domingo, 28 de agosto de 2022

TAMPAR O UMBIGO: PROTEÇÃO OU SUPERSTIÇÃO?

Saiba os fundamentos para esse pequeno ritual e entenda como utilizar dessa prática com consciência

Colocar o esparadrapo para tampar o umbigo é uma crença muito antiga, que muitas pessoas acreditam ser um pequeno ritual de proteção. Dizem que ao tampar o chakra umbilical você estaria repelindo energias negativas que tentassem entrar no seu campo.

Eu, como boa guardiã dos mistérios ancestrais, adoro aprender formas de proteção. E para colocar em prática qualquer forma de ritualística é importante que se busque o fundamento daquela prática, para que se faça com consciência, e atinja os resultados esperados.

Tampar o umbigo, um ato simbólico

As instruções espalhadas pela internet e pela crença popular são diversas, tais como colocar o esparadrapo no umbigo por uma semana, 60 dias e tirar apenas para tomar banho, entre outros, e isso pode ser um tanto quanto perigoso. Fórmulas mágicas não existem, mas a magia sim.

Usar a magia ao nosso favor é ter conhecimento das práticas e principalmente, autoconhecimento para perceber como está atuando em nosso ser.

Começando com o funcionamento dos nossos chakras, que são um grande fluxo de energia, onde cada um dos vórtices se comunica uns com os outros nessa troca fluida de energia, assim mantendo-se em equilíbrio.

Quando temos um dos chakras bloqueados ou em desequilíbrio, naturalmente abrimos espaço para que outros chakras entrem em desequilíbrio ou também sejam bloqueados.

O ato de tapar o umbigo é propriamente um ato simbólico, um comando para que seu chakra se feche para, com isso, evitar que energias externas se adentrem no seu campo. Tapar o umbigo, colocar um cristal, um símbolo ou outra forma de proteção é bem-vinda, quando sabemos o que estamos ativando em nosso campo.

A proteção começa na mente

Toda forma de magia, proteção e cura parte do princípio mental, da intenção e firmeza do que você deseja. Então não basta colar um esparadrapo no seu umbigo, é necessário intencionar o fechamento daquele chakra enquanto o esparadrapo estiver ali, com o propósito de proteção.

Pois bem, se agora sabemos que quando um chakra estando bloqueado ou em desequilíbrio pode afetar o equilíbrio dos demais chakras, já podemos extrair que passar muitos dias com o umbigo tapado pode não ser tão benéfico assim. Sendo propenso a abrir margem para que outros chakras se desarmonizem e atrapalhe seu bem estar, transformando uma proteção inicial, em uma problemática.

A linha tênue entre a superstição e a proteção é o conhecimento que você tem daquela prática. Então sim, tapar o umbigo, que é a porta de entrada das energias, protege seu campo, principalmente seu plexo solar (que quando atingido por energias negativas, pode acabar causando inúmeros desconfortos e desafios para você e suas relações), mas quando utilizado de forma sábia.

Passar dias com o chakra tapado não te trará proteção permanente para que você se mantenha harmonizada e protegida. É necessário um trabalho diário de conscientização da sua própria energia.

De nada adianta fechar a porta de entrada de energias se no seu dia-a-dia você cultiva pensamentos negativos, reclama da vida, não olha para suas próprias questões e não cuida energeticamente do seu campo como um todo.

O ato de tapar o umbigo é um ritual de proteção rápido e para momentos pontuais. Por exemplo,  você irá a uma reunião com muitas pessoas e você naturalmente absorve muitas energias externas. Então no período da reunião você pode sim colocar o esparadrapo no umbigo (ou até mesmo sua mão para situações não esperadas como um conflito ou conversa desafiadora).

É importante, no entanto, remover logo após a reunião e buscar perceber como está sua energia e se é necessário alguma forma de harmonização.

Quando estamos alinhadas e harmonizadas, não estamos vulneráveis a energias de baixa vibração. Se você anda se sentindo muito sem sorte ou como uma esponja absorvendo tudo o que está ao seu redor, o trabalho precisa ser mais profundo, seja a partir de um banho energético trabalhando todos os seus chakras ou em casos mais necessários, uma sessão de terapia energética, como por exemplo a radiestesia.

Para um trabalho de proteção energético mais prolongado é necessário um olhar para todos seus corpos, físico, mental, emocional e espiritual.

Quatro formas de proteção do umbigo

Para momentos específicos, como sair em locais públicos, conexões com pessoas em momentos desafiadores, ida a um lugar novo ou outros, vou sugerir quatro formas de proteção rápidas para situações pontuais:

·  Tampar o umbigo: sim, como já havia dito, como uma medida preventiva pontual, você pode tampar seu umbigo com um esparadrapo, consciente do ato e imantando a proteção enquanto o estiver usando.

·  Cristal: colocar no umbigo uma pequena pedra de hematita (que tem a função de dissipar a energia negativa, trazer proteção e evita que se absorva energias de baixa vibração), olho de tigre (afasta energias ruins, neutraliza forças negativas e auxilia na resolução de conflitos) ou ainda jaspe vermelha (uma das pedras mais poderosas para afastar ataques energéticos, inveja, magia e energias de baixa vibração).

·  Símbolos: para os reikianos, o cho ku rei em todos os sentidos (frente, atrás, em cima, embaixo, direita e esquerda) tem o poder de fechar o seu campo trazendo proteção e ainda elevar sua frequência energética. O pentagrama, cruz, OM e estrela de Davi são alguns exemplos de símbolos que podem ser desenhados ou colados tanto no umbigo quanto nas costas, logo abaixo do pescoço.

·  Cinturão Lunar: para as Deusas que buscam se proteger, principalmente no momento da sua lunação, o cinturão lunar é feito a partir de tecidos como lã e algodão, emantado com rezas e intenções para proteção. Além da função de proteção, o cinturão auxilia com o alívio de cólicas por aquecer o ventre e potencializado quando utilizado com ervas medicinais.

Independente por qual forma de proteção optar, algumas sugestões:

·  Sempre traga sua consciência para a presença. Com algumas respirações você consegue, trazendo sua atenção para o momento de imantar seu ritual de proteção.

·  Deixe claro ao seu campo energético suas intenções com aquela ritualística.

·  Observe diariamente sua energia, a maior forma de proteção é a nossa própria frequência energética elevada. Então se sentir que anda desanimada, triste, sem energia, estressada… busque tratamentos para trabalhar seu campo energético, como tratamento com ervas, alinhamento de chakras, meditação, yoga entre tantas opções, a que mais te chamar.

·  Busque sempre entender o fundamento tanto dos rituais pessoais quanto das terapias que você busca, o conhecimento empodera e te traz domínio da sua própria energia.

