Para especialistas, 30 segundos são suficientes para
formar uma primeira impressão
Trinta
segundos. Este é o tempo suficiente para alguém criar uma opinião (ou o que
muitos classificam como primeira impressão) sobre você – segundo estimativas de
especialistas.
Se
eles estiverem certos, os primeiros trinta segundos em uma entrevista de
emprego, em uma reunião com pessoas que você não conhece ou quando você faz
networking podem contar para seu sucesso em cada uma destas ocasiões.
Segundo
Minoru Ueda, especialista em inteligência emocional, as pessoas têm a
capacidade de, a partir de alguns poucos sinais, criar uma espécie de “trailer
sobre quem você é”.
É
claro que, com o aprofundamento da relação, esta versão pode ser refutada no
futuro, mas é importante estar atento ao que você transmite logo de cara.
Afinal, “nunca teremos uma segunda chance para causar uma ‘boa primeira
impressão’”, brinca Reinaldo Passadori, do Instituto Passadori
Atenção aos mínimos detalhes
Nos
30 primeiros segundos, o máximo que se pode captar de uma pessoa é a mensagem
que ela passa além das palavras: a maneira como ela olha, modula o tom de voz,
gesticula ou se posiciona – tudo, de alguma forma, “fala”. “A comunicação não
verbal age como uma legenda constante em nossa frente”, afirma Ueda.
A
começar pelo aperto de mão. Quem já teve os ossos quase quebrados ao
cumprimentar alguém ou ficou confuso quando alguém deu um aperto muito leve
sabe o que estamos falando. Uma dica é permanecer “com a palma na posição
vertical e aplique a mesma pressão que receber da outra pessoa”, segundo dica
do livro “A linguagem corporal no trabalho” (Editora Sextante).
Dica:
Para tomar consciência do que você diz sem usar palavras, crie o hábito de se
ouvir. Ueda sugere, por exemplo, que você grave a própria voz. “Quando você se
conhece, você controla a si mesmo”, diz o especialista. Por isso, mergulhe para
dentro de si e aprenda a captar os sinais que emite para melhor geri-los.
As palavras mágicas
Os
termos “por favor”, “obrigado” e “com licença” deveriam estar no vocabulário de
toda pessoa, fato. No entanto, é verdade, que muita gente se esquece disso no
dia-a-dia, mas, além de básica, a boa educação é essencial para a sua imagem
profissional.
Dica:
“É preciso respeitar o espaço do outro”, diz Passadori.
Cartões de visita
“Uma
simples troca de cartão de visitas pode pegar mal”, afirma Passadori. “Tirá-lo
bolso de traz da calça, procurá-lo na bolsa bagunçada, entregá-lo todo
amassado”. Tudo isso pode conspirar contra a percepção que terão sobre você.
Dica:
Inspire-se em como algumas culturas de negócios do oriente reverenciam este
momento. “No Japão, o jovem deve entregar o cartão antes do mais velho”, ensina
Ueda. Na China, a dica é fazer isso com as duas mãos com seu nome já voltado
para o receptor. E, atenção: leia antes de guardá-lo.
Simpatia como palavra de ordem
“Mostre
bom humor e interesse pela outra pessoa”, aconselha Passadori. Por isso, sorrir
é fundamental. Deixar o outro falar, também.
Conheça a cultura
Saber
o terreno em que você pisa também é essencial para evitar gafes ou mal
entendidos. Se for viajar para outro país, estuda a cultura de negócios de lá.
Se o desafio é fazer parceria com uma empresa ou uma entrevista de emprego,
saiba tudo sobre o contexto da companhia. E por aí vai.
Por
Talita Abrantes
Fonte
Exame.com