segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

7 HÁBITOS QUE TE FAZEM GASTAR MAIS NA HORA DAS COMPRAS


Antes de ir às compras, confira dicas e evite realizar um mau negócio. Algumas medidas simples e práticas podem te ajudar a economizar dinheiro antes daquele passeio pelo shopping center.
Enquanto promoções, cupons de descontos e benefícios oferecidos por programas de fidelidade devem ganhar atenção especial do consumidor na hora de adquirir produtos, fazer compras em atacado e buscar barganhas incansavelmente podem ser um tiro no pé para quem busca gastar menos. Abaixo sete erros que te fazem perder dinheiro na hora das compras:

1) Não buscar promoções
Pode parecer óbvio, mas, na correria do dia a dia, pesquisar ofertas é algo que pode acabar passando batido. Mas o consumidor que não realiza essa pesquisa antes de adquirir um produto corre um grande risco de jogar seu dinheiro no lixo. 
O argumento de que falta tempo para garimpar ofertas não é suficiente: bastam alguns cliques em sites comparadores de preço para verificar quais estabelecimentos oferecem preços mais baixos na compra de um produto específico.
O comparador de preços Zoom, por exemplo, reúne ofertas em uma seção do site. É possível ordenar as promoções pelos maiores descontos e também filtrá-las por categoria de produtos (como eletrônicos e livros). Outros sites como Buscapé e Bondfaro, também podem ajudar na comparação.

2) Não pesquisar cupons de desconto
Antes de concluir compras online, vale checar se existem cupons de desconto disponíveis para a compra daquele produto específico.
Os cupons de desconto são oferecidos pelos próprios sites que vendem o produto ou por empresas especializadas, como a Cuponation e a Cupons Mágicos. Para utilizá-los, basta inserir o código do cupom no campo correspondente, que geralmente é apresentado na etapa final da compra (veja como economizar usando os cupons de desconto).
Para facilitar a busca do consumidor, o site agregador de cupons de desconto Méliuz tem uma ferramenta chamada Lembrador. Ao instalar a ferramenta no navegador, o consumidor recebe notificações sobre cupons de descontos disponíveis sempre que acessar os sites das lojas parceiras do Méliuz.

3) Não planejar as compras com antecedência
Por que utilizar todo o valor do 13º salário para comprar presentes de Natal se é possível economizar aos poucos para arcar com essa despesa? Ao formar uma reserva financeira para contornar esses gastos, é possível evitar descontroles financeiros no final do ano.
O conselho é válido principalmente para quem precisa se preocupar também com o pagamento do IPTU e IPVA e de despesas escolares no início do ano, diz José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, do SPC Brasil. “Assim, é possível evitar o uso do cartão de crédito. O valor economizado também pode ser utilizado para outros tipos de compras previsíveis, como presentes de aniversário, por exemplo”.

4) Comprar os produtos errados no atacado
Comprar produtos no atacado pode parecer uma tática certeira de economia. Mas, dependendo da compra, o preço mais baixo pode não compensar o risco de desperdícios. “Esse tipo de compra é recomendado para famílias maiores”, diz Vignoli, do Meu Bolso Feliz.
Para famílias mais enxutas, a dica é evitar a compra no atacado de produtos perecíveis, como frutas e vegetais, que têm prazo de validade mais curto; produtos enlatados em tamanhos maiores, que têm de ser consumidos rapidamente após abertos; além de condimentos em embalagens maiores, que, por serem consumidos de forma mais esporádica, também podem perder a validade antes de serem utilizados integralmente.

5) Ignorar os benefícios de programas de fidelidade
Diante da grande quantidade de programas de fidelidade, oferecidos tanto por companhias aéreas, como por administradoras de cartões de crédito, lojas e restaurantes, fica fácil perder o controle dos benefícios que podem ser obtidos na hora de realizar compras.
Para ajudar a sanar esse problema, o aplicativo Oktoplus reúne informações sobre mais de 20 programas de fidelidade no celular e ajuda o usuário a monitorar os pontos acumulados nos programas dos quais faz parte. Outra forma simples de não perder o controle dos benefícios é ficar atento aos contratos e prazo de validade dos pontos de cada programa utilizado (veja 6 dicas para quem ignora o programa de fidelidade do cartão de crédito).

6) Ter um cartão de loja e ignorá-lo
Antes de ir às compras, o consumidor deve lembrar de checar os cartões de lojas que podem estar perdidos na sua carteira e avaliar se vale a pena ou não utilizá-los.
Eventuais benefícios podem não compensar taxas altas de juros e anuidades cobradas nesses cartões. ”Nesse caso, pode ser interessante repensar se o plástico é, de fato, vantajoso, e se vale a pena continuar a mantê-lo na carteira”, diz Vignoli, educador financeiro do site Meu Bolso Feliz.

7) Achar que as pechinchas são sempre o melhor negócio
Quem só tem olhos para pechinchas pode acabar caindo em armadilhas que trazem prejuízos.
De que adianta preferir um produto que é 50% mais barato se a sua qualidade deixa a desejar? Nesse caso, o consumidor corre o risco de ter de substituir o produto mais rápido. Juntas, as duas compras podem sair mais caras do que se a opção fosse pelo produto mais durável, ainda que seu custo inicial fosse maior.
Por Marília Almeida
Fonte Exame.com

GANHOU UM PRESENTE DE NATAL MAS QUER TROCAR? VEJA QUAIS SÃO SEUS DIREITOS

É preciso ficar atento à política de troca das empresas; o presenteador possui responsabilidades ao realizar uma compra

 
Código de Defesa do Consumidor garante o direito de trocar produtos que apresentem algum tipo de defeito

O Natal está chegando e com ele chegam os presentes. Roupas, eletrônicos e eletrodomésticos estão entre os diversos produtos que compõe as listas de desejos dos brasileiros. No entanto, o que fazer caso se receba uma camisa no tamanho errado? Que destino dar ao livro que não agradou?
O Código de Defesa do Consumidor garante aos cidadãos o direito de trocar produtos que apresentem algum tipo de defeito, desde que o cliente efetue a reclamação em até 30 dias para produtos não duráveis (flores, alimentos e bebidas, por exemplo) e em até 90 dias para produtos duráveis (como eletrodomésticos e celulares).
Após a reclamação ser feita pelo consumidor, a empresa tem um prazo de até 30 dias para resolver a questão. Se o problema não for resolvido, a pessoa pode trocar o item por um equivalente, obter a devolução integral do valor gasto ou pode optar pelo desconto proporcional do preço.
O Procon de São Paulo aconselha que o consumidor tenha em mãos na hora da troca a nota fiscal ou o recibo da compra e a etiqueta do produto para garantir seus direitos. O cliente pode acionar órgãos de defesa do consumidor caso esses direitos lhe sejam negados.