Proteção, amor e fé!

Por Gi Crizel

sábado, 27 de agosto de 2022

TAMPAR O UMBIGO

 

É uma prática de proteção muito antiga. Uma dica para quem sente muita energia negativa ao seu redor, seja no trabalho com intrigas ou seja em casa com discussões e brigas. Para se livrar dessas energias ruins, inveja, ciúmes, mau-olhado, olho gordo, raiva, ódio, tente fazer o teste!

Quando alguém estiver brigando com você, te deixando pra baixo, triste, te jogando energias negativas, ou está em um ambiente pesado onde você começa a bocejar demais o corpo começa a ficar fraco, feche o seu umbigo com uma das mãos, discretamente, e perceba como as sensações ruins que essa pessoa ou lugar estava lhe passando, cessaram.

O umbigo é a primeira parte criada após a concepção, é o umbigo, depois conecta-se à placenta da mãe, através do cordão umbilical, segundo a ciência, depois que uma pessoa falece, o umbigo permanece morno por até 3 horas. Isso acontece porque existe um ponto atrás do umbigo chamado e “Pechoti”, que tem mais de 72.000 veias, fomos gerados e alimentadas, durante 9 meses na gestação, está e a razão pelas qual todas as nossas veia estão ligadas ao nosso umbigo e também é a região onde está localizado o Plexo Umbilical , quatro dedos acima do umbigo, fica localizado o Plexo Solar, o chackra mais importante, responsável por captar as energias das pessoas ao seu redor. Fechando o umbigo você não receberá mais essas energias ruins.

Sempre que desconfiar do lugar ou pessoa que vai de encontro sempre tampe seu umbigo com um pedaço de fita ou esparadrapo, você vai se sentir muito mais forte e as energias negativas das pessoas e ambientes não chegarão a você.

Muito importante usar quando for a cemitérios, hospitais, velórios, delegacias e todo lugar que possa ter energias nocivas. Recomenda-se, principalmente quando sabemos que vamos encontrar pessoas tóxicas.

RESPONSABILIDADE

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

SÃO HOMEM E MULHER, REALMENTE, IGUAIS PERANTE A LEI?


Desde 1988 com a promulgação da Constituição Federal temos, como cláusula pétrea, a disposição de que “todos são iguais perante a lei” e que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
Sabemos que a igualdade ainda não prevalece da forma desejada em nossa Carta Magna, especialmente, quando pensamos em remuneração de trabalho, oportunidades de empregos, entre outros.
Todavia, com bons olhos verificamos que as mudanças estão paulatinamente ocorrendo, prova real é que hoje nosso país é comandado por uma mulher.
Apesar dos avanços e das merecidas conquistas das mulheres ao longo desses anos, no âmbito do direito de família, especialmente quando tratamos da questão dos alimentos, as mudanças ainda são lentas.
Como é sabido o índice de separações, divórcios e re-casamentos crescem a cada ano. Hoje, as mulheres não aceitam mais casamentos infelizes ou por conveniência, fato esse que aumentou a estatística dos desfazimentos dos casamentos e das uniões estáveis.
Todavia, apesar da mulher se sentir apta a desfazer um casamento ou uma união estável infeliz, ainda acredita que tem direito a preservar o padrão de vida econômico e financeiro que desfrutava quando vivia em uma união.
O artigo 1694, do Código Civil, expressamente dispõe que os cônjuges ou companheiros podem pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social. E o parágrafo primeiro traz, como parâmetro para fixação dos alimentos, o binômio possibilidade/necessidade.
Portanto, somente há de se falar em alimentos e fixar seu valor com base na possibilidade do alimentante e na necessidade do alimentado.
Em relação a possibilidade do alimentante, temos, de certa forma, um critério simples para apuração: basta provar os ganhos do alimentante. O problema surge quando falamos em necessidade.
Por óbvio, temos noções básicas de que aquele que tem direito aos alimentos tem necessidade a saúde, lazer, moradia e educação, o que é incontroverso.
Ocorre, porém, que quando nos deparamos com uma lide familiar, que tem como o principal conflito o valor dos alimentos, os requerimentos são os mais diversos. As necessidades se multiplicam em milhares de pleitos que, apesar de fazer parte do dia-a-dia daquele casal, poderiam facilmente ser classificados de supérfluos.
Podemos afirmar que 99% dos processos que envolvem pessoas com poder aquisitivo elevado, têm a mulher pleiteando os alimentos e o homem incumbido de prestá-los.
Registramos que, atualmente, na grande maioria desses processos, a mulher ou é ativa, possui uma atividade remunerada, ou pode ser ativa, isto é ainda é jovem e tem formação para buscar atividade remunerada e não depender mais do ex-marido ou ex-companheiro.
Todavia, apesar dessa constatação, as mulheres continuam pleiteando um alto valor de alimentos para si e para os filhos advindos daquela união.
Os altos valores têm, como principal fundamento, a possibilidade do ex-marido ou companheiro, bem como o suposto “direito” da mulher em manter o padrão de vida que tinha durante a sua união.
Hoje, no meu entender, o principal desafio dos advogados, da doutrina e da jurisprudência é demonstrar (e informar) a mulher que esta se separando, divorciando ou dissolvendo uma união estável, que independentemente da possibilidade do alimentante, o limite do valor dos alimentos deve ter como base a efetiva necessidade da mulher e dos filhos advindos daquela relação e, não, ter como princípio, a manutenção do padrão de vida desfrutado durante o período em que perdurou aquela relação.
Portanto, se a mulher mantém atividade remunerada ou tem condições de ter uma atividade remunerada, os alimentos devidos a ela devem ser, se requeridos e deferidos, provisórios, isto é, somente por um período até que essa mulher possa se firmar ou se recolocar no mercado de trabalho.
Em relação aos alimentos dos filhos, vale lembrar que deve, sempre que possível, deve-se manter o padrão de vida da prole. Todavia,  esse encargo não deve ser restrito ao pai devendo ser compartilhado proporcionalmente com a mãe, que pode e deve comparecer também financeiramente.
Atualmente os Tribunais já estão adotando esse entendimento, revendo pensões vultosas e mesmo negando provimento aos requerimentos de pensões despropositadas.
Minha crença é que com a consolidação dessa posição, muitas lides familiares percam seu principal objeto, que geralmente esta focado na fixação dos alimentos. Esse fato com certeza reverterá em favor do casal e da família que terá menos um conflito ou mágoa nessa transição tão penosa.

