Os
gatos vão dominar as grandes cidades? Muito tem se falado sobre o índice Big
Cat, um indicador de progresso dos países baseado na população de gatos nas
residências. Pesquisadores constataram que quanto maior o número de casas com
felinos numa região, maior o seu desenvolvimento, daí a criação do índice.
Nos
últimos anos, o número de gatos nos lares brasileiros tem crescido muito. Em
países como Estados Unidos, França e Alemanha, a população de gatos já é maior
que a de cães. Segundo a Abinpet - Associação Brasileira da Indústria de
Produtos para Animais de Estimação, em dez anos isso será uma realidade também
no Brasil. Considera-se para isso o fato de os gatos se adaptarem melhor a
pequenos espaços e a períodos maiores do dia sem o dono. São animais mais
independentes que outros animais domésticos, como os cães. Essa característica
é conhecida mesmo por quem nunca teve gatos. Mas, para quem pensa em ter um
gato ou é dono de primeira viagem, atenção: gatos precisam de muitos cuidados.
A alimentação deve ser adequada à idade, à raça e a características individuais.
É preciso cuidados não só com qualidade, mas também com a quantidade.
São
necessárias visitas periódicas ao veterinário, vacinação anual, vermifugação
semestral e preventivo para pulgas mensalmente são obrigatórios, mesmo se o
gato fica a maior parte do tempo ou na sua totalidade dentro de casa. A
castração dos felinos antes da puberdade previne doenças do aparelho reprodutor
e evita o desenvolvimento de comportamentos inadequados, como miados no meio da
noite, demarcação de território com urina nos móveis e cantos da casa e
acidentes como quedas de janelas e telhados na tentativa de sair para namorar.
Doenças infecciosas como a FIV (imunodeficiência felina) e a FeLV (leucemia
felina), ambas relacionadas a lesões por arranhadura e mordedura, frequentes
nos cruzamentos e brigas por território, são evitadas mais facilmente em
animais castrados. Alguns estudos mostram ainda que animais castrados têm uma
maior expectativa de vida.
Outro
cuidado importante é o estímulo para a prática de atividade física. Ela é
essencial para uma vida saudável. O desafio aqui é não deixar que o gato se
acomode à rotina de comer e dormir. A prevenção da obesidade melhora muito a
qualidade de vida dos animais e diminui a incidência de suas consequências como
diabetes, lipidose hepática, hipertensão, problemas articulares, doenças do
trato urinário, problemas dermatológicos e constipação, entre outros. Mudanças
simples como distanciar o pote de água, de comida, a cama e a caixa de areia
uns dos outros, forçando pequenas caminhadas são bastante eficazes. Espalhar
brinquedos pela casa e arranhadores com a erva conhecida como catnip (uma erva
estimulante para gatos) também estimula o felino a se mexer. Brinquedos
modernos com feixes de luz ou de laser que emitem sons distraem os gatos por
bastante tempo.
Os
gatos são adoráveis, misteriosos, afetuosos e independentes. Porém, não são
autossuficientes. Como outros animais de estimação, precisam de cuidados e
carinho para uma vida saudável e feliz ao nosso lado.
Por
Fernanda Fragata
Fonte
Época Online