Sabia que dá para driblar os pacotes de serviços, que
chegam a 1.000 reais por ano, ao contratar uma conta de serviços essenciais ou
digital?
Proteja seu dinheiro: Não pague por serviços do banco
que você não usa
A
propaganda é pequena, por isso talvez você não saiba que pode ter uma conta
gratuita em qualquer banco, sem pagar por aquele monte de saques,
transferências e extratos que não usa. Tanto as contas digitais quanto as
contas de serviços essenciais podem ser solicitadas por qualquer um —e não
custam nada.
Os
pacotes de serviços de algumas contas chegam a custar mais de 1.000 reais por
ano, como mostrou um levantamento da associação de consumidores Proteste. Até
mesmo as contas universitárias, vendidas com a promessa de serem baratas,
passam dos 100 reais por ano.
“A
conta gratuita é um direito de todos e os bancos não fazem questão de
oferecê-la. Os consumidores precisam descobri-la sozinhos”, alerta a
coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci.
Desde
2008, o Banco Central obriga os bancos a oferecer uma conta com “serviços
essenciais”, sem cobrar nada. Isso inclui, por mês, quatro saques, duas
transferências entre contas do mesmo banco, dois extratos do mês anterior, um
extrato anual e dez folhas de cheque. A gratuidade é estendida para
conta-poupança.
O
banco é obrigado a fornecer informações sobre essa conta e não pode criar
dificuldades para que o consumidor migre de uma conta paga para outra gratuita,
como ressalta o diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do
Consumidor (Brasilcon), Cristiano Schmitt.
Há,
no entanto, alguns poréns. Essa conta não inclui a oferta de nenhuma modalidade
de crédito, nem por meio do cartão ou por qualquer outro empréstimo.
Além
disso, se o cliente precisar usar um serviço que não está incluído no pacote,
precisa pagar por fora. Por isso, vale avaliar caso a caso se a conta realmente
inclui todos os serviços que você precisa, ou se ela sairá ainda mais cara do
que contratar um pacote de serviços mais completo.
Conta digital também é alternativa
Outra
alternativa oferecida por alguns bancos são as contas exclusivamente digitais,
também gratuitas. Nesse caso, o consumidor só pode fazer movimentações por
celular, telefone, caixa eletrônico e internet, e não tem acesso às agências
bancárias, nem a cheques.
Em
contrapartida, a conta oferece serviços como transferência para outros bancos
por DOC e TED, além de saques e extratos
ilimitados por canais eletrônicos. Nesse caso, se o consumidor se sentir seguro
para não precisar de agências, a conta digital pode ser mais vantajosa do que a
de serviços essenciais.
Por
Júlia Lewgoy
Fonte
Exame.com