Uso excessivo do celular causa angústia, ansiedade,
alterações na respiração, entre outros sintomas
Quantas
vezes você já se pegou checando e-mails pelo celular no horário do almoço? Ou
verificando, a cada cinco minutos, se chegou uma nova mensagem de texto? Se
você se identifica com as situações acima, cuidado: esses podem ser sinais da
nomofobia — síndrome em que o paciente fica dependente do telefone ou da
internet.
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Aquela pessoa que usa muito o celular por causa do trabalho, ou por algum outro
motivo, não necessariamente tem a doença. Mas se o esquecimento do aparelho em
casa já é suficiente para gerar um sofrimento, é preciso procurar ajuda —
explica a pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de
Psiquiatria da UFRJ, Anna Lucia Spear King.
A
PhD em Saúde Mental estudou o tema em sua tese de doutorado. No estudo, 34% dos
entrevistados sem problemas psicológicos afirmaram ter alto grau de ansiedade
sem o telefone por perto. E 54% disseram ter "pavor" de passar mal na
rua sem o celular.
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A nomofobia não costuma aparecer sozinha. Em geral, está associada aos
transtornos de ansiedade, que podem ser síndrome do pânico, transtorno bipolar,
estresse pós-traumático, entre outros. Tratando essas doenças com remédios e
terapia, a nomofobia também desaparece.
Vício global
Uma
pesquisa feita pela revista "Time" e pela Qualcomm, em diversos
países, mostrou que o uso do celular está cada vez mais intenso. Dos cinco mil
participantes, 79% disseram que se sentem mal sem o telefone. No Brasil, 58%
afirmaram que usam o celular a cada 30 minutos e 35% a cada dez minutos.
Por
Thamyres Dias
Fonte
Extra – O Globo Online