Se homens e mulheres são:
(i)    iguais em direitos e obrigações; e
(ii) aptos a prover o seu sustento e desfrutar do pátrio poder, as questões que se
levantam são:

Por que as mulheres continuam e são orientadas a pleitear alimentos de forma despropositada às suas reais necessidades?
Por que acreditam que não têm obrigação de contribuir para o sustento dos filhos de maneira proporcional?
Por que continuam a se apropriar do direito de manter integralmente o padrão de vida anterior ao desfazimento da união?
Ao meu ver, cabe ao advogado informar e posicionar suas clientes, sempre visando preservar os direitos delas, mas expondo claramente as consequências que um processo dessa natureza pode gerar ao casal e aos filhos.
Acredito que esse objetivo será atingido com a consolidação da jurisprudência, a seriedade dos profissionais envolvidos e a crença de que a mulher tem os mesmos direitos que os homens, mas também tem as mesmas obrigações.
Por Ana Luisa Porto Borges
Fonte Consultor Jurídico

terça-feira, 23 de agosto de 2022

6 PONTOS DO SEU CURRÍCULO QUE SALTAM AOS OLHOS DO RECRUTADOR

Currículo: olhar do recrutador se fixa mais nos dois ou três últimos empregos do candidato

Diante de uma pilha gigante de currículos, um recrutador tem duas opções: ler todos, integralmente, ou “pinçar” as informações principais de cada um para decidir se ele merece, ou não, uma leitura mais atenta.
A maioria opta, claro, pela segunda estratégia. “Eles precisam ganhar tempo, então a primeira coisa que fazem é caçar falhas que permitam eliminar um currículo”, diz Paulo Dias, diretor de recrutamento da Stato.
De acordo com Rafael Souto, presidente da consultoria Produtive, essa análise prévia não costuma demorar mais do que 30 segundos. “É o suficiente para ele montar a imagem da pessoa, decidir se vale a pena continuar a leitura”, diz.
Mas, com tão pouco tempo para fisgar a atenção do recrutador, como garantir que as informações mais importantes sobre você não ficarão invisíveis?
O primeiro passo é saber quais pontos se destacam, logo de cara, em um CV.
Embora essa resposta dependa de muitas variáveis, como o grau de senioridade da vaga, é possível pensar em alguns itens "universais", segundo Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH.
A seguir seis desses pontos que se sobressaem em currículos de todas as fases, de acordo com os três recrutadores ouvidos por EXAME.com:

1. Momento atual
“A leitura sempre parte do presente”, afirma Dias. Por isso, o seu cargo atual - ou o mais recente, se você estiver sem emprego - deve estar em destaque.
Souto explica que, embora as experiências passadas sejam importantes, os últimos cinco anos da trajetória profissional são os mais visíveis. “Os dois ou três empregos mais recentes são os que o recrutador olha primeiro”, diz.

2. Apresentação
Seu currículo é limpo, conciso e bem organizado no espaço da página? A qualidade formal do documento, na opinião de Karpat, é uma das primeiras mensagens captadas pelo avaliador.
Nessa pré-análise, textos mal escritos, erros de português e formatação confusa dificilmente passam impunes. “Falhas, de forma geral, chamam muito a atenção”, afirma.

3 . Nomes “fortes
Se a sua formação acadêmica inclui universidades de ponta, vale a pena apresentar essa informação da forma mais explícita possível. “Instituições fortes sempre saltam aos olhos”, afirma Souto.
O mesmo vale para empresas famosas no mercado. Se há nomes desconhecidos entre os seus empregadores, a dica de Souto é compensar o fato com uma descrição do seu ramo de atuação e outros dados, como faturamento anual e número de funcionários.  “Isso ajuda a situar o recrutador e impedir que ele tire conclusões equivocadas sobre a empresa”, diz ele.

4. Mudanças de trajetória
Segundo Karpat, é comum que um currículo seja observado de forma panorâmica, para que sejam captados padrões na trajetória do candidato. “Num primeiro olhar, você já consegue perceber se é um profissional 'pula-pula', que não fica mais de alguns meses num emprego”, afirma.
De forma geral, lacunas temporais, mudanças, promoções e outros episódios da sua trajetória serão observados imediatamente - e é bom estar pronto para explicá-los de forma consistente numa eventual entrevista.

5. Proximidade geográfica
Pode parecer irrelevante, mas o seu endereço residencial tem chance de ser um dos primeiros dados checados no seu CV. “É uma forma de avaliar a viabilidade da contratação, em muitos casos”, afirma Dias.
O critério geográfico não serve só para eliminar candidatos que moram em cidades distantes da sede da empresa. “Sobretudo em grandes metrópoles, o recrutador pode preferir um profissional que não demore muitas horas para chegar ao trabalho”, diz Karpat.

6. Palavras-chave
Em sua leitura dinâmica, os olhos do recrutador podem procurar no seu currículo alguns termos específicos da vaga que ele precisa preencher.
Vai se candidatar a uma oportunidade na área de programação? É melhor que HTML, CSS, WordPress ou outros termos ligados à sua área sejam mencionados. “Algumas palavras-chave precisam estar lá, para facilitar uma identificação rápida”, diz Souto.

Por Claudia Gasparini
Fonte Exame.com

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

COMPRAS PELA INTERNET DIREITOS


Muitos sites oferecem compras online onde o consumidor pode escolher o produto através do acesso ao conteúdo do site, podemos encontrar muitas variedades, verdadeiras lojas em rede com produtos de diversas categorias, desde todo tipo de roupas e até aparelhos eletrônicos, produtos importados onde o consumidor paga o frete e pode dividir o valor em varias parcelas como quiser, no boleto, cartão de credito entre outros. É preciso ter muito cuidado com esses algumas ofertas, pois muitos consumidores reclamam deste tipo de atendimento, diz que as propagandas são enganosas o produto vem diferente do catálogo e até mesmo o produto nem vem, a pessoa paga, mas não recebe a mercadoria como esperado.
Para evitar qualquer tipo de engano o consumidor deve ficar muito atento, existem sites muito sério onde buscam atender o cliente online da melhor forma possível e também existem pessoas criminosas que podem estar por traz das vendas querendo só o seu dinheiro. É muito bom poder comprar sem sair de casa, mas não se empolgue nada melhor do que experimentar tudo o que for comprar antes para depois não se arrepender e perder o seu dinheiro. Hoje a compra online é muito comum no mundo inteiro e está cada vez mais seguro comprar pela internet, e os consumidores também estão satisfeitos com os produtos.
O consumidor online tem os mesmo direitos de uma compra efetuada comum em uma loja, verifique todos os termos que o site de compra oferece as trocas e é lei o direito de devolução por isso requer muita atenção para escolher o produto e a loja é completamente responsável pela qualidade do produto, para evitar qualquer tipo de prejuízo imprima todos os recibos, tenha o link do site onde comprou e corra atrás dos sues direitos, não deixe passar mais que sete dias após a entrega ou o prazo que foi determinado para a entrega. Consulte o código de defesa do consumidor para mais informações.
Fonte Blog Brasil

