A memória é formada em diferentes etapas no cérebro
Segundo
o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes Pinto, professor livre-docente
de neurocirurgia da Universidade de São Paulo, existem dois tipos de memória: a
de curto prazo, usada para executar tarefas do dia a dia (como lembrar o local
onde o carro foi estacionado), e a de longo prazo, que armazena informações por
bastante tempo, como datas de aniversário.
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Quando fazemos mais de uma tarefa ao mesmo tempo, exigimos demais da memória de
curto prazo. Por isso, ela falha — afirma Pinto, que aborda o assunto no livro “Papo cabeça”
(editora LeYa), lançado na semana passada.
De
acordo com Leandro Teles, esquecimentos eventuais são normais. No entanto, se a
frequência dos lapsos aumentar a ponto de trazer prejuízos, sobretudo quando as
informações que passam batido são importantes, é preciso procurar ajuda médica.
Dieta saudável e exercícios são essenciais
A
memória é um processo realizado pelo cérebro. Por isso, para melhorá-la, é
importante atuar em cada etapa desse mecanismo. Segundo Fernando Gomes Pinto,
dois fatores são essenciais a quem quer prevenir esquecimentos: manter uma
alimentação equilibrada e evitar o sedentarismo.
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Estudos mostram que 30 minutos de treino de alongamento, força e exercícios
aeróbicos, três vezes por semana, têm efeito positivo sobre a memória depois de
um mês de prática regular. A atividade física provoca a liberação de
substâncias que estimulam a produção de neurônios no hipocampo — explica.
Uma
dieta saudável fornece os nutrientes necessários ao bom funcionamento do
cérebro e, portanto, da memória. Não podem faltar no prato carboidratos, fontes
de glicose; ferro, que auxilia no transporte de oxigênio; e cálcio, que
desempenha papel importante na condução dos sinais neurais. Também são
importantes o zinco, que contribui para o equilíbrio neuroquímico; o ômega 3,
que forma a membrana celular dos neurônios; e a vitamina B1, que ajuda no
aproveitamento da energia. Além disso, a cafeína, em pequenas quantidades,
aumenta a atenção e a concentração.
Esquecimentos
graves podem ser indício de deficiência nutricional, problemas na tireoide e
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Em idosos, a condição
pode ainda sinalizar demência e Alzheimer.
Por
Camilla Muniz
Fonte
Extra – O Globo Online