sexta-feira, 31 de maio de 2024
FUMAÇA DE CIGARRO TAMBÉM FAZ MAL PARA CÃES E GATOS
Pets que vivem em lares de pessoas fumantes têm maior
propensão para desenvolver doenças
Dia
31 de maio foi o Dia Mundial Sem Tabaco. Devido ao enorme prejuízo que o hábito
de fumar traz à saúde, campanhas mostram de diversas formas os males que o
cigarro causa para quem fuma e também para os que convivem com a fumaça de
cigarro em casa.
Cães
e gatos que vivem em lares de pessoas fumantes têm maior propensão para
desenvolver rinite, asma, bronquite e conjuntivite, por exemplo. Espirros,
tosse, engasgos, falta de ar, olhos vermelhos e com coceira são alguns dos
sintomas que indicam que as coisas não vão bem. Por serem doenças crônicas,
representam um custo elevado com tratamento, exames e internações frequentes,
sem falar nos medicamentos que vão desde antialérgicos, corticoides,
broncodilatadores, até antibióticos e colírios.
As
complicações não são raras e o bichinho fica com a saúde frágil. A expectativa
de vida cai consideravelmente. Alguns estudos apontam correlação também com o
desenvolvimento de câncer.
Nesta
campanha sem tabaco, toda a família, e o pet faz parte dela, se une em
benefício da saúde dos bichinhos e de quem eles tanto amam: você. Pense nisto
antes de acender um cigarro. Agora, se a dificuldade em parar de fumar for
muito grande, evite essa prática dentro de casa, ou na companhia de seu pet.
Por
Fernanda Fragata
Fonte
Exame.com
quinta-feira, 30 de maio de 2024
DIA DE SANTA JOANA D'ARC
"Ó
Santa Joana D’Arc, vós que, cumprindo a vontade de Deus, de espada em punho,
vos lançastes à luta, por Deus e pela Pátria, ajudai-me a perceber, no meu
íntimo, as inspirações de Deus. Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os
meus inimigos que atentam contra a minha fé e contra as pessoas mais pobres e
desvalidas que habitam nossa Pátria.
Santa
Joana D’Arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e
na vida diária. Ó Santa Joana D’Arc atenda ao meu pedido (pedido). E que nada
me obrigue a recuar, quando estou com a razão e a verdade, nem opressões, nem
ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira.
Santa
Joana D’Arc, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me. Amém!"
quarta-feira, 29 de maio de 2024
DIA DA ENERGIA
Criado
em 1981, numa iniciativa da Direção Geral de Energia (em Portugal), o Dia
Mundial da Energia é comemorado no dia 29 de maio.
Esta
comemoração tem por finalidade sensibilizar e motivar as pessoas quanto à
necessidade de poupar energia, além de alertar sobre os impactos ambientais
advindos da geração e a importância de preservar os recursos naturais. É também
uma oportunidade de promover energias renováveis.
Fonte
Ambiciência
MUNDO VIRTUAL PODE CRIAR ADVOGADOS SEM FRONTEIRAS
Está na hora de reformular completamente o site do escritório. A crise econômica mundial está produzindo algumas transformações no mundo dos negócios – e no mundo da advocacia nos Estados Unidos. Vai-se a ideia antiga de que o site da firma deve ser uma espécie de folheto eletrônico, uma presença online estática. Afirma-se uma ideia nova: a do site com um conteúdo dinâmico, que se transforma em uma ferramenta para desenvolvimento de negócios e possibilita a expansão virtual da área geográfica de atuação da firma.
"Esse é o futuro dos sites das firmas de advocacia", diz consultor de estratégias de marketing e desenvolvimento de sites para firmas de advocacia Robert Algeri, em artigo publicado no The National Law Journal. "Os sites vão se tornar mais valiosos", ele afirma.
As bancas devem superar a ideia antiga de que desenvolvimento de negócios só se faz através de processos altamente pessoais, muitas vezes durante reuniões sociais, jantares e drinques. Essa é uma estratégia que continua válida, mas deve se fortalecer a ideia de que os relacionamentos virtuais, que já estão na moda, podem ser muito produtivos para o desenvolvimento de novos negócios. Os esforços de conquista de novos clientes devem ser concentrados em um raio de "x" quilômetros em volta da firma, vai progressivamente ser substituída pela visão dos espaços ilimitados da internet, diz o consultor.
Em outras palavras, se firmará a figura dos advogados sem fronteiras. O marketing de cada um desses advogados tenderá a se concentrar sobre a área (ou áreas) de sua especialidade. "Não importa se o cliente prospectivo está longe ou muito longe, o relacionamento virtual se desenvolverá em cima do conteúdo do site da firma e do advogado", afirma Robert Algeri.
Segundo ele, o site deve ter um conteúdo dinâmico que serve para promover a firma e os advogados, através de artigos, blogs, apresentações, vídeos, podcasts, mesmo que o conteúdo seja criado ou editado por terceiros. E, é claro, a mídia social, através do Facebook, Twitter e Linkedin, também será bem utilizada. "O marketing de conteúdo é a maneira mais efetiva dos advogados desenvolverem negócios com clientes à distância", diz o consultor. Com isso, "o site da firma de advocacia deixará de ser considerado um material de marketing suplementar; passará a ser uma plataforma de marketing fundamental para todas as atividades da banca".
Microsites para advogados
Outra ideia antiga que vai mudar: a de que o site é um instrumento de marketing e de branding exclusivo da firma como um todo. O site deve exercer essas mesmas funções para a promoção individual de cada advogado da firma. "Essa é uma grande mudança no que as firmas pensam de si mesmas. Mas é uma mudança inevitável, pelo simples fato de que a maioria dos negócios são desenvolvidos com base na boa reputação e nos esforços dos advogados, individualmente", afirma o consultor. "A firma que quiser aumentar suas receitas tem de ajudar cada advogado a edificar sua prática", ele diz.
Uma das primeiras medidas práticas nos sites da próxima geração será expandir significativamente a biografia dos advogados. Pesquisas da Great Jakes Marketing Co., empresa do consultor Robert Algeri, e da Wicker Park Group indicam que mais de 60% do tráfego dos sites das firmas de advocacia ocorrem nas seções de biografias de advogados. A diferença, agora, é que as biografias deixarão de ocupar um espaço padrão, inflexível, curto, para se tornar um elemento importante no site da firma.
A melhor opção, recomenda, é criar microsites para os advogados dentro da página da firma. O microsite de um advogado, com várias páginas, será o espaço para ele demonstrar seus talentos intelectuais, sua capacidade profissional e acomodar publicações, apresentações, estudos de casos e um blog, além de suas informações biográficas, de preferência com galerias de fotos que registrem sua atuação profissional e seus relacionamentos.
