sábado, 31 de agosto de 2024

FELIZ SÁBADO!

É GRIPE OU RESFRIADO? CINCO DICAS PARA DIFERENCIAR UMA COISA DA OUTRA

As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais fortes nos casos do vírus da gripe

Os sintomas podem até parecer os mesmos, mas não são. As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais fortes nos casos de gripe.
Um “pré-diagnóstico” do próprio paciente pode ser determinante para que ele tome a decisão de procurar atendimento e seja medicado de forma adequada ainda nas primeiras 72 horas do início dos sintomas.
“É muito importante que o paciente tenha uma noção das diferenças e, caso desconfie de que esteja gripado, procure um médico e jamais ignore a doença. A gripe é uma doença tão séria que possui um tratamento e uma vacina específicos, enquanto o resfriado, não”, afirmou o infectologista Ralcyon Teixeira, supervisor do pronto-socorro do Instituto Emílio Ribas. Veja abaixo cinco dicas para identificar se você tem gripe ou resfriado:

1)Tenho febre: qual a temperatura?
Pode estar relacionada tanto à gripe quanto ao resfriado, mas a diferença fica por conta da intensidade. Resfriados causam febres de no máximo 38 graus, enquanto temperaturas que vão além disso podem ser entendidas como um sintoma claro de gripe;

2) Como começou?
O resfriado se instala de forma lenta e gradativa, enquanto a gripe sempre acontece de forma repentina e rápida, “derrubando” o paciente “de uma hora para outra”.

3) Estou tossindo: como é a tosse?
É um sintoma marcante da gripe, especialmente a tosse seca. Se for este o caso, fique em alerta! Resfriados não causam tosse ou apresentam o sintoma apenas na reta final da doença;

4) Estou espirrando?
O espirro, a coriza e o nariz vermelho, ao contrário do que se imagina, são características bem peculiares do resfriado e não da gripe. Quadros de gripe quase não apresentam irritação relacionada às narinas (vias respiratórias altas);

5) Há quanto tempo estou assim?
Resfriados duram em média de três a quatro dias. Gripes duram em média sete dias.

Fonte iG Saúde

NUNCA DISCUTA - MARK TWAIN

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

MARKETING PARA ADVOCACIA: SAIBA O QUE NÃO FAZER


Vivemos em um modelo de mundo onde, cada vez mais, interagimos e nos comunicamos pelas redes sociais. Nessas redes, nossos perfis contam narrativas daquilo que postamos e, portanto, do que desejamos projetar.
Ao mesmo tempo que isso nos dá certo controle da dimensão pública de como somos percebidos, também procuramos manter a autenticidade na projeção de nossas personalidades.

Marketing para a advocacia
É claro que a advocacia não escapa desse modelo de convivência da atualidade.
Cada vez mais, escritórios de advocacia criam perfis virtuais onde publicam informações diversas e buscam garantir que a população tenha acesso à informação jurídica de qualidade.
As publicações, por sua vez, tem o potencial de criar uma imagem do escritório para o mundo digital. Um escritório bem prospectado na rede, que está constantemente postando conteúdos de qualidade, se molda como autoridade na sua área de especialidade e, portanto, é percebido como tal.
Na prática: quanto melhor a qualidade dos conteúdos postados, maior é a tendência de garantir um retorno de reconhecimento e de busca de clientes ao escritório.
Uma pergunta se impõe: quais os limites do marketing na advocacia?
O que um escritório pode e o que um escritório não pode fazer para atrair clientes?

O que a OAB diz?
No Brasil, dois atos normativos regem o que pode e o que não pode ser feito por advogados em quesito de marketing e de captação de clientes. São eles o Código de Ética e Disciplina da Organização dos Advogados do Brasil e o Provimento nº 94 do Conselho Federal da OAB.
A ideia central desses provimentos é evitar a mercantilização da profissão, protegendo a profissão de advocacia no Brasil daquilo que acontece com frequência nos Estados Unidos:

“Compre um divórcio, ganhe o próximo com 50% de desconto! Divórcios baratos. acabe com a miséria hoje mesmo. Propaganda de advocacia feita nos Estados Unidos.”