PRA HOJE

terça-feira, 16 de agosto de 2022

10 ERROS FATAIS NA HORA DE PROCURAR EMPREGO

Algumas gafes que podem minar suas chances de conquistar uma nova oportunidade de trabalho

 
Enviar por email o currículo para todos os departamentos de uma empresa é uma exposição negativa e desnecessária, na opinião de especialistas

Uma trajetória profissional brilhante ajuda, mas pode não ser decisiva na hora de conquistar uma nova oportunidade profissional. Algumas atitudes podem minar as suas chances de conseguir uma entrevista de emprego ou ainda ser aprovado em um processo seletivo.
As principais gafes cometidas por candidatos tanto na fase de envio de currículos quanto na hora da entrevista.

1. Mandar o currículo várias vezes
Mandar o seu currículo para os mais diferentes setores e funcionários da empresa na qual você deseja trabalhar certamente não vai ajudá-lo a conseguir uma entrevista.  “É o que a gente chama de pulverização. A pessoa envia para 1.500 endereços e se dois responderem ela sai no lucro”, diz André Ribeiro, consultor de carreira da Produtive. “É um dos principais erros cometidos nesta etapa de envio de currículo”, diz Fabiane Cardoso, coordenadora de qualidade da Adecco Brasil.
A dica é buscar o canal correto para o envio do currículo. Pode ser o email do departamento de seleção, cadastro no site da empresa ou ainda por meio das redes sociais. “O profissional tem que ter uma estratégia de envio de currículo para evitar uma exposição negativa”, diz Ribeiro.

2. Bombardear amigos e conhecidos
Indicações contam, e muito, no mundo corporativo, mas não vão garantir a oportunidade profissional em um passe de mágica. “O fato de ter um amigo trabalhando na empresa não significa que o candidato não terá que passar pelo processo padrão de avaliação. É preciso separar as coisas”, diz Fabiane.
O risco, diz a especialista, é “se queimar” com o amigo ou conhecido. “Ficar perguntando por que ainda não foi chamado pode até causar um afastamento”. Por isso, antes de sair enviando o seu currículo para amigos e conhecidos, converse com eles e informe-se sobre os processos seletivos e a possibilidade de uma indicação para o departamento responsável pela seleção.
Evite ainda ser evasivo e só buscar contato quando estiver interessado em uma vaga. “Com pessoas que são apenas conhecidas o ideal é fazer uma aproximação, no sentido de desenvolver networking, e esperar que ela solicite o currículo”, diz Ribeiro. “Se a pessoa solicitar o currículo, ela vai fazer um esforço para indicar o profissional”, complementa o consultor.

3. Enviar cópias de documentos e certificados
Com objetivo de confirmar as informações do currículo, muitos candidatos vão além e enviam cópias de trabalhos, documentos pessoais, certificados e até do diploma superior sem terem sido solicitados. “Ficar pulverizando pela internet informações pessoais é totalmente inseguro e nada recomendável”, diz Fabiane.
O risco, diz Ribeiro, é ser desqualificado por excesso de informações. “Não adianta sair enviando documentos adicionais se você não sabe a demanda da empresa. O recrutador pode fazer uma leitura daquele material e achar que não é o perfil de profissional que a empresa está buscando”, diz o consultor de carreira da Produtive.
Se a empresa quiser alguma comprovação, ela vai pedir e, só então, você deve enviar. “Se o candidato avançar no processo seletivo, ele vai passar pela etapa de checagem de informações”, diz Fabiane. “O profissional deve analisar a demanda da empresa para fazer uma apresentação consultiva do perfil dele”, lembra Ribeiro.

4. Chegar atrasado na entrevista
Pecar na pontualidade e deixar o recrutador esperando é um péssimo começo para qualquer entrevista. Por isso, saia mais cedo, sempre. E tenha disponibilidade. “O ideal é deixar a agenda livre para aquela entrevista”, diz Ribeiro. Caso o atraso seja da parte do recrutador, você terá tempo para ficar até mais tarde.

5. Não se preparar
Ir a uma entrevista sem ter pesquisado sobre a empresa e o segmento no qual ela atua é um erro comum nesta segunda etapa do processo seletivo, diz Fabiane. “Apesar da facilidade de encontrar informações pela internet, muitos candidatos ainda comparecem despreparados a uma entrevista de emprego”, explica.
Para André Ribeiro, o que acontece muitas vezes é que o profissional pesquisa dados, mas não faz uma reflexão para saber o quanto está, de fato, alinhado ao perfil da empresa. “As pessoas chegam com informações que são pouco úteis e se esquecem de estudar quais são os pontos fortes de aderência à empresa”, diz o especialista.
Pesquisar o máximo de informações sobre a empresa para a qual você se candidata a uma vaga de emprego é primeiro passo para conquistar o recrutador e direcionar bem a entrevista. “É importante pesquisar também sobre os concorrentes da empresa”, lembra Fabiane.
Feito isso, resgate os aspectos da sua trajetória profissional que trouxeram experiências úteis para o que a empresa está buscando. “É importante fazer esse contraste”, lembra Ribeiro.

6. Apontar erros na estratégia da empresa
Uma gafe que tem ocorrido, diz Ribeiro, é o candidato - com o objetivo de demonstrar que estudou a empresa antes da entrevista -, apontar pontos negativos dela. “As pessoas quando vão pesquisar verificam erros de estratégia daquele negócio e já chegam criticando”, diz Ribeiro. Para ele, esse é um erro grave.
Não é positivo criticar a estratégia da empresa para a qual você deseja trabalhar. Guarde as críticas para si, até que seja solicitado a dizer. Do contrário, não fale nada. Se você achar que esses problemas afetariam seu trabalho na companhia, é melhor nem se candidatar à vaga.

7.  Mentir
Além de estarem cientes das mentiras mais contadas nesta etapa do processo seletivo, os recrutadores também usam estratégias para perceber se o candidato está falando a verdade. “Não vi nenhum caso em que o recrutador fez vista grossa para a mentira e contratou o profissional”, diz Ribeiro.
Mentir é arriscado demais, na opinião dos especialistas. "As próprias perguntas feitas aos candidatos tem o objetivo de identificar possíveis contradições”, diz Fabiane. Por isso, verifique bem as informações no seu currículo e certifique-se de que todas elas são verdadeiras.

