Idec e Market Analysis realizam pesquisa inédita sobre
o desempenho e durabilidade de aparelhos eletroeletrônicos na visão do
consumidor
Dentre
os dez produtos analisados, computadores e celulares são os que apresentam a
maior frequência de problemas de funcionamento. E, em média, os consumidores
esperam uma vida útil de 2 a 3 anos a mais do que de fato os aparelhos
apresentam.
Pesquisa
sobre ciclo de vida de aparelhos eletrônicos realizada pelo Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pelo Instituto de Pesquisa Market
Analysis demonstra que a satisfação sobre o desempenho e durabilidade dos
produtos eletroeletrônicos é menor com relação aos celulares, que também está,
junto com o computador, entre os aparelhos que têm maior frequência de
problemas de funcionamento.
Apresentaram defeito ao menos uma vez, num tempo médio
de uso:
Combinando
o tempo de posse dos aparelhos com o número de problemas relatados neste
período, o resultado é que, em média, a cada cinco anos, 51,6% de todos os
computadores e 42,3% de todos os celulares do país apresentarão algum defeito.
Este dado objetiva a obsolescência funcional programada, isto é, a durabilidade
planejadamente reduzida dos aparelhos como indutor das vendas.
Os
dados corroboram as informações do Sindec – Sistema Nacional de Informações de
Defesa do Consumidor, que reúne os atendimentos de 279 Procons do país – dos
últimos sete anos, período no qual ambos os produtos lideraram as reclamações.
Mesmo
assim, 70% dos brasileiros dizem que estão satisfeitos com aparelhos
eletroeletrônicos que possuem. A elevada satisfação com os aparelhos
eletrônicos está relacionada à ocorrência de um problema de funcionamento com o
aparelho. É mais comum encontrar consumidores satisfeitos enquanto esses não
vivenciaram problemas com os aparelhos eletrônicos que possuem. Havendo um
único problema com os aparelhos, a satisfação já apresenta queda.
“Existe
o que poderíamos qualificar como uma assimilação conformada do consumidor
frente às estratégias da indústria e da propaganda, já que ele percebe “em
abstrato” que os aparelhos deveriam durar mais, mas está satisfeito com a
durabilidade e desempenho de seu aparelho”, considera João Paulo Amaral
pesquisador do Idec.
“Os
consumidores conciliam suas aspirações a um aparelho menos descartável com sua
realidade de troca do mesmo ajustando suas expectativas de durabilidade e
expressando uma satisfação com o aparelho que a troca parece desmentir”,
comenta o diretor do Instituto de Pesquisa Market Analysis, Fabián Echegaray.
Os
segmentos com menor renda disponível para o consumo descartável – os jovens e
os de classe mais baixa - valorizam mais a durabilidade dos produtos e,
portanto, expressam mais intensamente a sua frustração quando se defrontam com
problemas de obsolescência funcional.
Expectativa de durabilidade pelo consumidor
A
pesquisa também tem como objetivo identificar as expectativas do consumidor em
relação à duração dos aparelhos, dado inédito até agora no Brasil. De forma
geral, os consumidores esperam que os aparelhos tenham uma vida útil de 2 a 3
anos a mais do que de fato têm hoje.
Nos
aparelhos celulares, por exemplo, a duração ideal é 77% maior do que a duração
vivenciada (3 anos e 5,3 anos, respectivamente).
Combinando
o tempo de posse dos aparelhos com o número de problemas relatados neste
período, o resultado é que, em média, a cada cinco anos, 51,6% de todos os
computadores e 42,3% de todos os celulares do país apresentarão algum defeito.
Este dado objetiva a obsolescência funcional programada, isto é, a durabilidade
planejadamente reduzida dos aparelhos como indutor das vendas.
Os
dados corroboram as informações do Sindec – Sistema Nacional de Informações de
Defesa do Consumidor, que reúne os atendimentos de 279 Procons do país – dos
últimos sete anos, período no qual ambos os produtos lideraram as reclamações.