Em resumo, podemos estabelecer três princípios que norteiam a advocacia brasileira.
1.      Caráter informativo;
2.      Prima por discrição e sobriedade;
3.      Não mercantiliza da profissão

O que eu não devo fazer? 
·        Não devo: fazer menções a outros clientes ou a demandas profissionais
·        Não devo: fazer referência a função pública que já tenha exercido
·        Não devo: usar frases de persuasão ou de autoengrandecimento
·        Não devo: fazer comparações públicas com outros advogados
·        Não devo: divulgar os valores do meu serviço
·        Não devo: fazer oferta pública de serviços gratuitos
·   Não devo: usar publicidade para chamar as pessoas para litigarem, seja de forma administrativa ou judicial
·        Não devo: fazer veiculação do serviço de advocacia em conjunto a outra atividade. Ou seja, sem fazer "venda casada" do exercício de advocacia com escritório de contabilidade.
·   Não devo: usar ilustrações ou símbolos que não combinem com a sobriedade da advocacia
·    Não devo: usar outdoor, propaganda ou publicidade em vias públicas, salvo se necessário para identificar a localização do escritório de advocacia, sempre com discrição e sobriedade
·        Não devo: fazer publicidade em rádio, cinema ou televisão
·        Não devo: debater causa já patrocinada por outro advogado
·        Não devo: responder, com habitualidade, a consulta sobre matéria jurídica nos meios de comunicação social
·        Não devo: prometer resultados
·        Não devo: comprometer a dignidade da profissão

No meio de tantas restrições, uma dúvida se impõe.
O que eu posso e devo fazer para melhorar a imagem do meu escritório de advocacia e conseguir captar mais clientes, respeitando os limites éticos da OAB?

Por Blog do Jusbrasil
Fonte JusBrasil Notícias

DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO

Cigarro, que droga!

Os pneumologistas afirmam que os males do fumo passivo causam severos prejuízos à saúde. A fumaça do cigarro libera a adrenalina e o cortisol, hormônios causadores do estresse ao fumante passivo, aquele que aspira o ar poluído pelo cigarro.
Evitar restaurantes, boates ou locais fechados, freqüentados por fumantes, não é suficiente. O importante é coibir o cigarro também no trabalho e em casa. As substâncias tóxicas de apenas um cigarro aceso já poluem ambientes fechados. No final de um dia, aqueles que convivem 80% do tempo com fumantes podem ter respirado o equivalente a dez cigarros. Depois de passar pelo filtro do cigarro, a fumaça, pode poluir o ar, em média, com três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça inalada pelo próprio fumante ''. E os chamados fumantes passivos são os que mais sofrem, podendo adquirir asma, otite, alergias, sinusite, faringite, bronquite e dor de cabeça, entre outras doenças como as arteriais, as cardíacas, o câncer de pulmão e de garganta.
Muitas pessoas fumam na varanda, na janela, ou nos corredores dos prédios acreditando que estão evitando o mal aos filhos pequenos. Mas os pediatras afirmam que as substâncias químicas são muito abrangentes, mesmo que o cheiro do cigarro não seja sentido.
Crianças e idosos, que convivem com pessoas fumantes, ficam com o sistema imunológico debilitado e correm o risco de sofrerem problemas respiratórios graves pelo resto da vida.
As substâncias químicas do cigarro são absorvidas pela placenta e prejudicam o desenvolvimento do feto. Daí ser necessário que as gestantes evitem ambientes onde haja fumantes, para evitar que seus bebês nasçam com baixa imunidade e muito abaixo do peso.
Pais e mães fumantes expõem seus filhos a um risco cinco vezes maior de padecerem de doenças pulmonares e também de virem a sofrer de morte súbita.
Não fume e não permita que fumem em lugares públicos! Respeite a vida!

