Automóveis usados
podem sair bem mais em conta, mas o consumidor deve tomar cuidado com alguns
detalhes antes de realizar a compra
Quando o consumidor decide comprar um automóvel,
muitas vezes um semi-novo pode sair muito mais em conta do que um que acaba de
sair da fábrica. No entanto, comprar um veículo usado requer alguns cuidados
para que o dinheiro economizado não acabe tendo de ser revertido em reparos
logo após a compra. Pensando nisso, o Idec separou algumas dicas práticas para
que o consumidor saiba se está realizando uma boa compra ou não:
- Teste o carro antes de comprá-lo. O test
drive é essencial antes da compra do veículo, mas não é suficiente para uma
compra segura, pois rodar por alguns quilômetros não garante que o motorista
notará os pontos negativos do automóvel;
- Tome cuidado com veículos importados. Carros
fabricados no exterior e com poucas vendas no país, muitas vezes não possuem
uma rede de assistência técnica adequada e pode dificultar encontrar peças para
reposição;
- Vale destacar que carros que pararam de
ser produzidos devem ser mais baratos porque a manutenção e a substituição de
peças tendem a ser cada vez mais difíceis;
- Uma dica importante é observar o
funcionamento do motor do automóvel. Neste caso, preste atenção no motor, pois
qualquer barulho estranho ou cheiro forte podem significar sinal de problema;
- Confira a cor da fumaça que sai do
escapamento: no caso de fumaça preta, há a possibilidade de o veículo estar
desregulado na hora de misturar ar e combustível, o que implica em ter que
realizar a troca das velas. Já a fumaça branca significa condensação de ar,
sendo esta a cor esperada e não indica nenhuma anormalidade, principalmente em
carros que funcionam com álcool ou em dias muito frios. Fumaça azulada é um
sinal sério de queima de óleo no motor e pode significar a retificação completa
do motor ou ao menos uma revisão detalhada;
- Dificuldade para engatar ou um ronco nas
marchas também é um mau sinal, indicando problema de rolamento na caixa do câmbio;
- Para a checagem dos freios, pise no pedal
com o carro parado e desligado. Mantenha a pressão no pedal ao ligar o motor e
sinta o pedal, que deve ceder levemente antes de parar. Se o pedal do freio
ceder até o fim ou não se mover com o funcionamento do motor, é um sinal de que
pode haver problemas;
- Os pneus também merecem especial atenção
do possível comprador: pneus gastos significam ao menos um uso de entre 30 mil
a 40 mil quilômetros rodados; pneus gastos de forma diferente podem indicar
problema na suspensão;
- Verifique se o nível de óleo do automóvel
está entre os níveis indicados na mangueira de medidas, aproveitando também
para checar se a cor do óleo não está muito escura e a data e a quilometragem
da última troca de óleo. Vale consultar um mecânico de confiança para verificar
se não há borra de óleo no motor, problema que pode causar entupimento das vias
de lubrificação;
- A presença de emendas na lataria ou nos
vidros pode significar que o veículo já sofreu batidas, assim como diferenças
de cor na pintura;
- A lataria de carros tem de cinco a seis
anos de garantia de fábrica, então é válido procurar por pontos de ferrugem;
- Por fim, vale lembrar: tome cuidado com o
crédito na hora de buscar financiamento para comprar seu veículo! Com a
facilidade dos bancos na aprovação de empréstimos para a compra de veículos, o
consumidor corre o risco de se endividar mais do que deveria. Para tanto, o
consumidor deve sempre insistir que a loja lhe forneça o custo efetivo total de
um empréstimo. O Idec recomenda que os compradores economizem para dar a maior
entrada possível na hora do financiamento, assim, o gasto com juros será mais
baixo, bem como o prazo de parcelamento.
Ao analisar se as prestações cabem no seu
bolso, o consumidor deve levar em conta que automóveis também têm gastos de
manutenção, combustível, IPVA, licenciamento e seguro, entre outros. Fique de
olho para não perder a conta!
Fonte Idec