Como agir se o presente não agradar?
Caso o presente não satisfaça o presenteado por algum motivo que não possua relação com defeitos, a situação é um pouco diferente. A coordenadora institucional da Proteste Maria Inês Dolci afirma que cada empresa possui uma política de trocas específica, e que é preciso estar atento a cada caso. “É bom, antes de qualquer coisa, o consumidor verificar se a possibilidade da troca existe”, discorre.
Para Maria Inês, é vantajoso para as empresas estabelecerem um prazo para troca em casos em que o produto não satisfaz o consumidor. “[Dessa forma] se fideliza o cliente. Hoje o fornecedor está bastante permeável em relação à satisfação do consumidor. Mas, é necessário conhecer as políticas de troca para não ficar desapontado."
Ela defende ainda que o comprador do presente possui uma responsabilidade e deve se informar sobre a possibilidade de se realizarem trocas, permitindo que a pessoa que será presenteada seja preservada de possíveis transtornos.

E se o produto foi comprado pela internet ou em outras regiões?
No caso de uma transação efetuada em outro Estado, Maria Inês afirma que é responsabilidade do comprador questionar a empresa sobre a existência de filiais, uma vez que a presença delas permite que o presenteado faça a troca. “Se a filial não realizar esse tipo de troca, é melhor não se ‘aventurar’, porque certamente a pessoa não conseguirá trocar o presente”, explica. É importante perguntar em quais endereços a troca pode ser realizada.
Outra recomendação é tomar cuidado ao se comprar presentes fora do país, uma vez que cada um possui seu próprio código relacionado aos direitos do consumidor, além de outros fatores que podem gerar transtornos. “Às vezes o modelo não existe no Brasil. Então é bom se informar, ver se é compatível com o sistema brasileiro. É preciso seguir as regras do país no qual o produto foi comprado e se informar”.
Fique atento em casos de produtos comprados pela internet, uma vez que as regras são diferentes.  No caso de transações realizadas por meio da web, telefone ou qualquer forma que seja fora de uma loja física, o cliente pode desistir em até sete dias do recebimento da mercadoria. O produto pode ser devolvido mesmo que não apresente defeitos. Sobre esses casos, Maria Inês Dolci faz uma ressalva. “Quando se compra em um site do exterior, o consumidor não tem direitos pela lei brasileira, porque ele está fazendo o papel de importador", esclarece.
Por Guilherme Machado
Fonte Brasil Econômico

FIQUE DE OLHO NAS ETIQUETAS DE PREÇOS

Não deixe de conferir os preços e denunciar ao Procon quando houver falhas; sempre vale o menor valor

Não deixe que a correria das compras de final de ano faça você se descuidar da pesquisa de comparação dos preços antes de comprar. Fique atento às vitrines e gôndolas para averiguar e denunciar se não estiverem sendo respeitadas as regras de afixação de preços. Acho um absurdo, por exemplo, as lojas que expõem os produtos sem preços, obrigando o consumidor a entrar para saber quanto eles custam.
É uma pena, mas praticamente não se vê consumidor consultando os preços nos leitores de códigos de barras que os supermercados são obrigados a manter a cada 15 metros dentro dos estabelecimentos. Essa falta de atenção pode pesar no bolso, pois pode se acabar pagando mais, até sem saber, por divergências entre os preços informados nas gôndolas ou vitrines, e os registrados no caixa. Não deixe de conferir os preços e denunciar ao Procon quando houver essas falhas, pois cabe multa aos estabelecimentos que desrespeitarem esse direito básico.
Quando existe divergência entre o código de barras e o que está afixado nas gôndolas, ou nas etiquetas e o registrado no caixa, vale o menor preço.
As etiquetas com preços devem estar escritas de forma clara. Se não houver leitor ótico, cada produto deve estar com etiqueta de preço ou informação na prateleira próxima do produto.
No caso de venda parcelada, a oferta dos produtos deverá discriminar o valor total a ser pago com o financiamento informando o Custo Efetivo Total (CET); o número, periodicidade e valor das prestações; juros e os eventuais acréscimos e encargos que incidirem sobre o valor do financiamento ou parcelamento.
Fonte Estadão

GAFES, VEXAMES & MICOS – E MAIS: 50 DICAS PARA EVITÁ-LOS

Esqueça os manuais de etiqueta. A receita para evitar as grosserias que envenenam o dia a dia – e que, no longo prazo, atrapalham nossa vida – é cultivar o respeito nas relações pessoais

