quarta-feira, 23 de julho de 2025

COMO FAZER MARKETING PESSOAL DE UM JEITO MAIS EFICIENTE

Entenda as diferenças entre marca, branding e marketing pessoal e confira como usar tudo isso a seu favor na carreira

Quando ainda estudava Administração de Empresas, no fim dos anos 1990, conheceu um designer num escritório vizinho ao seu e aceitou o desafio de ajudá-lo a gerir sua empresa e a visão estratégica do negócio.
Já interessada, fez pós-graduação em Marketing e teve a chance de dar aulas sobre o assunto para alunos de design do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Rapidamente notou que tinham o mesmo problema que o primeiro designer que conheceu: eram ótimos profissionais criativos, mas precisavam de ajuda para entender e administrar todo o resto.
Não era um problema só de uma categoria específica. Muita gente precisava (e precisa) de ajuda para entender os conceitos de uma boa gestão de marca pessoal, que transmite uma mensagem clara sobre quem você é como profissional.

Branding pessoal e marketing pessoal: o que muda?
Para quem quer começar já, o NaPrática.org conversou sobre o assunto com Marcia, que hoje é consultora em branding e gestão de design, coordenadora de pós-graduação no Belas Artes e gestora executiva do portal InfoBranding.
Aos jovens interessados em saber mais sobre marketing e branding pessoal – termos cada vez mais em voga –, sua primeira lição é que é preciso distinguir bem os termos.
“Branding pessoal é o mesmo que gestão da marca pessoal e seu objetivo é construir uma marca de destaque no mercado”, começa. “Já o marketing pessoal ajuda a construir essa marca ao definir estratégias ideais para o sucesso profissional e pessoal.”
Como acontece com o marketing de um produto ou serviço, tais estratégias servem para alavancar o sucesso daquilo que está sendo divulgado para outros. Os resultados de uma má gestão são os mesmos: a percepção do mercado será negativa.
É aí que entra a importância do assunto num mundo cada vez mais competitivo e transparente. “Como o gestor da sua marca pessoal é você mesmo, entender de branding pessoal é fundamental”, afirma ela.

Como criar sua marca pessoal
Qual é a diferença entre marca pessoal e marketing pessoal?
É essencial não confundir marca pessoal com marketing pessoal. Marca pessoal é a reunião de seus talentos e de seus atributos, bons e ruins.

Marketing pessoal é como você vai mostrar ao mundo todas essas características, ou seja, as estratégias que vai adotar para refletir ao mercado o diferencial do seu produto e o valor da sua marca pessoal.

Por que o marketing pessoal é importante profissionalmente?
A marca pessoal é a percepção que seu público tem da sua identidade, seus talentos e atributos. É o que determina que imagem você quer passar.
Como acontece em empresas, o profissional precisa revelar qual é a sua missão (razão de ser), visão (como quer ser lembrado) e valores (princípios éticos).
A partir destes três elementos, é possível estabelecer uma estratégia de marketing pessoal, que é como o profissional mostra suas características ao mercado, e que esteja focada em ações estratégicas para construir uma marca de valor – nesse caso, você.
A credibilidade é despertada a partir da consistência da gestão desta marca pessoal, conhecida também como branding pessoal.

O que é constante quando se trata de marketing pessoal?
Os famosos 4 Ps: produto, preço, ponto de venda e promoção.
A grande diferença é como utilizá-las a favor da marca pessoal: a metodologia é a mesma, mas a atitude do profissional é o grande diferencial no processo de construção de marca de valor.

Imagine que sou uma jovem cliente sua. Como posso entender minha história e saber como me apresentar? Há reflexões que você recomenda?
Com certeza irei começar com uma pergunta: qual é sua paixão? O que te chama atenção no dia a dia e te enche de vontade de aprender mais sobre o assunto?
Em seguida vou perguntar: qual é seu propósito?
Tudo começa com o propósito. É o que conduz à marca pessoal e sua determinação é o ponto de partida.
A maioria das pessoas vive uma corrida insana com suas responsabilidades, compromissos, metas profissionais, questões financeiras e esquece que o sucesso é resultado deste propósito, que exige pensar mais além e de maneira mais abrangente.
Um propósito de vida muito bem definido e planejado nos ajuda a encontrar ou concretizar a razão de ser da marca pessoal.
Quando o profissional sabe o que quer, fica mais fácil definir sua missão de vida, sua visão de longo prazo e os valores que irão conduzi-lo ao melhor caminho.

Quais são os erros mais comuns que as pessoas cometem quando se trata de marketing pessoal?
O primeiro é não estarem apaixonadas pela carreira que escolheram. O sucesso na vida profissional é resultado da escolha certa.
Quando o profissional gosta daquilo que faz, tem foco, um posicionamento estratégico claro de sua marca pessoal e será diferenciado, pois vai querer saber mais e mais sobre a área escolhida.
Como acontece nas empresas, o marketing pessoal não consegue colocar um produto no mercado se ele não for bom.

Em termos de atitude e comportamento, qual é o melhor jeito de se apresentar?
As atitudes e o comportamento de uma marca pessoal são o que comprova seu valor e dão credibilidade para o conteúdo.
Por exemplo, vamos pensar que precisamos de um cardiologista para uma consulta. Chegando na clínica, nos deparamos com o médico fumando.
Como vou me consultar com um cardiologista que está fumando? É um comportamento inadmissível para um profissional desta categoria.
Outro exemplo: digamos que eu preciso de um designer e em nossa primeira reunião ele me entrega um cartão de visita mal impresso. Se ele não está se preocupando com a apresentação da sua empresa, como vai cuidar da apresentação da minha?
São detalhes que fazem a diferença para um profissional. A maneira como você se relaciona com as pessoas, o jeito que trabalha, como arruma a mesa, como fala, se veste ou escreve – tudo faz parte da gestão da sua marca.
Mesmo que você nunca tenha pensado nisso de forma estratégica, é com base nestes itens que as pessoas vão lembrar de você e se referir à sua marca pessoal.

