sábado, 7 de maio de 2016

ENTENDA O AUTOTRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA, INDICADO PARA TRATAR LINFOMA NÃO HODGKIN

 

O crescimento no número de casos de câncer, em todo o mundo, desde os tipos mais comuns até outros de menor incidência, como o Linfoma Não Hodgkin, tem aumentado a procura por tratamentos da doença. Especificamente sobre esse tipo da doença, a possibilidade de cura pode estar no próprio corpo do paciente – o autotransplante de medula óssea. O procedimento é realizado para promover o restabelecimento fisiológico do indivíduo após intensas doses de quimioterapia.

Como funciona
O autotransplante de medula óssea consiste na coleta de células progenitoras hematopoéticas (TCPH). Essas células são responsáveis pela produção de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Num processo semelhante à hemodiálise, o paciente tem o sangue separado por um equipamento denominado máquina de leucaférese. Cerca de 300 ml de sangue são obtidos pelo aparelho, contendo as células progenitoras coletadas e, em seguida, é criopreservada. Ao final da quimioterapia, são devolvidas as células progenitoras previamente retiradas e descongeladas.
As células progenitoras estão localizadas no interior da medula óssea, contida no centro dos ossos, e também na corrente sanguínea. Após o procedimento quimioterápico, essas células são reinjetadas no paciente. Ao fazer o autotransplante, o corpo é estimulado a produzir novas células sanguíneas, responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para todo o organismo.

Recuperação
Segundo o diretor da Clínica Oncocenter, de São Paulo, Celso Massumoto, a indicação desse tratamento é analisada de acordo com o estágio de desenvolvimento do linfoma não Hodgkin, bem como a idade e as condições do paciente.
— Nos casos em que o tratamento é recomendado, o paciente se submete a altas doses de quimioterapia, até 30 vezes maior que as aplicações usuais. Por conseqeência, o procedimento destrói células cancerígenas, além de outras responsáveis pelo bom funcionamento do organismo, como as imunológicas e as do sangue — explica o hematologista.
Massumoto aponta que após o procedimento, o paciente precisa de cuidados especiais, visto que estará extremamente deficiente de células imunológicas. Assim, não raramente, é indicada sua permanência em ambientes dotados de filtros nas entradas de ar condicionado. O contato com outras pessoas e com a alimentação também requer maior atenção. A retomada das atividades cotidianas acontece gradualmente, de acordo com as avaliações médicas. As chances de cura, conforme o médico, chegam a 70%.
Massumoto aponta que após o procedimento, o paciente precisa de cuidados especiais, visto que estará extremamente deficiente de células imunológicas. Assim, não raramente, é indicada sua permanência em ambientes dotados de filtros nas entradas de ar condicionado. O contato com outras pessoas e com a alimentação também requer maior atenção. A retomada das atividades cotidianas acontece gradualmente, de acordo com as avaliações médicas.


Fonte Bem Estar