Dia do Coração: doenças cardiovasculares matam 17
milhões ao ano em todo o mundo
Dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, a cada ano, 17,3 milhões de
pessoas morrem em todo o mundo vítimas de doenças cardiovasculares, sendo que
80% desses óbitos são registrados em países de baixa e média renda. A
estimativa é que, em 2030, o total de mortes possa chegar a 23,6 milhões.
As
doenças cardiovasculares, segundo a OMS, são a principal causa de morte em todo
o mundo. Em 2008, os óbitos provocados por elas representaram 30% do total
registrado globalmente.
Os
fatores de risco para tais enfermidades incluem pressão alta, taxas de
colesterol e glicose elevadas, sobrepeso e obesidade, além de hábitos como
fumo, baixa ingestão de frutas e verduras e sedentarismo.
De
acordo com a organização não governamental Federação Internacional do Coração
(World Heart Federation), em países em desenvolvimento, as doenças
cardiovasculares têm historicamente afetado a parcela da população com maior
escolaridade e boa renda.
Entretanto,
a perspectiva é de mudanças desse cenário – pessoas em idade produtiva e de
baixa renda também estão sendo acometidas por esse tipo de enfermidade. A
agravante é que, nesse grupo, as taxas de mortalidade em razão de uma parada
cardíaca, por exemplo, são mais altas.
No
Dia Mundial do Coração, a OMS, em parceria com a Federação
Internacional do Coração, promove em mais de 100 países atividades como ações
de prevenção, caminhadas e exposições.
A
estimativa é que as economias de países como o Brasil, a Índia, a China, a
África do Sul e o México registrem, juntas, uma perda de 21 milhões de anos de
vida produtiva em razão de mortes precoces provocadas por doenças
cardiovasculares.
A
ONG listou uma série de prioridades para os próximos anos, entre elas aumentar
a atenção às doenças cardiovasculares na agenda global de saúde; melhorar o
atendimento a pacientes vítimas de doenças do coração e derrames; promover
dietas voltadas para o bem-estar do coração e atividades físicas para toda a
população; melhorar a detecção e o controle da pressão alta em todo o mundo e
avançar na conquista de um mundo livre do tabaco.
Na
semana passada, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
realizou, em Nova York, uma reunião com líderes mundiais para tratar das
doenças crônicas não transmissíveis – incluindo as cardiovasculares. Essa foi a
segunda vez na história em que o órgão discutiu um tema relacionado à saúde.
Anteriormente, a aids foi abordada.
Por
Paula Laboissière
Fonte Agência Brasil