Há algum elemento que você considera um diferencial quando se trata de marca pessoal?
A paixão. Numa entrevista, é perceptível quando o entrevistado é apaixonado pela área escolhida.
A paixão é a parte externa e a mais visível da sua marca. É o “brilho nos olhos” que altera a percepção de valor da sua marca no mercado. Um alimenta o outro.
Se você for apaixonado pelo que faz, terá uma obsessão natural e saudável por saber mais, buscar mais, querer mais. E quanto mais você busca, mais aumenta a sua paixão.
E vale ressaltar que uma marca sem conteúdo pode ter o melhor trabalho de marketing pessoal, mas com certeza um dia se atrapalhará – e o estrago será muito maior se descobrirem que você é uma fraude.

Muitos jovens pensam que não têm nada para falar sobre si mesmos. Como contornar esse pensamento?
Todos nós temos histórias para contar, não importa a idade.
Se um jovem foi escolhido pelos colegas para ser representante de sala, por exemplo, isso demonstra liderança e com certeza diz muito sobre sua marca pessoal.

Lembre-se: toda marca tem uma personalidade que foi se desenvolvendo com os aprendizados recebidos em casa e fora dela. Tudo nos torna pessoas melhores e com marcas diferenciadas.
Por NaPrática.org
Fonte Exame.com

PASSATEMPOS QUE DESENVOLVEM ATENÇÃO, FOCO E RACIOCÍNIO LÓGICO

Especialistas apontam atividades para estimular o cérebro e ajudar a aumentar o rendimento dos estudantes

Estudar e rever conteúdos, ler sobre atualidades, escrever redações, fazer exercícios e simulados. Não é fácil o dia a dia de quem se prepara para concursos. Mas essa verdadeira maratona pode ser menos pesada se o candidato inserir passatempos divertidos na rotina.
Além de relaxar, xadrez, sudoku, palavras cruzadas e atividades similares ajudam no desenvolvimento da atenção, memória, foco, raciocínio lógico, entre outras habilidades.
Para estimular o cérebro e aumentar o rendimento dos estudantes, especialistas indicam criar pequenos hábitos e passatempos e assim conseguir sobressair. De acordo com Lissandra de Oliveira, especialista em leitura dinâmica e responsável pelo Instituto de Otimização da Mente (IOM), a simples atividade de escrever à mão, principalmente cartas e diários, pode ser benéfica.
— Nesta atividade treinamos a escrita e o resumo, desenvolvendo a capacidade de síntese. Sem falar na terapia que é desabafar e refletir sobre os fatos marcantes do dia. É uma forma excelente de treinar a memória e sair do piloto automático, valorizando o que aconteceu no dia. Quando escrevemos, normalmente somos mais cuidadosos, escolhemos melhor as palavras, o que exige uma concentração maior no ato de se comunicar — afirma a especialista.
Ainda de acordo com Lissandra, ler em ambientes barulhentos durante vinte e um dias seguidos é positivo para melhorar a concentração.
Coloque samba, rock, televisão ligada, tudo o que mais lhe incomoda e leia por 20 minutos no primeiro dia, depois acrescente mais cinco minutos de leitura diariamente. Muitas pessoas só conseguem estudar no silêncio, algumas usam até borrachinhas nos ouvidos, mas vivemos num mundo barulhento e o ideal é treinar. No início tudo irá incomodar e o cérebro reclamará bastante, mas o condicionaremos através da repetição do novo comportamento e nos libertaremos dos estímulos externos na hora do estudo e da leitura. É um ótimo exercício — garante.
Para Paula Emerick, presidente executiva e psicóloga do Instituto de Saúde Solace, a prática de passatempos é um completo estímulo à imaginação. Segundo ela, para saber se um jogo é de fato um material pedagógico, é importante identificar se ele irá provocar uma aprendizagem significativa, se estimula a construção de um novo conhecimento e, principalmente, se desperta o desenvolvimento de uma capacidade cognitiva.
Veja alguns dos passatempos mais indicados para melhorar a resistência física e mental dos estudantes, que ajudam a desenvolver as habilidades:
        
1) Jogo de Palavras: raciocínio mais veloz e vocabulário mais extenso a criatividade é bastante estimulada.
· Interpretação de textos
· Fluência verbal
· Percepção visual
· Atenção e Memória
· Raciocínio espacial
· Vocabulário e Criatividade

2) Sudoku: ajuda a desenvolver o planejamento, agilidade e raciocínio lógico e matemático.
· Raciocínio lógico
· Raciocínio matemático
· Planejamento
· Desenvolve a agilidade
· Habilidade de manter o foco

3) Xadrez: é considerado um excelente exercício para estimular o cérebro e ajuda a melhorar  o rendimento e o planejamento de estudo.
· Planejamento
· Capacidade de análise
· Tomada de decisão
· Gestão do tempo
· Controle de ansiedade
· Concentração

4) Dançar: alivia tensões e desenvolve o condicionamento físico dos estudantes para aguentar longas horas de prova
· Promove descanso
· Ajuda na consolidação da memória
· Alívio da tensão
· Reflexo motor
· Desenvolve a habilidade social
· Autoconfiança

5) Palavra Cruzada
· Exercita a memória de longa duração
· Cria novo vocabulário
· Estimulação neuronal
· Agiliza o raciocínio
· Atenção focada

6) Colorir: melhora o controle motor e a organização, sendo indicado para estudantes que estão se preparando para concursos.
· Reduz a ansiedade
· Capacidade de abstração
· Controle motor
· Trabalha a organização
Por Universidde Veiga e Almeida
Fonte O Globo Online

