALIDADE DO INVENTÁRIO NEGATIVO?


É comum escutarmos que alguém teve que dar entrada em um processo de inventário por conta de partilha de bens. Mas há ainda a possibilidade de se promover o inventário negativo.

O que vem a ser um inventário negativo?
Inventário negativo é um procedimento utilizado nos casos em que o de cujus (falecido) não deixa bem algum, sendo necessário que os herdeiros obtenham uma declaração judicial ou escritura pública (vias cartorárias - extrajudicial) sobre a situação.
Segundo o advogado paranaense Yassim[1] (2012), o inventário negativo é a maneira de se comprovar a inexistência de bens em nome do falecido, quando necessário. E apesar de não estar contido no CPC é uma medida aceita pela doutrina e jurisprudência.
Coadunando ao conceito acima exposto, vale observar as palavras do doutrinador BARROS[2] ao mencionar que

Pode acontecer que um morto não deixe bens e que seu cônjuge ou os seus herdeiros tenham necessidade da certeza jurídica desse fato. O meio jurídico de positivar isso é recorrer o interessado ao inventário negativo. Muito embora o Código não o discipline, o inventário negativo é, às vezes, uma necessidade do cônjuge sobrevivo ou dos herdeiros. Por isso, os juízes e a praxe o admitem como o modo judicial de provar-se, para determinado fim, a inexistência de bens. (BARROS, 1993, grifo nosso).

Necessidade esta que perfaz as exigências legais e administrativas. E é imprescindível ao cônjuge supérstite e aos herdeiros. Mas qual é a finalidade do inventário negativo?
Há algumas situações em que o presente instituto vem sendo aplicado, ou seja:
Responsabilidade além das forças da herança (art. 1.792 do Código Civil): quando o de cujus tiver deixado credores (dívidas). Neste caso, a lei é precisa em informar que “os herdeiros não respondem por encargos superiores às suas forças”. Desta forma, o inventário negativo pode ser utilizado pelos herdeiros como forma de comprovar a inexistência de bens.

Substituição Processual: quando houver processo em curso no qual o de cujus era parte (polo ativo ou passivo). Cabe após a morte deste a necessidade de habilitação no processo do inventariante e/ou dos sucessores. O que gera mais uma possibilidade de promover o inventário. Contudo, para o ingresso como inventariante nem sempre há a exigência de adentrar com o inventário.
Outorga de escritura a compromissários compradores de imóveis vendidos pelo autor da herança, enquanto vivo;
Baixa fiscal ou encerramento legal de pessoa jurídica de que o falecido era sócio, e sem movimentação;
Viúvo (a) que deseje contrair novas núpcias (art. 1.523 do Código Civil): apesar do disposto no artigo 1.523 de CC, na prática não há um nexo para a exigência do inventário negativo, é apenas uma faculdade, uma vez que não há bens a partilhar entre os herdeiros.
Por todo o exposto, vale ressaltar que o inventário negativo apesar de não estar previsto na legislação, na praxe jurídica é aplicável e visa evitar embaraços futuros ao cônjuge supérstite e aos herdeiros. Além de ser um procedimento mais simples e ágil. Podendo ser por meio judicial ou extrajudicial.

[1] YASSIM, Osmar. Hipóteses para abertura de inventário negativo. Publicada em: 06 fev 2012. Disponível em: http://www.paranacentro.com.br/noticia.php?idInsercao=8324. Acesso em 15 jan 2014.
[2] BARROS, Hamilton de Moraes e. Comentários ao Código de Processo Civil: lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 4. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1993, v. 9.

Por Erika Nicodemos Advocacia
Fonte JusBrasil Notícias

sábado, 29 de maio de 2021

COMO CONTROLAR A ANSIEDADE


A ansiedade é uma característica que antecede momentos que existem perigos reais ou imaginários e que acaba desencadeando sensações desagradáveis, como uma sensação de vazio no estômago e aceleração dos batimentos do coração. Quem nunca sentiu esses sintomas? Contudo é preciso dominá-la, e não deixar que ela acabe nos dominando.
Atualmente a Ansiedade está sendo um dos principais problemas que enfrentamos. Fatores como a nossa Vida agitada, pressão e até mesmo o stress quando somados acabam gerando esta doença que tanto prejudica a nossa qualidade de vida.
Algumas dicas para ajudar a controlar a ansiedade e viver melhor: antes de qualquer coisa, acabe com aquele “se” que insiste em aparecer quando você antecipa uma situação. Identifique esses momentos e registre-os. Avalie qual a probabilidade desses pensamentos se concretizarem e tenha fé em sua capacidade de reagir diante dos problemas.
Preste atenção na sua respiração e dedique alguns minutos do dia para um exercício para respirar com mais consciência.
Seja flexível e não se deixe levar pela emoção. Não fuja dos problemas, faça de uma avaliação real do que está acontecendo e por fim, deixe de criar tantas das expectativas sobre si mesma.
 
Fonte Brincadeira de Mulher

10 FORMAS CIENTÍFICAS DE SER FELIZ

7 REGRAS CARDINAIS PARA VIDA

VOCÊ

sexta-feira, 28 de maio de 2021

COMO ABRIR UMA SOCIEDADE UNIPESSOAL DE ADVOCACIA?

 

Com a promulgação da Lei 13.247, de 2016, os profissionais de Direito conseguiram uma nova forma de formalizar seu escritório sem precisar investir em uma sociedade simples de advogados, através da sociedade unipessoal de advocacia.

Através da sociedade unipessoal de advocacia, escritórios constituídos apenas por um sócio encontram respaldo na legislação, tendo os mesmos direitos de um escritório implantando na modalidade de pessoa jurídica.