8. Usar linguagem e roupas inadequadas
A informalidade da linguagem e o desrespeito ao dresscode da empresa são alguns dos pecados em uma entrevista de emprego. Gírias, chavões e gerundismos acendem a luz vermelha na opinião dos recrutadores. Sem falar, é claro, dos temíveis erros gramaticais e da roupa desalinhada.
Opte por se expressar de uma maneira mais formal. “Candidatos devem tomar cuidado também com as redações nos processos seletivos, porque elas são eliminatórias”, diz Fabiane.

9. Sentir-se íntimo do recrutador
A entrevista pode ter sido boa e suas chances de conseguir a oportunidade profissional, grandes. Mas daí a adicionar o recrutador na sua rede virtual de amigos há uma grande diferença. “Muitos candidatos vão buscar o nome do recrutador em redes sociais, como o Facebook, e isso é totalmente inapropriado”, diz Fabiane. Na opinião dela, o risco é transparecer que você é uma pessoa invasiva.
Para André Ribeiro, a regra de ouro é ter bom senso. “Se esse é o comportamento padrão, ele está errado. Para se conectar é preciso ter um vínculo, uma afinidade”, diz.
A dica é não perder o foco profissional da entrevista. Opte por redes sociais ligada ao trabalho, como o LinkedIn, se deseja manter contato com os recrutadores.

10. Cobrar o recrutador após a entrevista
Ligar insistentemente para o recrutador para saber se já há uma definição para a vaga na qual está interessado só vai prejudicá-lo. “Demonstra ansiedade”, diz Fabiane.
"Após a entrevista combine com o recrutador quais serão os próximos passos”, diz André Ribeiro. Se não obter uma resposta após a data marcada, ligue uma vez se achar necessário e fique aguardando. “O candidato deve ser paciente e evitar uma exposição desnecessária para ouvir apenas que nada foi definido ainda”, diz Fabiane.
Por Camila Pati
Fonte Exame.com