VOCÊ É COMPETENTE EM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NÃO É UMA QUALIDADE – SÃO HABILIDADES

Quando eu falo sobre inteligência emocional, não estou me referindo a uma característica específica. Inteligência emocional é um conjunto de habilidades que podem ser desenvolvidas. No meu modelo, essas habilidades são divididas em quatro domínios: autoconhecimento, autocontrole, consciência social e gestão de relacionamentos. Eu e Richard Boyatzis trabalhamos com o KF Hay Group para produzir uma ferramenta de avaliação das doze competências de inteligência emocional agrupadas em cada um desses quatro domínios que faz com que as pessoas se sobressaiam em seus ambientes de trabalho.
Competência é uma outra forma de dizer habilidade. É aprendida e aprendível. O próprio conceito de competência já existe por muitos anos. Eu e Richard trabalhamos com ele no começo do nosso trabalho com o professor de Harvard David McClelland. As empresas enxergaram isso como um método para determinar quais habilidades faziam com que os melhores funcionários fossem tão efetivos. Trata-se de uma informação importante e competitiva. As organizações olham para seus melhores funcionários e seus funcionários medianos e sistematicamente analizam o que eles veem nas pessoas do topo que não veem nos medianos. Então, eles buscam ajudar os funcionários a desenvolver essas competências e contratar e promover pessoas que parecem ser os melhores.
Em nossa pesquisa, especificamos as competências de inteligência emocional utilizadas por excelentes líderes que podem ser avaliadas objetivamente, de forma comportamental - todos podem ver, você sabe que está fazendo. Essas são as que incluímos no Emotional and Social Competencies Inventory (Inventário de Competências Emocionais e Sociais - ESCI). O ESCI é uma ferramenta de 360 graus, o que significa que um indivíduo completa uma pesquisa assim como pessoas que estão acima e abaixo delas em uma organização. Então, o indivíduo recebe a informação sobre sua própria auto-avaliação assim como avaliações anônimas feitas por outras pessoas.

AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL
Líderes que estão sintonizados com seus sentimentos e como eles afetam seu desempenho no trabalho. Eles utilizam seus valores para tomar decisões. Líderes que se conhecem emocionalmente são autênticos e conseguem falar abertamente sobre suas emoções.
Autocontrole

AUTOCONTROLE EMOCIONAL
Pessoas que possuem a habilidade de controlar suas emoções. Líderes com essa habilidade permanecem calmos e com pensamento claro em situações estressantes e mantém seu equilíbrio emocional.

INCLINAÇÃO PARA OBJETIVOS
Líderes que se mantém e mantém os outros em padrões altos. Eles trabalham com foco em objetivos desafiadores e mensuráveis. Eles buscam continuamente maneiras de melhorar seu desempenho e o desempenho de sua equipe.

VISÃO POSITIVA
Esses líderes enxergam cada situação como uma oportunidade, até aqueles que parecem ser um problema para outros. Eles enxergam as outras pessoas de forma positiva e esperam que eles façam o seu melhor. Eles esperam que as mudanças para o futuro sejam para o melhor.

ADAPTABILIDADE
Líderes com essa habilidade administram muitas demandas enquanto permanecem focados em seus objetivos. A incerteza é esperada e confortável para esses líderes. Eles se adaptam em resposta a novos desafios e são ágeis em se ajustar a mudanças repentinas.
Consciência social

EMPATIA
Líderes que conseguem compreender as emoções não ditas de um indivíduo ou um grupo. Eles escutam bem e facilmente compreendem as perspectivas dos outros. Líderes empáticos explicam suas ideias de formas que outras pessoas entendem e trabalham bem com pessoas de diversas culturas e perfis.

CONSCIÊNCIA ORGANIZACIONAL
Líderes que entendem todos os aspectos de uma organização: onde o poder formal e informal é exercido, relacionamentos que fornecem oportunidades para networking, conflitos, normas implícitas, e valores orientadores.
Gestão de Relacionamentos

INFLUÊNCIA
Líderes que possuem a habilidade de recorrer a outras e de conseguir apoio de atores chaves em uma situação. Eles são engajadores e persuasivos com indivíduos e grupos.

COACH E MENTOR
Líderes que têm interesse em ajudar os outros. Eles conhecem os indivíduos com quem trabalham, incluindo seus fortes e objetivos. Eles dão feedback construtivo para os colegas e ajudam os outros a focar em oportunidades de crescimento.

ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITO
Estes líderes fazem um esforço em reconhecer diferentes perspectivas. Eles se concentram em ajudar todos a encontrarem um ponto em comum em que possam concordar. Eles permitem a opinião de todos e esforços diretos para encontrar uma resolução aceitável.

LIDERANÇA INSPIRACIONAL (INSPIRAÇÃO)
Um líder que inspira pode mudar pessoas. Sua articulação de missão compartilhada faz com que outros se juntem a ele. Eles mostram aos outros a razão por trás do trabalho diário.

TRABALHO EM EQUIPE
Esses líderes constroem uma atmosfera de cooperação, ajuda e respeito. Eles ajudam os outros a se comprometerem ao esforço do grupo. Eles ajudam uma equipe a desenvolver uma identidade, relacionamentos positivos e espírito.
Por Daniel Goleman
Fonte Administradores