A sociedade unipessoal de advocacia é uma empresa individual, ou seja, só pode ter um titular, que deve ser formado em Direito e não ter nenhum impedimento para manter suas atividades. Além disso, o advogado não pode ter participação em outro tipo de sociedade relacionada ao Direito, como uma sociedade simples, por exemplo, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, e seu escritório não pode ter características das sociedades empresariais como adotar um nome fantasia, ou mesmo praticar qualquer atividade estranha à profissão.

Quando se trata de responsabilidade, o advogado responde de forma ilimitada por possíveis danos gerados no exercício da profissão.

Em relação ao nome do escritório, ele deve ser composto pelo nome do titular acrescido da denominação final de “Sociedade Individual de Advocacia”, conforme estabelece o estatuto da OAB.

Através da sociedade unipessoal de advocacia, o profissional poderá pagar seus impostos de forma unificada, através do Anexo IV do Simples Nacional, recolhendo os tributos federais, estaduais e municipais através de uma única guia, podendo ter um faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.

Conforme dito acima, esse tipo de sociedade de advogados é enquadrado no Anexo VI da Tabela do Simples Nacional, estando, portanto, incluída na modalidade de Serviços, pagando alíquotas que se iniciam em 4,5% podendo chegar a 33% em caso de faturamento entre R$ 3,6 milhões à R$ 4,8 milhões de reais, de acordo com a tabela apresentada pelo regime tributário.

De uma forma geral, através desse tipo de empresa, o advogado terá, a princípio, maior economia no recolhimento de impostos, servindo, principalmente, para advogados principiantes que, como profissionais liberais, devem pagar 27,5% de Imposto de Renda sobre seus rendimentos em grande parte dos casos.

Importante: O anexo IV está sujeito a contribuição patronal de 20% sobre o Pró-labore dos sócios e folha de pagamento. Por isso, é importante consultar um contador para estudar a viabilidade do regime simplificado de tributação para a sua Sociedade Unipessoal de Advocacia. 

Como registrar uma Sociedade Unipessoal de Advocacia

O registro da sociedade unipessoal de advocacia deve ser feito no Conselho Seccional da OAB em que o profissional de Direito estiver inscrito, devendo fazer também as alterações posteriores antes de solicitar a atualização em outros órgãos.

As etapas para abrir esse tipo de sociedade são as seguintes:

1.      Razão social: a sociedade unipessoal de advocacia deve ter o nome do advogado titular, agregado ao tipo de empresa, ou seja, apresentando sua classificação como sociedade individual de advocacia, não sendo permitida a utilização de nome fantasia ou qualquer sigla;

2.  O objetivo social deve ser a prestação de serviços de advocacia, podendo detalhar o ramo do Direito que será praticado;

3. O prazo de duração deve ser indeterminado, a partir da data de registro do ato de constituição;

4. No ato de inscrição na OAB é necessário informar o endereço onde os serviços serão prestados, além do valor do capital social e das especificidades de sua integralização.

A partir do momento em que a sociedade unipessoal de advocacia estiver registrada junto à OAB, o profissional poderá fazer a solicitação do CNPJ — Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, junto à Receita Federal.

Conseguido o CNPJ, o advogado deverá fazer o registro na Prefeitura Municipal da cidade onde o escritório estiver instalado. Quando tudo estiver aprovado, o profissional poderá realizar todas as suas atividades, de forma legal, atuando como pessoa jurídica.

O advogado somente deve atentar para que a Sociedade Unipessoal de Advocacia é uma empresa individual, ou seja, está devidamente separada das exigências por parte da Receita Federal como pessoa física, pois agora ele é uma personalidade jurídica.

É muito importante que o advogado conte com os serviços de um escritório de contabilidade para cuidar de toda a burocracia necessária. Além disso, é de suma importância que o advogado saiba que Escrituração Contábil e Fiscal é obrigatória para as sociedades de advogados. Sendo assim, todas as obrigações acessórias contábeis e fiscais referentes ao escritório devem ser geradas e transmitidas ao Fisco. Essas atividades são prerrogativas do contador, por isso, é imprescindível contar com o apoio deste profissional.

Por Suzanna Borges de Macedo Zubko

quinta-feira, 27 de maio de 2021

COMO EXPANDIR A ATUAÇÃO DO SEU ESCRITÓRIO?


Ações de marketing são eficientes para quem quer expandir a atuação, no entanto, é necessário observar às restrições do Código de Ética.
Para quem quer ampliar a atuação de seu escritório jurídico, investir em ações de marketing é sempre uma boa estratégia. No entanto, o marketing aplicado à área jurídica não se resume apenas a métodos de divulgação dos serviços prestados. Em razão das restrições previstas no Estatuto da Advocacia (Lei n.º 8.906/94)é preciso ser cuidadoso na hora de divulgar seu trabalho. Condutas como vincular atividades jurídicas a outras atividades ou anunciar valores dos serviços prestados são práticas vedadas pelo Estatuto.
Separamos algumas ações que podem auxiliar nas atividades de prospecção gerando maior reconhecimento ao seu escritório e às suas atividades.