Mesmo
assim, 70% dos brasileiros dizem que estão satisfeitos com aparelhos
eletroeletrônicos que possuem. A elevada satisfação com os aparelhos
eletrônicos está relacionada à ocorrência de um problema de funcionamento com o
aparelho. É mais comum encontrar consumidores satisfeitos enquanto esses não
vivenciaram problemas com os aparelhos eletrônicos que possuem. Havendo um
único problema com os aparelhos, a satisfação já apresenta queda.
“Existe
o que poderíamos qualificar como uma assimilação conformada do consumidor frente
às estratégias da indústria e da propaganda, já que ele percebe “em abstrato”
que os aparelhos deveriam durar mais, mas está satisfeito com a durabilidade e
desempenho de seu aparelho”, considera João Paulo Amaral pesquisador do Idec.
“Os
consumidores conciliam suas aspirações a um aparelho menos descartável com sua
realidade de troca do mesmo ajustando suas expectativas de durabilidade e
expressando uma satisfação com o aparelho que a troca parece desmentir”,
comenta o diretor do Instituto de Pesquisa Market Analysis, Fabián Echegaray.
Os
segmentos com menor renda disponível para o consumo descartável – os jovens e
os de classe mais baixa - valorizam mais a durabilidade dos produtos e,
portanto, expressam mais intensamente a sua frustração quando se defrontam com
problemas de obsolescência funcional.
Expectativa de durabilidade pelo consumidor
A
pesquisa também tem como objetivo identificar as expectativas do consumidor em
relação à duração dos aparelhos, dado inédito até agora no Brasil. De forma
geral, os consumidores esperam que os aparelhos tenham uma vida útil de 2 a 3
anos a mais do que de fato têm hoje.
Nos
aparelhos celulares, por exemplo, a duração ideal é 77% maior do que a duração
vivenciada (3 anos e 5,3 anos, respectivamente).
A durabilidade como influência na decisão de compra do
consumidor
A
durabilidade é considerada um fator muito importante (78%) ou parcialmente
importante (7%) no momento de compra por uma grande maioria de consumidores. É
pequena a fatia (8%) dos que afirmam que não têm a preocupação com a
durabilidade entre os fatores de escolha.
Preocupação com a durabilidade na hora da compra:
É
na Região Sul que a durabilidade é mais valorizada (95% dos entrevistados), e
99% dos consumidores de maior poder aquisitivo afirmam dar importância a esse
aspecto.
Quando
comparada a outros fatores como, por exemplo, o fato de ser o último modelo
lançado, o design mais moderno e a diversidade de funções do aparelho, a
durabilidade permanece como atributo mais importante de um produto eletrônico.
Os perfis que mantêm mais fortemente a posição de preferência à durabilidade,
mesmo diante de outros fatores, passam a ser as mulheres e os consumidores mais
pobres e menos escolarizados.
Fontes que o consumidor consulta para informações
sobre durabilidade
O
acesso a fontes de informação sobre a durabilidade dos produtos varia de acordo
com a escolaridade, renda e idade dos consumidores, sendo que as fontes
impessoais (internet, sites de fabricantes) são mais buscadas por jovens, homens,
pessoas com alta escolaridade e renda mais elevada, enquanto que os mais pobres
e menos instruídos tendem a recorrer aos vendedores.
“O
dado surpreende porque, por razões óbvias, o vendedor não deveria ser
considerada uma fonte isenta para esta informação. De toda forma, é
interessante ver como sites e fóruns especializados no assunto também são
fontes relevantes aos consumidores", avalia João Paulo.
Como foi feita a pesquisa
Foram
entrevistados, por telefone, 806 homens e mulheres, de 18 a 69 anos, de
diferentes classes sociais das seguintes cidades: Belo Horizonte (MG), Brasília
(DF), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de
Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). O número de entrevistados em cada
capital foi proporcional à população de cada capital. O levantamento foi feito
entre agosto e outubro de 2013. A margem de erro é de 3,5% para mais ou para menos.
Fonte
Idec