Conhecer pessoas se
tornou algo fundamental para qualquer ser humano hoje em dia - e dominar esse
aspecto da sua vida pode te levar muito longe
Não é de hoje que se diz que a habilidade de
conhecer pessoas e estabelecer vínculos com elas vai deixar sua vida mais fácil
e trazer mais oportunidades. Mas como fazer isso de um jeito simples?
Conhecer pessoas vai
te levar para o topo do mundo na vida, e a conversa fiada veio para te ajudar
nessa missão
As melhores coisas do mundo não vêm de graça,
e conhecer pessoas pode ser intimidador de início. Mas basta dominar uma
simples habilidade para que isso mude.
Conversa fiada = conhecer
pessoas - Saber usar a conversa fiada na hora de conhecer pessoas vai te ajudar
a conquistar grandes coisas na sua vida
Pode parecer estranho pensar assim, mas quem
sabe fazer conversa fiada vai conseguir estabelecer uma rede de contatos com
muito mais facilidade. E essa rede de contatos, atualmente conhecida como networking, é crucial por alguns motivos.
Primeiro, caso você esteja a procura de
novas oportunidades no mercado, conhecer pessoas do ramo em que queira
trabalhar é fundamental. Tanto elas podem te indicar para a vaga se for preciso,
como elas podem simplesmente te dar alguns toques a respeito de novas chances.
Em segundo lugar, o networking te ajuda em
um âmbito mais pessoal, seja no trabalho, no bairro ou na faculdade. Conhecer
quem são as pessoas ao seu redor vai ajudar a estabelecer um vínculo que pode
te trazer oportunidades que variam de visitar novos lugares e fazer novas
coisas a conhecer novas pessoas e integrar os seus diversos círculos sociais.
E aí entra a tal da conversa fiada, termo
que, como explica a coach Paula Dias, do inglês small talk . Em português, falar
em conversa fiada pode dar a impressão de que o assunto é inútil, mas como ela
afirma, " essa é uma forma de puxar uma conversa com alguém desconhecido
ou conhecido para estabelecer o primeiro contato", e isso é feito através
da interpretação do contexto e do interesse do interlocutor.
Lembre-se que essa não é uma ciência exata: nem
todas as pessoas estarão dispostas a entrar na conversa, seja por timidez, porque
elas estão ocupadas ou por estarem em um mal dia.
A única forma de saber se irá dar certo ou
não é tentando. Como Paula diz a seus clientes, "você não tem nada a
perder, no máximo irá ganhar".
Mas calma, isso não é tudo. Existem algumas
práticas que podem facilitar seu engajamento em conversas fiadas.
Contexto é tudo - Onde
você está na hora de conhecer pessoas conta. Pode não ser uma boa falar de
livros no meio do treino da academia
É preciso compreender o ambiente em que a
interação vai acontecer. De nada adianta, por exemplo puxar assunto sobre livros
no meio do treino pesado academia - suas chances de sucesso serão muito
reduzidas.
O primeiro passo é definir o objetivo de
conversar com aquela pessoa. "Ao saber o objetivo, pode direcionar a
conversa para o contexto desejado", avisa Paula, e reforça que "o
ideal é tentar se aproximar ao máximo de algum tema de interesse do outro".
Mesmo que seu objetivo não seja profissional
é preciso sempre se lembrar desse caminho: encaixe seu assunto nas
circunstâncias ao redor e seu potencial de comunicador vai para um outro nível.
Linguagem corporal -
Olhe sempre para a linguagem corporal na hora de conhecer pessoas. Braços e
pernas cruzados são uma negativa
Só que talvez isso não seja suficiente. De
repente, você está sem bateria no celular numa sala de espera de um escritório,
e quer desesperadamente puxar assunto com alguém. Você tem o contexto. Mas falta
a oportunidade de envolver as pessoas com sua prosa.
A solução é mais simples do que você pode
imaginar: observe a linguagem corporal daqueles à sua volta (bem como o que
eles estão fazendo; afinal, interromper alguém que esteja de fones de ouvido, por
exemplo, é quase garantia de uma resposta curta ou de um decidido "não").