Invista em imagem e conteúdo
A escolha de um profissional da área jurídica ou de um escritório muitas vezes é motivada pela confiabilidade. Por isso, contar com uma boa imagem para transmitir confiança aos seus clientes e potenciais clientes é essencial.
Investir em uma identidade visual para o seu escritório pode ser uma ótima alternativa para chamar a atenção dos serviços prestados. Contar com um logotipo elaborado por profissionais especializados e investir na imagem de seu site podem também ajuda-lo a ampliar seu campo de atuação.
Gerar conteúdo, por meio de blogs e sites de referência, é um caminho que pode proporcionar bons resultados. Além de demonstrar o conhecimento profissional sobre um determinado assunto, pode chamar a atenção de novos clientes que estejam procurando soluções ou estratégias para alguma questão jurídica pontual.
Participar de palestras e eventos sobre a área que pretende atuar também é uma forma de expor seu trabalho e se colocar em contato com novos clientes.

Excelência na prestação de serviços e bom relacionamento com cliente
A excelência na prestação dos serviços jurídicos e um bom relacionamento com o cliente podem trazer inúmeras indicações para seu escritório. Mesmo com muitos recursos de marketing, a divulgação de seu trabalho por intermédio dos seus atuais clientes certamente é uma das melhores alternativas para multiplicar sua carteira de clientes.
Para ter excelência na prestação de seus serviços, seja diligente com o atendimento de prazos e demandas. Busque sempre se comunicar com seu cliente, mantendo-o informado sobre os andamentos de suas demandas. Procure mostrar sempre alternativas e estratégias para auxiliar seus clientes no processo de tomada de decisões.
No final das contas, você precisará ajudar seus futuros clientes a escolherem você como seu advogado.

Celebrar parcerias ou investir em novas áreas de atuação
Focar em uma área de atuação é uma estratégia que traz reconhecimento a um escritório com relação a um determinado ramo do Direito. No entanto, isso também restringe sua atividade e consequentemente o número de clientes.
Para quem quer ampliar os horizontes de sua atividade, investir em novas áreas pode ser uma boa alternativa. Áreas como meio ambiente, tecnologia e internet estão em crescimento e podem gerar novas demandas e clientes.
Para quem não quer crescer fisicamente, outra possibilidade é celebrar parcerias com outros escritórios que atuem em áreas afins, gerando assim mais clientes para todos.

Buscar correspondentes
Buscar correspondentes é um caminho para quem quer expandir a atuação física de seu escritório, sem precisar investir em espaço. Contratar correspondentes proporciona prestar um serviço de qualidade, com economia de tempo e custos, já que os deslocamentos não são um ônus para sua atuação.
A terceirização dos trabalhos por meio de correspondentes pode auxiliar no aumento das demandas sem prejudicar, contudo, a satisfação do cliente.
A fim de manter o seu trabalho e de seus correspondentes em dia, sem perda de prazos ou informações, você pode utilizar ferramentas gratuitas de gestão de processos como esta para para garantir que você e seus correspondentes estejam sempre alinhados e atendendo seus clientes da maneira mais satisfatória possível.
Por Tiago Fachini
Fonte Consultor Jurídico

quarta-feira, 26 de maio de 2021

VIZINHANÇA E CONVÍVIO SOCIAL: QUAL O LIMITE DO LAZER?


A festa na casa do vizinho começa perto do meio dia e se estende até altas horas da madrugada. Detalhe: a confraternização acontece praticamente toda semana. Em casos assim, qualquer condômino pode acionar a Lei do Silêncio, certo? Depende. Na verdade, aquele dispositivo que impõe horário de silêncio entre 22h e 7h não se trata propriamente de uma lei, mas de uma convenção social.
Para evitar perturbações entre quem mora lado a lado, o Código Civil orienta condutas de convivência, apenas – sem estipular horário. A legislação prevê, na verdade, limites de tolerância. Para isso, de acordo com o art. 1.277, o proprietário “tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha”.
Na prática, significa dizer que devem ser respeitados os limites da normalidade. A base de tudo segue sendo o bom-senso, sendo aceitável que o volume da música fique um pouco mais alto em vésperas de feriado e aniversários, mas não todos os dias. Tolera-se, também, que o apartamento ao lado precise usar uma furadeira às 6h da manhã de um sábado, mas somente se for o caso de uma emergência elétrica.

Direito individual versus bem-estar social
Visto como uma restrição de ordem legal, o direito de vizinhança não apresenta prejuízo de natureza voluntária, como as servidões. Seu objetivo não é oferecer vantagem a ninguém; apenas estabelecer ordem para evitar prejuízo de quem quer que seja. O direito não é absoluto e tampouco ilimitado. Se fosse assim, os interesses dos moradores entrariam em choque rapidamente.
De maneira geral, condutas prejudiciais podem ser ilegais quando configuram ato ilícito; abusivas quando causam incômodo, mas estão nos limites da propriedade; e lesivas, que causam dano ao vizinho, mas não decorrem de uso anormal da propriedade – como no caso de uma fábrica que polui o ambiente.
Algumas situações, entretanto, exigem tolerância. São os casos de reformas, obras e o som alto em locais devidamente regularizados, como teatros e casas de shows. Ainda assim, a situação não afasta a possibilidade de o morador buscar o direito indenizatório.

Por Diego Carvalho
Fonte JusBrasil Notícias

ONDE RECLAMAR: VIA SAC OU REDES SOCIAIS?