MINHA ORAÇÃO

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

O VERDADEIRO VALOR DA CONSULTA JURÍDICA REMUNERADA


Quando remunerada, a consulta jurídica prestada por um advogado ao seu cliente é um serviço que tem valor para além da remuneração para o advogado e da orientação transmitida ao cliente.
O serviço de advocacia está essencialmente relacionado com o conhecimento jurídico, seja ele aplicado em uma petição, em uma audiência (de conciliação, de instrução e julgamento ou plenária do júri), ou até mesmo em uma “simples conversa” com o cliente. O nome dessa “simples conversa” chama-se consulta, que para muitos é apenas uma “conversinha”.
Na verdade, essa denominação de “conversinha” não passa de um meio comum para tentar não remunerar o trabalho do advogado, o que mostra a desvalorização pela profissão e, de modo geral, pelo trabalho intelectual no Brasil. Para muitos, a transmissão do saber não tem valor se não for aplicado pelo próprio profissional em algum trabalho posterior. Dessa mentalidade resulta a dificuldade de muitos advogados em cobrarem pelas suas consultas e em terem seu trabalho valorizado.
O conhecimento e trabalho do advogado são expressos por meio de palavras: escritas ou orais, dirigidas ao juiz ou ao próprio cliente. A linguagem e a fala são os instrumentos de trabalho do advogado, que instrumentalizam o seu conhecimento. A consulta é um serviço de análise prestado pelo advogado, que aplica o seu conhecimento, tempo e trabalho para avaliar uma dada situação-caso-processo com a finalidade de oferecer aconselhamento jurídico. Em algumas situações, como quando já existe um processo judicial, para prestar uma boa consulta, o advogado precisa estudar dezenas, centenas ou até milhares de folhas dos autos e consultar doutrina e jurisprudência para atender bem ao cliente. Por trás do tempo da consulta que o cliente presencia, pode existir todo um trabalho feito nos bastidores, que nem é visto, nem é valorizado.
Todo trabalho que atende às necessidades humanas é importante e tem valor, de sorte que merece ser dignamente remunerado. O conhecimento é a ferramenta de trabalho do advogado e ele deve ser remunerado sempre que o utiliza. Mesmo que seu conhecimento e seu tempo sejam aplicados em um problema que mais tarde se mostre insolúvel ou inexistente, o seu trabalho deve ser remunerado, da mesma maneira que deve acontecer em todo trabalho/profissão.
Seguindo esse princípio da valorização do trabalho do advogado, as Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil estipulam valores mínimos a serem cobrados por uma consulta – que podem variar bastante1 –, na tentativa de valorizar a profissão e velar pela probidade. Infelizmente, os próprios advogados fazem uma concorrência predatória em que frequentemente ninguém sai ganhando, nem mesmo o cliente que deixou de pagar por uma consulta.
A consulta com um bom advogado pode indicar problemas ou ajudar a evitá-los e/ou resolvê-los. Aparentemente simples, algumas informações ou instruções podem ser cruciais para obter-se espantosos resultados. Uma análise de um contrato pode evitar longas disputas familiares e perdas patrimoniais; uma indicação de procedimento a adotar pode resultar em uma economia considerável em tributos para o cliente ou até mesmo evitar a prática de crime e eventual aplicação de sanção penal. Ou as palavras do advogado podem se limitar a dizer: “não há nada a ser feito, porque seu problema não tem solução” ou “no seu caso, não há nenhum problema”. O problema que o cliente pensava que tinha ou teria, uma boa consulta pode dar a certeza de sua inexistência, inevitabilidade ou insolubilidade. Tudo isso tem valor e deve ser valorizado.
Há vários benefícios em se ter uma boa e sincera consulta com um advogado que não costumam ser corretamente visualizados ou considerados pelos clientes, assim como pelos próprios advogados. É na consulta remunerada que o cliente provavelmente ouvirá considerações desse tipo: não há nada a ser feito no seu caso; seu direito está prescrito; não há direito; a melhor solução é pagar a dívida e evitar um processo judicial, com todos os seus custos; as chances de sucesso em entrar com uma ação são mínimas e as chances de prejuízo, grandes; não vale a pena litigar; por causa dos custos com honorários advocatícios e com o processo, o melhor é deixar esse assunto para lá. Todas essas orientações encerram a remuneração e o trabalho do advogado na própria consulta.
Para o advogado que está oferecendo gratuitamente uma consulta, que não está sendo remunerado pelo essa diligência, todas essas frases implicam que ele não será remunerado depois, a não ser que tenha uma expectativa de um dia aquele cliente voltar e, com sorte, que não seja para outra “consulta grátis”. Mas a recompensa imediata é certamente mais tentadora e mais fácil encorajar o cliente a, de algum modo, litigar. Se o advogado só ganha quando atua em juízo litigando, sua atuação profissional será voltada para o litígio. Afinal de contas, vivemos em uma sociedade capitalista-consumista e o advogado também tem seus gastos e suas contas para pagar, o que não consegue fazer só com “consultas grátis”. Se a consulta é gratuita, o advogado será naturalmente tentado a ser remunerado de outras maneiras, que podem custar muito mais caro para o cliente que a remuneração de uma consulta, além de potenciais prejuízos. A consulta gratuita não passar de uma ilusão de economia, que pode causar enormes gastos e prejuízos ao cliente.
Na consulta gratuita, há uma dinâmica prejudicial para todos os seus participantes, que pode ser ilustrada com um exemplo comum na advocacia (mudam-se os detalhes, mas o principal é corriqueiro), e a importância de uma boa e sincera consulta. Utiliza-se a área criminal para título de ilustração, em que há um primeiro advogado, que não cobra consulta, mas “inventa” um serviço, e o segundo, que é devidamente remunerado pela consulta e, por isso, será plenamente remunerado sem a existência de diligência posterior à própria consulta.
No primeiro advogado, o cliente é orientado que é possível mudar o resultado de sentença penal condenatória, sendo informado da existência da ação de revisão criminal2. De fato, é possível modificar uma sentença penal transitada em julgado. Porém, as chances de sucesso costumam ser muito reduzidas, tratando-se de ação penal visivelmente excepcional, considerando-se sua finalidade de desconstituir uma sentença penal transitada em julgado. Não obstante, o primeiro advogado apresenta, para o cliente, como se fosse uma ação normal e lhe cobra R$ 10.000,00 (dez mil reais) para entrar com a ação; para o cliente, não ser informado da excepcionalidade da ação já significa uma chance razoável de sucesso, o que lhe leva a investir (dinheiro, tempo, energia, esperanças) em projeto que provavelmente fracassará. Como a consulta é gratuita, esse advogado nem sequer estuda o processo, limita-se a escutar o que o cliente lhe diz e já “inventa” um serviço futuro; depois, “cria” uma petição e leva a diante a já fadada diligência.
Mas o cliente desconfia desse serviço oferecido. Afinal de contas, existe uma condenação criminal e não deve ser muito fácil alterar esse resultado negativo. Por isso, ele busca uma segunda opinião antes de investir seus R$ 10.000,00 (dez mil reais), apesar da esperança criada3. Ele marca uma consulta com o segundo advogado, que só presta consultas remuneradas, cobrando-lhe o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), valor pelo qual avalia ser bem remunerado para estudar todo o processo e prestar atendimento ao cliente. Se for necessário e do interesse do cliente, outro valor será acordado para propor a eventual ação4. Para o segundo advogado, se o trabalho com aquele cliente se encerrar ali, ele já se considera bem remunerado.
O cliente fica meio apreensivo em pagar esse valor, considerando-se que a primeira consulta foi gratuita. Mas acaba por contratar o serviço, por ter sido o segundo advogado bem recomendado e porque “vale mais perder mil que dez mil”. O cliente, então, informa o segundo advogado que “ouviu falar de uma tal de revisão criminal” e quer saber se ele tem chance de se beneficiar dela. O cliente não menciona que já lhe foi prestada uma consulta (gratuita) e que essa será uma segunda opinião sobre o caso – esse “ouviu falar” é sempre forte indício de que não se trata da primeira consulta do cliente –. O segundo advogado estuda o processo e presta atendimento ao cliente, informando-lhe literalmente: “A ação de revisão criminal é naturalmente difícil, porque seu objetivo é modificar uma sentença transitada em julgado, isto é, uma sentença sobre a qual já não cabe mais recurso e que deve permanecer imutável. Apenas em casos excepcionais, é possível modificá-la. No seu caso, não há nenhum dos requisitos do art. 621 do CPP – ele lê para o cliente os requisitos e faz a comparação com os elementos dos autos –. O resultado de seu processo até poderia ter sido outro, se tivesse sido realizado um bom trabalho no seu devido tempo. Mas não vejo chances de modificar esse resultado por meio de ação de revisão criminal. As chances de sucesso são remotas. Se eu fosse o(a) sr.(a), não gastaria um centavo para tentar alterar essa sentença. O melhor é se conformar com o resultado e seguir adiante, sem falsas esperanças”.
No primeiro caso (“consulta grátis”), o advogado acaba por iludir o cliente, apresentando esperanças dificilmente concretizáveis, e propõe uma diligência futura que pode ser por ele realizada sem nem sequer ter se dado trabalho de estudar o caso adequadamente – dificilmente um advogado que presta consulta gratuita vai estudar diligentemente todo o processo antes de atender, porque isso demanda tempo e trabalho –; no segundo caso, o advogado apresenta para o cliente o que avalia ser a realidade, após uma análise detida do caso e sem pensar em ganhos posteriores.
Não é difícil escolher a situação em que gostaríamos de nos encontrar se fôssemos o cliente, porque vale mais gastar R$ 1.000,00 (mil reais) para sermos devidamente esclarecidos, que pagar R$ 10.000,00 (dez mil reais) para comprar uma ilusão. O problema é que esse cenário dificilmente se mostra de forma clara para o cliente antes de contratado o serviço, o qual só se dá conta de tudo o que realmente aconteceu após o resultado negativo do trabalho; movido pela arraigada desvalorização do trabalho, é mais fácil escolher o caminho da consulta gratuita, sem nem sequer cogitar sobre esses aspectos prejudiciais de não remunerar o advogado.
Claro que a primeira conduta acima mencionada é contrária à ética da advocacia, notadamente aos artigos 2º e 8º do Código de Ética e Disciplina da OAB, porquanto a advocacia exige atuação com honestidade, veracidade, lealdade, boa-fé e tantos outros deveres. É vedado iludir o cliente, mostrando o dificilmente concretizável ou até mesmo o impossível como um provável resultado de uma ação judicial. Não obstante, a conduta é compreensível, afinal de contas, o advogado que dá “consulta grátis” também precisa ser remunerado de algum modo. Note-se: compreensível, não justificável5.
O mais evidente benefício do advogado com a consulta remunerada é a própria remuneração. Mas nela há outros pontos positivos, há ganhos subjacentes. A consulta remunerada serve para evitar o dispêndio de tempo com falsos clientes (o curioso) e o cliente que não valoriza o trabalho do advogado. Existem muitos clientes que simplesmente não estão dispostos a pagar pelo serviço do advogado – ou mesmo não têm condições econômicas de fazê-lo –, de modo que é contraproducente atendê-los inicialmente de maneira gratuita esperando remuneração posterior. Nesse caso, muitas vezes, quem compra uma ilusão é o advogado.
Importante sublinhar que um dos grandes problemas envolvendo a advocacia está relacionado àqueles que têm (fartas) condições de remunerar o trabalho do advogado, mas simplesmente não valorizam a profissão e, por isso, querem pagar o mínimo possível e ainda assim exigir o máximo. Quanto aos que não têm mesmo condições de remunerar o profissional, todos têm direito a assistência jurídica6e os que não têm condições de arcar com os custos devem procurar as Defensorias Públicas, lembrando-se que o Defensor Público é remunerado pelo Estado, ele não trabalha de graça. Quem tem dever de prestar assistência jurídica gratuita aos pobre é o Estado, em nome da sociedade, não o advogado. O advogado não tem obrigação jurídica ou moral de trabalhar de graça para suprir deficiências do Estado, quando este não se esforça em efetivamente assistir aos mais necessitados.
Para o advogado, o valor da remuneração da consulta vai além do dinheiro, servindo para evitar o dispêndio inútil de tempo, com todos os problemas que isso ocasiona, como aborrecimentos – quem advoga sabe que o pior cliente é aquele que não quer pagar, porque desvaloriza o trabalho do advogado e, por isso, acredita pagar muito em troca de receber muito pouco –. Além disso, fortalece a credibilidade do advogado perante a sociedade, que é seu principal capital: o advogado que indica a melhor solução para um problema sempre fortalece sua credibilidade. Para o advogado, a remuneração pela consulta promove o exercício de sua profissão com dedicação e probidade, ao ter mais entusiasmo, tempo e tranquilidade para trabalhar, benefícios que podem ser maiores que a própria remuneração recebida. Para o advogado, o verdadeiro valor da consulta remunerada é ter valorizado o seu trabalho e profissão, podendo prestar um serviço de qualidade, além de selecionar bons clientes.
A remuneração da consulta também traz importantes implicações e vantagens para o cliente que a remunera, afinal de contas, trabalha melhor quem é devidamente remunerado. A remuneração da consulta significa valorizar o trabalho e profissão do advogado, incentivando o seu exercício probo e digno. Os fundamentos de uma boa consulta jurídica são tempo, conhecimento, dedicação para estudar uma causa e reais condições de emitir um parecer sincero, sem que o advogado seja condicionado à eventual retorno econômico posterior. Ao retribuir, de imediato, o trabalho do advogado, o cliente tem mais chances de encontrar um profissional que efetivamente trabalhará em sua causa com dedicação e probidade, o que possibilita a efetiva transmissão do conhecimento ao cliente. O cliente terá maiores chances de saber a verdade, o que pode ser feito e quais as chances de sucesso. Para o cliente, o verdadeiro valor da consulta remunerada é a maior probabilidade de ser-lhe transmitido um parecer jurídico qualificado e honesto sobre determinada situação.
A gratuidade da consulta jurídica apresenta-se como um regime predatório em que todos perdem, principalmente o cliente, que pode acabar pagando caro por ilusões e falsas esperanças; também o advogado que a presta perde, tanto do ponto de vista econômico quanto profissional e moral, porque abala sua credibilidade e lucra sobre ilusão e prejuízo do cliente; e o advogado probo, perde ao deixar de prestar consultas e encontrar resistência dos clientes em remunerar o seu trabalho.
A consulta jurídica remunerada beneficia advogado e cliente; como em toda relação contratual equilibrada, as duas partes ganham. Há ganhos evidentes e subjacentes, os quais não costumam ser identificados e, talvez por isso, nem valorizados por advogados e clientes. Justamente esses ganhos subjacentes que constituem o verdadeiro valor da consulta para o cliente e para o advogado.

