terça-feira, 30 de abril de 2024

ANTES DO DIREITO, ADVOGADO DEVE TENTAR FAZER JUSTIÇA


A enciclopédia ensina que o advogado é um profissional liberal, bacharel em Direito e autorizado pelas instituições competentes de cada país a exercer a representação dos legítimos interesses das pessoas físicas ou jurídicas em juízo ou fora dele, quer entre si, quer ante o Estado. Está correto! As leis em todo mundo, por sua vez, sustentam que o advogado é uma peça essencial para a administração da justiça e instrumento básico para assegurar a defesa dos interesses das partes em juízo. Também está correto.
No Brasil, a ordem geral estabelece que para ser advogado é preciso ter o título de graduação como bacharel em Direito, e sua regular inscrição nos quadros da OAB, após aprovação no Exame. Perfeito! Tanto pela ordem educacional como também do ponto de vista da análise vocacional.
A rigor, os ensinamentos letrados sobre o “ser advogado” – no Brasil ou fora dele – estão permeados de conhecimentos e rótulos que variam de acordo com a forma de ver suas próprias demandas e o humor dos que avançam na análise fria do exercício profissional. Na prática, são diversas regras – totalmente consistentes - em que a moral e a ética, na mais pura expressão, se manifestam nas definições elementares para o exercício desse múnus público. 
Mas existe uma que, particularmente, me enche de entusiasmo e que faz com que o “ser advogado” torne seus seguidores seres ativos e partícipes da construção de uma sociedade mais justa e fraterna.  É aquela que diz que é função do advogado “reclamar contra as violações dos direitos humanos e combater os abusos de autoridade”. Ai está a máxima da responsabilidade do nosso exercício. 
Contudo, a julgar pelo que temos visto e sentido, esse princípio tem sido relegado a planos inferiores diante dos aspectos meramente profissionais. Penso que vencer na profissão tem pautado quase todas as ações de nossa profissão. E isso, é muito pequeno no “ser advogado”! Pequeno e pouco. Muito pouco. Principalmente porque a história reservou a advocacia um papel mais eloquente e entusiasta para a nossa nação.
A história é rica e próspera em mostrar o quanto esta brilhante profissão, em seu exercício pleno, fez pela construção da democracia. Se hoje temos o direito de postular é porque baionetas caíram diante do abraço apertado da advocacia na resistência pela defesa de um país livre em todos os sentidos. O direito de questionar que nos é permitido hoje se dá porque poderes foram enquadrados em seu real papel a partir de movimentos organizados para derrubar a doença da tirania, que tanto persegue o ser humano; foi a luta para fazer valer os interesses individuais e coletivos.
Neste país de grandes contrastes, a advocacia foi e continua sendo dura contra a corrupção e os desmandos. Não apenas contra os delinquentes de terno e gravata que se postam atrás de mesas assinando liberação de verbas públicas e fazendo maracutaias com o dinheiro do povo. Mas se colocando à frente em busca da lisura e também apoiando os movimentos institucionais no controle democrático.
A advocacia hoje briga e luta bravamente para que o direito de postulação dos interesses individuais, empresariais e coletivos seja exercido de maneira correta, com respeito e, sobretudo, com capacidade e inteligência. A luta por um ensino jurídico eficaz – que é, ressalte-se com todas as letras isso, “de inteira responsabilidade do Estado” – significa estar na defesa dos interesses do cidadão. Os malfeitores desta nação, verdadeiros “ratos” travestidos de cordeiros, investem no pior. Por sorte, empunham bandeiras rasgadas e devassadas pelo erro.
A atual participação da advocacia enquanto corpo presente no dia-a-dia de uma nação precisa de reforço. Cada vez mais.  Os ensinamentos elementares sobre a filosofia do Direito necessitam de uma ênfase primordial para que todos que abraçarem esta profissão possam ter impressas na alma uma visão mais profunda do “ser advogado”. Lutar contra as violações e combater os abusos de autoridade deve ser a bandeira principal desta profissão. Até porque, constantemente somos vítimas dessas situações.
A advocacia não pode se curvar diante dos que teimam em fustigar os direitos humanos. Nem se silenciar perante as ameaças e agressões, seja contra o “ser advogado”, seja contra o cidadão comum. Afinal, a história, que hoje nos concede lugar de destaque pelas lutas relatadas, certamente nos julgará se permitirmos que esse Estado de Direito seja afrontado da forma como tentam fazer os “ratos de esgoto”, encastelados em seus altos escalões.
Nossa missão não é apenas defender o direito. Mais que isso: é garantir que se faça a Justiça! Essa é a lição de hoje e de todos os outros dias de nossas vidas.