Fonte Velhos Amigos

APRENDA MEU FILHO

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O QUE É UM MAPA MENTAL? PARA QUE SERVE? PASSOS PARA FAZER UM


O que é um mapa mental? Mapa mental é um diagrama que permite que você organize ideias de forma simples e lógica, representando-as visualmente, facilitando o processo de memorização. Ele começa com um tema central, que evolui através de linhas ou “ramos” relacionando os subtópicos do tema.
Técnica de estudo criada no final da década de 1960 por Tony Buzan, um consultor inglês. Ela consiste em criar resumos cheios de símbolos, cores, setas e frases de efeito com o objetivo de organizar o conteúdo e facilitar associações entre as informações destacadas.
Como o próprio nome diz, serve para você se orientar nessa vastidão de conteúdos. Essa técnica de estudos ajuda a memorizar os principais pontos do tema estudado e organizar os detalhes na sua cabeça.
A primeira coisa que você deve fazer é pegar uma ficha em branco (pode ser uma folha sulfite A4), deixe virada na horizontal e coloque algum conteúdo bem marcante no centro. Faça desenhos, monte gráficos ou insira símbolos.
A partir desse ponto central, você desenvolverá o estudo e organizará as principais informações. É muito importante que você escolha bem o que vai representar sua ficha de estudos, pensando nas conexões feitas entre ele.
Outro ponto muito importante na construção do seu resumo é você decidir o que cada elemento representará. Tudo tem que ter sentido, com diferentes significados.
Por isso, tudo precisa ser muito bem pensado:
·        cores – cada uma delas deve “comunicar” algo;
·    formatos – a escolha de cada formato deve ser pensada para associar conteúdos. O retangular pode abordar aspectos políticos, enquanto o triangular diz respeito ao aspecto econômico;
·        setas – o tipo de seta também pode te deixar uma dica e criar conexões no mapa mental;
·        balõezinhos – a mesma lógica se aplica a cada balão.

Veja os melhores sites para fazer de graça
1.      GoConqr (goconqr.com/pt-BR/mapas-mentais).
2.      MindMeister.
3.      Draw.io.
4.      Coggle (coggle.it).
5.      Canva (canva.com/pt_br/graficos/mapa-mental).
6.      Gliffy.

Passos para desenhar um mapa mental:
1.      Defina o tema central, ex: Direito Internacional.
2.      Procure informações que envolvam o tema e leia bastante sobre os assuntos que você precisará colocar no mapa.
3.      Utilize cores, setas e desenhos. Esses elementos no mapa vão ajudar você a associar os assuntos e lembrar deles posteriormente.
4.      Use palavras-chave curtas para montar o fluxo do seu mapa, pois as grandes tiram o foco e podem confundir.
5.      Deixe a folha em formato paisagem. Isso ajuda as ideias a fluírem melhor.
6.      Comece desenhando no centro da folha, colocando o tema central e o envolvendo com algum elemento visual. Exemplo: um balão de idéia ou algum desenho que represente a palavra.
7.      Conecte as linhas de forma decrescente, ligando os maiores junto com os subtópicos e o tema central, e os assuntos mais específicos, com linhas menores, ligando nos subtópicos. Ficou confuso? Veja um exemplo:


8.      Faça linhas com curvas. Desse modo, o cérebro terá mais facilidade de manter a atenção, já que linhas retas deixam a mente entediada com mais facilidade.
9.      Por fim consulte-o sempre para não esquecer a linha de raciocínio. O cérebro precisa de um tempo para memorizar novas informações até que elas se tornem naturais.

Como criar um mapa mental no Word?
Como fazer um mapa mental
1.      Selecione um template de mapa mental.
2.      Clique no texto para começar a personalizar o seu mapa mental.
3.      Personalize detalhes como cores e fontes.
4.  Escolha itens como quadros, formas e linhas da nossa ampla seleção de elementos gráficos.
5.      Baixe, imprima ou compartilhe.