1 Cf. levantamento de valores disponível no seguinte site: http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI151133,101048-Consultas+com+advogados+no+Brasil+variam+de+R+120+a+R+161915. O levantamento feito pelo site do Migalhas é um pouco antigo, do ano de 2012, mas serve perfeitamente para mostrar a exigência em todos os estados da Federação e a variação entre os valores mínimos a serem cobrados pela consulta. Pode-se até questionar o montante mínimo para as consultas, contudo, questionar a exigência de uma remuneração pela consulta traz vários problemas por promover a desvalorização da profissão, que já está em processo avançado.

2 Código de Processo Penal, artigos 621 a 631.

3 O ser humano tende a acreditar naquilo que quer acreditar, apesar de não existir provas ou mesmo em se tratando de uma crença irracional ou absurda. É fácil ser convencido daquilo que se quer acreditar.

4 Um bom recurso é computar, no serviço final, o valor da consulta na hipótese de ser necessário trabalho posterior, o que se apresenta conveniente para cliente e advogado. Desconta-se o valor da consulta, o que encorajará o cliente a remunerar a consulta e eventualmente contratar eventual(is) diligência(s) posterior(es). À medida que o diagnóstico apresentado pelo advogado na consulta inicial for se concretizando, o cliente fortalecerá sua confiança, percebendo que não se trata de um advogado que “vende ilusões”.

5 A classe médica continua sendo, ainda, uma das únicas que ainda consegue ter o serviço de consultoria valorizado. Não tenho conhecimento de médico que faça consultas gratuitas. Ainda bem. Imaginem quantas cirurgias desnecessárias seriam realizadas para remunerar o profissional que não cobrou pela consulta? Tão nobre quanto seja a profissão da medicina e quanto possam ser seus profissionais, todos nós vivemos numa sociedade capitalista de consumo e todos precisamos ser remunerados pelo nosso trabalho, de maneira que nenhuma classe profissional está livre desse tipo de risco. Quem não é pago por uma consulta que, por si só, é suficiente para resolver o problema do cliente, tenderá a inventar situações que exijam um trabalho posterior, esse sim remunerado. Aí é que está o grande perigo do serviço inicial gratuito. Também não tenho conhecimento de um cliente que não quis remunerar o médico porque ele lhe disse que estava plenamente saudável ou que sua doença era incurável, o que, mutatis mutandis, costuma acontecer no cotidiano da advocacia.