Especialistas dizem que internet é mais rápida, mas alertam sobre importância do registro da queixa no Serviço de Atendimento ao Cliente

Call center: registro na SAC contribuir de forma coletiva para a defesa do consumidor

A defesa do consumidor é uma política de Estado desde março de 2013. Além disso, o aumento da renda levou à inclusão de milhões de pessoas às compras e a mais serviços. Consequentemente, os problemas nas relações de consumo também têm crescido. E em tempos de conectividade, a pergunta que muitos fazem é: uma reclamação é mais rapidamente resolvida via Serviço de Atendimento ao Cliente ou ao ser postada nas redes sociais? Especialistas reconhecem o poder da web, mas alertam que a internet não deve ser a única opção para o registro de queixas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), uma reclamação postada nas redes sociais pode ser resolvida num prazo de até 12 horas. O SAC da empresa, por sua vez, pode levar até cinco dias para resolver uma questão. Para a advogada do Idec Mariana Alves Tornero, o tempo de resposta deveria ser único para todos os meios, embora as empresas tenham assumido publicamente que a resolução dos problemas nas plataformas digitais é mais rápida e efetiva do que nos demais canais.
- As empresas dão prioridade a esse canal de comunicação, porque a marca está sendo exposta de forma negativa. Um canal telefônico deveria ter o mesmo atendimento de um online, mas infelizmente não é o que ocorre - afirma Mariana.
A diretora do Procon Campinas, Lúcia Helena Magalhães, explica, em texto publicado no site do órgão, as vantagens e as desvantagens do uso das redes sociais e do SAC. Segundo ela, as mídias sociais aumentaram o acesso a muitas marcas e empresas e, consequentemente, quando o consumidor se depara com um problema é natural que utilize as redes sociais para criticar e reclamar.
“Sabendo disso, muitas empresas têm optado por resolver as demandas dos consumidores e criado até business intelligence para monitorar a sua imagem na rede”, destaca Lúcia Helena, acrescentando que, via internet, as empresas agilizam em muito a resolução do problemas. “E por quê? Justamente porque ao verem uma exposição negativa de seu nome/marca vinculado a reclamações e críticas, em um meio de comunicação que dá muito visibilidade, elas buscam formas de sanar isso o mais rápido possível, e consequentemente veem a crítica retirada do ar.”
Lúcia Helena ressalta, porém, que ao resolver os problemas dos consumidores via redes sociais privilegiam um canal que pode expor negativamente a sua marca e sua imagem em detrimento de outro, criado por lei para dar ao consumidor garantia jurídica e segurança.
“O ideal é que utilizem também os SACs, pois além de ser um serviço regulado por lei específica e que resguarda o sigilo dos dados fornecidos pelos consumidores, permite o monitoramento pelos órgãos competentes”, destaca a diretora do Procon Campinas.
De acordo com o Idec, o consumidor deve ter consciência de que os problemas de relação de consumo não são apenas individuais e, por isso, é também importante registrar suas reclamações em órgãos oficiais, como os Procons ou agências reguladoras. Mariana, do Idec, lembra que registro da reclamação pelos órgãos de defesa do consumidor não só é fundamental para a fiscalização de produtos e serviços, como também serve de consulta pelo próprio consumidor, pois anualmente estes órgãos divulgam um cadastros de reclamações fundamentadas onde o consumidor pode consultar se determinada empresa é constantemente reclamada.
Para o Idec, o tratamento diferenciado aos consumidores por canal de reclamação como uma atividade discriminatória. O investimento na rapidez da resposta deveria continuar sendo feito também nos canais tradicionais, que ainda apresentam muitos problemas e são mais acessíveis à maior parte da população brasileira.
Fonte O Globo Online

DÁ PARA APRENDER DORMINDO?


Pesquisas recentes indicam que o cérebro permanece mais ativo durante o sono do que se imaginava e que é possível, sim, tirar proveito disso. Mas não se anime demais: as descobertas da neurociência estão longe de ser um aval a empresas que oferecem cursos de idiomas para "aprender dormindo".
Basta lembrar das aulas que você perdeu na escola, porque as pálpebras estavam pesadas demais. Deu para assimilar alguma coisa? Muito pouco, certo? Se desse para aprender assim, não seria mais preciso investir em bons professores; bastava um único, que gravasse as aulas, e os alunos nem precisariam sair da cama, o que resultaria em uma enorme economia de recursos.
Hoje os cientistas sabem, porém, que ninguém perde tempo dormindo. "O período em que adormecemos está longe de ser um momento de silêncio cognitivo, que se presta apenas para relaxamento e descanso cerebral", explica o neurologista Leando Teles, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
"Na verdade, o sono é um evento biológico dinâmico, com fases bem definidas - o cérebro reduz seu metabolismo em alguns momentos e acelera em outros, mantendo atividades de aprendizado, organização de memórias, ensaios de criatividade e testes emocionais", complementa.

Processamento automático
Um estudo publicado no ano passado na revista "Current Biology" mostrou que indivíduos estimulados a processar informações simples antes de dormir continuam com a tarefa em andamento nas fases iniciais do sono.
No experimento, pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e da Escola Normal Superior, em Paris, convidaram pessoas a classificar palavras em "animais" ou "objetos" apertando um botão em cada mão pouco antes de dormir. Tudo isso era registrado em exames, que acusavam os potenciais elétricos para as respostas motoras.
Depois que caíram no sono, e deixaram de apertar os botões, os participantes continuaram a ser estimulados a realizar a tarefa. Adivinha o que aconteceu? Pelos registros da atividade cerebral, os cientistas viram que eles continuavam acertando tudo, só demoravam um pouco mais para "responder".
"Os resultados não oferecem respostas definitivas, entretanto mostram que o cérebro é capaz de continuar processando durante os estágios iniciais do sono informações externas (no caso, palavras ouvidas)", esclarece o professor de neurologia Benito Damasceno, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo. "Mas não demonstraram evidência de aprendizado nas tarefas propostas", frisa, porém, o especialista.
Estudo anterior, publicado na revista "Cerebral Cortex" e financiado pela Fundação Nacional de Ciência da Suíça, mostrou que, se não dá, efetivamente, para aprender enquanto se dorme, é possível pelo menos solidificar a memória das palavras ouvidas antes de ir para a cama.
O trabalho convocou 60 alunos de língua alemã para aprender à noite algumas palavras em holandês. Metade do grupo foi dormir, enquanto o som ambiente reproduzia as palavras gravadas, e a outra metade permaneceu acordada para ouvir o mesmo áudio. Depois, às 2h, todos foram submetidos novamente ao novo vocabulário e - surpresa! - quem dormiu se saiu muito melhor ao recordar as palavras novas.
Outro estudo sugestivo foi feito pela Universidade de Nova York e publicado na revista "Science". Pesquisadores comprovaram, em ratos, que dormir depois de aprender algo novo permite a geração de novas conexões entre os neurônios. Ou seja: o processo iniciado em estado de alerta é mantido durante o sono.