Referências bibliográficas
DEL RIO, V. Introdução ao desenho urbano no processo de planejamento. Um. Ed. São Paulo: PINE, 1990.
MORAN, J.M. Ensino e Aprendizagem inovadores com Tecnologias Audiovisuais e Telemáticas; in NOVAS TECNOLOGIAS E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA. Campinas, SP: Papirus, 2000.
NOT, LOUIS. Ensinando a Aprender. Elementos de Psico-Didática Geral. São Paulo: Summus, 1993.
Benigno Núñez Novo
Fonte JusBrasil Notícias

COMO DECIDIR RÁPIDO

CONFIANÇA

terça-feira, 27 de agosto de 2024

MENOS É MAIS: JUIZ DO TRIBUNAL ESCREVE RECEITA PARA ADVOGADO SER MAIS CONCISO

EM ARTIGO PUBLICADO PELO JORNAL DA ABA (AMERICAN BAR ASSOCIATION), ELE TENTA ENTENDER A PROLIXIDADE DOS OPERADORES DE DIREITO, INCLUINDO PROMOTORES E JUÍZES

Com base em sua autocrítica e em conversas com colegas, o juiz formulou algumas hipóteses para essa prática: “uma teoria é a de que os advogados pensam que devem formular sentenças longas e complexas, recheadas de juridiquês, quando falam ou escrevem, para soarem como advogados”.
Outra teoria, afirma, “é a de que nós pensamos que somos mais eloquentes do que realmente somos”. E há mais uma, provavelmente a mais generalizada: “Sentimos receio de deixar alguma coisa de fora que poderia ser relevante. Mas, ao falar ou escrever muito, corremos o risco de perder o argumento central no meio de tantos argumentos periféricos”.
Autor dos livros Cardinal Rules of Advocacy e Questions From The Bench, ele coletou algumas citações para “enriquecer” seu artigo: “A concisão é a alma da sabedoria” – Hamlet; “Seja sincero, breve e sente-se” – Franklin Roosevelt; “O segredo de um bom sermão é um bom começo e um bom fim e ter esses dois o mais perto possível um do outro” – George Burns.
Lavine não está sozinho nessa luta a favor da concisão. Há quase uma “campanha” nos Estados Unidos, para convencer operadores do Direito a abandonar a prolixidade e adotar a concisão. Mas ele tem suas próprias ideias sobre como fazer isso e oferece, no artigo, dez sugestões:

1. MANTENHA A SIMPLICIDADE
Tente reduzir seu ponto principal em uma sentença ou duas. Mesmo o caso mais complexo tem um ponto central, que deve ser bem articulado.
Exemplo: Em vez de “Este processo levanta a questão sobre se, de acordo com o Artigo 6 da Constituição do Estado e com a Quarta Emenda da Constituição dos Estados Unidos, bem como com decisão precedente, a busca feita pela polícia no carro de meu cliente, em 22 de novembro de 2016, se baseou em causa provável ou se, conforme alegamos, o policial que conduziu a busca se valeu inapropriadamente de sua intuição, para concluir que havia contrabando no porta-malas”, seria melhor “Este processo se refere a uma busca ilegal no porta-malas do carro de meu cliente”.

2. EVITE LONGAS CITAÇÕES
Só porque você tem um computador, não significa que você deva copiar e colar longas citações em seu texto. Isso é frequentemente desnecessário. Comprima os argumentos, as sentenças e os parágrafos tanto quanto possível. Por exemplo, não cite três precedentes em sua petição, se uma for o suficiente.

3. CONTENHA-SE
Não se sinta obrigado a usar todo o tempo que lhe é concedido em suas sustentações orais ou todas as páginas possíveis em uma petição. Se você pode fazer seu trabalho em 10 páginas, em vez de 35, faça em 10. Se puder apresentar sua sustentação oral em cinco minutos, em vez de 25, será muito melhor. Os juízes irão ficar profundamente gratos.
Se você não tem nada a dizer no contraditório, não se sinta obrigado a ser brilhante. Apenas declare que não tem nada a acrescentar e sente-se.

4. CONHEÇA SEU PÚBLICO
Ajuste suas alegações/sustentações às necessidades de seu público (jurados, juiz, desembargadores, etc.). Nunca apresente um argumento só porque você o acha interessante ou mesmo irrefutável, se ele não irá ajudar a atingir seu objetivo de convencer seu público-alvo. Isso exige que você pense muito e planeje com antecedência. E requer conhecimento do público que você quer persuadir e suas prováveis predisposições.
5. Edite sem piedade
Já se disse que a arte de escrever bem é a arte de editar bem. Quase sempre há uma maneira de encurtar a redação de suas sentenças. A não ser que você esteja editando um soneto de Shakespeare, corte, corte, corte.

