Ideal é revisitar o currículo uma vez por mês ou a
cada três meses, no máximo para não deixar nenhuma experiência relevante ficar
de fora, diz especialista
Uma
experiência profissional adquirida, a participação em um projeto, ou um curso
feito recentemente. Cada novo passou dado na carreira deve ser registrado no
currículo. Afinal ele é o espelho da sua trajetória profissional.
Mas
é fato que muita gente, quando se trata de atualizar o currículo, acaba caindo
na procrastinação. De acordo com pesquisa realizada pela Vagas Tecnologia em
sua base de dados, os profissionais levam mais seis meses para incluir novos
dados.
Dos
profissionais de 21 a 30 anos, 54,7% declararam que passam mais de 180 dias sem
colocar informações sobre a sua evolução na carreira. Entre as pessoas de 31 a
40 anos, o percentual é ainda maior: 57,7% ficam mais de seis meses sem
atualizar o currículo.
Segundo
Fernanda Diez, gerente de relacionamento da Vagas Tecnologia, revisitar o
currículo apenas duas vezes por ano é arriscado. “É um dado alarmante. Quanto
mais o profissional demora, maior a chance de ele não se lembrar de todos os
projetos dos quais participou nesse período”, explica.
O
ideal, diz Fernanda, é que o currículo seja atualizado uma vez por mês. “Ou no
máximo a cada três meses”, sugere. Se você não revê o cv faz tempo, confira os
toques da especialista na hora incluir novas informações:
1 No currículo online inclua o máximo de informações
possível
Se
o currículo de papel tem limite de tamanho e geralmente conta com uma ou duas
páginas, a versão online não deve ser enxuta. Use e abuse de palavras chaves e
não deixe nenhum projeto relevante de fora, porque ele pode ser essencial para
você ser chamado para a entrevista.
“O
currículo online é ligado a um sistema de recrutamento e seleção que cruza as
informações entre o perfil da vaga e os currículos, por isso ele precisa ser
bem completo para aparecer nesse cruzamento”, diz Fernanda.
2 Revise o documento ao menos três vezes
“Temos
uma oportunidade, você pode me enviar o currículo agora?”. Ao receber essa
ligação, você vai desejar como nunca ter seguido os conselhos da especialista
sobre manter as informações atualizadas.
Incluir
dados novos em meio a ansiedade de concorrer a uma oportunidade profissional
pode resultar em deslizes gramaticais, por pura pressa e desatenção. “Ao
recrutador soa como desleixo, mas, muitas vezes, é ansiedade”, diz Fernanda.
Por isso, releia tudo e atente a detalhes,
letras trocadas, erros ortográficos e de concordância. “Peça para alguém ler
com olhos críticos”, indica a especialista.
3 Indique o objetivo profissional
Ele
pode ser mais abrangente, indicando a área de atuação ou mais específico
trazendo também o cargo almejado. O importante é que o recrutador perceba que
você é um profissional que sabe o que quer. “Colocar a critério da empresa, não
é indicado porque passa a imagem de que a pessoa não tem um objetivo”, lembra
Fernanda.
4 Atente à
relevância das experiências
Aquela
palestra sobre nutrição a que você assistiu deve ficar de fora se o seu
objetivo é conquistar uma oportunidade no mercado financeiro. “Inclua apenas o
que for relevante e que reflita suas aptidões”, diz Fernanda.
Evite
colocar adjetivos soltos. Se você é proativo, organizado e tem habilidades de
liderança, coloque projetos e experiências que exemplifiquem estas
competências. Comandar um grupo de estudo mostra que você está desenvolvendo a
liderança, fazer cursos online gratuitos revela a sua proatividade na hora de
buscar conhecimento e por aí vai. “O recrutador vai sempre buscar as
experiências que comprovem as competências”, explica Fernanda.
Por
Camila Pati
Fonte
Exame.com