Desconfie
de mensagens e telefonemas que dizem ser da instituição financeira pedindo
dados ou senhas. Bancos são responsáveis por evitar as fraudes e ressarcir os
prejuízos se consumidor for vítima delas
“Seu
banco informa: acesse e atualize seus dados agora mesmo no http://bit.ly/2xm4R7A para não ter sua conta
bloqueada”. Você possivelmente já recebeu mensagens como essa em seu celular ou
e-mail. Mas o que parece ser um aviso da instituição financeira, na verdade,
pode ser um golpe.
As
fraudes bancárias geralmente são aplicadas por meio de mensagens de texto,
e-mails e telefonemas. A fim de solucionar o problema o mais rápido possível,
muitas pessoas passam os dados de seu cartão, senhas e códigos de acesso às
suas contas bancárias. Só quando verificam o extrato, percebem que caíram em um
golpe.
Para
não ser a próxima vítima dessas fraudes, veja abaixo alguns cuidados e saiba
quais são os seus direitos.
Atualização de informações? Desconfie
Os
bancos e operadoras de cartão de crédito não costumam ligar, nem enviar
mensagens pedindo que os clientes atualizem informações, e muito menos que
forneça senhas ou códigos de acesso ou de validação para transações digitais
(como chave de segurança e token). Se entrarem em contato com você por meio
desses canais, desconfie!
Também
não é aconselhável clicar em nenhum tipo de link enviado por SMS ou por e-mail
como se fossem do banco. Há casos de usuários que são redirecionados a uma
página falsa, muito parecida com a do site oficial do banco, contribuindo para
confundir o consumidor.
Caso
esteja em dúvida sobre a autenticidade da mensagem, ligue para o seu banco e
confirme se o pedido de atualização procede e se é seguro.
Cuidado com o golpe do cartão clonado
Uma
prática comum entre os golpistas é ligar informando que o cartão do usuário foi
clonado e que foram realizadas compras com ele. Com um discurso parecido com o
utilizado pelos representantes do banco, acabam enganando os consumidores e
induzindo-os a fornecer dados para supostamente bloquear o cartão.
Caso
receba uma chamada desse tipo, desligue e ligue para o número que está no verso
do seu cartão, mas utilizando outro aparelho de telefone. Esse cuidado é
importante porque há casos em que os fraudadores “prendem” a linha do usuário,
que pensam que estão falando com o banco, quando na verdade continuam em
contato com os bandidos.
O banco é responsável
Em
situações de fraude bancária, o Idec considera que os bancos têm
responsabilidade objetiva, ou seja, são responsáveis independentemente de
culpa, segundo o artigo 14 do CDC (Código de Defesa do Consumidor).
Posicionamento também adotado no Judiciário.
As
instituições financeiras devem criar meios que garantam o acesso seguro do
consumidor aos serviços bancários, o que inclui evitar golpes e fraudes.
Além
de mecanismos como senhas códigos de acesso e de validação para tornar as
transações mais seguras, os bancos também devem monitorar a atuação de
criminosos com sua base de clientes e agir o mais rápido possível para
contorná-las, tomando providências para retirar do ar páginas falsas, por
exemplo, e alertando os consumidores sobre o golpe.
Assim,
caso a atuação das instituições financeiras não seja suficiente para garantir a
segurança e impedir que o cliente seja vítima de um golpe, ele deve arcar com
os prejuízos sofridos pelo consumidor.
Onde reclamar
Caso
seja vítima de uma tentativa ou de um golpe propriamente dito, entre em contato
com o banco por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para
solicitar o pedido de contestação do débito. Além disso, faça um boletim de
ocorrência para comprovar a fraude.
Lembre-se de anotar todos os protocolos e guardar os documentos que podem ser
usados como provas.
Se
a instituição se negar a devolver os valores roubados de sua conta ou de
compras feitas com cartão de crédito, você pode registrar uma reclamação no
Procon de seu município e/ ou no site www.consumidor.gov.br, do Ministério da
Justiça.
Caso
nenhuma das medidas seja satisfatória, é possível mover uma ação judicial
contra o banco no JEC (Juizado Especial Cível).
Fonte
Idec