6. EVITE O JURIDIQUÊS
Muitos advogados pensam que têm de falar e escrever de maneira intrincada, legalista, embebida em jargões da área, porque isso é próprio da classe. A verdade é que a maioria dos advogados bem-sucedidos escreve de uma forma clara e direta, usando sentenças curtas. Em algum momento, o uso de palavras ou frases em latim ou mesmo de um conceito mais complexo será necessário. Mas essa será uma exceção à regra.

7. RESISTA À TENTAÇÃO
A tentação de usar argumentos secundários (ou paralelos) é muito grande. Frequentemente, ao preparar uma petição ou sustentação, os advogados perscrutam as profundidades interiores de uma questão jurídica fascinante ou de uma peculiaridade fatual. Lembre-se de que o que lhe parece fascinante pode parecer desinteressante para as pessoas que você está tentando persuadir. Tente se lembrar de que seu público tem uma visão limitada de seu caso e dos aspectos do caso que podem lhes interessar.

8. APRESENTE SEUS ARGUMENTOS A LEIGOS
Sem citar o santo ao contar o milagre, para não quebrar a confidencialidade advogado-cliente, discuta seus argumentos com pessoas leigas (parentes, amigos, empregados do escritório não advogados, etc.), com o objetivo de ver se eles os entendem e acham que são convincentes. Ouça as dúvidas deles com humildade e tente melhorar. Se você entrar muito fundo no assunto e sua petição/sustentação não for bem entendida, você terá um problema.

9. ORGANIZE SEUS ARGUMENTOS
Selecione dois ou três de seus melhores argumentos e trabalhe arduamente nele. É difícil um caso em que são necessários mais de dois ou três argumentos ganhadores. Escolha os argumentos com maior probabilidade de prevalecer e se concentre neles. Argumentos fracos são contraproducentes, porque levam você a “perder pontos” com quem vai decidir o caso, diminuem o impacto dos argumentos fortes e reduzem sua credibilidade.

10. FINALIZE SUA APRESENTAÇÃO
Após apresentar seus argumentos essenciais, pare por aí.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Conjur

COMO FAZER UMA PETIÇÃO INICIAL: 5 PASSOS PARA O SUCESSO!

Orientações de como fazer uma petição inicial irretocável

As dicas podem parecer simples. Entretanto, nos tempos atuais, o simples tem sido o mais difícil de ser utilizado. Talvez pelo hábito de rebuscar demais o que não é necessário ser rebuscado, retornar à simplicidade seja tão difícil. Contudo, a dificuldade em fazer isso também pode estar atrelada ao receio de que o juiz não irá aceitar uma peça jurídica que não seja longa. Assim, ela acaba por ser integrada por informações prolixas e repetitivas que poderiam ser facilmente descartadas. Textos escritos dessa forma, inclusive, tendem a causar uma dificuldade de compreensão, o que pode ser péssimo para o trâmite da ação.
Ou seja, pecar pelo excesso nem sempre é uma boa escolha. Às vezes, é mais assertivo agir de forma contrária e elaborar a peça jurídica com o seguinte em mente:

