Eis
um dos grandes segredos para viver uma vida mais plena de sentido e de
propósitos, capaz de proporcionar diversos benefícios, inclusive em sua vida
financeira: valorizar aquilo que você já tem. Muitas pessoas, na ânsia de
querer ostentar mais status e impressionar mais outras pessoas (que muitas
vezes não conhecem), acabam consumindo além do que seu salário permite e, nesse
círculo vicioso de gastos e consumismo, acabam adoecendo e trabalhando mais do
que podem (e do que sua saúde permite).
Pior,
ficam frustradas quando não conseguem comprar o objeto de desejo, com
consequências negativas não só para seu bolso, como também para sua mente e
autoestima. São pessoas que, aos poucos, vão ficando cada vez mais
insatisfeitas com a vida, mais irritadas, nervosas, frustradas e estressadas.
Não saber valorizar aquilo que você já tem te impede de desfrutar das boas
coisas que a vida já lhe proporcionou até o presente momento.
Porque
se você acha que a vida é ruim, que mereceria um chefe melhor, que o carro que
deixou de comprar na promoção era a melhor opção, tente ir até o hospital mais
próximo e peça autorização para visitar a Unidade de Terapia Intensiva. O
exemplo é propositalmente forte, porque o tema merece reflexão. E a reflexão é,
até certo ponto, bastante óbvia: o sentido da vida não é preenchido apenas
pelas expectativas futuras que você tem em relação a certos bens, interesses ou
valores, mas também – e eu diria até, principalmente – por tudo aquilo que você
construiu ao longo de sua vida e que tem no presente momento.
Uma
TV nova é importante? Depende. Depende se a TV que você já tem é boa, funciona
e é suficiente para assistir os programas que gosta de assistir. Talvez você se
veja tentado a substituir a atual TV apenas porque a nova TV “está na promoção”
e tem mil e uma utilidades, como saída HDMI, entrada USB, resolução de não sei
quantos pixels e etc. Será que essas novas funções realmente são necessárias
para você ou são “necessidades” criadas pelo pessoal de marketing? Sua TV pode
não ser a melhor, nem impressionar tanto as visitas que chegam para jantar, mas
e daí? Como dizem os americanos, “who cares” (quem sem importa)?
E
aquele gadget que você tanto sonha em comprar? O fato de ele vir com retina
display, WiFi, GPS, 4G, Bluetooth, memória de 64 GB etc. não pode, sozinho,
servir de fundamento para compra quando o smartphone que você já tem é mais do
que suficiente para cobrir as suas necessidades básicas de mobilidade e
produtividade. Pode não ser de última geração, mas e daí? Quem se importa?
Comprar
um carro novo é útil quando os custos de manutenção do atual superam os
benefícios que você teria em mantê-lo rodando com você. Até aí, ok. Mas comprar
um carro novo só porque surgiu a oportunidade de fazer um “grande negócio” pode
esconder um grande perigo. Isso implicará em gastos extras com esse novo
automóvel, muitas vezes inexistentes no carro que você já tem, tais como
franquia mais cara de seguro, aquisição de novos opcionais, novas taxas e
impostos e por aí vai. Fora a eventual dificuldade de vender o atual.
A
lição por trás desses exemplos é muito simples: analise aquilo que está ao seu
redor e procure extrair a virtude das coisas que você já possui. Não dê aos
bens materiais – sejam eles quais forem – valor maior do que realmente merecem.
Não fique reclamando da vida ou esquentando a cabeça por causa de brigas e
discussões que tiveram como motivo coisas materiais (preço de produtos no
supermercado, nas lojas dos shopping, no comércio) ou mesmo dinheiro.
Valorizar
aquilo que você já tem lhe permitirá desfrutar ao máximo cada bem que você já
adquiriu, maximizando sua utilidade ao mesmo tempo em que fará você focar sua
energia mental, criatividade e comportamento nas áreas de sua vida que
realmente importam e que merecem sua atenção: sua saúde, seus relacionamentos,
sua espiritualidade, sua família, seus sonhos, suas metas e seus propósitos.
Agindo assim, você chegará, muitas vezes, à surpreendente conclusão de que
aquilo que você não tem não faria mesmo falta alguma.
Fonte
Valores Reais