“Boas maneiras são mais importantes do que leis”, dizia o escritor irlandês Edmund Burke (1729-1797). Outro pensador, o inglês Thomas Hobbes (1588-1679), escreveu em sua obra mais famosa, Leviatã: “A importância das boas maneiras não está no jeito certo de saudar o outro ou limpar os dentes, mas no fato de possibilitar que os homens vivam juntos e em paz”. Eles não exageravam – e a época atual, de certa forma, dá razão a ambos. Só nos Estados Unidos, é possível encontrar mais de 150 livros de etiqueta numa livraria comum. No Brasil, 60. Esses livros atendem a uma necessidade social concreta – facilitar a convivência – presente hoje tanto quanto no tempo de Burke ou Hobbes. Eles também atacam um problema que tem um efeito desgraçadamente cumulativo. Uma grosseria em casa ou no trabalho estraga o dia e pode ter consequências maiores do que um simples desassossego (leia exemplos abaixo). Montes delas resultam, no longo prazo, em brigas familiares, divórcios, crises, demissões. A falta de boas maneiras, além de contratempos, pode diminuir dramaticamente nossas chances de sucesso e felicidade.
Por isso, os manuais de etiqueta se tornam frequentemente best-sellers. A má notícia é que eles não são suficientes. A complexidade da vida moderna é tamanha que regras concisas não dão conta – gafes, vexames e micos estão sempre à espreita. Novos arranjos familiares e a vida íntima cada vez mais exposta na internet põem na berlinda as nossas referências de convivência. O que fazer quando um amigo publica no Facebook uma foto em que você aparece de sunga ou biquíni? Na era das redes sociais, em que todos sabem de todos, como montar uma reunião para um grupo de amigos sem magoar aqueles que você não poderá chamar?
O jornalista americano Henry Alford, que escreve sobre boas maneiras para títulos de prestígio como a revista Vanity Fair ou o jornal The New York Times, encontrou uma forma brilhante de tratar o assunto. Na impossibilidade de estabelecer regras claras de convivência, a saída é buscar a essência delas: cultivar a gentileza no trato com o outro, por meio do respeito e do afeto. É esse princípio que norteia a obra que, recém-chegada às livrarias americanas, promete uma revolução a respeito do tema: Would it kill you to stop doing that? (Você morreria se parasse de fazer isso?), ainda sem data para ser lançada no Brasil.
A obra de Alford vem tendo bom desempenho em vendas e resenhas positivas. Isso ocorre principalmente por três razões. A primeira é evitar o clichê dos livros de etiqueta, em geral listas de conselhos que podem ser bastante maçantes. Em vez disso, os capítulos adotam uma dicção bem-humorada, num estilo que o autor aprimorou ao escrever para jornais e revistas. O segundo é a pesquisa feita por ele nos Estados Unidos, país onde vive, e no Japão, que ele considera uma referência mundial em boas maneiras. O levantamento recheia o texto de histórias interessantes. O terceiro – e mais importante – é a solidez das ideias, que se constroem a partir de um princípio basilar: para ter boas maneiras, o mais importante é o estímulo por trás da atitude. É uma questão, basicamente, de ser capaz de se colocar no lugar do outro e de se importar com ele. “Quando temos esse estado de espírito, nossa interação acontece naturalmente de forma gentil”, disse Alford a ÉPOCA. Ele reconhece, no entanto, que a gentileza não é um estado natural para a maioria de nós. É uma construção, que exige calibragem constante. “Vale o esforço. Mudamos nossa percepção sobre as pessoas, para melhor.”
Boas maneiras são um conceito relativo, que muda de acordo com as circunstâncias. É isso que torna impossível a tarefa de estabelecer regras claras de convivência atualmente. “Num tempo em que os homens raramente interagiam com outras pessoas fora do contexto de sua própria aldeia, as boas maneiras podiam ser ideias absolutas livres da necessidade de contexto”, diz Alford. Uma dica para, nesse terreno movediço, definir o que são boas maneiras é pensar em seu oposto, as atitudes grosseiras. Para Henry Alford: “Grosseria é todo comportamento que faça com que eu me sinta um idiota ou mais burro do que realmente sou”. Evitar que a pessoa com quem você interage – muitas vezes um completo desconhecido – sinta-se um tolo em sua presença também depende de uma série de fatores. O tom é um deles. Fazer a pergunta “você fez o quê?” com um tom suave e um sorriso no rosto tem sentido oposto a usar uma cara raivosa e uma voz entrecortada.
Para Alford, de todos os espaços para nossa convivência, o mais traiçoeiro é a internet. Lá, mesmo as melhores maneiras podem se tornar mal-entendidos. Escondidos atrás de um teclado, sem contato visual ou auditivo com o interlocutor, podemos libertar nossos piores demônios. A facilidade de apertar a tecla “enviar” amplia as possibilidades de catástrofe social. “Um dia vi a entrevista de um homem que sobreviveu depois de ter se atirado da ponte do Brooklyn, em Nova York”, diz Alford. “Ele dizia que, a partir do momento em que tirou o pé da ponte e começou a cair, todos os problemas insuportáveis que o levaram a pular ficaram desimportantes. E ele pensou: Por que fiz isso?” Arrependimento semelhante pode nos atingir logo após apertarmos o botão “enviar” em mensagens grosseiras e belicosas. Quando der vontade de desabafar por e-mail, pense de novo e considere fazer isso pessoalmente. O tom certamente será mais brando, o que deve aumentar suas chances de sucesso na maioria dos casos.
Além de se preocupar com o conteúdo, é importante pensar na forma. Apesar da agilidade, a internet nem sempre é a maneira mais adequada de interação. Alford conta um episódio com Abraham Lincoln para mostrar como age alguém que entende a importância do meio na interpretação da mensagem. Consta que Lincoln era capaz de passar horas na sala de telégrafo da Casa Branca – era fã da tecnologia. Quando o general Ulysses Grant tomou Vicksburg e levou mais de 30 mil soldados rebeldes a se render, durante a Guerra de Secessão americana, Lincoln dispensou o telégrafo que tanto usava. Escreveu um bilhete congratulando o general e mandou um mensageiro entregar em mãos. Hoje, de forma análoga, um telefonema cumprimentando pelo aniversário pode significar mais consideração do que mandar um e-mail ou recado no Facebook.
Para escrever seu livro, Alford passou 20 dias no Japão tendo aulas de etiqueta e observando os hábitos. Ele se encantou com o senso coletivo da população. “No metrô, as pessoas não falam ao telefone, só teclam, para não importunar os outros com o barulho”, diz ele. A historiadora Célia Sakurai, especializada em cultura japonesa, atribui a circunstâncias históricas a evolução da etiqueta no país asiático. “Ter de conviver com pouco espaço e dividir pouca comida foi fundamental para incutir no japonês a necessidade de seguir as regras de convivência à risca”, diz Célia. Além de razões práticas, há motivos filosóficos. Tanto o confucionismo quanto o budismo, que fazem parte da formação da cultura japonesa, pregam o respeito às boas normas de convivência como fundamental para o espírito. “Para o japonês, não seguir tais regras é considerado uma falha de caráter”, diz Lumi Yokada, economista formada na Universidade de Nagoya e especialista em etiqueta japonesa.
No Ocidente, a questão das boas maneiras também ocupou pensadores de diferentes épocas. O precursor de todos os manuais de boas maneiras é o Tratado de civilidade pueril, escrito pelo filósofo holandês Erasmo de Roterdã (1466-1536). Essa obra fundadora estabelece os dois focos que, ao longo do tempo, nortearam os livros sobre boas maneiras. Um deles dá conta dos procedimentos para ações específicas – como tratar uma dama, como sentar à mesa com o rei, como falar com um vassalo, além das maneiras corretas de usar o talher, fazer a higiene, montar a cavalo. Tais dicas, num mundo ainda semifeudal, eram sobretudo úteis. No século XV, a maior parte das pessoas ainda comia com as mãos e tinha hábitos de higiene mais precários do que hoje. O Palácio de Versalhes, na França, não tinha nenhum banheiro. Entre as recomendações de Erasmo para as refeições estava não limpar a mão suja de comida na roupa. Ela deveria ser lavada numa tigela com água ou esfregada no pelo de um animal próximo.
A outra parte do livro de Erasmo se aprofunda no lado filosófico e toca na questão central até hoje: como tratar as outras pessoas de forma civilizada. Que é, em última análise, o foco do livro de Alford e a essência das boas maneiras. Para fundar sua tese, Erasmo recorre aos filósofos do Renascimento. O padre e pensador francês Jean-Baptiste de la Salle (1651-1719) acreditava que as regras de boas maneiras moldavam o espírito do homem. Fazendo o bem, ele se tornaria bom. “Os filósofos iluministas criticavam os códigos de comportamento porque diziam que eram empregados para alcançar vantagens materiais na corte”, diz a historiadora Maria Cecília Pilla, autora de uma tese de doutorado sobre a relação entre boas maneiras e poder. “O francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que fazia parte da turma iluminista, afirmava que as boas maneiras deveriam nascer do bem-querer, em detrimento de códigos impostos.” Tais princípios norteiam o livro de Henry Alford. E também a lista que você lerá a seguir. Não a veja como um receituário de regras, e sim como um conjunto de dicas para treinar respeito, afeto e gentileza – os bons sentimentos que estão na raiz das boas maneiras, hoje como no tempo de Erasmo.

