Veja o que grande
parte dos aprovados em concursos públicos costuma fazer durante o tempo de
preparação para a prova
Alguns fatores
encurtam e facilitam o caminho até a tão sonhada aprovação
Deixar para trás milhares de concorrentes é a
primeira vitória rumo à aprovação em um concurso público. Com tanta gente em
busca dos bons salários e da estabilidade da carreira pública, a disputa é sempre
acirrada.
Para se ter uma ideia, em carreiras jurídicas,
por exemplo, o índice de acertos dos aprovados beira os 80%. “Na magistratura
estadual é de 81% e no Ministério Público estadual é de 79%”, diz Francisco
Fontenelle, diretor pedagógico do Grupo LFG.
Mas como chegar lá? Segundo especialistas, não
é preciso ser um gênio para conseguir. No entanto, alguns aspectos são mais
comuns ao perfil do concurseiro que é bem-sucedido.
Não se trata de regra máxima. Segundo Paulo
Estrella, diretor pedagógico da Academia do Concurso, é possível fazer ajustes
para suprir deficiências em um ou outro aspecto.
“A beleza do concurso público é essa de que
uma coisa pode ser compensada pela outra”, diz. O tempo exíguo de estudo diário
é compensado por um período maior de preparação, por exemplo.
E, mesmo que cada caso mereça ser avaliado
separadamente, veja o que os aprovados, em geral, têm em comum durante o tempo
de preparação:
1 Objetivos bem traçados
De acordo com Paulo Estrella, traçar um
objetivo, escolhendo um concurso adequado ao seu perfil é o primeiro ponto.
E isso se faz pesquisando sobre a carreira e
as disciplinas cobradas em edital. “O ideal é que a escolha seja feita de
acordo com a aptidão do concurseiro”, diz Fontenele.
O foco nas disciplinas do concurso escolhido
é fundamental nesse processo. Não dá para querer abraçar o mundo, como fazem os
candidatos “paraquedistas”. “ Este tipo, que vai tentar a sorte e quer fazer
todos os concursos tem chance mínima de sucesso”.
2 Perseverança
“A diferença entre o concurseiro que se dá bem
e o que não consegue a aprovação é que o segundo desiste, perde o objetivo, o
foco e a perseverança”, diz Estrella.
E a dose de perseverança deve ser alta. “As
dificuldades são muitas, as matérias não favorecem”, diz o diretor da Academia
do Concurso.
3 Estudo antes da
publicação do edital
O tempo de preparação é longo. A média, diz
Fontenelle, é de 2 a 3 anos, para concursos mais disputados. Por isso, perde
quem espera o edital sair para começar a estudar e ganha que se adianta.
4 Apoio na preparação
Material de estudos, cursos, editais e
provas anteriores. Esta é a rede de apoio que pode encurtar o caminho na aprovação.Isso
não significa que apenas que. faz curso preparatório passa. Há, sim, casos de
autodidatas, embora mais raros.
“Concurso público é uma competição pelo esforço
individual. Se o candidato não tem como fazer um curso preparatório ele vai ter
que compensar com mais esforço, correr por conta própria, o que é possível também.
Por isso a perseverança é tão importante”, diz Estrella.
5 Percepção do
perfil da banca examinadora
Fundação Carlos Chagas, Cesgranrio, Cespe,
FGV, Vunesp e Esaf são algumas das principais bancas examinadoras de concursos
públicos. Cada uma tem seu estilo de prova.
Enquanto uma banca prefere enunciados longos
e questões multidisciplinares, como é o caso do Cespe, outra aposta em
perguntas bem objetivas, estilo da Fundação Carlos Chagas, por exemplo.
“Entender o estilo não é fazer um estudo
aprofundado, é resolver questões”, diz Estrella. Assim, o candidato verifica os
temas mais frequentes e entende no que deve reforçar os estudos.
6 Resolução de
simulados e exercícios
Praticar é a receita de sucesso, segundo
Fontenele. Além de sedimentar os conhecimentos, ajuda na administração do tempo
de resolução da prova.
“Quem se autoaplica testes, reforça os
estudos e entra em contato com suas deficiências. Assim a probabilidade de
retenção do conhecimento é maior”, diz Fontenele.
7 Organização
Traçar um plano que coloque os estudos na
rotina do concurseiro é também muito importante. “Sem organização, a pessoa vai
precisar de mais estudo e não vai obter os resultados esperados”, diz Estrella.
Manter o hábito diário, selecionar
disciplinas que serão estudadas a cada dia e separar as horas de ler a teoria e
de aplicar os conhecimentos nos exercícios são alguns dos aspectos que devem
ser levados em conta.
8 Local de estudos
Um ambiente adequado para estudar poupa o
concurseiro de distrações e ajuda aproveitar melhor o tempo de dedicação,
segundo Fontenele.
No entanto, é preciso levar em conta o seu
estilo. Há pessoas que se concentram ouvindo música, há aqueles que precisam de
silêncio total.
“Conheço gente que passou em concurso,
estudando no meio da bagunça. É claro que é melhor ter ambiente propício, mas
depende da característica e da predisposição do candidato”, diz Estrella.
Por Camila Pati
Fonte Exame.com