O microsite também poderá trazer vídeos e podcasts (arquivos de áudio que podem ser acessados pela internet). E os advogados devem usar mídia social, como Twitter e Linkedin, como um instrumento de marketing, dirigido fundamentalmente para as áreas de negócios que a firma deseja desenvolver. "Como os advogados agora podem desenvolver negócios a longa distância, é apropriado criar conexões com um certo teor emocional com pessoas que nunca encontraram pessoalmente", diz o consultor.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico
QUANDO O SÍNDICO ERRA POR AÇÃO OU OMISSÃO
O síndico pode ser responsabilizado quando as
atribuições do cargo não são cumpridas ou em caso de crimes contra a honra e o
patrimônio
Que
o síndico tem direitos e deveres todo mundo sabe, mas muita gente desconhece
que ele pode ser responsabilizado civil ou criminalmente, quando as
atribuições do cargo não são cumpridas adequadamente, ocasionando prejuízos aos
condôminos ou a terceiros, ou em caso de prática criminosa ou contravenção.
A
responsabilidade civil do síndico ocorre quando este não cumpre as obrigações
inerentes ao cargo, ocasionando prejuízos aos condôminos ou a terceiros, ao
passo que a responsabilidade criminal acontece quando o não cumprimento das
atribuições leva não apenas a uma omissão, mas a uma prática que pode ser
entendida como criminosa ou contravenção.
A
responsabilidade criminal do síndico envolve geralmente os crimes contra a
honra (injúria, calúnia e difamação), a apropriação indébita de fundos do
condomínio e a apropriação indébita de verbas previdenciárias dos funcionários.
Para os crimes contra a honra, o Código Penal prevê penas de um mês a dois anos
de reclusão, além de multa. Para apropriação indébita de fundos do condomínio,
o CP prescreve multa e reclusão de um a quatro anos, podendo ser aumentada em
um terço. Para apropriação indébita de verbas previdenciárias dos funcionários,
as penas previstas são multa de dois a cinco anos de reclusão.
Segunda
a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faculdade de Tecnologia
e Ciência (FTC), Kátia Comarella, o Novo Código Civil, de 10.01.2001, não
alterou os aspectos que dizem respeito à responsabilidade civil e criminal do
síndico.
De
acordo com a Dra. Kátia Comarella, o condomínio pode ser responsabilizado se um
funcionário provoca danos a um condômino ou a terceiros. Nesse caso, o síndico
pode ser responsabilizado pelo condomínio, se ficar comprovado que ele não
tomou as precauções necessárias na hora de contratar o funcionário, ou se não
verificou se o empregado cumpria suas funções corretamente.
A
advogada lembra que, quando o condomínio descumpre as leis trabalhistas, é
muito comum o funcionário processar o condomínio, logo após a rescisão. Nesse
caso, se for comprovada ação danosa ou omissão voluntária do síndico, ele
poderá ser responsabilizado civilmente pelos prejuízos causados ao condomínio.
A
falta de manutenção nos extintores, pára-raios, reservatórios de água,
elevadores e demais equipamentos de segurança, a não contratação do seguro
obrigatório e omissão de prestação de contas, são alguns exemplos práticos de
responsabilidade civil do síndico, por ações ou omissões em sua gestão, explica
Dra. Kátia Comarella.
O
advogado Israel Freire, sócio diretor do Escritório Freire & Libório
Advocacia Trabalhista e Previdenciária, lembra um caso recente no qual uma
atitude arbitrária do síndico causou prejuízos ao condomínio. Ele executou uma
obra sem convocação da Assembleia, sem autorização, e pior, invadindo espaço público. A irregularidade foi denunciada e a
construção demolida. “Por ter agido indo além dos seus poderes, posteriormente,
o ex-gestor foi acionado judicialmente e obrigado a ressarcir o condomínio”,
lembra Freire, que prefere manter, por questão ética, em sigilo o nome do
síndico e do condomínio.
Para
o advogado, é fundamental avaliar os preceitos contidos na Convenção do
Condomínio, sobretudo quando há dúvidas se houve ou não omissão ou negligência
por parte do síndico. O síndico pode responder criminalmente quando, por
exemplo, deixa exposta a fiação elétrica numa área de playground e essa omissão
provoca um acidente em uma criança. “Ele poderá responder criminalmente, no
mínimo, na modalidade culposa”, afirma o advogado.
Responsabilidade pela gestão anterior
Para
evitar a responsabilidade civil ou criminal, em decorrência de irregularidades
da gestão anterior, o síndico atual deve convocar uma Assembleia e expor a
situação, devendo deixar que a maioria decida o caminho a seguir. “O síndico
não deve se expor e brigar sozinho contra a administração anterior. Os danos
existentes serão suportados por todos, logo, todos devem assumir o que se
fazer”, explica Kátia Comarella.
“Se
for comprovada a ação ou omissão voluntária do ex- síndico, ele poderá ser
responsabilizado civilmente ou criminalmente”, diz. Segundo ela, para que o
síndico seja penalizado, é preciso ingressar com ação e comprovar que as ações
ou omissões do mesmo causaram danos ao patrimônio, aos condôminos ou a
terceiros.
No
Condomínio Bosque Imperial, em São Marcos, há um exemplo no qual o não
cumprimento das atribuições do ex-síndico causou prejuízo aos moradores. O
local onde deveria funcionar a guarita de segurança é hoje ocupado por uma
boutique. Isso porque o espaço foi leiloado em decorrência de um processo
judicial movido contra o condomínio por um ex-condômino. “Na época, o processo
correu à revelia, isso porque o ex-síndico (o então representante legal do
condomínio) não compareceu às audiências”, explica o síndico atual Alessandro
Castro.
“A
boutique descaracterizou a entrada do condomínio, o que obriga aos agentes de
portaria a trabalharem em local inadequado. O pior é que o processo já se
arrasta por três anos na justiça, sem decisão”, desabafa Castro.
A
melhor maneira de avaliar se o síndico está cumprindo com suas atribuições é
observar se suas atitudes são tomadas com base no Estatuto do Condomínio. “Toda
vez que nós preparamos um projeto de construção ou reforma, sentamos com a
equipe e questionamos se ele está de acordo com o estatuto”, afirma o síndico
do Bosque Imperial. “Este questionamento é que me faz agir corretamente, mesmo
que minhas atitudes não sejam compreendidas pelos moradores, num primeiro
momento”, complementa Castro.
Por
Evandro Dias e Núbia Cristina Santos
Fonte
Revista Cadê O Síndico
O QUE É E COMO DESENVOLVER INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A Inteligência
Emocional é a capacidade de compreender e gerenciar os próprios sentimentos, assim
como o sentimento dos outros
Daniel Goleman, conhecido como o pai da
Inteligência Emocional, relata que não existe correlação entre ela e o QI, pois
eles são controlados por diferentes partes do cérebro. Enquanto o QI não é
capaz de mudar significativamente ao longo da vida, a Inteligência Emocional
pode evoluir e aumentar, e alguns hábitos podem ajudar a desenvolver esse tipo
de inteligência.
1.
Dê atenção ao seu corpo e comportamentos
Preste atenção ao seu comportamento!
