Pesquisar preços e características do produto
que se deseja comprar é essencial, assim como estabelecer metas de gastos e
reais necessidades de consumo
Manter
o dinheiro no bolso em tempos de crise pode ser uma tarefa penosa. Se você é
daquelas pessoas que não perde a chance de fazer uma boa pechincha, está no
caminho certo para economizar.
Mas
se você ainda não tem o hábito de pedir descontos, seja por timidez ou por
falta de costume mesmo, saiba que pechinchar é uma prática saudável para poupar
gastos. Veja algumas dicas para conseguir negociar e baratear os preços na hora
da compra.
Pesquise e estabeleça metas
Antes
da compra, é importante pesquisar o valor do produto em estabelecimentos
físicos ou virtuais variados, ou até lojas diferentes da mesma rede. Estar
informado previamente sobre os preços do mercado dá argumentos para convencer o
vendedor que a compra só será feita no lugar que oferecer o preço mais em
conta.
Se
o item for novo ou estiver saindo de linha, isso deve ser levado em
consideração. Cada empresa tem sua estratégia nesse caso. Algumas elevam o
preço do produto em lançamento e abaixam o mais antigo, por exemplo.
Entretanto, o sucesso da negociação vai depender da habilidade e da boa
pesquisa feita pelo consumidor.
Vale,
ainda, parar para pensar quais as reais necessidades que se deseja suprir,
dentro de um orçamento pré-definido. Traçar uma meta do valor do que se quer
(ou pode) pagar também auxilia na comparação de preços.
Pague à vista
Uma
forma de resistir ao impulso e realizar compras no crédito, que mais tarde
podem virar dívidas, é pagar à vista. Mas é preciso ficar alerta para a prática
de alguns estabelecimentos que costumam negar descontos no à vista e ainda
oferecem a opção de pagamento dividido em parcelas “sem juros”, que acabam
estimulando o uso incorreto do crédito. A negativa é considerada abusiva,
segundo o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), inciso IX, ao
recusar a venda de um bem ou a prestação de serviços a quem deseja adquiri-lo
mediante pronto pagamento.
De
qualquer maneira, se o intuito é pechinchar, o hábito de comprar à prazo não é
dos mais eficientes. Lembre-se que, em tempos de crise, as empresas também
precisam se adequar à queda nas vendas para manter as contas em dia, e acabam
sendo mais flexíveis às negociações.
Onde pechinchar
Qualquer
compra pode ter o valor negociado. Mas a pechincha de produtos comercializados
em estabelecimentos físicos é facilitada graças ao contato direto entre
vendedor e consumidor. Isso serve para bens como roupas, calçados, móveis,
eletroeletrônicos, eletrodomésticos, veículos e até imóveis.
Nas
compras online, ainda não há uma plataformas de intermediação tão eficientes e
flexíveis assim, que possibilite a negociação direta com o vendedor. Porém, o
consumidor ainda pode pesquisar o melhor preço, desde que em sites confiáveis.
No
caso de alimentos, feiras livres são ambientes receptivos para a prática da
pechincha. É mais fácil pedir descontos para feirantes, ainda mais se for um
produto da época. Evitar o consumo de alimentos que sofreram quebra de safra
também é uma boa dica de economia.
No
geral, a pesquisa prévia e o hábito de fazer lista de compras pode ajudar na
escolha dos melhores produtos, fazendo as substituições necessárias.
Orçamento em dia, inclusive na crise
Embora
a pechincha seja uma saída essencial para manter a balança do orçamento
doméstico equilibrada, só ela não basta. Planejar o uso consciente da renda
torna-se obrigatório em tempos como este.
Ferramentas
de controle, como planilhas de orçamento, cadernetas, aplicativos, são aliadas
na organização do destino do dinheiro. A planilha de orçamento doméstico
elaborada pelo Idec - http://www.idec.org.br/especial/planilha-orcamento-domestico.
Nos
casos das famílias que já se encontram endividadas, manter a calma (mesmo que
seja difícil) é necessário para renegociar as dívidas e pedir descontos para
conseguir quitá-las. O consumidor pode solicitar a ajuda de um órgão de defesa
do consumidor como o Núcleo de Endividamento do Procon, a Defensoria Pública, e
entidades de caráter públicos com especialistas que auxiliarão na revisão de
contratos e cálculos para garantir o cumprimento da renegociação sem perder o
controle das contas.
Fonte
Idec