quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

APRENDA COMO IDENTIFICAR UM MEDICAMENTO FALSIFICADO


Onde você compra os remédios que consome? Escolher farmácias de confiança é uma das maneiras de evitar medicamentos falsificados. De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde, 10% dos remédios que são vendidos em países em desenvolvimento são falsos. Segundo o órgão, isso é uma ameça que cresce nos últimos anos, pois o comércio farmacêutico é cada vez maior pela internet.
— As pessoas devem exigir da farmácia a nota fiscal e observar a embalagem do produto. A falsificação tem diversos graus, desde a mais rudimentar até a mais sofisticada. Por isso é importante que o consumidor fique atento — alerta Eurico Correia, diretor-médico da Pfizer.
A embalagem sempre deve conter um número de registro no Ministério da Saúde (que pode ser consultado pela internet, neste link http://sngpc.anvisa.gov.br/ConsultaMedicamento/index.asp). Além do nome e registro do farmacêutico responsável pela formulação do produto.
— Considera-se um remédio falso aquele que possui substâncias com concentração maior ou menor do que o recomendado, ou até mesmo sem o princípio ativo do medicamento — explica Thaís Morais Pereira, farmacêutica da Extrafarma.

Prejuízo à saúde e até risco de morte
As consequências do uso de um medicamento falso são variadas, pois tudo vai depender do tipo de alteração que o remédio sofreu.
— Ao comprar o medicamento, o que se espera é resolver o problema. Mas, pode ser que ele não surta efeito algum ou até piore o quadro de saúde da pessoa que está o consumindo — alerta o farmacêutico Adriano Heleno Ribeiro.
A OMS deixou a cargo da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, o estudo dos impactos causados pelo uso de remédios falsos. A instituição calculou que até 72 mil mortes de pneumonia infantil podem ser atribuídas ao consumo de antibióticos cuja concentração das substâncias fundamentais era menor do que o recomendado.
Ao consumir um remédio falso, a orientação é procurar imediatamente o médico que o recomendou, para minimizar os riscos de efeitos colaterais. Além disso, faça uma denúncia à Vigilância Sanitária para que seja feita uma inspeção na farmácia.


Por Evelin Azevedo
Fonte Extra – O Globo Online