Os
candidatos a concurso público vivem driblando a falta de tempo para estudar e
tentam as mais variadas soluções – até mesmo pedir demissão. Será que esta é
sempre uma boa ideia?
Além
de conhecer os aspectos positivos e negativos da decisão, quem pretende pedir
demissão precisa tomar alguns cuidados para aproveitar bem o tempo e não ficar
frustrado. Veja a seguir o que levar em consideração, além de alternativas para
servidores públicos e para quem ainda tem dúvidas sobre a estratégia.
Aspectos positivos
À
primeira vista, ter “todo o tempo do mundo para estudar” é o melhor dos mundos.
Claro, de forma objetiva, quanto mais o candidato puder estudar, mais
rapidamente deverá conquistar a aprovação. E assim é, de fato.
Será
possível fazer um bom planejamento para estudar com qualidade, sem cair de
cansaço sobre os livros. Por exemplo, pode-se estudar 9 horas por dia, em 3
turnos de 3 horas, com intervalos de 15 minutos no meio dos turnos e uma longa
pausa entre os períodos: das 9h às 12h, das 14h às 17h e das 19h às 22h. Sobra
tempo para atividade física, para dormir numa hora razoável e não precisar
acordar tão cedo. E ainda dá para tirar o domingo todo de folga.
O
QualConcurso quer ajudar o candidato a aproveitar o tempo da melhor maneira
possível, por isso, além de todos os recursos que disponibiliza, por meio de
planos na medida da necessidade de cada um, oferece uma área de Controle de
Estudos, na qual a pessoa informa o tempo disponível para estudar e, com base
nele, é feita a distribuição do quanto deve ser dedicado para cada disciplina,
levando em consideração tanto a relevância da disciplina no edital (número de
questões e peso) quanto a proficiência do candidato em cada uma delas (medida
nos simulados).
Quando
a pessoa começa a medir o tempo que passa EFETIVAMENTE estudando, geralmente
fica bastante assustada com a quantidade de horas “desperdiçadas” em devido a
pausas (em particular para atender ao telefone, checar e-mails e acessar redes
sociais). Lembre-se: o que não pode ser medido, não pode ser melhorado!
Confira
abaixo como funciona o Controle de Estudos:
Aspectos negativos
É
preciso muita cautela antes de tomar uma decisão dessa magnitude. Caso o
candidato ainda não esteja maduro em relação ao projeto concurso público e
diante da vida, ele corre o risco de deixar o tempo escoar, exatamente porque
passa a ser um artigo abundante.
Assim,
o despertador toca, mas o candidato não se levanta, porque sabe que poderá
compensar mais tarde. Chega a hora planejada para começar a estudar, mas o
computador está ligado nas redes sociais e vem a justificativa: “Hoje eu estudo
até mais tarde”. Com esses pequenos deslizes, a iniciativa de intensificar a
preparação vai por água abaixo, enquanto cresce a sensação de frustração e
culpa.
Além
disso, e independentemente da postura de comprometimento do candidato, o
dinheiro que estava reservado vai minguar na mesma proporção em que os meses
passam. No caso de quem encontrou um “patrocinador para a causa” (pais,
cônjuges, etc), a ansiedade pode virar cobrança por resultados. Até mesmo o
candidato, se não tiver muito equilíbrio, pode começar a se pressionar com o
passar dos meses ou se sofrer um revés em algum concurso.
Precauções necessárias
Ao
pensar na demissão, é essencial definir com clareza como será o sustento do
candidato até a aprovação, lembrando que não há como prever o tempo que isso
levará.
Algumas
pessoas optam por guardar dinheiro para o tempo de estudo, aproveitando até
mesmo o que receberão com a demissão. Esta é uma conta objetiva: é preciso
reduzir as despesas e saber quantos meses (ou anos) o candidato poderá investir
no projeto sem precisar procurar outro emprego.
Outras
têm a sorte de contar com a confiança e o suporte financeiro de familiares.
Nesse caso, mais do que nunca, é importante deixar claro que o projeto não tem
data de conclusão, por mais empenho que se tenha.
Opção para servidor público
Quem
já é servidor público, mas está se preparando para outro concurso, pode pedir
licença sem vencimentos, de acordo com os critérios da lei que rege o cargo. Os
cuidados devem ser os mesmos do candidato que trabalha na iniciativa privada,
com uma peculiaridade: esse tipo de licença tem um prazo, após o qual o
servidor precisará retornar ao trabalho ou pedir exoneração.
A
vantagem é que a decisão definitiva pode ser adiada para um momento posterior.
Até lá, é possível manter o emprego “reservado”, para o caso de algo não sair
como previsto.
Férias como teste ou alternativa
Para
fazer um teste com menos riscos e ter uma ideia de como seria poder somente
estudar, o candidato pode usar o mês de férias na empresa. Com isso, é possível
observar se os aspectos favoráveis superam as desvantagens.
Outra
possibilidade, que deve ser utilizada por quem chegou à conclusão de que a
demissão não seria uma boa escolha, é tirar férias quando sair um bom edital,
de preferência no mês anterior à prova. É uma forma sem riscos de aumentar as
chances de aprovação, já que permite intensificar os estudos.
Mesmo
essa alternativa é recomendada somente para o candidato que percebe que tem
reais condições de aprovação. Caso contrário, ele poderá gastar o recurso antes
do tempo sem obter o resultado desejado.
Fonte
Qualconcurso Consultoria