Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações
para enfrentá-la ou fugir dela
A
ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações físicas é antiga. Em 1628,
o anatomista inglês William Harvey (1578-1657) observou que todo mal-estar
sentido na mente era direcionado para o coração. Hoje se sabe que o
inconsciente interpreta e responde ao que chega ao cérebro por meio das
terminações nervosas do corpo. É o que acontece quando levamos um susto, por
exemplo.
Contra
uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para enfrentá-la ou fugir dela.
“O coração acelera os batimentos para redistribuir o sangue para os músculos
correrem ou lutarem e para o cérebro processar com rapidez toda essa situação.
É por isso também que, para oxigená-los, a respiração fica mais rápida. É o
chamado estresse, que envolve o sistema nervoso, hormonal e imunológico”,
explica Artur Zular, presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina
Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.
Sem
a fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas em caso de estresse permanente
as coisas se complicam: os órgãos podem se esgotar, adoecer e o sistema
imunológico tem sua ação inibida, facilitando o aparecimento de asma, alergias,
gastrite, infecções e problemas cardíacos.
Por
Cida de Oliveira
Fontes Revista Galileu