Saiba quais comentários
são proibidos no trabalho
Conforme o tempo vai passando, mais confortável
vai ficando o relacionamento com os colegas de trabalho e a chefia e, às vezes,
até com os clientes. Num mundo tão casual quanto o que vivemos, seria impossível
que isso não acontecesse, mesmo com nossos laços profissionais. O lado bom é que
conseguimos nos sentir mais acolhidos e também mais à vontade, mais em casa. O
lado ruim é que nos esquecemos de que essa não é nossa casa, e esses não são
nossos familiares – aqueles que aguentam e perdoam praticamente tudo que
fazemos, até aquelas brincadeiras, declarações e perguntas mais desagradáveis. Se
você é um brincalhão, esta coluna é para você. Se acha que pode falar o que
quer para quem quiser, é para você também! Neste mundo de relações mais leves e
informais, a coisa pode pesar quando você ultrapassa os limites do outro,
constrangendo-o ou até magoando-o. Você deve estar perguntando “mas como saber
o que é uma brincadeira desagradável?!” O que torna uma brincadeira, comentário
ou pergunta inadequados? Tema, tom e a percepção do outro sobre o que ele ouviu
de você podem ser ótimos aliados na busca pela resposta do que é conveniente ou
não. Estar atento à reação do outro ao seu tratamento é crucial para que um
relacionamento seja bem sucedido – inclusive o profissional. Gentileza gera
gentileza, empatia gera empatia. Você pode até seguir em frente com suas
brincadeiras e perguntas ácidas, acreditando que, se você não se importaria se
brincassem com você assim, o outro também não irá se importar. Mas a verdade é que
não é assim na maioria dos casos. Mesmo que seu colega leve tudo na esportiva e
nunca tenha reclamado, observe as reações dele.
O tom de ironia, deboche ou desdém em alguns
comentários ou perguntas também pode ser o motivo para que suas palavras sejam
ouvidas de forma negativa. E assim você vai
se tornando - aos seus olhos - aquele colega de trabalho que se acha popular
porque tem liberdade (dada por si mesmo) com todos. Aos olhos dos colegas, você
é o chato – desculpe, mas é verdade, e a palavra é essa mesma. Mas pode se
chamar de inconveniente, se achar mais elegante!
Para encerrar a coluna, uma listinha com
temas que em geral você deve evitar nas suas brincadeiras, perguntas e comentários.
E não, a intenção não é deixar seu ambiente de trabalho mais chato. É não
deixar que você seja “o chato”. Fique longe de coisas do tipo:
- “Nossa,
as férias foram boas, hein?! Dá pra ver pelo peso extra que você trouxe na mala!”
falar de peso nunca é uma boa ideia – ainda mais se for com uma mulher.
- “Quem
foi que fez isso com o seu cabelo?! Me fala que eu vou lá dar uma bronca na
pessoa!”. O novo visual do(a) colega
pode estar terrível e até prejudicá-lo profissionalmente, mas isso deve ser
dito em particular e com muito tato.
- “E
aí magnata, foi promovido... e o salário, é bom?!” Mesmo que você não pergunte
diretamente quanto ele ganha, o efeito é tão negativo quanto.
- “Lá
vem o queridinho do chefe!” Você pode até achar que ele é um bajulador, mas ele
pode simplesmente ser um dos melhores profissionais da equipe e por isso mesmo
ser alguém em que o seu superior confia mais.
- “Olha
a gatona do financeiro, tá uma lindeza esse decote, hein?!”. Todo bem que a gatona está errada de estar
com o decotão, mas a sua quase cantada está errada também!
- Religião,
política, preferências sexuais e preconceitos devem ficar de fora também! “Coisa
de mulher”, “tinha que ser homem”, “olha lá seu candidato acabando com a cidade”,
entre outras coisas, não divertem ou doutrinam. Apenas desagradam e prejudicam
sua reputação e capacidade de fazer alianças.
Leve suas brincadeiras a sério!
Por Ana Vaz
Fonte Click Carreira