PODER MUDAR

DESCARTE E INVISTA

SITUAÇÕES DIFÍCEIS


terça-feira, 22 de julho de 2025

O QUE É RANSOMWARE? É IMPORTANTE QUE OS ADVOGADOS E ADVOGADAS TENHAM CONHECIMENTO SOBRE ESTE ASSUNTO


Uma pergunta que vem sendo formulada em vários lugares do país. O sequestro de dados é crime no Brasil? A resposta é que o Código Penal Brasileiro estabelece no seu artigo 154-A que: “Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa”.
Portanto, a resposta é SIM!
Chama-se RANSOMWARE ou Ransom malware o cibercrime de sequestro de dados, que pode afetar um país inteiro e é um assunto que diz muito respeito aos advogados, advogadas e juristas em geral, pois cada vez mais a prática se expande no Brasil e no mundo e todos precisam saber como lidar e se defender do Ransmware, notadamente, os juristas.
O Ransomware é um cibercrime de sequestro de dados que pode afetar um país inteiro e deveria ser tratado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal na modificação do artigo 154-A do Código Penal Brasileiro, pois a pena é ínfima para um crime tão grandioso. Deveria pelo menos o mencionado artigo ser apreciado e modificado para fixar a pena em grau ascendente ao prejuízo causado pelo cibercriminoso.
Aquele conhecido sequestro de pessoas que são aprisionadas para que os familiares sejam extorquidos a fornecerem dinheiro aos bandidos para liberarem o sequestrado está fora do cardápio dos crimes das quadrilhas bem estruturadas do Brasil em cibercrimes.
A grande novidade, que já se pode dizer que se trata de tendência mundial, é sequestrar dados de grandes empresas, instituições públicas e até hospitais pela internet.
Chama-se de ciberataque denominado Ransonware, sendo “ransom” – o valor pago a título de resgate – e “ware”, que advém de “malware” (software malicioso).
A prática deste crime ocorre com a instalação de um programa em um sistema de informação que será responsável por criptografar (tornar indecifrável) os dados ali existentes, deixando o poder de acesso aos dados nas mãos de criminosos que geram uma chave, que só os eles têm acesso.
Na posse da chave de acesso dos dados que, agora estão inacessíveis, os cibercriminosos exigem resgates que podem chegar a numerário milionário, sendo em reais ou em dólares, e só após receberem a soma em dinheiro os bandidos liberam as informações.
O crime é praticado com a utilização de links falsos, e-mails com arquivos maliciosos e até o acesso a determinados sites para que os softwares sejam instalados no equipamento da vítima.
As informações são comprometidas sem que o usuário tenha conhecimento do que está ocorrendo, já que todas as ações são praticadas de forma abstrata para o usuário, silenciosamente, onde só é possível perceber o ataque quando o acesso às informações já está comprometido pelo "malware"(software malicioso).
Em regra, os ciberataques ocorrem contra empresas, prefeituras e grandes instituições do Estado, no entanto, ninguém está livre dos cibercriminosos, inclusive, escritórios de advocacia que poderão ser alvos desses crimes com a intenção de obterem enormes lucros.
Esse crime já vem sendo praticado em outros países, inclusive, nos Estados Unidos mais de 20 cidades sofreram ataques de Ransomware, fazendo com que os principais sistemas ficassem inoperantes durante dias, fato ocorrido recentemente, em abril de 2020.
Não se tem ideia do prejuízo que esses ransomware podem causar aos Tribunais de Justiça dos Estados Brasileiros, inclusive os Tribunais Superiores do país, bastando para tanto que consigam deixar inativos os dados e processos pelo tempo necessário negociarem o resgate de milhões de reais ou dólares? E caso não seja pago o resgate, assim como acontece com as pessoas sequestradas, que são executadas, todos os dados vinculados pela Tecnologia da Informação do Órgão serão destruídos, causando um prejuízo incalculável.
Qualquer um de nós pode ter neste momento um pop-up na tela do seu computador avisando sobre uma infecção por ransomware.
É importante saber que há diferentes formas do ransomware, como você adquiri, qual a procedência, quem é o alvo e como devemos agir para nos proteger contra esse crime.
Na década de 1980 já existia ransomware, no entanto, a forma de resgate era diferente da atual, já que os pagamentos eram exigidos através de envios pelos Correios, no entanto, atualmente os cibercriminosos do ransomware determinam que os pagamentos sejam enviados via criptomoeda ou cartão de crédito, demonstrando uma evolução até na forma de receber o resgate criminoso.
O computador de qualquer usuário está sujeito ao cibercrime, já que o ransomware ataca por diversas portas do seu computador, infectando a sua máquina.
São várias formas de ataques, tais como: Spam malicioso, enviado através de um e-mail não solicitado usado com a finalidade de efetuar a entrega do malware, que ao abrir o seu computador aceita a entrada do vírus criminoso.
Muitas pessoas são vítimas dos ransomware por serem manipuladas pela forma como a mensagem é recebida, já que parecem verdadeiras, com aparência legal e utilizando marcas legítimas e ainda, nomes de pessoas com sobrenomes de parentes da vítima, o que faz a vítima dar credibilidade ao Spam.
Muitas vezes os cibercriminosos utilizam nomes de sites verídicos, como da Receita Federal, sites de Empresas Grandes com propagandas interessantes e até de Cobranças indevidas, que a vítima termina acessando ao site ou Spam, por ter alguma dívida e acha que a cobrança é devida, muitas vezes com propostas interessantes de descontos para pagamentos, daí, a vítima tem seu computador infectado.
São várias as formas de ransomware e algumas delas são bem comuns, da menos prejudicial a extremamente prejudicial.
Em alguns casos você recebe informações de sites de segurança, que na verdade são fraudadores que passam a bombardear seu computador com mensagens "pop-up" exigindo que você pague determinado valor para que as mensagens deixem de aportar no seu computador.
Em outros casos a sua tela é bloqueada e uma mensagem é enviada a você informando que você cometeu alguma ilegalidade e que deverá pagar uma multa, onde a mensagem parece vir de um site legal, como a Receita Federal ou Órgão Fiscalizador, daí você termina pagando uma multa que não existe.
E um dos casos mais graves são aqueles em que seus arquivos são criptografados e você é obrigado a pagar o resgate dos seus arquivos, o que nem sempre ocorre, mesmo que você pague o resgate, pois os seus arquivos já foram destruídos.
Para se ter uma ideia de como agem de forma inescrupulosa os cibercriminosos atente-se para o que ocorreu em 2007, quando o WinLock inaugurou o surgimento de um novo tipo de ransomware que, em vez de criptografar arquivos, bloqueavam as pessoas de usarem seus computadores. O WinLock assumia a tela da vítima e exibia imagens pornográficas. Então, exigia o pagamento através de um SMS pago para removê-los.
Conselhos: Se ainda não é vítima, tenha muito cuidada ao acessar Spam, site sem credibilidade e aqueles que lhes são verdadeiros, quando aparecerem para você, saia e entre novamente pelo seu navegador. Se você acha que o site é suspeito, não arrisque acessar, o melhor é prevenir, pois se for um ransomware lhe perseguindo, você não terá retorno fácil. Faça sempre uma cópia dos seus arquivos importantes, lembrando que atualmente você pode gravá-los nas nuvens. Não confie totalmente dos programas que prometem proteção contra vírus cibernéticos.
Se for vítima, nunca pague o resgate, pois você jamais estará livre de novas chantagens. Procure a Polícia Especializada no assunto da sua cidade. Procure um profissional da tecnologia da informação que possa lhe ajudar. 
Por Sérgio Marcelino
Fonte Portal Justiça