INTERNET

1 - Mantenha o nível
A comunicação à distância tem uma hierarquia. Do mais pessoal para o mais genérico: telefonema, e-mail, SMS e, por fim, recado em redes sociais. Você pode manter ou elevar o nível. Baixar, nunca. Se receber um e-mail, tudo bem responder à mensagem ou telefonar. Mas, se receber uma ligação e responder por e-mail, pode parecer que está fugindo do interlocutor.

2 - Celular na mesa
Se você precisar atender uma ligação ou responder a uma mensagem quando estiver acompanhado, peça licença. Verificar as atualizações no Facebook entre uma garfada e outra, nem pensar.

3 - Não é assim que se escreve
Você troca mensagens de texto por celular com um amigo e ele comete um erro gramatical. No lugar de corrigi-lo, use a resposta para escrever a palavra de forma correta.

4 - Sem papo
Ao encontrar alguém com o ícone de on-line no Facebook, no Orkut ou no Gmail, não conclua que está disponível. Pergunte se a pessoa pode conversar.

5 - Adapte o discurso
Na internet, é comum que as pessoas tenham formas próprias de falar. Usar gírias, expressões em inglês, letras em maiúsculas sem ser nome próprio ou começo de frase. Mas isso não quer dizer que a mensagem será compreendida por qualquer um. Pense em quem é seu interlocutor antes de dizer “vm cvsa?” quando for chamar alguém para conversar.

6 - Menos é menos
É uma indelicadeza responder a todo mundo no grupo da mensagem só para dizer “ótimo, obrigada!”. É como usar um megafone em plena rua para dizer para uma única pessoa algo sem importância.

7 - Não deixe a mensagem sem resposta
Quando alguém lhe pede uma informação, por e-mail ou por redes sociais, não deixe esperando. Diga que está procurando a resposta e que responderá depois.

8 - Pergunte antes
Não publique fotos em que seus amigos aparecem em roupas de banho, posições constrangedoras ou com um namorado antigo em redes sociais. Pergunte antes.

9 - Não curta
No Facebook, é possível curtir comentários, links e fotos de amigos. Curtir denota um sentido positivo, sugere que você gostou do comentário. Não é um aviso de que você o leu. Se alguém diz “meu cachorro morreu” ou “fui demitido”, não curta.

10 - O reclamão dos reclamões
Se é chato ler reclamações sobre o tempo no Facebook, imagine acompanhar reclamações sobre quem reclama do tempo.

FAMÍLIA

11 - Dê o exemplo
Saber como ensinar boas maneiras às crianças é tão importante quanto o que ensinar. O exemplo é a melhor forma. Fazer uma cena com a criança num restaurante porque ela fez uma cena é contraditório. Gentileza é contagiosa mesmo com os pequenos.

12 - Mudar o discurso sem mexer no conteúdo
A intimidade pode desligar nossa sensibilidade em algumas situações. É comum entre casais comentários recorrentes que irritam o parceiro. Um exercício proposto por Alford é pedir que o autor do comentário escreva o mesmo assunto para três pessoas: seu melhor amigo, seu chefe e para uma criança de 10 anos. Esse exercício faz com que o outro perceba as diferenças de tom e descubra um jeito de passar o recado.

13 - Quarentena
Você e seu companheiro acabaram de se separar e você já tem um namorado novo. Evite lugares que frequentava com o parceiro anterior, especialmente a casa de amigos próximos aos dois. Superar o fim da relação fica mais difícil ao saber que o outro anda acompanhado, frequentando os mesmos lugares onde iam enquanto estavam juntos.

14 - Não piore as coisas
Doutora Ruth, uma amiga de Alford, tem 82 anos, escreve livros e leciona em Princeton e em Yale. Diz que os amigos mais velhos cansam de ouvir a pergunta: “Você está bem” ou “Você está feliz”. Isso os faz pensar como estão perto da morte. Da mesma forma, pacientes com doenças terminais não querem ouvir a todo momento: “Você está ótimo”. A sogra de uma amiga de Alford que teve câncer chegou a ouvir de uma colega que soube de sua doença: “Oh! Mas as suas crianças são tão lindas!”.

15 - Adeus na hora certa (ou errada)
Assuntos do coração costumam provocar atos impulsivos. Mas é preciso cuidado na hora de dar o fora em alguém. Se um homem desmancha um namoro logo depois de a moça mudar a cor do cabelo, ela nunca mais vai desfazer a impressão de que ele detesta loiras. Dizer “eu não aguento mais esta relação” no momento em que o homem se despe fará com que ele pense que há alguma coisa errada com seu corpo (para sempre!).

16 - Todo mundo tem a cura
É comum pacientes com câncer receberem dietas, conselhos de terapias alternativas e até indicações de remédios de conhecidos. Uma amiga de Alford, que ganhou um regime macrobiótico quando soube que estava com câncer de mama, recebeu a gentileza como uma acusação velada: “No fim das contas, deve ter sido sua culpa. Afinal, você não estava se alimentando direito”.

