segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

SAIBA COMO TER UM 2024 COM DINHEIRO NO BOLSO E O ORÇAMENTO EQUILIBRADO


Ter um 2024 com muito dinheiro no bolso, as contas sempre em dia e a realização de um sonho de consumo, como a casa própria ou um carro novo, certamente foi o desejo de muita gente na virada do ano. Agora, é hora de colocar em prática. Para o economista e professor de Finanças do Ibmec Gilberto Braga, ter um ano inteirinho no azul pode ser mais simples do que se imagina.
— O importante é ter disciplina e saber o que quer. Tem que organizar os gastos, anotar tudo e descobrir onde pode cortar — ressalta Gilberto Braga.
Isso porque não são apenas as contas grandes que fazem um rombo no orçamento. O perigo, explica Braga, está nas pequenas despesas do dia a dia, como o sorvete no shopping ou aquela balinha comprada no sinal de trânsito.
— Quando se somam todas as pequenas despesas é que se descobre quanto se gasta sem perceber. Por isso, é importante ter uma planilha com cada um dos gastos anotados e, depois, fazer um levantamento para descobrir onde é possível cortar excessos — afirma o professor.

Controle eficiente
Segundo Gilberto Braga, não apenas quem está no vermelho deve se preocupar com as finanças. Mesmo quem está com as contas em dia deve ter atenção para não cair nas armadilhas de compras financiadas e empréstimos, que quase sempre vêm acompanhados de juros altos.
— É importante ter um planejamento financeiro e, principalmente, um fundo guardado para gastos de emergência ou mesmo a compra de sonhos de consumo — diz.
Para ajudar quem busca um ano longe das dívidas, um guia com dicas de como controlar os gastos.

Para não ficar no vermelho:
Anotar os gastos é a melhor forma de manter as finanças sob controle. Mas não pode deixar escapar nada: do café na padaria as compras no supermercado, tudo deve estar listado. Depois, é só avaliar os gastos diários e descobrir por onde o dinheiro está escapando.
Pague sempre à vista para fugir do endividamento. E, assim, ainda dá para conseguir um bom desconto, já que muitas lojas abatem o preço para quem paga de uma vez. Mas não esqueça de pechinchar.
Antes de ir à compras, prepare uma lista do que realmente precisa. Lembre do que jogou fora no mês anterior e evite o desperdício. O ideal é ir ao supermercado com frequência, aproveitando os dias de promoção de cada item, como carne, frutas e legumes.
Não compre sem pesquisar antes o valor do produto em lojas diferentes. A variação de preço entre uma loja e outra pode ser bem maior do que se imagina.
Atenção aos gastos com as contas de casa, como telefone, água e energia elétrica. Procure possíveis vazamentos, evite conversas demoradas ao telefone e fique de olho em cômodos vazios com a luz acesa ou a televisão ligada sem ninguém assistindo.
Fuja do endividamento, mas se já estiver no vermelho, evite o uso de cheque especial ou o pagamento parcial do cartão de crédito. Fazer um empréstimo no banco costuma sair mais barato, especialmente se for consignado, por causa dos juros mais baixos. Aproveite ainda para reavaliar seu estilo de vida. Quem está endividado não pode se dar a certos luxos.
Renegocie as dívidas para tentar diminuir a cobrança dos encargos. Mas é importante não prometer o que não possa cumprir. Tente fazer negociações dentro de sua realidade. Caso não haja conversa e os juros pareçam abusivos, procure orientação em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon e a Defensoria Pública.
Não poupe o restante da família de fazer economias. O problema deve ser compartilhado. Não adianta apenas um tentar, todos devem cooperar para evitar gastos e aumentar a motivação para sair do vermelho.
Se o dinheiro estiver curto, nem pense em supérfluos. Espere a situação melhorar para trocar eletrodomésticos, comprar um carro novo ou fazer viagens caras.
Planeje sonhos de consumo a médio ou longo prazo, considerando esse gasto no orçamento doméstico mensal. Veja o preço e calcule quanto precisará economizar por mês para concretizá-lo.
Economize parte de sua renda mensal para ter um fundo de emergência ou mesmo para a compra de itens de desejo ou pagamento de viagens. O ideal é que seja pelo menos 10% da renda ao mês.
Por Ana Paula Viana
Fonte Extra Online