Para a coach, se você não conhece a pessoa, existem
alguns sinais aos quais você deve ficar atento. O primeiro é o olhar. Olhe nos
olhos da pessoa, tente descobrir se ela está olhando para você ou não.
Já a segunda é um pouco mais sutil e envolve
a linguagem corporal de fato. "Se a pessoa está de braços ou pernas
cruzadas, apontando para outra direção, é um sinal de que ela não está aberta à
conversa", adverte Paula.
Sinta-se em casa - Na
hora de conhecer pessoas, você é seu maior inimigo. Cuidado com a sua própria
linguagem corporal
Você já sabe o contexto, e agora também sabe
identificar suas oportunidades de engajar numa "conversa pequena". Mas
não acabou ainda: para dominar a arte de puxar assunto, você precisa ser mestre
de sua própria linguagem corporal. Segundo o Instituto Brasileiro de Linguagem
Corporal (Ibralc), 55% da comunicação se dá por meio da linguagem corporal - gestos,
postura, maneirismos etc.
De acordo com Paula Dias, uma linguagem
corporal impecável começa com o controle de manias como cruzar os braços, para
demonstrar abertura, e olhar nos olhos, para criar uma aproximação mais forte
com o interlocutor.
Caso não esteja convencido sobre a
importância da linguagem corporal, há outros requisitos para dominar este
aspecto da comunicação, segundo o portal Dicas de Etiqueta.
Em primeiro lugar, além das dicas da coach, procure
sempre manter os ombros relaxados e evite passar as mãos repetidamente no
cabelo. Ambos demonstram insegurança, e o segundo pode ser interpretado também
como sinônimo de carência.
Claro, linguagem corporal não é só evitar se
mexer de maneira inapropriada - não queremos que você vire um robô, não é? Por
isso, o Dicas de Etiqueta recomenda algumas coisas, como inclinar-se em direção
ao interlocutor (cuidado para não chegar muito perto e invadir o espaço pessoal
dele) e mimetizar os gestos dele. Essas práticas vão demonstrar seu interesse
pelo assunto.
O olhar também vai além do simples "olho
no olho". Esfregar os olhos pode ser um indicador de tédio, e observar os
arredores constantemente pode transmitir insegurança. Uma dica para manter seu
olhar fixo é focar-se em apenas um dos olhos do seu interlocutor (e alternar de
vez em quando).
Vale lembrar que enquanto essas correções
são importantíssimas para você fazer, elas podem ser um ótimo indicador do
interesse do seu interlocutor na hora que for puxar assunto, complementando as
dicas da coach sobre o contexto.
Carisma x timidez - Antes
de sair para conhecer pessoas, é fundamental conhecer a si mesmo - então não
mais perca tempo
"Carisma é uma habilidade inata de
alguns para conseguir encantar, persuadir, fascinar o outro através de sua
forma de agir". É assim que Paula define o carisma, algo tão cobiçado, mas
que poucos têm. Essa característica pode ser expressada de diversas maneiras (e
não é sinônimo de extrovertimento).
Independentemente disso, o carisma
dificilmente pode ser manifestado por quem não possui esse dom, sob o risco de
parecer forçado. Nesses casos, como adverte a coach, a melhor coisa é ser você
mesmo.
No entanto, é preciso ter muito
autoconhecimento para conseguir agir assim. Não é uma tarefa fácil, mas com o
tempo os resultados aparecerão - e o carisma nem parecerá tão importante para
você na hora de puxar uma conversa.
E a timidez sofre o mesmo efeito sob o olhar
do autoconhecimento. Seja a timidez um fator da sua essência, seja ela fruto de
um trauma, se conhecer melhor (com ajuda de terapia, se necessário) e praticar
a comunicação é a chave.
Por fim, de acordo com Paula, a
assertividade é outro ponto importante para conquistar seu interlocutor na hora
da conversa fiada. Ter certeza do que você quer e de quem você é na hora de
bater um papo é crucial, e vai te facilitar muito a vida na hora de conhecer
pessoas e fazer o networking.
Por Andre de Godoy
Fonte Deles - iG