6 CF, art. 5º, LXXIV: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Por André Filipe do Nascimento Mendes
Fonte JusNavigandi

VIDA DE ADVOGADO

ADVOGADO - O JEITO JURÍDICO DE SER

terça-feira, 9 de agosto de 2022

CARREIRA PROFISSIONAL - SETE HÁBITOS QUE AJUDAM A ALCANÇAR O SUCESSO


O livro Os Sete Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes ensina a trocar a procrastinação pela realização. Aparentemente, procrastinar é um hábito universal. Tanto que o livro vendeu mais de 25 milhões de exemplares, em 38 idiomas. E a versão em áudio vendeu mais de 15 milhões de cópias. Em 2011, entrou na lista dos 25 livros de negócios mais influentes da revista Time. O autor, Stephen Covey, ajudou o ex-presidente dos EUA Bill Clinton a se preparar para o cargo.
Com toda essa qualificação, as ideias do livro deveriam servir, de alguma forma, para ajudar os advogados a desenvolver suas práticas imediatamente — em oposição a ficar nos planos de fazer isso quando for possível. Por isso, a consultora de escritórios de advocacia Paramjit Malhi, jornalista e profissional de relações públicas da área jurídica, fez um resumo das propostas do livro, tentando, quando possível, adaptá-las ao dia a dia dos advogados.
O autor do livro argumenta que a independência pessoal ou o autodomínio, bem como a interdependência com os outros, no trabalho, podem ser alcançados com o alinhamento de sete princípios. São princípios da "Ética do Caráter", ele diz, em contraposição à "Ética da Personalidade", prevalecente nos livros de autoajuda. O resumo da consultora, enriquecida por informações de outras fontes que também discutem esses princípios, mostra como eles podem ser aplicados à prática dos advogados:

Independência pessoal — ou autodomínio

1. Seja proativo.
Significa assumir a responsabilidade por seu sucesso ou fracasso, em todos os níveis de sua vida. Deixar de responsabilizar, por exemplo, o governo, o país, o sistema, a economia, o patrão, o chefe ou o que seja, fora de você mesmo, por seu destino. Esse princípio equivale a dizer: assuma o controle de sua vida profissional.
Isso vale, por exemplo, para advogados que planejam atividades para conquistar mais clientes, mas nunca vão em frente, porque se rendem ao "famoso complexo da subjugação ao trabalho", diz a consultora. Esse princípio diferencia os advogados que arrumam tempo e energia para fazer o que é preciso ser feito para obter sucesso dos demais, que ficam esperando uma oportunidade.

2. Comece com sua meta em mente.
Isto é, comece o ano, o mês, a semana, o dia, pensando em suas metas e submetas, estabelecidas como melhor lhe convier. Metas podem ser estabelecidas para 20 anos, mas também para dez, cinco, três ou um ano. Uma meta de cinco anos pode ser subdividida em submetas de um ano e assim por diante. As metas devem ser coerentes com seus valores pessoais mais profundos e com o que você pode chamar de seu talento e sua vocação.
Crie uma "declaração de missão" para sua vida profissional. Uma "declaração de missão" define, por exemplo, o propósito de sua carreira ou de seu empreendimento, bem como a razão de sua existência. Serve como uma bússola que lhe vai indicar a direção certa a tomar, a cada dia, e que atividades você deve exercer e quais deve colocar de lado, para chegar a seu destino. E, assim, o ajuda a não se enveredar por estradas que o afastam de seu caminho, mesmo que lhe pareçam interessantes à primeira vista.

3. Dedique-se ao que é mais importante.
Defina prioridades, de acordo com suas metas e declaração de missão, e as observe fielmente. Isso é mais fácil dizer do que fazer, especialmente na atual era digital, em que o volume de distrações é enorme. Se aprender a definir prioridades de curto, médio e longo prazo, sempre coerentes com suas metas, pode retornar com mais facilidade a seu curso, sempre que for vítima de distrações ou de atividades paralelas.
Acostume-se a atacar suas atividades diárias, semanais e mensais de acordo com as prioridades que estabeleceu, em conformidade com suas metas, e não com base em urgências — a não ser que as duas coisas sejam coincidentes. Por isso, é importante que suas metas se alinhem com seus valores mais fortes. Observe que valores profissionais e pessoais podem, em alguns casos, ter o mesmo peso — por exemplo, progredir na carreira e ser um bom pai.

Interdependência (nas relações no trabalho)

4. Pense em soluções "ganha-ganha".
Esse princípio é antigo, mas às vezes foge das perspectivas dos advogados — e de outros profissionais. Especialmente na hora de resolver conflitos. Um acordo é uma possibilidade em resoluções de conflitos, que não pode ser afastada. E, muitas vezes, pode resultar em benefícios maiores de longo prazo aos advogados, porque garantem maior satisfação do cliente.
O princípio também pressupõe a substituição da competição pela colaboração. Ser generoso, compartilhar e celebrar com os colegas de profissão, por exemplo, pode render mais dividendos profissionais do que a concorrência acirrada. Esforce-se, sinceramente, para encontrar soluções benéficas para todos e espere para colher os frutos, recomenda o livro.

5. Primeiro, procure entender; depois, ser entendido.
Aprenda a fazer perguntas relevantes a seus clientes — e também a seus oponentes e a quem quer que seja. E preste atenção nas respostas. Isto é, aprenda a ouvir. Mostre que está prestando atenção, em vez de folhear um processo ou checar os e-mails no smartphone.
Saber ouvir cria empatia. Influencia genuinamente a pessoa que fala e a torna propensa à reciprocidade — isto é, a outra parte fica predisposta a também ouvir você com atenção e com a mente mais aberta. Assim, você cria a atmosfera propícia para influenciá-la, expor seus pontos de vista e ser entendido.

6. Saiba criar sinergia no ambiente de trabalho.
Em uma de suas definições, sinergia é um esforço de vários agentes, que atuam de forma coordenada, para atingir um objetivo — segue o pressuposto de que "o todo é maior que a soma das partes".
É preciso montar uma equipe e criar um ambiente de colaboração, para obter resultados maiores do que os que poderiam ser obtidos de esforços individuais. Nesse contexto, é preciso saber delegar responsabilidades e distribuir tarefas.

7. Afie constantemente sua principal ferramenta de trabalho: seus conhecimentos.
Alguns advogados podem pensar que seus esforços de aprendizado terminam com o Exame da Ordem e seu primeiro emprego. Mas o aprendizado é, na verdade, um processo que se desenvolve durante toda a vida. Você terá mais chances de sucesso se continuar fazendo cursos, estudando disciplinas que o ajudem a atuar em uma determinada área da advocacia. E aprendendo alguma coisa todos os dias, para melhor servir seus clientes.

Definição de prioridades
Muitas vezes, a definição de prioridades é um processo complexo, porque muitas coisas a fazer podem parecer importantes. No entanto, é preciso alinhar suas prioridades com suas metas profissionais. Mas como definir a importância das prioridades? O site Moxiepreneur dá uma ideia bem simples para se fazer isso: imagine suas prioridades como se fossem parte de um ovo. Um ovo tem casca, clara e gema. Separe a gema. Concentre-se nela e veja o que pode fazer com a clara e a casca, quando tiver tempo e energia.

Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico