segunda-feira, 15 de junho de 2020

VOCÊ SABE QUAIS DADOS COMPARTILHA PELO CELULAR E COMO ELES PODEM SER UTILIZADOS?


Você sabia que provavelmente autorizou um software a rastrear seus movimentos diários? Ou tudo que você pública na internet, ainda que tenha deletado, pode ser localizado e acessado?
Esses e outros softwares estão à disposição do trabalho técnico de uma defesa, podendo tornar-se um conjunto robusto de provas, a fim de potencializar as chances de êxito nas causas judiciais.
Hoje existem sites que fornecem acesso à aproximadamente 500 bilhões de versões de páginas online que já se encontram desativadas. Imagens, fotos, textos e comentários publicados há décadas ainda estão arquivados na internet e podem ser localizados com ferramentas específicas.
Imagine a situação que, a única prova possível para o êxito de um processo seja uma publicação de rede social já deletada, que você possui somente o printscreen. É possível que a defesa tenha acesso ao site, com o link para acesso, e a data e horário em que a postagem foi realizada.
Em outros casos, é possível demonstrar que você não estava em determinado local, utilizando um software de rastreamento que está ativo na grande maioria dos smartphones.
Por fim, caso você queira comprovar que determinado indivíduo estava em local diverso do informado, tendo apenas o número do telefone é possível realizar uma perícia para triangular o sinal telefônico, indicando com precisão a localização geográfica do aparelho (essa foi uma das formas que a Polícia Civil do Rio de Janeiro utilizou para determinar quem seriam os assassinos do Caso Marielle). Essas são algumas ferramentas existentes que podem ser utilizadas como provas junto ao Judiciário, de modo a embasar toda a tese apresentada, seja ela pela defesa ou pela acusação.
E mais, caso você tenha curiosidade, algumas dessas ferramentas são gratuitas, podendo ser acessadas por qualquer pessoa.
Por Gustavo Michels Botega
Fonte JusBrasil Notícias