REDAÇÃO LEVA AO SUCESSO OU AO FRACASSO NAS PROFISSÕES JURÍDICAS


No Direito, a palavra escrita é o principal veículo de comunicação. Ninguém põe em dúvida que este não é o único requisito para o sucesso, pois a oratória, expressão corporal, apresentação pessoal, habilidade no trato com as pessoas e outras formas de conduzir-se são essenciais.
Todavia, no Brasil prepondera o processo escrito sobre o oral. Portanto, petições, memoriais, recursos e outras peças são a forma de tentar convencer o julgador do acerto da tese adotada. Transmitir o direito a quem o decide é uma arte que, se não for bem utilizada, pode pôr a perder todo um trabalho.
Mas a relevância da escrita não se resume a petições junto ao Poder Judiciário. Vai muito além. Trabalhos acadêmicos serão examinados por um professor ou uma banca. Cartas ofertando serviços serão avaliadas pela diretoria. Orientações a clientes não podem suscitar dúvidas de interpretação. Decisões administrativas ou judiciais necessitam levar ao interessado, com clareza, qual a sua situação jurídica. E assim por diante, nas múltiplas situações que a riqueza da vida nos proporciona.
No entanto, ainda que isto seja óbvio, cada vez mais os estudantes e profissionais, principalmente jovens, mas não só eles, têm dificuldades de transmitir, de forma clara e correta, o que lhes passa na cabeça.
A veiculação equivocada pode trazer consigo duas diferentes espécies de dificuldades: erros gramaticais e redação incompreensível. Ambas, de formas diferentes, prejudicam a exposição dos fatos.
Os erros de português podem ser de pequena gravidade e em nada atrapalhar a exposição dos fatos. Por exemplo, a nova redação, fruto do acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ainda não foi absorvida pela maioria das pessoas. Portanto, colocar idéia com acento agudo, já abolido, não dificultará o entendimento de quem lê e, portanto, nenhum prejuízo causará.
Já dirigir-se a um cliente com a construção: “Quero agradecê-lo pela confiança” suscitará dúvidas sobre a competência do profissional e, eventualmente, poderá até resultar na recusa de contratação. O verbo agradecer é transitivo indireto, portanto o pronome deve ser lhe e não lo, usado com verbos transitivos diretos.
Muitas vezes confunde-se há e a em expressões de tempo. Há com h indica passado, por exemplo: “O réu há muito vinha praticando as infrações”. Para exprimir tempo futuro, diz-se: “Ela, daqui a dois dias, devolverá a criança ao pai, como combinado”.
Há muitos erros no emprego da crase, que merecem atenção. Por exemplo, só pode ser usada antes de palavras femininas. A conjunção que atrai o pronome se (p. ex., “é preciso que se apresentem amanhã” e não “é preciso que apresentem-se amanhã...”).
O particípio do verbo chegar é chegado e não chego, como muitas vezes se diz e se escreve. Aonde só deve ser usado após verbos transitivos indiretos, que pedem a preposição a; em outros casos usa-se onde.
Estas falhas de redação, todavia, vêm recentemente sendo sobrepujadas por descrições incompreensíveis, problema absolutamente diverso e até mais grave. Sim, mais grave, porque o leitor simplesmente não entenderá o que está escrito.
O que leva uma pessoa a transmitir de forma confusa as suas ideias?
Certamente, não há um fator único. Uma pessoa filha de imigrantes provavelmente terá mais dificuldades com o português, que poderá ser mais pobre em sinônimos e em construção de frases. No passado, alguns eram criados falando o idioma de seus pais (por exemplo, alemão) e só aprendiam o português quando entravam na escola.
Outro fator pode ser a falta de boas leituras. A era da tecnologia, com propostas visuais muito mais atraentes, desestimula a leitura de livros, revistas ou jornais impressos. É certo que uma pessoa que na infância usou seu tempo apenas com vídeos ou jogos eletrônicos terá maior dificuldade de exteriorizar o que pensa. E não só para escrever, mas também para falar.
Pode haver também uma dificuldade de concatenação de ideias. Por vezes, o cérebro não raciocina com uma sequência lógica e as pessoas expõem os assuntos que lhe vêm à mente de forma desordenada. Isto é comum em petições que vão e voltam ao mesmo assunto, repetindo-o inutilmente e cansando o leitor.
Este tipo de dificuldade não é privativo de jovens estudantes. Alcança profissionais já colocados no mercado de trabalho, por vezes com titulação acadêmica ou até mesmo ocupando importantes posições profissionais.
Artigos de doutrina, muitas vezes, têm uma escrita envolvida em tantas frases confusas, em ordem indireta e com palavras em desuso, que não se sabe se o autor não consegue ser claro ou se assim redige para mostrar erudição. O resultado será sempre negativo, porque suas ideias não serão transmitidas simplesmente por não serem compreendidas. Mesmo que os leitores não o revelem, temendo ser tidos por ignorantes.
Petições iniciais merecem cuidado. Uma boa técnica para evitar a escrita dispersa é organizar as ideias em bloco. Por exemplo, primeiro descrever os fatos (quem, quando e onde), sem detalhes inúteis. Só depois dar as razões de direito, aí mencionando normas, doutrina e jurisprudência, estes só se o caso for complexo. Finalmente, o pedido, que deve ser certo e determinado, pois a sentença baseia-se nele (princípio da correlação).
Relatórios de acórdãos, frequentemente, não informam qual a controvérsia. Por excesso de trabalho, com certeza, muitas vezes limitam-se a copiar trechos da sentença e não expõem ao leitor o que está sendo discutido. Por vezes, a própria ementa não traduz o que se decidiu. Péssimo.
Que fazer? A solução é simples: é preciso repensar a forma de comunicação escrita. Para muitos, evidentemente, nada há a ser feito, redigem bem e só lhes resta comemorar esta vantagem na competitiva vida profissional. Para os outros é preciso mudar.
O problema vem da base, evidentemente. No entanto, aqui não se tem a pretensão de encontrar solução para todos os problemas do ensino no Brasil. O campo de análise é mais restrito e menos pretensioso.
A primeira medida deve partir do interessado, seja estudante de Direito ou um profissional já com direito a vaga especial na garage, sob o título de idoso. Quem quer se aprimorar não aguarda oferta, vai à procura.
Mas aos que não têm tal poder de iniciativa, as Faculdades de Direito devem propiciar aos seus estudantes cursos especiais ou suplementares de português e redação. Professores especializados ensinarão técnicas de transmissão de ideias, eliminando-se, por exemplo, palavras inúteis, frases desconexas e redações confusas.
A OAB poderia fornecer cursos específicos aos interessados, que poderiam ir além da redação, incluindo também técnicas de estilo. Por exemplo, orientando a evitar-se nas petições o excesso de negrito ou frases em vermelho, que dão à peça aparência de baixa qualidade.
Tal tipo de curso revela, inclusive, vícios de linguagem dos quais o autor não se dá conta ou escrita incompreensível aos mais novos. Por exemplo, escrever sempre na ordem indireta, o que dificulta a compreensão ou escrita totalmente fora de época como “o ilustre representante do parquet” ou “nesse Egrégio Areópago”.
Em suma, estudar, seja qual for a idade ou a posição profissional ocupada, jamais deve ser vergonha para ninguém. Ao contrário, revela grandeza. Por outro lado, faculdades de Direito, instituições públicas, escritórios e demais interessados, devem manter cada vez mais elevado o nível dos seus estudantes ou profissionais, pois isto só fará crescer o seu conceito.