Sonhos e soluções
O grande responsável pela consolidação de memórias durante o sono é a chamada "fase REM" (da sigla em inglês para "movimento rápido dos olhos"), que surge após quatro outros estágios, como explica Leandro Teles.
Nas fases 1 e 2, o sono é superficial e as pessoas estão mais sensíveis ao despertar, já que há uma ligeira percepção do mundo externo. As fases 3 e 4 são as denominadas de sono profundo, ou de ondas lentas. O cérebro trabalha menos, mas não fica totalmente parado: é apenas um descanso.
Depois de todo esse processo é que surge o sono REM: a pessoa quase não se mexe, apenas movimenta os olhos por baixo da pálpebra (daí o nome do estágio). "O indivíduo está distante, sensorialmente, do mundo que o cerca, mas seu cérebro está mais agitado, organizando memórias recentes, exercitando sua criatividade e criando os famosos sonhos, que podem ser lembrados ou não (a depender do momento em que despertamos)", descreve Teles.
O especialista acrescenta que, nessa fase, há intensa ativação de áreas ligadas a emoções, sem muita interferência da crítica e da racionalidade. "Por isso temos muitos sonhos malucos e 'sem pé nem cabeça'", comenta.
Apesar da aparente confusão, o processo é fundamental para a consolidação do aprendizado. Tanto que muita gente vai dormir pensando em um problema e acorda com uma solução para ele. "O cérebro mantém processamentos vindos do período de vigília, numa espécie de segundo plano menos consciente, mas eventualmente muito efetivo e criativo (talvez por menor interferência do juízo e da crítica, que limitam as alternativas)", diz o neurologista.
Os estudos recentes, para ele, demonstram o grau de complexidade do funcionamento do cérebro humano, a importância do sono e o trabalho que os neurocientistas têm pela frente para compreender os detalhes desse fenômeno.
Por Tatiana Pronin
Fonte UOL Ciência

ESTUDAR EM CIMA DA HORA PODE POTENCIALIZAR O APRENDIZADO

Cientistas afirmam que hormônios produzidos em situação de estresse ajudam a guardar a informação de forma eficiente. Em excesso, porém, efeito é inverso 

Pesquisadores descobriram que um pouco de estresse pode ser benéfico na hora do aprendizado

Estudar em cima da hora, antes de uma prova, pode ser a melhor forma de aprender. É o que indica uma nova pesquisa publicada no periódico Experimental Neurology. Segundo seus autores, hormônios produzidos em situação de estresse provocam mudanças dentro das células do cérebro que ajudam a guardar a informação de forma mais eficiente. Em excesso, porém, o estresse pode ter o efeito inverso.
Neurocientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, concluíram que hormônios como o cortisol e a adrenalina parecem acelerar um mecanismo que reprograma o DNA do cérebro, de modo a favorecer o processo de aprendizado. Hans Reul, neurocientista responsável pela pesquisa, acredita que a reprogramação das células cerebrais em resposta ao estresse faz com que os neurônios fiquem maiores e aumentem as redes de comunicação entre si.
"É comum perceber que as lembranças de momentos de estresse são aquelas que permanecem conosco para o resto da vida", disse Reul, em entrevista ao jornal inglês Daily Telegraph.
No entanto, estresse demais pode ter o efeito contrário, alertou Reul. "Quando estamos estressados demais não é possível absorver informações novas", disse. "O cérebro começa a substituir informações e a formação da memória não é suficiente."

Fonte Exame.com

COMO PRIORIZAR TAREFAS

AMOR E AMIZADE

EXCLUIR E ADICIONAR NA MINHA VIDA

CÍRCULO POSITIVO

terça-feira, 25 de maio de 2021

CUIDADOS COM EMPRÉSTIMOS VIA INTERNET

Verificar a idoneidade da empresa e desconfiar de pagamentos antecipados são dicas para evitar cair em golpes ao tomar empréstimos online

As opções de empréstimos via internet têm aumentado com a expansão do acesso à internet, o que pode trazer mais comodidade ao consumidor. Porém, os cuidados tomados pelo interessado nesse tipo de transação devem ser redobrados para evitar cair em golpes, frequentes na web. Veja como funciona o serviço e algumas dicas para se proteger das ciladas virtuais.

Como funciona
Os empréstimos online têm atraído cada vez mais pessoas porque, como essas empresas possuem uma estrutura mais simples, os juros acabam sendo frequentemente mais baixos - diferente das empresas tradicionais que exigem uma estrutura que encarecem os custos das transações.   
Para oferecer crédito, essas empresas necessitam de autorização do Banco Central, e ter vínculo com uma instituição financeira. Assim como na forma tradicional de empréstimo, o cliente tem de passar por uma análise de crédito que vai definir se poderá ou não pegar um empréstimo. Então, o consumidor precisa preencher um formulário online com informações pessoais, como endereço, CPF, valor desejado etc.  
Para formalizar o empréstimo, é importante que o consumidor esteja atento a disponibilidade do contrato com as condições pactuadas. Se o documento não for fornecido, solicite-o previamente.  
Verifique com atenção todas as condições estabelecidas e se o contrato apresenta com clareza o detalhamento da operação de crédito, chamado de Custo Efetivo Total (CET). São detalhes que seguem as mesmas regras de bancos tradicionais, sujeitas ao cumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e regulação do Banco Central.

Ambiente fértil para golpes
O golpe mais comum é exigir que o consumidor realize um depósito antecipado antes de liberar o dinheiro do empréstimo, principalmente para quem é negativado. Se a empresa solicitar depósitos antecipados para avaliação de cadastro ou para outra finalidade, desconfie. Fraudadores costumam pedir depósitos para “conduzir a negociação’’ que, depois que são efetuados, desaparecem.
O consumidor também pode estar pedindo um empréstimo online para um site falso, com o domínio duplicado de outra empresa. Para evitar problemas, sempre verifique se a navegação do site é segura por meio do ícone em forma de cadeado, que aparece no endereço do site.

Precauções
Certificar-se sobre a idoneidade da empresa é o primeiro passo para evitar cair em golpes, conferindo assim se a instituição que está oferecendo crédito pela internet é real e confiável.
O consumidor também pode consultar se a empresa possui registro no Banco Central (BC), responsável por regular, fiscalizar e dar orientações para empresas atuarem no setor. Outra forma de se proteger antes de fechar negócio é verificar se ela não está entre as mais reclamadas no Procon, por exemplo, e como está a avaliação da empresa que pretende tomar empréstimo pelo consumidor.gov.br. As redes sociais também podem ser aliadas nessa investigação sobre a empresa.
Fonte Idec

UM ROTEIRO PARA “MONTAR” SUA HISTÓRIA ANTES DA ENTREVISTA

Veja quais são as características básicas para construir uma boa história e como usá-las na hora de se preparar para a entrevista

A arte de contar histórias está entrando para a rotina de muitas empresas. Para além de um exercício útil para assimilar a cultura e os valores da organização, as técnicas de “storytelling” são eficazes até na hora de se preparar para uma entrevista de emprego (veja quais como aplicar os conceitos chave da ferramenta).
A começar pelo preparo para a entrevista, EXAME.com preparou um roteiro com base nas tradicionais perguntas para contar uma boa história, segundo o LAB SSJ, que oferece treinamento em storytelling para empresas. Confira:

Quem é o personagem?
Conhecer bem a si mesmo é a fórmula básica para se dar bem em uma entrevista de emprego. Por isso, foque em entender mais sobre suas virtudes e fraquezas antes de entrar na sala do recrutador.
A ideia não é apenas ter um adjetivo certeiro para responder a clássica questão sobre quais suas qualidades e defeitos, mas sim fatos e dados que expressem quem você é, de verdade, ao longo de toda a conversa.

Qual é a busca?
Tendo em base quem você é (esta coerência é importante), quais são os seus planos de carreira? Onde você quer chegar? Agora, cuidado para não sugerir planos incoerentes com a vaga em questão, como argumentar que quer ser um chef de cozinha se está se candidatando para uma vaga de gerente de um banco.
Se seus planos divergem muito da cultura da empresa e cargo, atenção: talvez não valha a pena apostar suas fichas aí ou, então, revise seus projetos.

Qual é o desafio?
A maneira como você encarou os desafios ao longo da sua carreira pode dizer muito sobre você. Por isso, tenha claro a lista das principais “batalhas” profissionais que você travou nos últimos anos e o que você ainda precisa travar para alcançar seus objetivos profissionais.

Como o personagem encara cada desafio?
Pense em fatos e dados que mostrem como você lidou com cada dificuldade ou desafio na carreira. Avalie o quanto suas ações correspondem aos seus valores e, de certa forma, aos da companhia. Tendo em vista o futuro, o que você tem feito para tornar suas fraquezas uma vantagem competitiva? Quais os seus atuais planos de ação para caminhar até as suas principais metas profissionais?

Como a história termina?
Evidentemente que, na entrevista, você não terá nem um desfecho incrível para acompanhar a frase “e foram felizes para sempre”. Aliás, nem deve sucumbir a esta ideia. Mas é essencial deixar claro para o recrutador quais as conquistas que teve até agora e como elas podem ser válidas no contexto do cargo que você aspira.
Por isso, tenha uma compilação clara de todas as suas conquistas profissionais relevantes – devidamente recheadas com dados, fatos e contexto. Pense em como elas apontam para seu futuro profissional dentro daquela vaga em questão. 
Por Talita Abrantes
Fonte Exame.com

BEM NA FOTO: DICAS PARA NÃO ERRAR NA HORA DE INCLUIR SUA IMAGEM NO CURRÍCULO

Uma vantagem de se colocar imagem no documento é que ficará mais fácil de o recrutador lembrar da pessoa

Uma das grandes dúvidas dos candidatos a emprego é saber se devem ou não colocar foto no currículo. Para a maioria dos especialistas, esta só deve ser colocada se a empresa exigir e se for essencial para a vaga. Além disso, a recomendação é que a foto seja sóbria, de preferência em formato 3x4. Mas o candidato à vaga de emprego não precisa aparecer com "cara fechada": a foto deve passar profissionalismo e simpatia, ao mesmo tempo.
Uma vantagem de se colocar a foto no documento é que ficará mais fácil de o recrutador lembrar da pessoa. Depois de entrevistar dezenas de profissionais num mesmo dia e para mais de uma vaga ao mesmo tempo, a visão da imagem no CV faz com que ele lembre do que aconteceu na entrevista, uma forma de o candidato se destacar em meio a dezenas de currículos e outros candidatos.
Para quem pretende acrescentar a sua imagem ao documento, e não quer fazer feio perante os recrutadores, o fotógrafo Dudu Medeiros dá algumas dicas para não errar na hora de escolher a foto a ser usada ou tirá-la, até mesmo do celular. Segundo o fotógrafo, deve-se levar em conta que este será o primeiro contato com seu entrevistador, a primeira imagem que ele terá de você. Por isso, nada de aproveitar aquela foto tirada no casamento de um amigo ou na praia!
Roupa. A produção, que vem a ser a roupa e os acessórios, deve ser a mais sóbria possível. O que deve aparecer no enquadramento são os ombros para cima, nada de corpo. Para os homens, uma camisa social com gravata: a combinação clássica de camisa branca e gravata vinho é perfeita para todos os tons de pele, ou camisa azul claro com gravata azul escuro também é um acerto.

Para as mulheres. Uma blusa branca funciona bem e um terninho ou casaco escuros dá o tom de sobriedade necessária. Mas se você sabe que uma determinada cor lhe favorece mais, pode apostar. O que não pode ser usado de jeito algum são os decotes. Braços descobertos, além de inapropriados, engordam a pessoa em fotos.

Cabelos. É melhor que esteja comportados e presos deixando o rosto à mostra. Rapazes podem recorrer ao gel se necessário.

Acessórios. Para elas, é melhor um pequeno brinco que um grande. Afinal, menos é mais!

Maquiagem. O segredo é não parecer maquiada, apenas dois tons de sombra terrosos, máscara para cílios, blush, batom em tom de boca e só! Preferível não usar lápis para os olhos ou delineador.

Plano de fundo. Na hora da foto, escolha um fundo neutro, uma parede branca ou cinza são os mais indicados. Evite usar o flash do celular para não ter sombras e não se fotografe, peça para alguém fazê-lo, pois a câmera usada para as fotos "selfie" tem qualidade muito inferior.

Sorrir ou não? Você não precisa ficar sério ou sisudo, pode sorrir suavemente. Imagine-se conhecendo alguém que precisa conquistar e passar simpatia. Sorria discretamente para esta pessoa no momento da foto.

O melhor ângulo. Você pode ficar um pouco de lado para a câmera, pois totalmente de frente nem sempre ficamos bem na foto, explica Medeiros. Geralmente, quem é canhoto tem o lado esquerdo mais fotogênico, e quem é destro, o direito!

Com o celular. Prefira tirar as fotos com ele na posição horizontal, pois assim ele "engorda" um pouco menos. Depois recorte a foto. O profissional garante que celulares engordam as pessoas.
Fonte O Globo Online

ESCOLHA

segunda-feira, 24 de maio de 2021

AO FINAL DE MAIS UM DIA...

BOA NOITE

UMA TÁTICA SIMPLES PARA DIMINUIR O ESTRESSE NO TRABALHO

Nossa energia é limitada, então como você decide gastá-la? Se preocupando com o problema ou encontrando a solução para ele?

Se você é como a maioria das pessoas, toda vez que encontra um problema liga logo o sinal de alerta. É como se a sua mente tivesse identificado um inimigo à frente e imediatamente você passa a sentir preocupação, ansiedade ou medo.
Conforme o tempo passa e a solução não vem, a preocupação e o estresse vão aumentando. Isso pode resultar em noites mal dormidas, conflitos nos seus relacionamentos e até mesmo problemas de saúde.
É possível que nesse exato momento você esteja enfrentando um problema assim…
Pode ser que o problema seja a apresentação da semana que vem para os diretores da empresa, mostrando os resultados do projeto que você estava tocando. Apresentação que, por sinal, você ainda nem começou e que te dá dor de cabeça só de pensar.
Talvez esteja esperando uma ligação te chamando para uma entrevista de emprego. Ligação que parece nunca acontecer e que já te fez roer todas as suas unhas enquanto aguarda.  Ou então, pode ser o trânsito infernal que você pega todos os dias para ir e voltar do trabalho. Trânsito que parece ficar pior a cada dia e que te faz xingar todos os carros que estão na sua frente.
É normal nos sentirmos desconfortáveis nessas situações. Afinal, nós queríamos que tudo acontecesse do nosso jeito e que não precisássemos nos preocupar. Mas será mesmo que precisamos nos preocupar tanto?
O desconforto é normal. O que não pode se tornar normal é nos estressarmos excessivamente com isso, a ponto de criarmos problemas ainda maiores.
E se eu te dissesse que existe uma maneira de olhar para seus problemas de forma muito mais positiva e enxergá-los como uma oportunidade? E se essa maneira pudesse te ajudar a resolver seus problemas ainda mais rapidamente, gastando bem menos energia se preocupando? Gostaria de conhecê-la? Então continue lendo que eu já vou te apresentar. Antes disso vamos entender um pouco melhor como surgem nossas preocupações.

Entendendo as preocupações
Preocupações surgem quando gastamos mais energia olhando para o problema do que procurando uma solução para ele. Esse foco excessivo no problema faz com que passemos a enxergá-lo como uma ameaça. E se pensamos nele como uma ameaça, consequentemente passamos a imaginar as consequências negativas que ele pode trazer.
Quando olhamos para algo dessa maneira, naturalmente nos sentimos mais pressionados e estressados. E se essa postura negativa se mantiver por muito tempo, o problema começará a parecer cada vez maior e a nossa autoconfiança vai diminuir, podendo chegar ao ponto de nos paralisar. Para mudar a perspectiva com a qual você encara um problema, aqui vai a primeira dica.

Olhe para o problema de maneira positiva
A grande sacada é entender que o problema, na realidade, não faz parte de você. Ele está fora do seu corpo. Quem está dentro é a preocupação. Logo, você tem total controle sobre ela.
A sua apresentação vai acontecer em alguma sala de reuniões, os slides estão no computador, seus dados nos relatórios. O seu curriculum está na caixa de entrada do e-mail de alguém. O trânsito está fora do seu carro.
Não traga o problema para dentro da sua cabeça, porque ele apenas se transformará em preocupação. E preocupação não vai te ajudar a resolvê-lo.
Agora você pode estar pensando: mas se eu não me preocupar, não vou fazer nada a respeito. Entendo que essa confusão possa surgir. Mas existe uma diferença entre se preocupar e se importar.
Quando você se importa com algo, você procura fazer bem feito. Quando se preocupa com algo, acaba fazendo mais rápido do que deveria, sem dar a mesma importância para a qualidade daquilo que está sendo feito.
Consequentemente, seu desempenho fica abaixo do que poderia. O que eu quero dizer é: não gaste energia com a preocupação, gaste energia trabalhando na solução.
E para pensar melhor em uma solução, você precisa entender os três tipos de problema que existem.

Os três tipos de problema
Identificar qual é o tipo de problema pelo qual você está passando certamente vai te ajudar muito a encontrar mais rapidamente uma solução. Então vamos lá.

1. Controle direto
O primeiro tipo são os problemas sobre os quais você tem controle direto. Ou seja, você exerce total influência em relação a eles. Encontrar a solução e aplicá-la só depende de você.
Nos exemplos anteriores, a apresentação para os diretores da empresa se enquadra nos problemas de controle direto. Você é que precisa preparar a apresentação, tem acesso a todos os dados de que precisa e não depende de mais ninguém para prepará-la.
Nesse caso, a recomendação é a seguinte: mão na massa! Quanto mais você deixa o tempo passar, maior se tornará o problema. Ninguém o resolverá por você. Ao mesmo tempo em que isso pode parecer solitário, também te dá total controle da situação.

2. Controle indireto
O segundo tipo são os problemas de controle indireto. Isso significa que outras pessoas ou fatores também estão envolvidos e possuem participação na resolução do problema. Você exerce influência sobre ele, mas a responsabilidade não é única e exclusivamente sua.
O exemplo da entrevista de emprego entra nessa categoria. O que está sobre sua influência é ter um currículo bem elaborado e com boas qualificações, enviá-lo para as empresas, mostrar interesse para o recrutador, e assim por diante. Porém, depende do recrutador ter interesse pelo seu perfil e te dar a oportunidade de uma entrevista.
Podemos influenciar as outras pessoas a fazerem o que queremos, mas existe um limite. E esse limite representa o limite do nosso controle sobre o problema.
Para problemas desse tipo, a minha recomendação é: faça o melhor que você puder, garanta que fez tudo o que estava ao seu alcance.
Tendo consciência de que você fez tudo o que era possível, o peso sobre as suas costas diminui e a cobrança sobre si mesmo também. Mas não se acomode. Use o resultado dos seus esforços como um feedback, entenda o que pode estar fazendo de errado e o que pode ser feito ainda melhor. Busque sempre aumentar o seu potencial e suas chances de sucesso.

3. Nenhum controle
O terceiro tipo são problemas sobre os quais você não possui nenhum controle. Portanto, não consegue exercer influência sobre eles. Os fatores que controlam esse tipo de problema estão fora do seu alcance.
Nos exemplos anteriores, o trânsito representa essa categoria. Você pode tentar sair do trabalho fora dos horários de pico, usar outro tipo de transporte ou morar próximo do trabalho. Porém, o trânsito continuará lá. Você não pode fazer nada a respeito disso.
Considerando que você não tem saída, já está dentro do seu carro e tem quilômetros de congestionamento à sua frente, a recomendação é a seguinte: coopere com o inevitável.
Encontre formas de lidar com o problema de uma forma mais confortável. Pense em como esse ele pode representar uma oportunidade para você. Nem sempre tudo que parece ruim tem que ser necessariamente ruim. Vou ser clichê e usar a famosa frase: faça do limão uma limonada.
No caso do trânsito, você poderia aproveitar esse tempo para ouvir seus podcasts favoritos, ouvir um audiobook ou treinar seu inglês ouvindo músicas. Enfim, tenho certeza que você consegue ser mais criativo do que eu.

O benefício de saber lidar com problemas
Os problemas vão continuar surgindo em nossas vidas, isso é inevitável. Portanto, quanto mais preparado você estiver para lidar com eles – adotando uma perspectiva positiva e seguindo a estratégia que acabamos de mostrar – maior será sua capacidade de encontrar soluções.
Se você seguir esse plano, levará uma vida mais tranquila, produtiva e saudável. No ambiente de trabalho, um profissional capaz de resolver problemas de forma rápida e eficiente também é mais valorizado. Na vida pessoal, se tornar uma pessoa menos estressada e mais positiva te permitirá desfrutar de relacionamentos mais harmoniosos.
Nossa quantidade de energia diária é limitada, então como você decide gastá-la? Se preocupando com o problema ou encontrando a solução para ele?

Por Henrique Molina
Fonte Exame.com