Por Francisco Faiad (Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil)
Fonte Consultor Jurídico

PETIÇÃO EXERCE O EFEITO DA PRIMEIRA IMPRESSÃO EM UM PROCESSO


O conceito é centenário: as pessoas tendem a gostar — ou desgostar — de tudo e de todos com base em primeiras impressões. O psicólogo e pesquisador Edward Thorndike aprofundou os estudos sobre essa característica humana, concluindo que, se a primeira impressão é boa, as pessoas criam um “efeito auréola” (“halo effect”) em torno de suas novas relações, que as protegem contra a descoberta posterior de pontos fracos.
Mas, obviamente, o efeito também pode ser negativo, segundo Thorndike. Se as primeiras impressões, as que sempre ficam, forem ruins, a expectativa de que tudo o que vem depois só pode negativa. Esse efeito, bom ou ruim, pode ser entendido como um “preconceito cognitivo” que as pessoas adotam, sem racionalizar suas percepções.
“A declaração de que Hitler amava crianças e cães é chocante, porque qualquer traço de bondade em uma pessoa já rotulada de diabólica viola as expectativas estabelecidas pelo efeito auréola”, diz o advogado Bryan Garner, escritor do livro “A Petição Ganhadora”, editor do “Black’s Law Dictionary e presidente da LawProse Inc., em um artigo sobre petições.
E o que teorias sobre “efeito auréola” e “preconceito cognitivo” têm a ver com petições, ele pergunta. “Tudo”, ele responde. O conceito de primeiras impressões não se aplica apenas a pessoas. Na verdade, se aplica a quase tudo: coisas, empresas, marcas, produtos e, até mesmo, a processos judiciais.
E, é claro, a primeira impressão que um julgador pode ter um processo é a que ele tem ao ler uma petição.
Garner escreveu que, quando faz essa afirmação nos cursos de educação continuada, nos quais ensina redação jurídica, alguns advogados a contestam, até de forma um tanto ríspida, algumas vezes. Para eles, o que o juiz precisa é de fatos, provas e sustentação jurídica — e não de uma redação que os agrade.
Ele cita então declarações do ministro da Suprema Corte dos EUA Antonin Scalia, quando ele o entrevistou. Scalia disse que quando vê uma petição escrita de forma medíocre, ele tem uma percepção de que o redator é um pensador medíocre.
“Seria muito raro uma pessoa pensar com clareza, precisão e cuidado e não escrever da mesma forma. Em sentido oposto, é raro que uma pessoa sem essas qualidades de pensamento escreva bem”, disse o ministro.
Assim, não é uma questão só de agradar o julgador. É uma questão de criar uma boa impressão, que pode resultar em uma boa vontade do julgador e ajudar o advogado (ou promotor) a obter uma decisão favorável para seu cliente.
Garner escreveu que, nos EUA, os juízes repetem, com frequência, uma ladainha sobre o que pensam de petições:
1) pequenos erros indicam a existência de grandes erros;
2) menos é mais;
3) petições bem escritas demandam pouco esforço físico e mental do leitor.

Preconceito cognitivo
Pequenos erros gramaticais, de grafia e de pontuação são as primeiras coisas que um leitor atento nota, ele diz. O julgador pode ter um ataque de preconceito cognitivo e ter dificuldades para absorver, satisfatoriamente, o significado dos parágrafos e a estrutura dos argumentos, só por causa do desleixo na redação, ele afirma.
Por isso, é necessário que o redator da petição faça um trabalho minucioso, exaustivo, de revisão do texto. A revisão deve ser feita por ele e por terceiros, o que pode incluir um revisor profissional nos quadros da empresa ou um revisor profissional free-lancing.
O fato é que a maioria dos juízes correlaciona um texto claro, preciso, enxuto, com sentenças nítidas e citações corretas ao cuidado profissional do advogado (ou promotor) e até mesmo a sua capacidade de apresentar fundamentos substantivos. E correlaciona qualidades opostas à incapacidade de apresentar bons argumentos. Primeiras impressões perduram.

