Você sabia que provavelmente autorizou um
software a rastrear seus movimentos diários? Ou tudo que você pública na
internet, ainda que tenha deletado, pode ser localizado e acessado?
Esses e outros softwares estão à disposição
do trabalho técnico de uma defesa, podendo tornar-se um conjunto robusto de
provas, a fim de potencializar as chances de êxito nas causas judiciais.
Hoje existem sites que fornecem acesso à
aproximadamente 500 bilhões de versões de páginas online que já se encontram
desativadas. Imagens, fotos, textos e comentários publicados há décadas ainda
estão arquivados na internet e podem ser localizados com ferramentas
específicas.
Imagine a situação que, a única prova
possível para o êxito de um processo seja uma publicação de rede social já
deletada, que você possui somente o printscreen. É possível que a defesa tenha
acesso ao site, com o link para acesso, e a data e horário em que a postagem
foi realizada.
Em outros casos, é possível demonstrar que
você não estava em determinado local, utilizando um software de rastreamento
que está ativo na grande maioria dos smartphones.
Por fim, caso você queira comprovar que
determinado indivíduo estava em local diverso do informado, tendo apenas o
número do telefone é possível realizar uma perícia para triangular o sinal
telefônico, indicando com precisão a localização geográfica do aparelho (essa
foi uma das formas que a Polícia Civil do Rio de Janeiro utilizou para
determinar quem seriam os assassinos do Caso Marielle). Essas são algumas
ferramentas existentes que podem ser utilizadas como provas junto ao Judiciário,
de modo a embasar toda a tese apresentada, seja ela pela defesa ou pela
acusação.
E mais, caso você tenha curiosidade, algumas
dessas ferramentas são gratuitas, podendo ser acessadas por qualquer pessoa.
Por Gustavo Michels Botega
Fonte JusBrasil Notícias