Passos fáceis e simples são suficientes para tornar um
orçamento apertado mais saudável
Em
tempos de “vacas magras”, cortar gastos é essencial para aliviar os orçamentos
que ficaram mais apertados. E
a boa notícia é que com medidas muito simples é possível enxugar o orçamento. Algumas
dicas para gastar menos e até obter uma renda extra para aliviar o bolso.
Vender coisas que você não usa
Na
maioria das casas sempre há uma roupa no armário que não é usada há algum
tempo, assim como aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos que servem apenas
para ocupar espaço. Para obter uma renda a mais, basta vendê-las.
Para
o consultor financeiro Mauro Calil, o acúmulo de objetos inutilizados indica
que as compras foram feitas de forma impulsiva ou que foram tomadas decisões
erradas. “Por isso, o consumidor deve ter cuidado para não vender tudo e ocupar
o espaço a mais com compras desnecessárias novamente”, diz.
Escolher
o que pode ser vendido, portanto, é uma boa maneira de rever hábitos de
consumo. E não há mais desculpas para não se desapegar de objetos que não são
mais usados. Em uma rápida busca pela internet, é possível encontrar diversos
sites e lojas que compram itens usados.
Gastar menos com refeições fora de casa
Comer
fora costuma estar entre os maiores custos do orçamento, diz Calil. “Gastar 30
reais para jantar durante uma semana pode ser equivalente a passar duas semanas
comendo em casa”, diz.
Portanto,
mudar hábitos e buscar ao máximo comer em casa, e também levar lanches para o
trabalho, pode fazer uma grande diferença no bolso.
As
compras no supermercado também exigem atenção. A simples troca de uma marca por
outra mais barata pode gerar economias no fim do mês.
“Há
quem defenda que uma marca é a melhor como se fosse funcionário da empresa.
Existem muitas ações de marketing que são feitas durante muitos anos e dão a
percepção de que o produto é melhor. Isso pode não ser verdade”, diz Calil.
Eliminar gastos supérfluos
Calil
define gastos supérfluos como toda compra que não traz um benefício permanente
ou ao menos duradouro.
Ele
cita como exemplos o cafezinho, um balde de pipoca no cinema (que pode sair
mais caro do que o tíquete para assistir ao filme) e brinquedos comprados para
os filhos que são usados duas vezes e depois ficam encostados.
Acumulados,
esses pequenos gastos pressionam o orçamento e precisam ser controlados.
A
ideia não é deixar os gastos com lazer de lado, mas usar o dinheiro de forma
mais inteligente. “Em vez de ir frequentemente a bares com amigos, por que não
convidá-los para encontros em casa, onde a bebida e comida sairá mais em
conta?”, diz Calil.
Reduzir o pacote de TV a cabo ou o plano do celular
Serviços
que são pouco utilizados não precisam ser necessariamente cancelados, mas seus
custos podem ser reduzidos.
Se
não há tempo para ver todos os canais oferecidos pela TV a cabo, talvez seja a
hora de repensar e escolher um pacote que ofereça menos opções de canais.
Se
o consumidor acessa a internet pelo celular por mais tempo do que o plano
contratado permite, por que não escolher um plano que seja mais adequado ao deu
perfil de uso? Com certeza sairá mais barato do que pagar por mais dados de
forma avulsa.
Calil
cita o caso de um casal que tinha seis pontos de TV a cabo em casa: na sala,
quartos, cozinha e até na churrasqueira. “Não faz sentido pagar a mais por uma
comodidade que dificilmente será utilizada de forma completa”.
Consumir de forma consciente
Hábitos
de consumo conscientes, além de protegerem o meio ambiente, também aliviam o
bolso.
Se
o imóvel tem goteiras ou vazamentos, pode ser a hora de consertar. A dica
também vale para reduzir gastos com eletricidade, diminuir o tempo do banho,
entre outros.
O
consumo com consciência também passa pela eliminação de desperdícios de
alimentos e outros produtos com prazo de validade, como cosméticos. Para isso,
basta comprar apenas o necessário.
Dividir o aluguel e as contas
Encontrar
alguém para dividir o imóvel, seja um parente, amigo ou conhecidos, pode
representar um alívio significativo no orçamento pessoal.
Para
quem não quer perder a privacidade, a opção pode ser mudar para um imóvel que
tenha um aluguel mais barato, localizado em um bairro com preço do metro
quadrado mais em conta.
Buscar uma renda extra
Trabalhar
horas extras, fazer freelancers e até transformar hobbies em “bicos”
remunerados são iniciativas que ajudam a lidar com um orçamento mais apertado.
Há
também a opção de alugar quartos para viajantes. Matéria anteriormente
publicada em EXAME.com mostrou que a renda extra mensal com o aluguel de um
quarto pode superar facilmente a casa dos milhares de reais. Se o imóvel
estiver localizado em uma cidade turística, a chance de ganhar dinheiro é ainda
maior.
Revisar preços de seguros e tarifas do banco
Seguros
e tarifas bancárias são custos fixos que têm grande impacto no orçamento
mensal. Portanto, devem receber atenção especial quando o tema é enxugar
gastos.
Para
isso, basta pesquisar se outros bancos e seguradoras estão oferecendo preços
menores pelos mesmos serviços. É recomendável realizar essa pesquisa
periodicamente.
No
caso de tarifas cobradas pelo cartão de crédito, apenas um telefonema para o
banco pode fazer com que as taxas sejam negociadas. “Os descontos podem ser
enormes”, diz Calil. Quem usa muito os serviços costuma ter mais poder para
barganhar custos menores.
Reduzir os juros das dívidas
Para
quem está no vermelho, migrar os débitos para empréstimos com taxas de juros
menores permite economizar e, consequentemente, quitar a dívida com maior
rapidez.
A
dica vale principalmente para quem costuma entrar no cheque especial, cujas
taxas de juros costumam ser as maiores do mercado. Nesse caso, basta ligar para
o gerente do banco e solicitar a migração da dívida para uma modalidade de
crédito mais barata, como o crédito consignado.
Por
Marília Almeida
Fonte
Exame.com