Por Vladimir Passos de Freitas
Fonte Consultor Jurídico

CONQUISTA DE CLIENTES - QUEIXA SOBRE VALOR DE HONORÁRIOS PODE SER SINTOMA DE OUTRO PROBLEMA


Advogados com dificuldades para conquistar clientes tendem a pensar que seus honorários são muito altos. Isso pode ser verdade, principalmente se seu público-alvo está na faixa de baixa renda da população. Mas, na maioria das vezes, o problema não está no valor dos honorários. É apenas uma consequência de um programa de marketing inadequado.
Essa é a conclusão a que chegou o consultor de marketing para advogados Trey Ryder, após anos de assistência a escritórios de advocacia nos EUA. “Tudo se resume na equação valor/preço”, ele diz.
Essa equação mostra que os clientes pagarão os honorários fixados pelo advogado, se eles acreditam que o “valor” dos serviços jurídicos que vão receber é maior do que o “preço” que vão pagar por eles.
“Porém, se o cliente colocar em um prato da balança o valor do serviço e, no outro prato, os honorários, e concluir que o serviço não vale o custo, então você tem um problema. E ele irá, provavelmente, buscar outro advogado”, ele afirma.
Assim, um elemento básico de um programa de marketing competente é fazer com que os possíveis clientes acreditem que os serviços jurídicos a serem prestados são muito mais valiosos do que os honorários colocados na mesa. Ou seja, o valor dos serviços é maior do que seus custos.
Muitas vezes, a má percepção do cliente pode derivar de um simples problema de comunicação. O advogado precisa avaliar, constantemente, sua capacidade de comunicar ao possível cliente o valor dos serviços que vai prestar a ele.
Ryder diz que encoraja os advogados, para os quais presta assessoria, a manter seus honorários na faixa superior dos que são praticados no mercado.
“É muito melhor você ser considerado o advogado mais caro da cidade — e ver os clientes valorizarem seus conhecimentos e sua experiência — do que se posicionar na faixa inferior do mercado — e ver os clientes desconfiarem de suas qualificações”, ele afirma.
Em um tom bem americano, ele aconselha: “Certamente, nem todas as pessoas poderão pagar seus honorários. Porém, se 30% da população pode pagar honorários na faixa superior do mercado, seu único problema será saber se esse público-alvo poderá gerar as receitas que o escritório almeja”.
Para o consultor, não importa quão estreita é a faixa da população em um determinado segmento de renda, nem quão definido é seu nicho dentro do mercado da advocacia, sempre haverá um público-alvo bem maior do que o que ele pode abarcar.
A chave é ter um programa de marketing competente, que possa, efetivamente, identificar, atingir e conquistar os clientes que precisa dentro desse universo, por mais delimitado que ele seja, explica.
A única maneira de um advogado superar essa dúvida sobre o que seria um alto valor de seus honorários é se posicionar acima dessa questão. “Do ponto de vista do marketing, você — ou seu escritório — tem de se mostrar, para o cliente, como tão incomum, no que se refere a seus conhecimentos, competência profissional e experiência, que seria um risco muito grande contratar outro advogado.
“Não caia na armadilha em que a fixação de honorários baixos parece ser o melhor chamariz”, ele sugere. Quando o advogado reduz seus honorários, ele também reduz o nível da percepção que o cliente tem dele. E só irá atrair clientes que escolhem advogados com base no que irão pagar por seus serviços.
É claro que há exceções à regra que sugere o posicionamento no segmento mais alto da população — ou mesmo em uma faixa intermediária. Há advogados que, por uma questão de opção, preferem atender a população nas faixas mais baixas de renda.
Porém, se o advogado consegue altas receitas, atuando com o público mais abastado da população, terá recursos suficientes para prestar serviços pro bono à população menos favorecida, em oposição a fixar honorários muito baixos.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