Menos é mais
Essa expressão, “menos é mais” (“less is more”), foi popularizada em 1855 pelo poeta Robert Browning, para celebrar a capacidade de concisão do escritor. Isso inclui a capacidade do escritor de cortar todas as palavras, expressões e sentenças que não são realmente necessárias para esclarecer o julgador e ajudá-lo a formar uma decisão.
“Isso não significa que o texto tenha de ser muito curto. O texto tem de ter substância — mas apenas o suficiente”, diz Garner.
Em uma entrevista com o ministro da Suprema Corte Stephen Breyer, ele discutiu esse tema. O ministro lhe disse que o advogado não precisa colocar tudo o que lhe vem à cabeça na petição. “Quando vejo uma petição com 50 páginas, o que vem à cabeça é que o advogado não tem ideia do que é realmente importante no processo. Quando o número de páginas baixa para menos de 30, por exemplo, tenho a sensação de que ele sabe que a lei está do lado dele”.
Às vezes, dois ou três pontos fortes são o suficiente para formar a convicção do julgador. Já está provado — cientificamente, diz Garner — que o acréscimo de pontos fracos em uma linha de raciocínio dilui os pontos fortes.
O psicólogo e economista Daniel Kahneman, ganhador do prêmio Nobel, relata uma experiência singela, que ilustra o efeito destrutivo de peças fracas sobre as peças fortes. Consumidores foram solicitados a avaliar um jogo de louça, copos e talheres para mesa de boa qualidade, chegando-se a um “preço justo” de US$ 33 dólares. Outros consumidores foram solicitados a avaliar o mesmo jogo de jantar, ao qual foram acrescidas algumas peças de má qualidade. O preço caiu para US$ 23.
Kahneman também conta o caso de uma estratégia ruim de um vendedor, que comercializava um produto muito caro. Para agradecer os clientes, ele acrescentou ao “pacote” um presente barato. Foi um tiro que saiu pela culatra, com resultados ruins para os negócios.

Menos complexo
A escolha de apresentar apenas os fatos e argumentos fortes em uma petição — e simplesmente se desfazer dos fracos — torna a leitura e o entendimento da peça mais fácil, por uma razão muito simples: elimina a complexidade. Consequentemente, evita que o leitor faça esforços físicos e mentais desnecessários para ler a petição.
Segundo Garner, alguns advogados dizem que é obrigação do juiz ler a petição, seja fácil ou difícil. É o trabalho deles. Pode ser, mas podem haver consequências desagradáveis, de acordo com Kahneman. Ele diz que a ciência já comprovou que, quando as pessoas são exauridas cognitivamente, podem fazer “julgamentos superficiais” ou “escolhas egoístas”.
“Sempre que está fazendo alguma coisa que requer esforço ou autocontrole, você está esgotando suas reservas. Sua vontade e sua capacidade de se concentrar declina substancialmente”, ele diz.
Kahneman acrescenta: “A ideia de energia mental é mais do que uma mera metáfora. O sistema nervoso consome mais glicose do que a maioria das demais partes do corpo. E uma atividade mental que exige muito esforço é particularmente cara na moeda da glicose. O nível de glicose no sangue cai substancialmente. O efeito é semelhante ao de um atleta em uma corrida de 100 metros, que consome a glicose armazenada em seus músculos”.
Um texto, no caso uma petição, tem de ter começo, meio e fim, disse Aristóteles. O começo é o mais importante; o fim é o segundo mais importante trecho da petição, diz Garner.
No começo, ele diz, o advogado tem de expor os fatos de uma maneira clara e concisa. E fazê-lo de uma forma que qualquer pessoa possa entender. Aliás, o leitor tem de entender os fatos no primeiro parágrafo ou no primeiro e segundo parágrafos. Jamais tem de ler até o décimo parágrafo para saber do que se trata a questão. “Se uma revista fizer isso, você cancela a assinatura”, diz Garner.
O meio traz todas as demais informações necessárias à formação de opinião do julgador: argumentos, sustentação jurídica, referência a provas, entre outros. A conclusão não pode ser apenas algo como “com base no que foi dito, peço que...”. Ela tem de ser vigorosa. “É onde você sumariza o caso convincentemente, mencionando o suporte jurídico, e pede uma decisão a favor de seu cliente” — embora concisamente.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

5 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA TER SUCESSO NA CARREIRA

Em livro, o consultor Bryan Tracy lista qual é o caminho para alcançar sucesso - independente do formato que ele tem para você

A ideia de sucesso não é a mesma para todo mundo. Mas os conceitos para alcançá-lo (independente da forma que ele tomar) quase sempre são os mesmos. É o que Bryan Tracy expõe em seu mais recente livro “O Ciclo do Sucesso” (Editora Gente). Veja quais são os fatores básicos para avançar na sua trajetória profissional – do seu jeito.

Tenha metas claras
O primeiro passo para conquistar o sucesso é defini-lo. É saber o que você quer para sua vida. Em outros termos, delimitar suas metas e objetivos de curto, médio e longo prazo. “Metas claras nos livram da lei do acidente, a tendência de que as coisas aconteçam de uma maneira aleatória e imprevisível. Os objetivos fornecem um claro senso de direção (...). As metas nos proporcionam a sensação de poder, propósito e foco”, afirma o autor no livro.