17 - Fale do futuro
A poeta e educadora americana Nikki Giovanni, que perdeu a mãe e uma irmã de câncer, disse a Henry Alford que o comentário que elas mais gostavam de ouvir quando estavam doentes eram os que pressupunham longevidade, como perguntar se já reservaram os ingressos para a próxima temporada de dança. O futuro é reconfortante.

AMIGOS

18 - O problema do “sem problema”
Quando alguém diz que não pôde ir a sua festa, devolver um “tudo bem” ou “sem problema” pode deixar a pessoa se questionando: “Como assim, tudo bem? Eu não fiz falta alguma?”. O correto seria “você fez falta, mas eu entendo”.

19 - Conversa não é competição
Se alguém lhe conta um episódio curioso e você tem uma história similar, escute o que a pessoa tem a dizer até o fim. Cuidado para não entrar numa competição de histórias.

20 - Outra forma de agradecimento
Se alguém lhe um dá um vale-presente, é gentil fotografar o presente que você adquiriu, ou comentar como o presente está sendo útil.

21 - Memória
Lembrar de um comentário espirituoso feito há anos ou perguntar sobre o desfecho de alguma história que a pessoa tenha lhe contado é uma atitude de gentileza, faz com que a conversa se torne mais afetuosa.

22 - Solidarize-se
Se alguém perto de você precisa limpar o nariz, peça licença e traga dois lenços. Diga que vocês dois estão precisando assoar o nariz. E faça isso. Compartilhar
o embaraço diminui seu efeito.

23 - Convidados variados
É saudável convidar pessoas de círculos sociais diferentes para uma comemoração. Isso evita as panelinhas.

24 - Parabenize. Não desestimule
Um casal de amigos de Alford que esperava por gêmeos ouvia: “Vocês nunca mais vão dormir” ou “A vida de vocês nunca mais será a mesma”. Por que as pessoas não podem ser encorajadoras?

25 - Responda mesmo, por favor
A sigla RSVP (“répondez s’il vous plaît”) é para ser obedecida. Em eventos com limite de frequentadores, não responder significa deixar outras pessoas de fora.

26 - Sozinho eu não vou
Alguém que sabe que você tem um parceiro convida só você para um jantar. Pedir para incluir a outra pessoa é grosseiro. Diga que adoraria ir, mas que você e seu par já têm planos para a noite. Se o anfitrião quiser mesmo sua presença, ele estenderá o convite para ambos.

27 - O anfitrião dá o tom
Numa recepção, é de bom-tom você mesmo atender a porta. Também faz diferença o anfitrião apresentar os convidados uns aos outros e levantar algum assunto que possa aproximar as pessoas. “Fui a uma festa preparada para Elizabeth Gilbert, quando ela retornou da viagem que viraria tema do livro Comer, rezar e amar. Os convidados receberam broches com a inscrição “Pequena lembrança de navegação”. A brincadeira rendeu comentários e aproximou os convidados” diz Alford.

28 - Gastrochatos
Se você foi convidado e é um chato para comer, não transfira o problema para o anfitrião. A não ser em caso de alergia alimentar ou restrição religiosa, não é responsabilidade do anfitrião quebrar a cabeça para fazer seu gosto. Na dúvida, coma algo antes de sair.

29 - Visual meio-termo
Quando fizer uma recepção em casa, use uma roupa neutra. Nem muito arrumada nem um desleixo completo. Isso possibilita que todos os convidados se sintam à vontade, dos mais formais aos informais.

30 - Agradecer no dia seguinte
Após a festa, é afetuoso e educado ligar ou mandar uma mensagem elogiando o evento.

31 - Contenha-se na farmácia
Se você vir algum conhecido na farmácia, certifique-se de que ele o viu também antes de se aproximar. Dê tempo para que ele esconda o que não quer que outros vejam. Como você se sentiria se um amigo o surpreendesse com um remédio para hemorroidas ou duas dúzias de camisinhas?

32 - Seja discreto sobre sua vida social
Não comente sobre festas e reuniões na frente de outras pessoas que não foram convidadas. Quando o anfitrião faz um convite, não é rude informar ao convidado que algum amigo em comum não foi incluído. Por outro lado, é gentil avisar quando outros amigos foram convidados, se for o caso.

SOCIEDADE

33 - Quem é essa garota?
Não assuma que um afrodescendente brincando com uma criança branca é pago para isso.

34 - Não basta ter razão
A escritora Amy Vanderbilt escreveu: “Algumas das pessoas mais rudes que conheci tinham razão”. O exemplo clássico é quando alguém no teatro faz psiu para os outros. Ele está certo, mas incomoda mais do que os breves comentários que originaram a repreensão.

35 - Contenha-se na loja
Se você vir uma moça com uma roupa que lembre uniforme, deitada no chão e arrumando o pé de um cabide na loja, não conclua que ela é a vendedora. Pergunte: “Você viu um vendedor por aí, por favor?”.

36 - Você primeiro
É um ato corriqueiro que faz diferença (para o bem): dê passagem às pessoas. Elas costumam sorrir de volta.

37 - Esquecer é humano
Ao ser abordado por alguém que parece conhecê-lo, mas de quem você não se lembra, seja franco. Fingir que se lembra causa mais constrangimento do que dizer, em tom bem-humorado, que sua memória está falhando ultimamente.

38 - Apresente-se
É um ato educado apresentar-se dizendo seu nome, e de onde você conhece a pessoa, quando for abordar um conhecido na rua. Isso livra-o da situação anterior.

39 - Ninguém sabe tudo
Não finja que você sabe do que a outra pessoa está falando. Quando ouvir a pergunta “você sabe, não é?” diante de algo que desconhece, apenas diga: “Não sei. Você poderia me ajudar a entender?”. É provável que você conquiste a simpatia do interlocutor.

40 - Grávida ou muito bem alimentada?
Não assuma que uma mulher está grávida até ser informado sobre isso. Mesmo que pareça que ela tem uma melancia na barriga. Pode mesmo ser uma melancia.

41 - Tudo o que você não é
Ao saber a profissão de alguém que você acaba de conhecer, não mencione o nome de algum especialista daquela área, mesmo que a área seja obscura. A pessoa que você mencionou pode ser a número 2 num setor em que seu interlocutor é o número 593 ou o 37.960. A menção pode desmerecer seu novo amigo.