8 DICAS PARA TRANSFORMAR CARTÕES DE VISITA EM NETWORKING

Confira o que você deve fazer para tornar seus contatos profissionais mais efetivos para a sua carreira, segundo Caio Arnaes, da Robert Half

Manter uma pilha de cartões de visita na sua mesa de trabalho não é sinônimo de networking. Colecionar estes pequenos pedaços de cartolina não vai trazer benefícios para a sua carreira profissional a menos que você saiba o que fazer com eles.
“Não é só ter cartões de visita, tem que manter os contatos ativos”, diz Caio Arnaes, gerente sênior da Robert Half. Mas, como transformar estes cartões em contatos de carreira mais efetivos? Confira as dicas do especialista:

1 Foco e planejamento são essenciais
A rede de contatos profissionais deve ser criada tendo em vista o seu objetivo profissional. “O primeiro passo é construir o networking em cima do mercado em que você atua ou que deseja atuar”, diz Arnaes.
Deseja subir alguns degraus na sua carreira dentro do mercado em que você já atua? Invista nos contatos dentro deste grupo de atuação. Quer mudar de rumo na vida profissional? Aposte nos relacionamentos com as pessoas que já estão inseridas no mercado que você está de olho.
“Foco resolve muita coisa”, lembra Arnaes. Por isso planeje-se antes de fazer suas conexões para que elas estejam mais alinhadas às suas metas.

2 Participe de eventos regularmente
De que adianta ir a uma reunião, trocar um monte de cartões, enfiá-los no bolso e nunca mais encontrar essas pessoas? “A gente costuma falar que quem não é visto não é lembrado”, diz Arnaes.
O especialista recomenda que os profissionais participem, com certa regularidade, de eventos do mercado em que atuam. “Vá a jantares, reuniões e mantenha contato com essas pessoas”, diz ele.

3 Lembrar para ser lembrado: crie vínculos
Conheceu uma pessoa que você considera um contato importante pra sua carreira? Tente criar um vínculo com ela. “Encaminhe uma notícia sobre o setor em que ela atua, diga que ao ler lembrou-se dela e pergunte o que ela acha da reportagem”, sugere Arnaes.
Essa pessoa vai se sentir lembradas por você e, de acordo como especialista, as chances de ela se lembrar de você quando surgir alguma oportunidade ou algo relevante para a sua atividade profissional aumentam.
Mas, cuidado! Envie mensagens personalizadas, evite mandar um e-mail para dezenas de destinatários, porque isso não vai causar uma boa impressão. “Há pessoas que exageram, mandam a mesma mensagem para uma lista de 70 e-mails e isso não é bem visto e causa uma imagem negativa”, diz.
Nestes moldes, a possibilidade desse e-mail nem ser lido e acabar na pasta de lixo eletrônico é enorme, pense nisso, antes de clicar no botão enviar.

4  Não aposte na sua rede apenas quando precisar dela
Movimentação de mercado baseada em networking é algo que acontece muito, diz Arnaes. “Conheço vários profissionais que mudaram de posição a partir da rede de contatos”, diz ele.
Mas, a regra de ouro para fazer networking do jeito certo e assim ter uma rede capaz de ajuda-lo a atingir seus objetivos é mantê-la ativa mesmo quando não precisa dela. Do contrário, você pode ficar com fama de interesseiro. “Não pode deixar para fazer networking apenas quando você está de olho em novas oportunidades profissionais do mercado”, explica Arnaes.
A sua agenda de telefones deve ser construída pouco a pouco, ao longo te toda a sua vida profissional. Não perca contato com ex-chefes e colegas de trabalho, procure colegas de faculdade e de pós-graduação, mande mensagens, use as redes sociais para encontrar essas pessoas.

5 Saia do mundo virtual
“Se formos montar uma escala, o melhor é encontrar pessoalmente, em segundo lugar vêm o contato telefônico e, por fim, mensagens eletrônicas”, destaca Arnaes.
Redes sociais são ótimas ferramentas para encontrar as pessoas, no entanto, levar estes contatos do ambiente virtual para o real é importante. Um bate papo em um café é bem mais proveitoso do que uma simples mensagem via LinkedIn.

6 Qualidade vale mais do que quantidade
Mil conexões no LinkedIn impressionam quem visitar o seu perfil. Mas, não significam muita coisa se não passarem de conexões virtuais. É certo também que gerenciar mil contatos não tarefa das mais simples. “Você não vai conseguir nem trabalhar”, diz Arnaes.
Uma rede mais enxuta pode ser muito mais efetiva do que mil conexões inativas no seu perfil. É claro que ninguém está dizendo para você não aceitar pedidos de conexão, mas não descuide dos contatos que fazem mais sentido para o seu atual momento profissional.
“Dentro deste grupo de mil conexões, você deve pensar com quais pessoas você deve manter um relacionamento mais próximo”, aconselha Arnaes.

7 Organize seus contatos
Encontrar um relatório no meio da bagunça de uma mesa de trabalho pode ser uma tarefa hercúlea. Achar um contato importante no meio de milhares de emails na sua caixa de entrada, dezenas de cartões de visita empilhados ou em meio a milhares de conexões no LinkedIn também.
Por isso, priorize e organize seus contatos. Crie subgrupos no LinkedIn para aqueles com os quais deseja manter um contato mais próximo. Arrume os cartões de visita de modo que aqueles que considera mais importantes fiquem mais visíveis. Crie subpastas no software de gerenciamento de emails que você utiliza.

