segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

COMO APROVEITAR O 13° SALÁRIO DA MELHOR MANEIRA

Use o dinheiro extra para quitar dívidas e pagar as contas que chegam no inicio do ano; planejamento permite gastá-lo também com a aquisição de bens ou com as tão sonhadas férias

Com o 13º salário na conta, muita gente pensa “oba, vou torrar tudo!”. Mas o ideal é, primeiramente, quitar as dívidas e, depois, separar o necessário para pagar as contas que chegam no começo do ano, como IPVA, IPTU, licenciamento do carro, material escolar etc. Se houver planejamento, sobrará até uma graninha para comprar os presentes de Natal, planejar as próximas férias, reformar a casa, realizar um sonho de consumo ou investir em alguma aplicação. Veja, a seguir, algumas dicas:

Para quitar dívidas
A dica é tentar pagar primeiro os débitos que possuem maiores taxas de juros, como o cartão de crédito e o cheque especial. Em seguida, procure quitar os créditos parcelados. O consumidor que pagar esse tipo de dívida antes do prazo tem direito a desconto, de acordo com o artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece que sempre que um débito for liquidado antecipadamente, é garantido o abatimento proporcional de juros e demais acréscimos. Essa regra vale para qualquer tipo de crédito ou financiamento: empréstimos pessoais, financiamento de veículos, crediário em lojas de varejo etc.
Se o valor recebido não for suficiente para liquidar a dívida, o consumidor pode adiantar o pagamento de algumas parcelas, pois a quitação parcial também dá direito a descontos. Para saber de quanto será o desconto, o consumidor pode verificar em seu contrato quanto é cobrado de juros em cada parcela. Essa tarefa se torna mais fácil com o Custo Efetivo Total – que detalha a composição dos custos -, obrigatório em todos os contratos de crédito.
Além disso, os bancos e as lojas não podem cobrar nenhum tipo de tarifa pela liquidação antecipada, conforme determina a Resolução nº 3.516/07 do Banco Central. Essa regra vale apenas para contratos celebrados a partir de dezembro de 2007. Para os firmados antes, é preciso negociar com a instituição.
Em caso de contratos de arrendamento mercantil ou leasing, se a quitação for feita antes de 24 meses, o banco pode cobrar uma multa pela quebra de contrato antes do prazo pré-estabelecido.

Para pagar contas
Se você não tiver dívidas, reserve uma parte do seu 13º salário para pagar contas como IPVA, IPTU, licenciamento do carro e para comprar o material escolar dos filhos, caso os tenha. Tente negociar o pagamento da matrícula e da mensalidade escolar das crianças e pesquise com bastante antecedência o preço do material escolar. Procure pagar à vista para conseguir bons descontos. Além disso, aproveitar materiais usados no ano anterior e que ainda estão em bom estado é, além de uma medida econômica, sustentável.

Para poupar
Inicie uma reserva financeira (poupança ou outro tipo de investimento) para uma eventual emergência durante o próximo ano ou para aplicar em um novo projeto ou realização de um sonho. Contudo, o hábito de poupar deve ser mensal, ou seja, guarde uma parte do seu salário todo mês assim que recebê-lo.

Para aproveitar a vida
Se a ideia for comprar um bem de consumo ou presentes de Natal para os familiares, pesquise o preço em vários estabelecimentos físicos e virtuais (há várias ferramentas de comparação de preço que ajudam nessa hora).
Outra dica é fugir do financiamentos e do parcelamentos. Também evite usar o cartão de crédito e passar cheques pré-datados. Pagar a vista é uma ótima forma de controlar os gastos e, ainda, obter bons descontos (se eles não forem oferecidos, não hesite em pedi-los!). Caso não seja possível essa forma de pagamento, preste atenção aos juros que serão cobrados. Faça os cálculos e veja se aquele gasto cabe no seu orçamento e se aquelas parcelas não o deixarão apertado nos meses seguintes.
Além disso, pesquise o preço dos itens que irão compor as ceias de Natal e Ano Novo em vários supermercados e feiras.  
Se o desejo é trocar de carro, avalie se o 13º salário pode ser parcialmente utilizado. O ideal é não depender de créditos.  Já se for viajar, reserve uma parte do 13º para cobrir gastos com hospedagem e passagens, por exemplo. Evite usar o cartão de crédito, principalmente fora do país.
Fonte Idec