Mesmo
tendo se tornado gigantesco e variado, e-commerce ainda gera equívocos como a
ideia de que devolução não é possível e que cartão de crédito é necessário para
comprar.
O
e-commerce evoluiu muito no Brasil e no mundo nas últimas duas décadas. Antes restrita a produtos como livros e CDs,
as lojas online se tornaram grandes shoppings onde se pode comprar de tudo, de
carros a robôs. Mesmo com toda essa variedade, ainda existem pessoas com receio
de comprar online, especialmente por conta de alguns mitos, como a falta de
segurança e a impossibilidade de devolver.
Para
acabar de vez com esse receio, desmistificamos os cinco principais mitos e
apontamos cinco verdades que vão tornar sua compra online uma experiência
segura e satisfatória.
CINCO MITOS DESMISTIFICADOS
1
- Só com cartão de crédito
Especialmente
pela praticidade, a maioria das compras é mesmo realizada via cartão de
crédito, mas isso não significa que ela é a única forma de pagamento do
e-commerce. Obrigatória, a opção de pagar com boleto bancário é incentivada
pelas lojas, já que esta é sempre feita à vista. Também há opção de débito
online, que direciona o consumidor automaticamente para o site do banco para
realizar a transferência.
2 - Não é seguro
É
necessário tomar cuidados adicionais, mas comprar na web é cada vez mais
seguro. Fátima Lemos, assessora técnica do Procon-SP, atenta para a necessidade
de pesquisar referências de outros consumidores e se certificar de que o
ambiente (tanto o computador quanto a loja) é confiável ao fornecer informações
pessoais e dados bancários.
“Comprar
on-line é uma comodidade. Fazemos tudo pela internet, não tem porque não fazer
compras. Não é seguro comprar por impulso, sem pesquisar, sem verificar. O
consumidor deve ficar atento não somente ao preço, mas também se a empresa tem
reclamações e um canal de atendimento competente. Tomando esses cuidados,
reduzem as chances de acontecer qualquer problema.”
3 - Cidade pequena não tem vez
Para
aumentar o número de consumidores, as lojas virtuais têm incentivado compras
para cidades pequenas. Para os lojistas, vender para quem não mora em centros
urbanos é uma estratégia interessante, como explica André Ricardo Dias, da
E-Bit:
“Geralmente,
esses consumidores não tem acesso a determinados produtos, porque não há tantas
lojas físicas onde eles moram. A maioria das lojas está de olho nisso. A
participação do Sudeste nas vendas on-line, em 2015, diminuiu um pouco e a de
outras regiões do Brasil aumentou. A tendência para os próximos anos é aumentar
a penetração para cidades menores.”
4 - Comprar calçado é problema
Realmente
não dá para experimentar antes quando se compra o sapato na web, mas mesmo
assim é possível ficar satisfeito com a escolha, desde que sejam observados
alguns pontos. Por exemplo, a maior
parte dos sites disponibiliza tabelas para impressão com todas as medidas dos
pés, evitando assim possíveis diferenças na numeração de uma marca para outra.
Há ainda lojas que oferecem canais de atendimento (e-mail, telefone e até WhatsApp)
para tirar dúvidas.
5 - Compra é desprotegida pela lei
O
Código de Defesa do Consumidor é aplicável às compras feitas pela internet da
mesma forma que as realizadas nas lojas físicas. Portanto, quem faz compras
virtualmente tem garantias perante a lei, assim como qualquer consumidor. Caso
haja algum problema e a loja não preste os devidos cuidados para a solução, o
consumidor deve acionar o Procon da sua cidade.
VERDADES ESCLARECEDORAS
1 - O valor do frete precisa ser avaliado
Se
somadas ao valor do frete, muitas compras podem não ser tão vantajosas,
alterando razoavelmente o valor final da compra. Por outro lado, muitos sites
não fazem cobrança de frete a partir de determinados valores.
2 - Roupas e acessórios são os mais vendidos
Embora
muitas pessoas tenham o costume de ir às lojas e experimentar roupas – alguns
inclusive passam horas provando diferentes peças -, o número de brasileiros que
realizam compras de roupas e acessórios pela internet só cresce. De acordo com
pesquisa da E-Bit, o setor de Moda e Acessórios foi o líder em vendas por
categoria no primeiro semestre de 2015, com 15% do volume total de pedidos.
3 - Brasileiros satisfeitos
O
consumidor brasileiro nunca esteve tão tranquilo com a realização de compras
pela internet. Segundo levantamento da E-Bit, 65% das pessoas que compram
on-line estão satisfeitas. “As lojas estão cada vez mais preparadas. O mercado
no Brasil é muito pulverizado e a concorrência é alta. Os vendedores virtuais
querem fidelizar o cliente e oferecer um serviço de qualidade”, afirma André
Ricardo Dias, diretor executivo da E-Bit.
4 - Consumidor pode solicitar devolução
Não
gostou do que comprou? Você pode contatar a loja e solicitar a devolução em até
sete dias, garante o Código de Defesa do Consumidor. O fato de não ter entrado em contato direto
com o produto antes do recebimento faz com o que consumidor tenha o direito de
devolvê-lo. Não há necessidade de explicar o motivo pelo qual a devolução está
sendo realizada. Pela lei, a embalagem pode ter sido aberta, mas o item precisa
estar em bom estado.
5 - Lojas on-line e físicas se complementam
Compras
pela internet e nas lojas físicas são experiências complementares. Thaís Carrino, dona do site Sapatos de
Fábrica, acredita que a concorrência entre os dois meios é saudável e possível.
“Não
gera concorrência. É interessante ter loja física, já que nem todo mundo ainda
se sente confortável em comprar pela internet. Já quem gosta, compra
rapidamente pelo site. Gera retorno nas duas frentes”, conclui.
Por
Gustavo Mause
Fonte
Brasil Econômico