No final de ano muitas pessoas tiram férias e planejam
viajar, mas não sabem exatamente o que devem fazer com o gato
Vale
antes de qualquer coisa pensar sobre os comportamentos naturais dos gatos.
Dessa forma saberemos se viajar junto com a família é mais saudável do que
deixá-lo em algum hotel, por exemplo.
Mais reservados
Gatos,
diferentemente dos cães, não costumam se adaptar rapidamente a ambientes novos
e diferentes. Cães geralmente chegam a um local novo querendo explorar, cheirar
e brincar. Já os gatos, em sua grande maioria, vão se esconder, buscar um lugar
para se entocar e só sairão dali quando forem aos poucos se sentindo
confiantes.
Em
locais desconhecidos, no início, os gatos tendem a se sentir inseguros, pois
faz parte do comportamento natural dos felinos conhecer e poder controlar
totalmente o ambiente onde estão para, somente então, relaxarem por completo.
Há
gatos cujo temperamento individual é mais confiante. E se tiverem sido
acostumados a ir com a família a locais diferentes desde filhotes, pode ser uma
opção levá-lo (sempre lembrando que é preciso garantir a segurança, só o
levando para locais com telas nas janelas e sem rotas de fuga para a rua, para
evitar acidentes).
Deixando em casa
Portanto,
para grande parte dos gatos, a melhor opção é deixá-lo em casa, ou seja, no
lugar onde eles já estão totalmente habituados e se sentem bem.
Mas
e quanto a ficar sozinhos? Essa pergunta aflige muitas pessoas. Gatos são
animais mais independentes do que os cães. Apesar de desenvolverem fortes
vínculos com as pessoas com quem convivem, eles conseguem se adaptar melhor à
casa vazia.
Isso
porque os felinos são caçadores solitários, que lutam pela sobrevivência
individualmente, sem a necessidade da presença de um grupo para viverem bem.
Por isso, a perspectiva de estarem sozinhos no ambiente não costuma causar
grandes sobressaltos. Se na casa forem dois ou mais gatos que se dão bem,
melhor ainda.
Mas
é importante que, pelo menos dia sim dia não, alguma pessoa esteja com ele para
os cuidados cotidianos e também para interagir, brincar (de preferência, alguma
pessoa que ele já conheça).
Profissionais especializados
Além
de pessoas da família ou amigos, atualmente é possível encontrar profissionais
chamados “babá de gatos” (ou “cat sitters”), que prestam serviços de cuidados a
gatos na residência, durante a ausência dos tutores. Vale buscar a indicação de
um profissional, checar a sua reputação e eficiência, além do conhecimento que
ele tem com o cuidado de gatos.
Quem
quer que seja a pessoas escolhida para cuidar do felino, em cada visita ela
deve trocar toda a água e comida, e limpar as caixas de areia. Deve também
deixar bastante enriquecimento ambiental para gatos, ou seja, atividades para
ele se distrair enquanto estiver sozinho.
Algumas ideias:
brinquedinhos específicos para gatos, catnip nos arranhadores, dispensadores de
alimentos. Cuidado para não deixar objetos lineares (fios, cordinhas etc.),
para não haver risco de o gato se enrolar ou engolir – isso é muito perigoso.
Mantenha
também remédios e produtos de limpeza fora do alcance dos animais. Para gatos
sociáveis e já acostumados com a pessoa que cuidará deles, brincar, fazer
carinho, jogar bolinha, também vai garantir diversão extra.
Com
esses cuidados, a família pode viajar tranquila e o gato fica feliz e relaxado
em casa.
Por
Alexandre Rossi
Fonte
Canal do Pet - iG