Observe como você age quando está sentindo
certas emoções e como isso afeta sua vida. Uma vez que nos tornamos mais
conscientes disto, é fácil julgar e começar a atribuir rótulos ao nosso
comportamento.
Lembre-se também de ouvir o lado físico do
seu corpo, sensações e sentimentos como calafrios, por exemplo, podem sinalizar
que você precisa prestar mais atenção ao momento.
2. Reduza as emoções
negativas
Um dos principais pontos ao desenvolver a
Inteligência Emocional é ser capaz de gerir as suas emoções negativas.
Evite saltar para uma conclusão negativa
imediatamente e pense que as situações possuem várias opções de saída, basta
você procurá-las. Uma dica é escrever seus pensamentos e sentimentos, isso pode
ajudar a externalizar e compreender melhor.
3. Lide de frente
com o estresse e a ansiedade
Todos passam por momentos estressantes na
vida ou se sentem ansiosos por algum motivo. Saber lidar com estas situações
pode fazer a diferença entre o equilíbrio e a disfunção.
Quando sob pressão, a coisa mais importante
a ter em mente é manter a calma.
Dicas rápidas como lavar o rosto com água
fria, tomar ar fresco, evitar cafeína ou fazer exercícios intensos podem mudar
muito a maneira como nos sentimos.
4. Não julgue ou
mude seus sentimentos com muita rapidez
Neste caso a pressa é inimiga da perfeição. A
Inteligência Emocional é um processo gradual, pode ser lento e varia de pessoa
para pessoa.
Tente não descartar seus sentimentos antes
de ter uma chance de pensá-los.
Emoções saudáveis muitas vezes se elevam e
caem como uma onda, aumentando e desaparecendo naturalmente. Seu objetivo não
deve ser “furar a onda” antes de atingir seu pico.
5. Pratique o
“responder” ao invés do “reagir”
Segundo Goleman, o cérebro emocional
responde aos acontecimentos de forma mais rápida do que o cérebro pensante. Por
isso é importante se concentrar em suas ações e perceber a diferença entre o
responder e reagir.
O processo de reagir é um processo
inconsciente onde experimentamos um gatilho emocional e nos comportamos de
forma inconsciente, expressando essa emoção de maneira instantânea. Já o
responder é um processo consciente que envolve perceber como você se sente, depois
decidir como você quer se comportar.
Como dito antes, tome seu tempo e não se
deixe reagir de maneira impulsiva e imediata.
6. Pratique a
empatia
A empatia é sobre entender o próximo, como
alguém se sente ou se comporta de determinada maneira e poder comunicar essa
compreensão a eles.
O estado de empatia deve começar de você: quando
se sentir ou se comportar de certa maneira, pergunte "Por que eu acho que
estou me sentindo assim/fazendo isso?"
A primeiro plano a resposta será "Eu
não sei", mas continue prestando atenção ao seus sentimentos e
comportamentos, e você começará a notar diferentes respostas que chegam. Isso
nos torna mais sensíveis e abertos.
7. Crie um ambiente
positivo
Criar um ambiente positivo não só melhora a
sua qualidade de vida, mas pode ser contagioso para as pessoas ao seu redor.
Perceba o que está indo bem, o porquê e onde
você se sente agradecido em sua vida.
8. Conheça seus
limites e saiba quando é suficiente
Há momentos em que é importante definir
nossos limites adequadamente. Estes limites podem incluir o exercício do nosso
direito de discordar, de dizer "não" sem se sentir culpado, de
estabelecer nossas próprias prioridades e nos proteger da coação.
E é importante saber quando é hora de mudar
o seu foco. A inteligência emocional envolve não só a capacidade de olhar para
dentro, mas também de estar presente no mundo ao seu redor.
Melhorando a cada
dia
Em seu livro chamado Inteligência Emocional,
Goleman ressalta que o controle das emoções é um fator essencial para o
desenvolvimento da inteligência de um indivíduo.
Ao contrário do QI, a inteligência emocional
é altamente flexível. À medida que você treina seu cérebro com novos
comportamentos emocionalmente inteligentes, ele constrói os caminhos
necessários para transformá-los em hábitos.
Porém, ele adverte que devemos buscar
controlar apenas às emoções estressantes e incapacitantes, pois sentir emoções
é o que torna nossa vida rica.
Fonte HiperCultura
terça-feira, 28 de maio de 2024
OS CICLOS DE CARREIRA DOS ADVOGADOS E SEUS PRINCIPAIS DESAFIOS
Ao longo de toda sua carreira os advogados
enfrentam uma série de desafios paralelos e complementares ao exercício da
advocacia em razão do momento profissional o qual atravessam, desde seu
primeiro estágio até a eventual gestão de seu próprio escritório. Um mosaico
diversificado de desafios para os quais não recebem o devido preparo ou base
teórica durante a Universidade e que ao longo de sua carreira acabam por se
apresentarem como fatores importantes e decisivos para seu sucesso profissional.
Independe do ciclo da carreira o qual os advogados atravessam os desafios não
diminuem, apenas mudam e se diferenciam, e por vezes se tornam mais complexos, principalmente
quando relacionados às pessoas, sejam elas sócios, colaboradores, clientes, concorrentes
ou a si mesmo. Advocacia é uma atividade jurídica essencialmente baseada em
pessoas, seja na sua origem fundamental ou mesmo em sua prática cotidiana.
Tratar deste assunto é desafiador, pois
qualquer tentativa de padronização com objetivo de classificação para estudo e
entendimento acaba por deixar vertentes e especificidades sem a devida
abordagem, mas para fins didáticos a carreira na advocacia pode ser dividida em
cinco fases ou ciclos: o Aprendiz (de estagiário até obtenção da carteira da
Ordem), o Contratado ou Empreendedor (entre um e cinco anos de carreira), o
Proprietário ou Sócio de Serviço (entre seis e dez anos de carreira), o
Estabelecido (entre onze e vinte e cinco anos de carreira) e por fim o
Equilibrista (com mais de vinte e cinco anos de carreira).
Novamente chamo a atenção que tais
estratificações em ciclos ou fases de carreira por tempo de mercado não
conseguem absorver todos os possíveis casos e que ocorram prováveis exceções e
característica de um determinado ciclo ocorrendo muito antes ou bem depois na
escala temporal que acompanha as respectivas estratificações em ciclos. Porém, a
escala de etapas e respectivos desafios costumam respeitar um padrão sequencial
mínimo conforme os advogados avançam em cada um dos ciclos de suas carreiras.
No ciclo “Aprendiz” a maioria dos futuros
advogados enfrentam o desafio de desenvolver sua capacidade técnica em paralelo
a aprendizagem das relações humanas e desenvolvimento de uma postura
profissional condizente com as expectativas de eficiência e comprometimento do
escritório contratante e do mercado.
O Aprendiz tem o desafio de entender que
cada escritório possui um perfil organizacional particular e que o exercício de
percebê-lo seguido pela tentativa de conviver sob estes padrões se traduz em um
perfeito exercício de adaptação e flexibilidade comportamental, normalmente
chamado de “jogo de cintura”, que no futuro serão obrigados a executar perante
seus sócios, colegas, juízes e clientes. O Respeito aos prazos, a correta
organização de tarefas e do tempo, o cumprimento eficiente de suas
responsabilidades e horários, bem como o desenvolvimento da capacidade de se
moldar ao ambiente e equipe de pessoas que os cercam são desafios que devem ser
superados em paralelo ao desenvolvimento da capacidade técnica. Porém não são
os únicos, pois esta etapa da carreira somente estará completa caso consigam
durante a fase de estágio identificar ou ratificar a área do direito o qual
realmente desejam de dedicar, pois, não há uma grande zona de risco em obter
sua carteira da OAB e ainda não saber a qual área do direito irá dedicar. Tal possibilidade
poderá custar alguns anos de sua carreira, pois enquanto o Aprendiz não define
para aonde quer ir não terá como empreender esforços para chegar lá, e ainda
correm o risco de se excederem na constante troca de escritórios em curtos
espaços de tempo em um percurso desvairado de estágios, saltando de um
escritório para outro, comprometendo alguns outros ensinamentos e etapas de seu
amadurecimento profissional.
É uma fase difícil, do exercício da
aceitação e de compreensão do outro, de suas regras, de suas visões diferentes,
e de aceitar mesmo discordando. Uma fase de forte adaptação, modelagem
comportamental e definições que acabarão por influenciar positiva ou
negativamente o futuro de sua carreira.
No ciclo “Contratado
ou Empreendedor” que geralmente
ocorre durante os cinco primeiros anos de carreira o advogado enfrenta novos
desafios, por isso espera-se que ele realmente tenha apreendido os ensinamentos
da fase anterior e esteja preparado para o enfrentamento de novos desafios.
Nesta etapa da carreira os desafios estão
relacionados com a opção de trabalhar como advogado contratado em algum
escritório de advocacia ou partir para uma sociedade de serviços, ou ainda a
abertura do próprio escritório. Quaisquer opções apresentam desafios.
O Contratado enfrentará a cobrança por um
alto volume de produção, eficiência, disponibilidade e comprometimento, bem
como precisará de habilidade e “jogo de cintura” para manter um bom
relacionamento com seu chefe imediato, assim como com outros colaboradores e
sócios do escritório. Desta forma a gestão de sua imagem profissional ou
marketing pessoal dentro do escritório é um desafio importante a ser superado, junto
com a entrega de produtividade e eficiência jurídica esperada visando
consolidar sua permanência, ou ainda quando da estruturação de uma rede de
relacionamentos e da capacidade de captação de clientes, possa se apresentar
como um potencial sócio para o escritório. O trajeto mais curto para o advogado
contratado se tornar um potencial sócio do escritório onde trabalha é se tornar
imprescindível na produção jurídica ou então apresentar capacidade efetiva para
captação de novos clientes para a carteira deste escritório.
Já o Advogado do tipo Empreendedor pode até
iniciar sua carreira partindo para a abertura de seu próprio escritório, desde
que não precise da tutela de um advogado experiente para execução de um
excelente trabalho, tenha um bom “network” associados à habilidade de
transformar contatos em contratos e os recursos financeiros para sustentar seu
escritório e sua vida pessoal por ao menos dois anos. Por isso alguns advogados
optam pelo trabalho remunerado em algum escritório como uma espécie de
intervalo de tempo até ser possível reunir tais condições para empreender.
Seja qual for a estratégia adotada pelos
advogados em início de carreira, os principais desafios estarão relacionados
reafirmação e desenvolvimento de sua capacidade jurídica, definição da área do
direito e segmento de mercado (pessoa física ou jurídica) que pretende atuar
seguido de uma estratégia coerente para alcançá-lo, habilidade de
relacionamento e negociação em seu ambiente de trabalho, gestão de seu
marketing (imagem) pessoal, disponibilidade e dedicação, bem como a capacidade
e oportunidades para a captação de clientes, pois esta poderá definir sua
estratégia de carreira, uma vez que a captação sempre abre oportunidades para
um escritório próprio ou para uma eventual sociedade no escritório onde
trabalha.
No ciclo
“Proprietários ou Sócios de Serviços”
(entre seis e dez anos de mercado) os advogados enfrentam o desafio de expandir
seu mercado, tornar-se referência em uma determinada área ou subárea do Direito,
ao mesmo tempo em que se dedicam a gestão do escritório e aos clientes, com
especial atenção para a rentabilidade da carteira, a eficiência da equipe
jurídica, a marca do escritório e sua reputação pessoal no mercado, bem como a
contínua responsabilidade pela manutenção da satisfação dos atuais clientes e a
captação de novos.
Neste momento da carreira a gestão de
pessoas, de fluxos e qualidade do trabalho, do tempo, da imagem, de
relacionamentos, das finanças e do mercado alvo do escritório acabam por
aumentar muito as horas de trabalho dedicadas em razão do acúmulo de
responsabilidades, obrigando-o a tomar decisões que acabam culminando entre a
expansão societária ou na profissionalização do escritório, na delegação
coerente de responsabilidades (sob o treinamento anterior da equipe), bem como
uma reflexão sobre o modelo de advocacia que se pratica tendo como base a busca
de maior rentabilidade atendendo menos clientes selecionados pela alta
lucratividade ou então pela expansão da carteira tendo como fonte de sua
rentabilidade o alto volume de clientes, sustentado por uma numerosa equipe de
advogados.
São desafios e decisões importantes que
devem ter como base de decisão o mercado e área do direito o qual atuam, os
diferenciais competitivos que oferecem a este mercado e a capacidade das
equipes jurídica e administrativa de entregar um serviço diferenciado que
realmente agregue valor aos clientes. Neste momento serão tomadas as decisões
que poderão ou não estabelecer definitivamente o escritório e o advogado no
mercado. É neste momento que advogados com talento para a captação costumam se
unir, seja pela contratação ou sociedade, a outros advogados com excelência na
execução, pois o sucesso nas fases anteriores de sua carreira acaba por se
materializar em grandes carteiras e por consequência em muito trabalho e pouco
tempo.
No ciclo “Estabelecido” (entre onze e vinte
cinco anos de carreira) os advogados enfrentam o desafio da expansão controlada
para novos nichos de mercado junto da manutenção da atual participação de
mercado e da equipe jurídica. Devem ter como objetivo “blindar” a participação
de mercado já conquistada, sua reputação (evitando queda da qualidade mediante
alto volume de trabalho) e evitar a obsolescência decorrente da acomodação, além
da eventual rotatividade da equipe jurídica composta por advogados experientes
já sem a menor expectativa de se tornarem sócios ou com planos empreendedores
na cabeça.
Neste momento a aposta na solidificação dos
relacionamentos com atuais clientes e parceiros, o investimento contínuo na
imagem da marca jurídica e na performance de gestão do escritório, bem como um plano
de carreira realmente condizente com a realidade da banca podem iluminar um
pouco esta fase garantindo a qualidade da produção jurídica. Cabe ainda atenção
especial nesta fase da carreira para as oportunidades de expansão da carteira
de clientes apostando em novos seguimentos de mercado subsidiado pela reputação
do escritório, network de relacionamento dos advogados e estudos de mercado.
Nesta fase, costumeiramente ancorada por uma
sólida carteira, um dos principais desafios dos advogados Estabelecidos está na
manutenção da satisfação dos clientes. A produção jurídica e o atendimento ao
cliente deve ocupar papel central na gestão do escritório, pois mesmo a
captação de clientes nesta fase será direta ou indiretamente subsidiada pela
satisfação dos atuais clientes. São eles que potencializarão ou irão minar a
reputação do advogado ou escritório no mercado, ocupando papel importante nos
planos e oportunidades futuras.
Os advogados do
ciclo “Equilibrista” são
aqueles com mais de vinte e cinco anos de carreira e que já superaram inúmeros
desafios e evoluíram junto com o mercado e se encontram talvez no auge de suas
carreiras, mas vivenciam agora um cenário diferente daquele onde provaram seu
valor e enfrentam diariamente a tarefa de manter sua reputação de mercado, a
qualidade da produção jurídica, enfrentamento da alta rotatividade de
estagiários e relacionamento com advogados mais jovens (geração y), além de sua
relação com eventuais sócios. Porém, o principal desafio associado aos
advogados “Estabelecidos” é sua postura pessoal perante uma nova realidade do
mercado jurídico, demandando um exercício de autoavaliação sincera, identificação
de seus pontos positivos e negativos, bem como e identificação de quais são os
reais alicerces que sustentam e fizeram diferença sua carreira.
Após as conquistas e vitórias sobre os
desafios anteriores, apenas a autoavaliação sincera ou uma reinvenção de si
mesmo poderão permitir a manutenção da liderança do mercado e automotivação. É
preciso recuperar aquela antiga personalidade de advogado iniciante querendo
provar algo para si mesmo. É necessário incorporar aquela garra da juventude, equilibrar-se
entre o passado e o futuro, e partir em busca de novos desafios, agora com o
conhecimento dos atalhos e a humildade que só aquele que realmente sabe das
coisas possui.
Na advocacia, assim como em outras
profissões liberais com base em serviço, seu produto é você mesmo, assim como a
total responsabilidade pela sua carreira. Os desafios serão permanentes e
sempre haverão decisões estratégicas a serem tomadas. Bem como não há uma
sequencia linear entre os ciclos de carreira, pois muitos já iniciam suas
carreiras com grande estrutura e outros ainda acabam por se estabelecer
profissionalmente como advogado Contratado. Não existem regras definidas neste
aspecto.
Para o sucesso na advocacia não basta tão só
o domínio dos livros de Direito, eles são fundamentais, pois a excelência
jurídica é a base mínima de estrutura e suporte da carreira, mas também é
apenas o princípio de uma sequencia de outros desafios enfrentados em busca do
sucesso profissional. Conhecimentos sobre relacionamentos humanos, marketing
jurídico, psicologia, gestão, tendências políticas, jurídicas e econômicas, e
até mesmo finanças formam um mosaico de conhecimentos complementares e de
suporte para decisões estratégicas e respostas aos desafios que os advogados
serão obrigados a enfrentar no competitivo mercado da advocacia ao longo de
todos os ciclos de sua carreira.
Por Victor Furtado
Fonte OAB/GO
REFLEXÕES SOBRE A VIDA PRÁTICA DO DIREITO E A IMPRESCINDIBILIDADE TEÓRICA DE SUA COMPREENSÃO
A
vida prática das carreiras jurídicas certamente impõe uma série de desafios ao
profissional do direito, demandando interrelação entre as esferas do
conhecimento teorético, filosófico, científico e o conhecimento adquirido com a
velocidade de respostas reclamada pela realidade que, acumulado, se condensa na
experiência particular e profissional.
Some-se
a responsabilidade pessoal e social envolvida, de todas as ordens: moral,
partrimonial, coletiva, filosófica, científica, inter e transgeracional, e,
ainda, a vinculação às tradições, a serem renovadas em seu horizonte de sentido
pelo espírito criativo que marca a temporalidade e as conjunturas do acréscimo
das novas combinações de sentido inseridas no corpo de significados
estabelecido.
A
realidade se apresenta, assim, multicausal e multifacetada, razão pela qual
conhecimentos nunca são exaurientes, bastantes para comportá-la, reduzindo-se,
pela operação da linguagem, seus elementos a esboços sucessivos de suas
mudanças, de onde se pode retirar sentido para efetivar alguns recortes e
campos de ação. Essa característica, todavia, em hipótese alguma nega o
conhecimento, sua busca e sua constante reelaboração.
Como
uma imagem que emula o objeto, favorecem-se ou elementos gráficos, ou massas de
luz, ou seja, um elemento constitutivo ou outro, tentando-se aproximar a
representação do representado, sem, contudo, superar a diferença entre um e
outro, ontologicamente intransponível.
Inobstante
a inacaptabilidade absoluta, o fluxo do tempo social, feito pelos homens e pelo
encadeamento de suas ações, imprime o dever de prosseguimento, razão pela qual
a marcha segue adiante carregando as pessoas e as coisas, movendo-lhes e
demandando-lhes movimento. Os sujeitos que conhecem não podem simplesmente
parar a tentativa de conhecer, sob pena de inanição; essa premissa, ao menos,
para a vida prática, que é o campo da produção da vida social e individual.
Somado
a esse inevitável déficit de conhecimento, que não pode se estagnar ante o
abismamento do real, uma dimensão sempre presente de ausência de apresentação,
que se desvela aos poucos e parcialmente, havendo causas e motivos que, muitas
vezes, sequer se consegue presumir, e que seriam determinantes para uma
compreensão mais ajustada e sensível do ponto de enfoque em determinada
situação.
Esse
tateamento inevitável – no sentido de uma percepção de rugosidades mais ou menos
grosseiras, mais ou menos vislumbráveis, cognoscíveis – se condensa com mais
força do que um posicionamento de certeza e segurança.
Embora
as expectativas todas ante o direito (aliás, uma de suas razões de ser) se
manifestem em torno das certezas, epistemicamente o campo é repleto do orbe das
dúvidas, razão pela qual a humildade e o equilíbrio são características de
posicionamento primeiro ante o cenário de estímulos jurídicos.
Há
mais perguntas do que respostas, e mais vazados do que preenchidos.
Para
o prosseguimento do fluxo, um certo encobrimento dessa característica é
necessário, revestindo-se de aparências que conformam e sustentam o processo de
continuidade sem as interrupções da adequação da segurança. As construções, por
força do tempo social, não podem ser feitas com o tempo que lhes deveria ser
fornecido para construí-las com as acumulações devidas. Correções e
aproximações são necessárias.
A
continuidade imperativa implica em cortes mais ou menos abruptos que tocam as
coisas adiante, e a função normativa prévia dá os contornos que viabilizam o
desdobramento deste imenso edifício em reiterada construção que se condensa no
fenômeno nominado direito.
Por
isso tudo, o cotidiano criativo se reveste de uma série de dimensões de
habilidades para lidar com essa dinâmica própria. A construção dos casos a
serem levados ao Juízo e a administração dos feitos quando em curso requerem
uma diligência constante com aspectos da realidade e do direito, sem o que as
coisas se perderiam no tempo e no espaço.
Os
cuidados, assim, dependem do argumento certo, da hora certa de se posicionar,
da estratégia mais adequada para a tutela do direito subjetivo em jogo. Ao
mesmo tempo, muitos movimentos se fazem ao exterior das tentativas de controle,
e a tentativa de dirigismo legítimo destes procedimentos reforça o esforço da
marcha adiante, sendo o resultado final a forma consequente deste variado ritmo
de forças diversas. Misturam-se intenção e acaso, que é o oculto da intenção
alheia desconhecida.
O
contato inicial com o problema, conforme relato e documentação, insere novas
lâminas de sentido, e inicia o tônus investigativo que se projeta sobre o corpo
normativo, firmando-se por meio da busca dos textos e nos textos,
concatenando-se feixes de leitura e de redação.
O
desvelamento legal, as interações dos pensadores e intérpretes da lei, a
vinculação dos preceitos e as soluções jurisprudenciais formam um universo na
busca de explicação e organização dos fatos similares envolvidos em torno do
campo semântico das categorias.
As
camadas de linguagem e interpretação se acumulam em contextos de comunicação,
firmando-se compreensões e interagindo diferentes agentes sociais na tentativa
da consecução do objetivo final do resultado prático do processo e obtenção dos
direitos pretendidos ou, ainda, resolução adequada da conjuntura destes.
A
administração do processo, com diferentes interações com os órgãos incumbidos,
assim, se apresenta como um complexo arranjo em que transitam diferentes
pessoas cumprindo missões igualmente importantes para o atingimento final.
Conjuntamente a isso, as relações interpessoais marcando também o movimento
interior e exterior do processo, envolvido na vida social dos agentes
profissionais.
É
nesse complexo de pessoas, linguagem, leituras e tempos cruzados e alinhavados,
em sucessivos influxos de passado e futuro, que o direito se constrói, e que a
vida prática não pode prescindir dos aportes teóricos. Nos jogos de luzes e
sombras, a reflexão e o olhar preocupado traçam o tateamento de respostas,
sempre provisórias, sempre parciais, mas inevitavelmente necessárias para a
continuidade da construção da vida.
Por
Eliseu Raphael Venturi
Fonte
Âmbito Jurídico
SUAS HABILIDADES NO TRABALHO MUDAM CONFORME A IDADE
Mente em evolução: a ciência mostra que o cérebro e as
habilidades mudam conforme a idade
Esqueça
aquela história de jovens brilhantes e idosos lentos. Ao contrário do que
sempre se imaginou, não existe uma idade de ouro do cérebro, quando todas
nossas habilidades estariam no auge.
É
o que indica um novo estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em
parceria com o Hospital Geral de Massachussets, nos Estados Unidos, que
descobriu que a cada faixa etária um tipo de inteligência tem seu desempenho
máximo.
Publicada
em 2014, a pesquisa analisou, desde 2008, 50 000 testes de funções cerebrais. “A inteligência fluida,
relacionada ao processamento de informações novas, tem auges em várias idades,
não apenas um pico aos 20 anos”, diz Laura Germine, psiquiatra e neurocientista
e uma das autoras do estudo.
“Há
coisas que ficam melhores com o uso e o tempo, e outras que dependem mais da
juventude.” A conclusão é que todos têm algo a oferecer em cada idade,
justamente porque o cérebro está sempre mudando e se adaptando.
Os
picos notados no estudo não são uma regra. “As diferenças entre os indivíduos
da mesma faixa etária são maiores do que as diferenças entre os grupos em si”,
afirma Laura.
Ao
entender o cérebro, fica mais fácil compreender por que somos melhores ou
piores em determinados aspectos de convívio social (e de raciocínio) que podem
influenciar o modo como encaramos os dilemas do trabalho e tomamos decisões.
dos 18 aos 20 anos
EM ALTA: PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
A
velocidade para processar informações chega ao máximo. Ao encarar dados e
detalhes novos, essa pessoa não se sente perdida. “O novo não assusta nessa
fase”, diz Vladimir Ponczek, coordenador do Learn, laboratório de pesquisa e
análise do aprendizado da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.
EM BAIXA: ANÁLISES APROFUNDADAS
Habilidades
importantes, como desenvolvimento de vocabulário e capacidade de fazer análises
mais aprofundadas, estão no começo. Afinal, muitas vezes os jovens ainda não
têm um repertório diversificado consolidado no cérebro.
COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: OBSERVE MUITO
Ser
rápido para processar diversas informações não quer dizer que você tenha
compreendido, de fato, o que aconteceu. “Conhecimento é associar uma informação
a outra e, para isso, é preciso experiência”, diz Marcos Cavalcanti,
coordenador do centro de referência em inteligência empresarial na COPPE,
escola de negócios da Universidade Federal do Rio de janeiro. observe os mais
experientes para criar repertório.
aos 25 anos
EM ALTA: MEMÓRIA RECENTE
A
memória de curto prazo alcança o auge e temos facilidade em reter informações
novas. Isso quer dizer que detalhes e pequenos prazos têm menos chance de
passar despercebidos.
EM BAIXA: MATURIDADE EMOCIONAL
Nessa
idade, lidar com emoções é um desafio. Ao mesmo tempo, com a transição para a
fase adulta, enfrentamse situações sociais cada vez mais complexas. Essa
dicotomia pode gerar ansiedade social.
COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: DESENVOLVA A PACIÊNCIA
Mantenha
a calma quando se sentir desajeitado em certas interações no trabalho ou na
vida pessoal — não vai ser sempre assim. “As competências socioemocionais estão
em constante desenvolvimento”, AFIRMA Vladimir, da FGV. E use seus pontos
fortes a favor. A memória de curto prazo fortalecida ajuda a se organizar de
maneira mais eficiente no trabalho e facilita na hora de aprender novas
práticas ou conteúdos.
aos 30 anos
EM ALTA: CONVÍVIO COM OS OUTROS
Pode
não parecer uma habilidade cognitiva, mas a capacidade de reconhecer o rosto de
pessoas que você não conhece bem ou só viu uma vez tem seu auge por volta dessa
idade. “É uma função importante para o convívio social”, diz Marcos, da COPPE.
EM BAIXA: RAPIDEZ PARA ABSORVER NOVIDADES
Aos
poucos, ficamos mais lentos para processar novas informações, o que, em alguns
casos, pode levar à impressão de que estamos ficando para trás, pois o
aprendizado não é mais tão rápido quanto costumava ser.
COMO APROVEITAR AO MÁXIMO:
INVISTA NO CONTATO PESSOAL
Não
perca tempo tentando ser rápido como dez anos atrás. Agora você está ficando
melhor na interação social, o que é ótimo para o trabalho — ainda mais porque é
nessa idade que os profissionais começam a chegar a cargos de liderança. “É uma
habilidade importante para trabalhar bem em equipe”, diz Vladimir, da FGV.
Agora há mais facilidade para cultivar a rede de contatos e mais traquejo ao se
aproximar de pessoas novas.
dos 40 aos 50 anos
EM ALTA: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A
capacidade de entender e reconhecer as emoções dos outros aumenta. Fica mais
fácil saber o que os outros podem estar pensando ou sentindo. E o raciocínio
lógico também melhora: esse é o pico das habilidades aritméticas, por exemplo.
EM BAIXA: MEMÓRIA DE CURTO PRAZO
Aqui
é o momento em que a memória de curto prazo começa a ficar mais lenta. Anotar
os compromissos torna-se crucial para não se esquecer de nenhuma tarefa a ser
realizada.
COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: APOSTE NA INTUIÇÃO
“Nessa
fase temos mais repertório para lidar com pessoas e entender o que elas
querem”, diz Marcos, da FGV. Então, aproveite que a inteligência emocional, tão
valorizada pelo mercado de trabalho, está no auge da forma para mapear
sentimentos e aspirações das pessoas com as quais você trabalha E, por um lado,
ajudar sua equipe e colegas a se desenvolver e, por outro, encontrar aliados
para novos projetos e ideias.
dos 60 aos 70 anos
EM ALTA: COMPREENSÃO DE CENÁRIOS
Nesse
período, tudo que foi aprendido durante a vida está bem assentado no cérebro e
pode ser usado com mais eficiência. “É a fase do poder de comparação. Há
facilidade em pegar um dado novo e relacioná-lo com o que já viveu”, diz
Marcos, da FGV.
EM BAIXA: APRENDIZADO DE NOVIDADES
Como
o cérebro já se habituou às informações do passado, a maioria das pessoas não
tem mais tanta facilidade para aprender coisas novas ou mudar antigos hábitos.
COMO APROVEITAR AO MÁXIMO: FAÇA CONEXÕES
A
experiência e o conhecimento são Patrimônios em qualquer lugar e podem
compensar em boa parte a possível decadência de outras funções cerebrais.
“pessoas nessa faixa etária podem buscar na própria cabeça os elementos
necessários para analisar informações”, Afirma Vladimir Ponczek, da Fundação
Getúlio Vargas de São Paulo. Aposte no poder de análise e no vasto repertório
ao discutir ideias e dar opiniões.
Por
Bárbara Nór
Fonte
Exame.com
segunda-feira, 27 de maio de 2024
SER ADVOGADO É ESTAR SEMPRE AFIADO PARA QUALQUER PROBLEMA
“Se
eu tivesse oito horas para cortar uma árvore, gastaria seis afiando meu
machado”. Uso das palavras do lendário presidente dos Estados Unidos, Abraham
Lincoln, para falar de uma profissão pela qual tenho muita estima, a advocacia.
Dentro do parâmetro metafórico do qual me subsidio para me referir a esta nobre
função, ouso dizer que afiar o machado é o atributo mais demandado a estes
operadores do Direito para exercer com perspicácia a defesa dos direitos dos
cidadãos e garantir a ordem pública.
De
acordo com o artigo 133 da Constituição Federal (1988), o advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Isso revela o quão
importante é o papel do advogado para que a sociedade encontre a harmonia
proporcionada quando a justiça é promovida.
Entre
as ferramentas utilizadas pelo advogado para acessar a justiça, está a atuação
judicial. Seja na petição inicial ou quando o advogado faz uso do princípio da
oralidade, existe todo um depósito de conhecimento que é acessado para garantir
que as palavras escritas e proferidas não sejam meras letras mortas ou locuções
verbais vãs, respectivamente, e sim, a mais elegante forma de se dar um ‘corte
certeiro’, seja na inverdade, seja na força que tenta reprimir o direito de
quem está sendo defendido. Trata-se de uma forma de se afiar o machado em sua
essência.
Costumo
dizer que o machado da advocacia, dentro da linguagem metafórica aqui
utilizada, é tão poderoso que é capaz de lapidar qualquer ser humano que se
deixa embalar pela sua imprecisa precisão. Eis um enigma que faz da advocacia
uma carreira instigante, pois não podemos garantir aos clientes a certeza de um
resultado, todavia, podemos precisar que os caminhos seguros para não se dar
margem a erros é possível quando há atuação do advogado.
É
por essa razão, que o machado jamais pode deixar de ser afiado. Esta é uma
questão de condição humana. Da mesma forma que as leis, enquanto produção
humana que garantem a ordem social, são aperfeiçoadas na medida em que a
sociedade evolui, também entre os advogados deve predominar a mesma lógica: a
do aperfeiçoamento como forma de se dar respostas claras e objetivas às
provocações feitas pela sociedade.
Nesta
selva moderna, onde o instinto de sobrevivência se baseia em garantir a
liberdade de atuação pautada sobre as prerrogativas da advocacia, afiar o
machado é uma questão de expertise, aprimoramento constante da técnica e o
aperfeiçoamento das habilidades de se dar ao mundo sem medo das ameaças
proferidas pelos predadores, nem sempre domáveis.
Afiar
o machado é sinônimo de milhares de horas empenhados em estudos, em aprender o
sempre novo do tesouro guardado no arcabouço jurídico. Não são apenas
legislações, jurisprudências, doutrinas, súmulas e teses que resumem o ‘ser
advogado’, acima de tudo está o desejo e empenho em fazer dessa profissão um
farol em mar revolto, onde se encontra soluções para todos os problemas
frequentes na sociedade.
Na
máxima de Abraham Lincoln, embora a maior parte do tempo fosse dedicada em
afiar o machado, não se deixou de lado o ato de se fazer um bom corte na
árvore. Apesar de cortar uma árvore ser uma imagem devastadora para o
contemporâneo, na perspectiva alegórica deste artigo, é só quando se faz essa
atividade é que se consegue extrair o que há de melhor no caule.
Da
mesma forma acontece com a justiça, que enquanto uma abstração só serve para
acalmar a mente em estado dialético. Mas quando se extrai da Justiça o seu
poder prático, colhe-se os benefícios, desfruta-se da doce seiva, transforma-se
troncos disformes em belos ornamentos ou imóveis úteis.