TRABALHO

42 - Para que serve?
Cuidado com comentários que desvalorizem a profissão das pessoas. Perguntar a um garçom qual é a verdadeira profissão dele ou para um acadêmico se a pesquisa dele tem utilidade é uma indelicadeza.

43 - Conversas pessoais
Quem passa a maior parte do dia trabalhando precisa resolver questões pessoais no escritório. Quando fizer uma ligação pessoal, fale num tom baixo. Se possível, saia da mesa.

44 - Foco em você
Durante uma apresentação, evite usar acessórios chamativos, como pulseiras que fazem barulho. Eles podem tirar a atenção daquilo que você está falando.

45 - Roupa inadequada
No ambiente de trabalho, roupas justas e decotadas demais podem constranger os colegas. Para sua imagem, o risco é perder a credibilidade e não ser reconhecido por seu trabalho.

46 - Redes sociais e trabalho
O ideal é que você mantenha seus contatos profissionais no LinkedIn. Se não puder, crie grupos no Facebook e use os filtros de privacidade. Mesmo tomando esses cuidados, não pense que a rede pode virar um depositório de bobagens e reclamações do chefe.

47 - Festa da empresa
A festa de final de ano sempre rende boas histórias e muitas gafes. Não se esqueça de que, mesmo fora do ambiente de trabalho, o evento faz parte da vida na empresa. Manter a postura profissional – e não beber demais – evita constrangimentos e ressacas que podem durar o ano todo.

48 - Tiques e barulhos
Em locais públicos ou no trabalho, cuide para que o volume da música que você ouve no fone não esteja alto a ponto de incomodar quem está em volta – e prejudicar sua audição. Cuidado com outros barulhos incômodos, como batucar na mesa, limpar a garganta ou assoar o nariz.

49 - “Desta vez passa”
Se você for chefe, não use a expressão “desta vez passa”. Denota arrogância e pode tirar sua autoridade. Em vez de ameaçar, aconselhe ou tome providências.
Brincadeiras inconvenientes

50 - Brincadeiras inconvenientes
Alguns ambientes de trabalho comportam brincadeiras, outros não. Se você fizer parte do primeiro caso, cuide para que suas piadas não incomodem os colegas.

Fontes
O livro Would it kill you to stop doing that, de Henry Alford; Bruna Dias, gerente da Cia. de Talentos Carreira; Chieko Aoki, presidente da rede de hotéis BlueTree; Rogério Chér, sócio da Empreender Vida e Carreira e ex-diretor de recursos humanos da Natura; Glória Kalil, consultora de moda e etiqueta; Claudia Matarazzo, consultora de etiqueta; Célia Leão, consultora de etiqueta; Lenny Niemeyer, estilista e autora de Delícia receber.

Por Flávia Yuri e Daniella Cornachione
Fonte Época Online

QUE NESTA SEMANA DE NATAL

sábado, 21 de dezembro de 2024

DEIXANDO A CIDADE DO ARREPENDIMENTO

"Eu não havia realmente planejado fazer uma viagem naquela época do ano, mas me vi fazendo as malas com muita pressa. Essa viagem seria desagradável e eu sabia antecipadamente que nenhum bem real viria dali. Estou falando da minha “Viagem da Culpa” anual.

Comprei bilhetes para voar nas linhas aéreas AH SE EU TIVESSE. Era um voo extremamente curto. Peguei minha bagagem, que não pude embarcar. Preferi levá-la comigo o tempo todo. Ela estava pesada com mil lembranças do que poderia ter sido. Ninguém me cumprimentou quando entrei no terminal do Aeroporto Internacional da Cidade do Arrependimento. Digo internacional porque pessoas de todo mundo visitam esta pequena cidade.

Quando fiz o check-in no Hotel Último Recurso, percebi que eles estariam patrocinando o evento mais importante do ano,  a Festa Anual da Autopiedade. Eu não iria perder aquela grande ocasião social. Muitos dos principais cidadãos do lugar estariam lá.

Primeiramente, haveria a Família FEITO – você sabe, Eu Devia Ter Feito, Eu Teria Feito, e Eu Poderia Ter Feito. Depois viria a Família SE EU TIVESSE: você provavelmente conhece o velho SE EU TIVESSE e seu clã. Naturalmente, as Oportunidades estariam presentes, as Evitadas e as Perdidas.

A maior família seria a do Ontem. Existem muitos membros desta família a serem contados, mas cada um deles teria uma história muito triste para compartilhar.

Então, os Sonhos Desfeitos certamente apareceriam por lá. E a Culpa é Deles nos recrearia com histórias (desculpas) sobre como as coisas haviam fracassado em sua vida.  Cada história seria aplaudida de forma sonora por Não Me Culpe e por Não Pude Evitar.

Bem, para encurtar a história, fui para essa festa deprimente sabendo que não haveria nenhum benefício real em fazer isso. E, como sempre, fiquei muito deprimido. Mas quando pensei em todas as histórias de fracassos trazidas do passado, ocorreu-me que o restante desta viagem e as subsequentes “festas de autopiedade” poderiam ser canceladas por MIM! Comecei a entender realmente que eu não tinha de estar ali. Eu não tinha de estar deprimido. Uma coisas ficava passando pela minha mente: NÃO POSSO MUDAR O ONTEM, MAS TENHO PODER PARA FAZER DO HOJE UM DIA MARAVILHOSO. Posso ser feliz, alegre, realizado, animado, assim como animador. Sabendo disso, saí da Cidade do Arrependimento imediatamente e não deixei meu endereço para correspondência. Lamento os erros que cometi no passado? Sim! Mas não existe uma maneira física de desfazê-los.

Então, se você está planejando fazer uma viagem de volta à Cidade do Arrependimento, por favor, cancelo todas as suas reservas agora. Em vez disso, faça uma viagem para Começar de Novo. Gostei tanto dali que agora fixei residência permanente no local. Meus vizinhos, Em Me Perdoo e Novo Começo, são muito úteis. Por falar nisso, você não preciso ficar levando bagagem pesada, porque o peso é erguido dos seus ombros assim que você chega. Deus o abençoe fazendo-o descobrir esta cidade maravilhosa. Se você conseguir encontrá-la – ela fica no seu coração – por favor, procure por mim. Moro na rua EU POSSO”.  