8 Crie uma rotina
Separar um determinado período de tempo para visitar a sua rede de contatos é uma boa estratégia. “As pessoas têm a tendência de procrastinar, estabelecer uma rotina evita isso”, diz Arnaes.
A frequência com que você deve parar para checar como anda a sua rede de contatos é você quem vai estabelecer. “Vai depender da intensidade e da quantidade de contatos”, lembra Arnaes.
Ao investir um tempo para esta atividade, você pode perceber que está há mais seis meses sem conversar com um ex-colega e descobrir que hoje ele está trabalhando na empresa dos seus sonhos. Que tal ligar para ele e marcar um café?
Por Camila Pati
Fonte Exame.com

EM BUSCA DE EMPREGO? CONFIRA 6 ERROS QUE VOCÊ NÃO PODE COMETER NO CURRÍCULO

Problemas na gramática podem ser muito mais graves do que a falta de experiência para os recrutadores; fotos inadequadas também atrapalham

Cometer erros de português na hora de elaborar um currículo pode ser mais prejudicial para sua contratação do que a falta de experiência na área, por exemplo. Pelo menos, é o que diz uma pesquisa realizada pela Catho, que mostrou que 34% dos candidatos são eliminados por problemas na gramática. Mas esse está longe de ser o único equívoco cometido por quem está em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Demonstrar falta de foco e cuidado ao elaborar um currículo é um dos maiores problemas dos candidatos, afirmam os recrutadores
Pode parecer um assunto batido, mas elaborar um currículo sempre gera dúvidas. Seja você um profissional experiente ou marinheiro de primeira viagem, há sempre um dilema quanto ao que colocar e como causar uma boa impressão.
“Em um cenário de grande concorrência, o número de candidaturas para vagas está cada vez maior. Se queimar no primeiro contato por conta de erros de gramática não é perder uma oportunidade de entrevista, e sim, várias. O currículo deve receber muita atenção antes de ser enviado ao mercado”, recomenda a gerente da Catho, Bianca Machado.
Por mais que as intenções do candidato ao elaborar um currículo sejam as melhores, é comum não saber se colocar uma foto ou exaltar características pessoais são informações relevantes e bem vistas aos olhos dos empregadores.
Com base nas dicas de especialistas em recrutamento, o Brasil Econômico listou os maiores erros no currículo cometidos na hora de elaborar um currículo e que podem estar te atrapalhando na busca por um emprego.

1. Erros de gramática
Não adianta preencher todos os pré-requisitos, como graduação, cursos de especialização e experiência na área, se na hora de elaborar o currículo o candidato cometer erros básicos de português.
Não usar a norma culta da língua também é outro fator que contribui com uma impressão negativa por parte do recrutador. O mesmo vale para problemas de digitação. Por isso, é imprescindível que o candidato faça uma revisão em todo o conteúdo do currículo - e não apenas confie no corretor ortográfico do Word - antes de compartilhar o documento com as empresas.

2. Tamanho exagerado
É importante ter em mente que, dependendo da vaga que você vai se inscrever, a concorrência pode ser enorme. Ainda segundo o levantamento da Catho, um recrutador recebe uma média de 30 a 50 currículos por vaga, desses, 5 a 10 candidatos chegam a participar de uma entrevista com o recrutador. Currículos muito longos e prolixos só dificultam a localização de informações importantes.
Além disso, fazer um currículo com mais de uma página, principalmente quando o cargo que está sendo disputado é destinado a um perfil júnior (que não se espera tanta experiência e informações do profissional) só aumenta as chances de o documento ser descartado.

3. Nada de se gabar
Ambicioso, perfeccionista, dinâmico, dedicado, essas e outras características pessoais, muitas vezes, não convencem o recrutador. Colocar menções elogiosas no currículo pode parecer arrogante ou até falso.
Se o objetivo é destacar suas características, busque fazer isso ao priorizar informações objetivas, tais como experiência, resultados alcançados e projetos liderados. Aproveite o momento de contato da entrevista para potencializar as habilidades profissionais.

4. Informações pessoais desatualizadas
Pode parecer que não, mas no ranking levantado pela Catho sobre os itens que não devem ser colocados no currículo de jeito nenhum, dados de contatos desatualizados ficam em primeiro lugar em disparada, segundo uma pesquisa feita com mais de 400 recrutadores.  74% deles elegeu esse como o principal erro.
“Por mais simples que pareça, é muito comum o recrutador receber currículos com número de telefone e e-mail desatualizados. Facilmente esse currículo é descartado, diminuindo as chances desse candidato de participar do processo seletivo e, consequentemente, de ser contratado”, diz Machado.
Ocupando a área mais nobre do currículo, o cabeçalho com os dados pessoais do candidato ocupa a base superior do documento e contém os principais meios de contato entre o recrutador e o profissional. Mesmo que pareça óbvio, é muito comum o entrevistador receber documentos com e-mail, endereço e número de telefone desatualizados.

5. Fotos inadequadas
Uma grande dúvida na hora de enviar o currículo é: colocar ou não uma foto? Bem, a resposta é simples. Se a empresa não solicitou o envio, não colocar é a melhor opção, afinal de contas, o objetivo do documento é destacar as qualificações profissionais do candidato. 
“Apesar de não ser tão comum, às vezes é interessante ter a foto. Se a ideia do candidato é associar sua imagem com o perfil profissional que ele construiu, como quem quer colocar uma marca ao seu currículo, pode ser uma boa ideia colocar foto”, diz Gabriel Tortejada, candidate experience manager da Revelo, empresa que  intermedia processos de recrutamento e seleção para várias profissões. 
Algumas áreas em específico veem como diferencial o uso da foto. Nesses casos, dê preferência a fotos sóbrias, em formato 3x4, com fundo neutro. E claro, em boa qualidade.

6. Falta de foco
A dificuldade para encontrar um emprego pode fazer com que o candidato aposte em diversas áreas de atuação para tentar uma oportunidade. Para economizar tempo, as pessoas costumam elaborar um currículo e disparar para várias empresas. O problema disso é que o documento acaba ficando sem foco e o campo "objetivo", muito genérico.
"O recrutador quer que a pessoa demonstre interesse na empresa dele. Por isso, o ideal é o que o campo 'objetivo' seja focado em uma área específica. Se o candidato é da área financeira, mas quer tentar vagas de tesoureiro e analista,  é preciso fazer dois currículos diferentes", afirma Tortejada. "Quanto mais abrangente forem as informações, maior é a impressão de que o candidato não está focado", finaliza.
 Por Marina Teodoro
Fonte Economia - iG