1 - Qual é o problema?
O cenário em que o advogado geralmente descobre a resposta desse primeiro passo é:
1- O cliente liga e agenda a conversa com o advogado;
2- O cliente chega ao escritório no dia e horário marcado;
3- O cliente e o advogado conversam sobre o que o traz ali.
Pronto! Não é preciso mais do que isso para encontrar a resposta, desde que o advogado esteja realmente ouvindo o seu cliente. Portanto, o diálogo é um momento fundamental para escutar e se fazer ouvir. O cliente precisa sair do escritório devidamente informado sobre o que o advogado irá fazer a partir dali, quais são as possibilidades e o que é que pode acontecer com a causa dele. É bom que ele saiba, inclusive, o tempo de trâmite, para evitar frustrações e insatisfações.
Não são poucas as vezes em que um cliente demonstra um certo descontentamento com a atenção que o advogado lhe dedica. Na verdade, esse tipo de reação é mais comum do que se imagina. É é voltado, especialmente, aos advogados que deixam o cliente sem resposta.
Uma simples troca de papéis é suficiente para saber como ficar sem retorno é até irritante. Afinal, há processos em que o advogado depende de o cliente enviar certos documentos para poder peticionar. E enquanto o cliente não envia o necessário, o advogado não consegue evoluir no trabalho.
A primeira medida é ligar para o cliente. E ele não atende. A segunda é deixar uma mensagem de voz na secretária eletrônica. Mas ele não retorna. A outra medida é tentar contato pelo aplicativo de mensagem, porém, sem sucesso. Pois o cliente nem visualizou a mensagem. Isso depois de algumas horas.
Por mais que o interesse seja do cliente e ter o processo andando, o trabalho do advogado fica comprometido com tanta falta de atenção do cliente. No fim, esse cliente é julgado como um mau cliente.
Ou seja, o mesmo acontece quando é o advogado que não se mostra disponível para o cliente. Ele é julgado como um advogado ruim, por mais que tenha solucionado o caso. Enfim, para evitar que isso aconteça a escuta tem de ser atenta. Além disso, os canais de contato precisam ser realmente efetivos.

2 - Qual é a solução?
Agora que o problema já está claro, como descobrir a solução para ele? Isso não é tão difícil. Em muitas situações, a solução surge durante a conversa do advogado com o cliente. Enquanto ele ouve o relato da situação que levou a pessoa a buscar assessoria jurídica, é capaz de já identificar o que fazer perante a situação.
Pode ser, também, que o relato do cliente seja muito semelhante ao de outro, atendido no passado. Em casos parecidos, como sabemos, podem ser aplicadas medidas similares. Então, por já conhecer o problema, o advogado já tem pré-determinada uma solução.
Por último, a solução pode advir de estudo e pesquisa de causas que envolvam situações equivalentes. É um meio um pouco mais trabalhoso, que pode exigir um pouco mais de tempo, mas que é efetivo também, dependendo do quanto o advogado dedica-se à ação.
No entanto, é preciso estar atento. Especialmente quando o caso do qual o advogado irá se ocupar dali para frente for semelhante a outro. Primeiro, porque, mesmo que pareça que basta, apenas substituir informações em uma petição inicial, por exemplo, pode não ser a melhor estratégia. Afinal, algo sempre pode passar despercebido. E quando isso acontece, a chance de o juiz requerer ajustes é maior.

3 - Como fazer a petição inicial?
Toda petição inicial precisa ter os fatos bem claros e explicados. Basicamente, o advogado precisa fazer, para o juiz, um relato da história contada pelo cliente. Nessa hora, o que ajuda muito, é fazer um exercício muito simples.
Digamos que essa história não vai ser contada a um juiz, mas para um amigo ou outra pessoa que trabalha no escritório de advocacia. Como seria feita essa narrativa? Como seria contada essa história, para essas pessoas?
É dessa forma que devem ser apresentados os fatos para o juiz. Com simplicidade e sem muita preocupação com rebuscamento. O importante é que os fatos passem a mensagem que se quer, sem se esquecer de abordar as perguntas de sempre:
– O que aconteceu?                                      
– Com quem aconteceu?                              
– Quando aconteceu?                      
– Como aconteceu?
– Onde aconteceu?                 
– Por que aconteceu?
– O que é esperado que aconteça a partir da ação?
O advogado pode até inovar e usar, aqui, estratégias utilizadas pelo marketing para contar uma história capaz de engajar. Claro que de forma ética e que não fira qualquer princípio.
A questão é que o relato precisa ser persuasivo para o juiz ser favorável ao cliente. Por que não usar certas técnicas que já existem para isso?
O advogado não precisa fazê-lo, caso não concorde. Entretanto, não há nenhum mal em conhecer algumas técnicas:

1. Ordem dos fatos
O tradicional começo, meio e fim não precisa ser seguido à risca. O advogado pode começar o relato pelo fim e, depois, retomar a sequência cronológica, sem que nenhuma informação de perca.