Por Lary Harp

ESCOLHA UMA AFIRMAÇÃO

OS "NÃOS" DA VIDA

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

DE OLHO NAS COMPRAS DE NATAL: CONHEÇA OS SEUS DIREITOS E GARANTA SUA SEGURANÇA

O comércio já está se tornando aquecido, porém, todo cuidado ainda é pouco. Confira essas dicas para garantir que seus direitos sejam respeitados

Comerciantes estão se preparando para o aquecimento do mercado por causa do Natal há algum tempo. A data comemorativa é, possivelmente, uma das poucas em que os consumidores saem às ruas dispostos a gastar um pouco mais, mesmo com a crise.
No entanto, antes de sair e se entregar às compras de Natal, é preciso se atentar para que todos os direitos dos consumidores sejam respeitados. Com isso em mente, elencamos abaixo seis direitos contidos no Código de Defesa do Consumidor (CDC) para ajudá-lo a realizar suas comprar com segurança.

1. Diferença nos preços
Se estiver comprando em uma loja virtual, atente-se ao preço cobrado na hora de concluir o pagamento. Algumas lojas incluem serviços que passam despercebidos pelos clientes. O mesmo vale para os consumidores em uma loja física: confira o valor dos produtos ao passar pelo caixa. De acordo com o artigo 30 CDC, o fornecedor tem o dever de cumprir o preço exibido em prateleiras ou vitrines virtuais.

2. Compras com cheque
Os estabelecimentos comerciais têm o direito de não aceitarem o pagamento em cheque ou cartão de crédito. No entanto, é preciso que os consumidores sejam informados de forma clara e objetiva, visível e ostensiva, para que não ocorra qualquer constrangimento na hora de pagar pelo produto.
3. Valores a prazo e à vista

Ao decidir por realizar uma compra a prazo, segundo o artigo 52 do CDC, os estabelecimentos deverão informar ao consumidor o valor do mesmo produto à vista e todas as taxas de juros e outros custos que compõem o valor a prazo.

4. Nota Fiscal
A nota fiscal é importante nos casos em que trocas ou consertos sejam necessários. Além disso, é um documento que comprova todas as condições de compra. Portanto, guardar as notas fiscais de todas as suas compras é essencial para garantir um novo produto, caso apresente problemas.

5. Trocas de produtos
No caso de produtos que estejam em perfeito funcionamento, os estabelecimentos não são obrigados a trocá-los. Para evitar transtornos, informe-se com o vendedor a respeito de prazos de trocas para o produto que deseja comprar.
Quando o produto apresentar um defeito, o problema deve ser resolvido pelo estabelecimento em até 30 dias, de acordo com a previsão do artigo 18 do CDC. Após este período, é direito do consumidor escolher se deseja substituir o produto por um outro igual, cancelar a compra e receber o seu dinheiro de volta, ou até, pedir um desconto no preço e ficar com o produto defeituoso.
Caso o produto seja essencial (geladeira, fogão, medicamentos, etc) a troca por um produto novo e perfeito, ou ressarcimento do valor, deve acontecer de imediato.

6. Arrependimento
Já nas compras feitas pela internet, por catálogos, telefone ou em domicílio, o consumidor tem o direito de se arrepender e pedir pelo ressarcimento em até sete dias após a data do recebimento do produto, conforme o artigo 49 do CDC. O direito do arrependimento é válido mesmo para os produtos em perfeito funcionamento e os custos da devolução devem ser arcados pelo vendedor.
Fonte BlogExamedaOAB

CONFIRA DICAS PARA MANTER O ORÇAMENTO EM DIA DURANTE AS COMPRAS DE NATAL

Compras de Natal: Consumidores devem planejar os gastos para evitar o endividamento

Falta pouco para o Natal e, para deixar a saúde financeira em dia, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) preparou algumas dicas para organizar o orçamento. A principal delas é não deixar a compra de presentes para a última hora.
“O brasileiro sempre deixa as suas compras para a última hora e com o natal não será diferente. Com pouco tempo para decidir o que comprar os consumidores podem perder os melhores preços por falta de pesquisa e ainda pagar mais caro na última semana”, avalia o diretor de educação financeira da Febraban, Fábio Moraes. As 5 dicas para organizar as compras no fim de ano:

1) Festinhas sociais como amigos secretos e eventos corporativos
“Muitas vezes não dá para fugir destes eventos e também é muito fácil perder o controle diante de tantas confraternizações que ocorrem no fim do ano. Se a pessoa já está com o orçamento apertado ela tem que priorizar alguns eventos sociais. Faça uma lista de todos os eventos sociais que irá participar e estipule um valor conforme sua situação”, diz o executivo.

2) Presentes das crianças
Quem tem filho sabe que é muito difícil não presentear os filhos nesta época, pois eles esperam os presentes do Papai Noel. “Antes de gastar, avalie a idade da criança, pois crianças muito pequeninas ainda não tem noção do valor do dinheiro. Para elas o que vale é brincar e não importa se vai ser com um tablet ou com uma boneca de pano. O mais difícil nesta hora é lidar com as crianças maiores e também os adolescentes, que já entendem a diferença entre estes brinquedos e até fazem exigências. Se houver folga no orçamento no próximo mês você pode recorrer ao cartão de crédito e até mesmo um parcelamento, mas fique atento para que o valor caiba no seu orçamento”, avalia Moraes.

3) Ceia natalina
Nesta época do ano o preço das comidas típicas tendem a subir. “Para lidar com essa situação, o consumidor pode dividir os gastos com os familiares, estipulando os valores os alimentos que serão comprados. Outra dica é comprar com antecedência, por exemplo, produtos não perecíveis, como bebidas, enlatados e grãos. Essa atitude pode garantir alguma economia e também diminuir o estresse na ida ao supermercado nas vésperas do Natal”, ressalta Moraes.

4) Despesas de janeiro
Tradicionalmente, no começo do ano, há diversas despesas, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a taxa de licenciamento do veículo, despesas com o material escolar e matrículas. “Como essas contas devem ser pagas logo no começo do ano, o ideal é que o consumidor já se programe para o pagamento destas despesas. Utilizar parte do 13º salário pode ser uma solução para arcar com estes gastos. Em último caso, o consumidor pode recorrer a linhas de empréstimo, como o crédito pessoal ou o empréstimo consignado, que tem taxas bem baixas por ser descontado em folha de pagamento”, alerta o especialista em educação financeira.

