Saiba quais aspectos levar em conta ao decidir dar uma
guinada na vida profissional, na opinião de duas especialistas
Transição de carreira é saudável e frenquente em
algumas profissões, diz especialista
É
comum que, em algum momento da carreira profissional, o desconforto em relação
às escolhas já feitas apareça. Você pensa estar no lugar errado fazendo algo
que não gosta e, então, a infelicidade toma conta. A vontade de mudança se
instala, mas as dúvidas são muitas e você não sabe o que fazer.
Antes
de dar uma guinada na carreira é preciso levar alguns aspectos em consideração,
na opinião de especialistas consultadas por EXAME.com. Confira um passo a passo
com 5 etapas para quem está considerando uma transição de carreira:
1º Investigue os motivos
O
que torna a sua vida profissional infeliz? Esta é primeira pergunta a ser
respondida quando o descontentamento reina pleno e absoluto antes, durante e
depois do expediente de trabalho.
“É
importante porque as pessoas se sentem desconfortáveis, percebem que precisam
mudar, mas não sabem direito o que”, diz Mariá Giuliese, diretora executiva da
consultoria Lens e Minarelli.
De
acordo com ela, é preciso saber o que está fora do lugar, antes de tomar
qualquer decisão. “Muitas vezes as pessoas estão infelizes com algumas partes
ou aspectos da carreira”, diz Adriana Felipelli, presidente da Felipelli.
É
a carreira? É a empresa? É o tipo de projeto com o qual está envolvido? São as
relações interpessoais no ambiente de trabalho?
2º Tenha clara a diferença entre profissão e carreira
Discriminar
carreira de profissão é importante durante este processo de transição, na
opinião de Mariá. “Uma mesma profissão permite carreiras diferentes”, lembra
Mariá.
Por
exemplo, antes de rasgar seu diploma de engenharia e optar abrir um pet shop –
entrando em um ramo em que lhe falta habilidade e experiência -, talvez você
devesse considerar as várias possibilidades dentro da sua atual profissão.
Mariá
lembra que a mudança de carreira é saudável e, muitas vezes, até necessária.
“Amplia o escopo de atuação do profissional. Em algumas profissões é algo
frequente”, diz.
3º Faça uma autoanálise
Você
sabe quais as suas aptidões e seus talentos? De acordo com as duas
especialistas, não tome nenhuma decisão antes de fazer uma autoanálise. “Para
quem não está feliz com a carreira escolhida, a primeira coisa a se fazer é se
conhecer pensar em que tipo de ambiente gostaria de trabalhar”, diz Adriana.
“As
pessoas precisam conhecer muito bem as suas habilidades, fazendo uma consulta
interna”, diz Mariá. A especialista lembra que não é o mercado de trabalho que
deve ditar essa mudança e, sim, o seu interesse e as suas competências.
4º Considere buscar ajuda especializada
Acha
difícil passar pela etapa anterior sozinho? Profissionais especializados em
aconselhamento de carreira e coaching podem ajudá-lo.
“A
pessoa vai precisar de instrumentos para que perceba comportamentos e, com
ajuda, pode encontrar as respostas e ser direcionado para a área de atuação em
que suas competências intrínsecas sejam valorizadas”, diz Adriana.“Um
profissional especializado vai ajudar na percepção do ônus e do bônus da
mudança”, diz Mariá.
5º Trace o caminho
Toda
mudança de direção pressupõe um novo caminho a ser percorrido. Você pode
definir um curso que precisará fazer, ou perceber que a solução é conversar com
o seu chefe e pedir transferência para outro departamento, ou ainda mudar de
empresa.
Pode
ainda descobrir que estágios em outros lugares – até outros países - trarão
experiências interessantes para sua vida profissional. As possibilidades estão
aí, resta saber qual delas trará mais satisfação para você.
6º Comece a transição
Mãos
à obra. Chegou a hora de iniciar a transição. Adriana indica investir no
networking. “O ideal é fazer essa mudança por meio da rede de relacionamentos”.
Conversando
com as pessoas que você já conhece talvez seja mais fácil conseguir uma nova
posição no mercado. Durante esta fase de transição, diz Mariá, é necessário,
contudo, considerar um período de renúncias e perdas. “A transição nem sempre é
fácil, muitas vezes, existe perda de remuneração”, alerta a especialista.
Por
Camila Pati
Fonte
Exame.com