2. Enredo
O enredo é, basicamente, a sucessão de acontecimentos. E pode ser costurado de uma forma que consiga antecipar parte do relato que vem a seguir, gerando a curiosidade no leitor em querer saber mais.

3. Personagens
É claro que os personagens de um relato que faz parte de uma peça jurídica são reais. Portanto, sua veracidade deve ser respeitada. Até porque é justamente essa realidade que tem maior chance de criar uma identificação e sensibilizar a justiça. Mais do que o sucesso, o destaque deve ser a tentativa em fazer o certo e os impedimentos que frustraram essa tentativa.

4. Reforçar a mudança        
O que for que tiver acontecido com o cliente, isso deve ter mudado a vida dele. Isso deve ser explicitado. Porque também gera identificação. Pois, atire a primeira pedra quem nunca passou por uma mudança na vida que pareceu alterar todo o curso natural das coisas? Um relato fidedigno da realidade é capaz de despertar a empatia. E a empatia é uma ferramenta poderosa.
Sempre apresentar o problema em primeiro, a solução, em segundo, e o sucesso esperado, por último, é uma fórmula que dá certo, sempre que aplicada.
Em uma segunda parte da petição inicial, é preciso correlacionar a situação apontada com a lei. O mais importante para a defesa é esclarecer porque a situação vai contra a legislação e o motivo para o juiz considerar a solução apresentada como realmente a adequada para o caso.
Sempre que possível, é melhor ir direto ao ponto e ser conciso. Inclusive na hora de concluir a petição inicial com o pedido.
O que for requerido, deve ser coerente com os fatos apresentados e os fundamentos jurídicos expostos. A ausência de uma relação entre ambas as partes da petição pode levar por água abaixo todo o trabalho anterior.
Não escrever claramente o que se quer que o juiz avalie como resultado da ação também pode ser danoso para o processo. Então, nada como ser preciso e exato no pedido.
Para deixar mais claro, segue um exemplo:
Em uma ação, uma pessoa pede para ser ressarcida pela compra de um carro que não lhe foi entregue.
Nesse caso, o pedido seria de condenação do réu de restituir um veículo Fox 1.6 modelo 2018.
Esse é um pedido correto, pois define o gênero (veículo Fox 1.6 modelo 2018) e a quantidade (um veículo).
Agora, tendo o advogado pedido a restituição do veículo, já estaria sob o risco de ter de fazer uma emenda para especificar melhor o pedido.
Logo, não dá para esquecer de formular os pedidos específicos. São eles que, de fato, representam a solução para o caso. E podem requerer:
– Que seja declarado como existente ou inexistente um fato real;
– Que se constitua ou se anule uma relação jurídica;
– Que se condene uma pessoa a pagar uma quantia ou a fazer ou não algo.
Lembre-se sempre! É essencial fazer o pedido de citação do réu. É obrigatório por lei. Apenas em casos muito específicos, esse pedido se torna desnecessário: quando há um pedido de decisão liminar ou de antecipação de tutela.
Solicitar a condenação em custas e honorários de sucumbência também faz parte dos pedidos da petição inicial, assim como um pedido genérico de produção de provas.