5) Parcelamentos e fatura do cartão
“É muito comum ver as pessoas se empolgarem com as compras no fim do ano. As vezes, com a empolgação, gasta-se mais no cartão de crédito ou com compras parceladas, justamente por ser um dinheiro que não sai da conta na hora da compra. Quem vai usar essa modalidade de pagamento deve controlar muito bem o orçamento para não deixar que a fatura destas compras superem a capacidade de pagamento em janeiro, tente fugir das compras por impulso e lembre-se que no fim do mês a conta chegará”, diz Fábio.

Por Febraban
Fonte Extra – O Globo Online

PREVISÃO DO TEMPO PARA SEXTA-FEIRA

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

CONFIRA AS DICAS DO IDEC E FAÇA SUAS COMPRAS DE NATAL COM SEGURANÇA

Atenção aos preços inflados, às condições de pagamento e às ofertas são fundamentais na hora da escolha dos presentes

Com o Natal batendo à porta, é dada a largada para a corrida final em busca dos últimos presentes. Embora o ideal seja sempre se antecipar para ter tempo de se planejar, pesquisar e fazer tudo com mais calma, nem sempre isso é possível. Se você é uma dessas pessoas que deixou as compras para a última hora, confira algumas dicas para conseguir garantir os presentes de toda família.

Na ponta do lápis
Faça uma lista de pessoas que pretende presentear. Para não perder o controle do orçamento, anote o item a ser comprado e faça uma estimativa do valor que quer gastar com cada um.

13º salário
Cuidado: as lojas podem se aproveitar da renda reforçada nessa época do ano para inflar os preços dos produtos. Em geral, são justamente os presentes mais desejados que permanecem em alta até a véspera do Natal. Para driblar esse cenário, uma dica é comprar à vista ou no cartão de crédito, mas em parcela única.

Atenção ao preço
Nas compras no cartão de crédito, o preço deve ser igual ao cobrado à vista. Se houver insistência para cobrar um preço maior ou estipular um valor mínimo de compras para esse tipo de pagamento, não aceite e denuncie o estabelecimento a algum órgão de proteção ao consumidor.

Na hora da compra
O consumidor tem o direito de receber todas as informações necessárias sobre o produto que está adquirindo. Assim, antes de fechar o negócio, o cliente pode exigir saber o preço do produto à vista e a prazo, as formas de pagamento e o valor dos juros, no caso de atraso no pagamento das prestações.

Produtos em promoção
Se for comprar algum produto anunciado, é válido levar uma propaganda que comprove a oferta no momento da compra para evitar que o estabelecimento cobre um preço diferente do que foi anunciado. Isso também pode ser útil para negociar preços com a loja concorrente. É importante, ainda, solicitar que as condições do produto sejam especificadas na nota fiscal, além de constarem as possíveis condições para a troca.

Compra de brinquedos
Se for escolher brinquedos, é preciso estar atento ao selo de conformidade do Inmetro, impresso na embalagem ou no próprio brinquedo. Ele indica que o produto foi submetido a ensaios e atende a requisitos mínimos de segurança. O selo deverá estar sempre visível ao consumidor e conter a marca do Inmetro. Além disso, a embalagem deve conter os dados do fabricante, todas as informações sobre o produto e a indicação da faixa etária para qual o produto é destinado.

Compras virtuais
Apesar da praticidade, a atenção deve ser redobrada nas compras online. Verifique a idoneidade da loja, procurando o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) e as reclamações junto ao Procon e demais órgãos de defesa do consumidor. Buscar informações com parentes e amigos também é eficiente, assim como procurar outras formas de contato com a empresa, que não se restrinjam ao meio virtual, como telefone e endereço físico, por exemplo.  
Fonte Idec

ÚLTIMOS DIAS PARA FAZER COMPRAS DE NATAL PELA INTERNET E RECEBER O PRESENTE A TEMPO


O consumidor que pretende chamar o Papai Noel com um clique deve se apressar para apertar o botão. Especialistas orientam que dia 10 é a data limite para minimizar riscos de atraso na entrega dos presentes de Natal comprados na internet. O Serviço de Proteção ao Consumidor informou que o prazo para entrega é sempre estipulado pelo site, e a informação deve ser repassada ao consumidor.
— Algumas empresas não têm capacidade logística para dar conta do volume de pedidos. Mas, se houve cobrança de frete, é compromisso cumprir o prazo. Se a compra prevê distribuição pelo Correios, mas a empresa se recusa a entrega no endereço por questões de segurança, não pode haver cobrança — explica o presidente do Procon Estadual, Sérgio Eiras.
O órgão diz que o ideal é acompanhar os preços dos produtos por um mês, para não comprar um artigo que só tem selo de oferta e desconto, mas é mais caro. O Instituto Brasileiro de Defesa de Consumidor (Idec) orienta a observar as condições de pagamento.
— Não deixe de verificar também se o preço ofertado é o mesmo que está sendo cobrado. O consumidor deve guardar e-mails e confirmações de compra, assim como cópias das notas fiscais e recibos de entrega — diz Christian Printes, advogado do Idec.
O Correios informou estar preparado para atender ao aumento do fluxo de encomendas nessa época. Entre as ações adotadas pela estatal está o aumento da capacidade produtiva dos Correios, o que inclui a utilização de recursos adicionais, tais como pessoal temporário e linhas extras de transporte de superfície e aérea. Todo essa estrutura foi montada com base em projeções da demanda, expectativas de vendas dos principais clientes, análises de mercado e histórico de anos anteriores. Quanto às reclamações, quando receber o comunicado oficial, os Correios apresentarão ao Procon as suas explicações relativas a cada caso.

Celular: use aplicativos
Nesta época do ano, também há ameças virtuais que podem gerar dor de cabeça aos consumidores como roubo de dados pessoais e clonagem de cartões. De acordo com Leandro Bennaton, gerente global de Segurança e Compliance do Terra Networks, no Natal há um aumento significativo de ataques de hackers, especialmente enviando e-mails falsos para contaminar computadores com vírus.
— O Brasil se tornou o segundo maior gerador de cibercrime do mundo. Observe se o site está protegido, se tem o cadeado e evite clicar em links enviados por e-mails. Para quem faz compras pelo celular, é mais seguro utilizar e baixar os aplicativos das lojas que, em geral, tem maior confiabilidade.
Por Pollyanna Brêtas
Fonte Extra Online