Concluo
que ser advogado é ser instrumento para se chegar à essência da questão. É
olhar para a perturbação social e não ser inerte. É estar a serviço e sempre
que necessário cumprir sua função com liberdade e exatidão, e ter sempre o
machado afiado para qualquer trabalho, e não descansar enquanto não se subjugar
todos os troncos que impedem o desfrutar da justiça.
Por
Leonardo Campos - presidente da OAB-MT
Fonte
Consultor Jurídico
USO DO FUNDO DE RESERVA DEVE SER PLANEJADO
Recurso deve ser utilizado com cautela para preservar
o caixa do condomínio
Cuidar
de um condomínio não implica somente em manter a engrenagem funcionando, com
todos os assuntos em dia: é preciso também planejar o futuro e estar preparado
para as adversidades. Para isso, o condomínio pode contar com o fundo de
reserva. Com esse recurso em caixa, como o próprio nome indica, é possível
programar obras e melhorias, cobrir o pagamento de despesas imprevistas e
emergenciais, além de honrar eventuais custos de valor alto, aliviando a taxa
rateada entre os condôminos mensalmente.
O
síndico André de Souza Rafael, que atua na gestão do condomínio Somerville, no
bairro Centro, em Criciúma, investe na poupança o valor mensal angariado para o
fundo de reserva. “Além da conta corrente para os gastos mensais rotineiros,
temos um valor fixo para essa arrecadação, que vai para uma conta de
investimento”, afirma. Síndico há três anos do prédio que possui 70
apartamentos, Rafael lembra que, quando necessário, faz uso dessa verba para
melhorias no edifício. “Agora, por exemplo, já temos previsão para usar o
recurso, mas pretendemos retirar apenas entre 50% e 70% do que já está
guardado, garantindo ainda um determinado valor em caixa”, destaca.
O
síndico do Somverville está certo ao tomar esta precaução. Segundo o economista
e professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) Alcides Goularti
Filho, o uso do fundo de reserva deve ser planejado, para não esgotá-lo
repentinamente. “É importante usar apenas uma porcentagem, não usar todo o cofre”,
ressalta o economista.
Planejamento
A
lógica de ter esse capital para investir funciona, basicamente, da mesma forma
que uma reserva financeira planejada para uma família ou uma empresa, segundo
explica o economista. Com dinheiro em caixa, é possível até ter certo poder de
barganha: o síndico pode optar por pagar à vista fornecedores de produtos e
serviços, por exemplo, e garantir descontos consideráveis.
Outra
dica dada por Goularti Filho é procurar um investimento financeiro seguro,
sendo a poupança tradicionalmente o mais utilizado. O economista indica que
também é possível buscar outras alternativas, como fazer um investimento de
renda fixa. No entanto, como o dinheiro pode ser sacado em momentos
emergenciais, é fundamental avaliar as características de cada aplicação. “O
síndico deve conhecer o tipo de investimento que pretende utilizar e escolher o
que melhor contemple seus objetivos”, lembra.
Sobre
a implantação de outros fundos, como por exemplo, a criação de fundos de obras
(para infraestrutura e compras diversas), o economista afirma que o fundo de
reserva pode ter também essa função, e simplificar a quantidade de contas
facilita a sua administração. “O importante é que o fundo não fique parado, sem
rendimentos. O síndico pode e deve utilizar este recurso para investir no
próprio imóvel, valorizando-o”, completa.
Por
Bernardo César Coura
Fonte
Condominiossc
SETE DICAS PARA PASSAR UMA IMAGEM DE SUCESSO
Não basta ser bem-sucedido; é preciso
parecer. Kevin Daum, empreendedor, conferencista e escritor especializado em
marketing, enumerou em sua coluna no site da revista Inc. sete conselhos para
construir uma imagem de sucesso. “Algumas pessoas são naturalmente abençoadas
com uma aura de sucesso, mas a maioria tem de construir a autoconfiança e
burilar certos aspectos da própria imagem”, diz Daum.
E adverte: “Se você projetar uma imagem de
perdedor, as pessoas vão tratar você como um perdedor logo de cara.” As sete
dicas são:
1. Vista-se bem em
qualquer ocasião.
Não é preciso
ser rico para isso, assegura Daum. O importante é prestar atenção aos detalhes
e saber que tipo de visual é adequado a cada situação (terno e gravata ficam tão
deslocados num churrasco quanto agasalho de ginástica ou chinelo num escritório
de advocacia). Ponto importante: sempre se vista um tom acima do que é esperado.
Se a regra é usar jeans e camisa polo, acrescente um blazer esportivo. Finalmente,
dê atenção especial a sapatos, corte de cabelo e unhas, porque todo mundo
observa essas coisas, mesmo que disfarçadamente. Toques de desleixo passam a
impressão de que você não sabe cuidar de si mesmo.
2. Fale e escreva
corretamente.
Evite ser informal demais e tome sempre
cuidado para não esquecer os plurais bem pronunciados. Cuidar da dicção, aliás,
faz muita diferença. E melhore seu inglês. Daum lamenta dizer isso, mas avisa
que muitos americanos pensam que quem fala inglês precário é pouco inteligente.
3. Domine a arte da
conversa inteligente.
Em resumo: pare de falar apenas de sua própria
vida e das celebridades e comece a se inteirar do que está acontecendo no mundo.
Estude sempre. Leia. Viaje. E saiba relacionar as coisas que você colhe nessas
atividades. Mais importante: saiba calar-se e ouvir, senão não há conversa, mas
monólogo.
4. Seja generoso.
Qualquer doação desinteressada causa o maior
impacto positivo. Não precisa ser algo material, mas atenção, energia, dedicação
ou sabedoria. Até você mesmo vai passar a gostar mais de você.
5. Seja organizado.
Segundo Daum, uma pessoa desorganizada
irrita todo mundo em volta, mesmo que ela não ocupe uma posição de destaque. A
desorganização passa a impressão de descontrole, descuido e desinteresse. Faz
você atrasar respostas a e-mails e telefonemas e, pior, chegar tarde a
compromissos. Se você for assim, peça ajuda a um assistente, faça uso de
aplicativos de smartphone criados para isso e evite carregar coisas de casa
para o trabalho e vice-versa. Aparentar organização faz as pessoas acreditarem
que você é eficiente e está sempre no controle.
6. Faça com que as pessoas se sintam importantes.
Já no primeiro contato, dê um aperto de mão
firme e olhe nos olhos. Esteja presente nos momentos importantes da vida de
quem você conhece. Leve as pessoas a acreditar que estão dizendo coisas
importantes e merecem sua doação de tempo e atenção. “Use o poder da gratidão,
seja com pequenos presentes, cedendo seu tempo ou simplesmente dizendo obrigado”,
aconselha Daum.
7. Cerque-se de
pessoas bem-sucedidas.
“Você sempre será julgado pelas companhias
que cultiva”, adverte o autor. Por isso, diz ele, esforce-se para construir um
círculo de pessoas que você respeita e admira, e assim será respeitado e
admirado por elas.
Por Márcio Ferrari
Fonte Papo de Empreendedor
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