4 - O modelo ideal
Aqui é que está o “pulo do gato”, por assim dizer. E vamos direto a ele: o modelo ideal de petição inicial é aquele que o advogado desenvolve, abandonando os modelos prontos que já utilizou em outros casos ou que buscou na internet para saber como fazer uma petição inicial em algum momento.
Sim, usar petições que estão praticamente prontas e apenas substituir informações é mais fácil, agiliza o trabalho. Assim, é possível concluir uma e partir para a próxima. Mas será que tem qualidade e demonstra todo o comprometimento do advogado com a profissão que se propôs a seguir? O torna realmente reconhecido pelo trabalho que desenvolve?
Cada advogado deve responder a esses questionamentos para si mesmo.
Obviamente, são os advogados que sabem como está a própria rotina para dispor de tempo para elaborar peças jurídicas sem seguir um modelo pronto. Mas, não há nada a perder em fazer um teste capaz de determinar outras formas de alcançar melhores resultados.
Mesmo que o advogado tenha mais trabalho para dar sequência ao processo, ao menos pode ter a reputação preservada perante o juiz e também aos olhos do cliente. Pois, os erros que podem ocorrer devido à uma desatenção no uso de um modelo pronto pode custar o bom relacionamento com a corte, de um lado, e demonstrar descaso do advogado para com o cliente.
Uma petição inicial é a vitrine do trabalho do advogado. Portanto, independentemente do quão tentador é reaproveitar a peça jurídica de outro caso, devido ao modelo da petição já estar pronto, a prática deve ser evitada.
É um treino a que o advogado pode se submeter para ganhar em qualidade e experiência.
Esse assunto, relacionado a modelos de petição inicial, já foi tratado em outro conteúdo. E sempre é valido relembrar: Modelo de petição inicial: vantagens e desvantagens de usar um.
Os que optarem por desbravar o próprio caminho, a dica é recordar de que a petição estará completa se nela constar:
– O juízo competente;
– O nome da ação;
– O fundamento jurídico;
– O valor da causa.
Fonte Peticiona Mais

GARANTIA: ENTENDA OS PRAZOS PARA RECLAMAR DE PRODUTO COM DEFEITO


Quando um produto recém-adquirido apresenta um problema é reconfortante saber que ele ainda está dentro do prazo de garantia. Afinal, isso assegura que o consumidor não terá de arcar com o custo pelo seu reparo ou eventual troca. Mas você sabia que há vários tipos de garantia? 
A fim de assegurar ao consumidor a qualidade, eficiência e durabilidade de um produto, há pelo menos três modalidades de garantia: a legal, a contratual e a estendida.
A garantia legal é estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e independe de previsão em contrato: a lei garante e ponto. Assim, o consumidor tem 30 dias para reclamar de problemas com o produto se ele não for durável (um alimento, por exemplo), ou 90 dias se for durável (uma máquina de lavar, por exemplo).
O que muita gente não sabe é que, no caso de um vício oculto (aquele defeito não-aparente, que somente se mostra depois de um certo tempo de uso do produto), o prazo assegurado pelo CDC começa a contar a partir do momento em que esse defeito é constatado.
Já a garantia contratual é a que o fabricante ou fornecedor acrescenta a seu produto, mas não é obrigatória. Sua vigência começa a partir da data de emissão da nota fiscal, com o prazo e condições impostas pela empresa - normalmente estabelecida no "termo de garantia".
No caso da garantia estendida (normalmente oferecida pelas lojas com termos como "super garantia") entra em cena uma terceira empresa, sem relação com o fabricante e que, na verdade, oferece um seguro ao consumidor. Dentro desse tipo de garantia, há ainda três modalidades: a original, cuja cobertura é igual à da garantia original de fábrica; a original ampliada, que possui acréscimos à original; e a diferenciada, que é menos abrangente que a original.  
Para o Idec, em geral, não vale a pena pagar pela garantia estendida, a não ser quando o contrato oferecer alguma vantagem de fato. Antes de optar por ela, é recomendável que o consumidor informe-se sobre a modalidade do seguro e solicite uma cópia do contrato ou apólice e analise-o com cuidado.

Troca  
De acordo com o artigo 18 do CDC, o fornecedor e o fabricante têm 30 dias, a partir da reclamação, para sanar o problema do produto. Extrapolado esse prazo, o consumidor pode exigir um produto similar, a restituição imediata da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço. Contudo, o período de um mês não deve ser estipulado em caso de se tratar de produto essencial com defeito - como uma geladeira, por exemplo -, e a troca deve ser imediata.
Como também estabelece o Código, o consumidor pode reclamar sobre o defeito ao fabricante ou à loja onde comprou a mercadoria, conforme preferir. Ambos têm responsabilidade solidária em resolver o problema. No entanto, como constatou uma pesquisa do Idec, as principais redes de varejo não respeitam os prazos legais para reclamação e "empurram" o consumidor para a assistência técnica.
Fonte Idec