Tenha autocontrole e confie em si mesmo
Delimitadas as metas é hora de correr atrás de tirá-las do papel. E, neste processo, domínio próprio é essencial. “Sempre que exercemos autodomínio e nos disciplinamos a fazer ou dizer o que é certo, especialmente sob estresse, criamos resistência às nossas tendências naturais. Essa resistência gera fricção. Trata-se do mesmo atrito ou calor que, ao ser aplicado a um cadinho contendo elementos químicos, faz com que esses produtos se cristalizem e assumam uma nova forma”, afirma o autor no livro.
Se para alcançar seu objetivo é essencial, por exemplo, acordar mais cedo, não é cedendo à tentação de dormir mais que você conseguirá cumprir seu propósito. Toda mudança exige uma dose de superação das próprias tendências, hábitos e medos. Ultrapassados estes limites, o novo tem tudo para virar parte de você.

Assuma riscos
Neste sentido, sair da zona de conforto é outra parte essencial do caminho para o sucesso. E assumir os riscos que este movimento traz é fundamental. Basta olhar os grandes nomes de nossa era para perceber que fugir do mesmo é um dos passos para ser o que você quer.

Confie em você mesmo
É impossível assumir riscos, se você não confia em si mesmo. O autor afirma que a autoconfiança é o produto de quatro fatores: clareza (sobre quem você é e o que quer), convicção (de seus valores), compromisso (com o próprio plano de ação) e consistência (o caminho para o sucesso exige persistência: não dá para assumir uma tarefa hoje, para amanhã deixá-la de escanteio).

Faça o que ama
A motivação e excelência no trabalho é diretamente proporcional ao sentido que a atuação tem para quem trabalha. “As pessoas que estão no trabalho errado olham para o relógio o tempo todo”, afirma o autor no livro. O que você faz em, pelo menos, um terço dos seus dias tem que ter algum sentido para sua vida como um todo – não pode ser apenas um cargo para preencher em formulários.
Com este brilho nos olhos, você terá motivação para fazer mais e ir além na busca pelos seus objetivos. “A felicidade é uma condição; não é algo que se conquista por meio de perseguição direta, mas o resultado de nosso engajamento em atividades que tem propósito”, afirmou Aristóteles, de acordo com passagem do livro.
Por Talita Abrantes
Fonte Exame.com

VOCÊ NÃO SABE

 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

SAIBA COMO TER CONEXÕES DE SUCESSO NA ADVOCACIA: LINKEDIN PARA ADVOGADOS


Os advogados adoram o LinkedIn, e não é difícil saber o porquê. De todas as redes sociais, o foco do LinkedIn para negócios possui uma aura de profissionalismo muito adequada, oferecendo múltiplas formas de compartilhar conteúdos e demostrar conhecimentos especializados na advocacia.
Mas, como qualquer ferramenta, pode ser adversa se não for usada corretamente. Parte desse uso adequado envolve a etiqueta do LinkedIn. A falta de observação do comportamento correto pode prejudicar a sua reputação e do seu escritório de advocacia. Aqui estão três coisas a serem evitadas no LinkedIn.

1. Não pense que você tem que aceitar todos os convites para se conectar
Você recebeu um pedido de conexão de alguém que você não conhece? Provavelmente prudente simplesmente ignorar ou gentilmente recusar isso. Sim, parece ser bom ter uma grande rede de conexões. Mas a qualidade e a sua reputação, duramente merecidas, são mais importantes do que a quantidade, quando se trata dessas conexões.

2. Não publique atualizações que não tenham nada a ver com sua área
Quando você compartilha itens através de uma atualização de status ou de um grupo profissional do LinkedIn, um excelente hábito que pode demonstrar seu conhecimento e autoridade é a verificação. Os demais devem estar de acordo com suas práticas ou da discussão em questão.

3. Não tente barganhar nada para obter resultados
O LinkedIn é sobre construir relacionamentos, e esse convívio precisa ser nutrido. Postando algo como "Se você está procurando uma experiência respeitável na advocacia, ligue para mim" pode fazer você parecer com um desesperado. Também causa problemas com a ética condizente com a advocacia e seu o marketing pessoal.
Você pode resumir todos esses pontos de etiqueta em uma frase: não se descuide. E essa frase deve ser transferida para a manutenção da sua página do LinkedIn. Certifique-se de ter todas as suas informações sempre atualizadas. E por fim esqueça de uma vez por todas o pensamento que o LinkedIn é apenas um lugar para colocar seu currículo de advogado.
No Linkedin, o objetivo é o aperfeiçoamento profissional, além de ser ótimo para melhorar sua carreira, também promove a oportunidade de construir uma valiosa rede de contatos. Afinal, quanto maior a conexão com suas relações, maior a chances de receber conteúdos assertivos e de obter sucesso.
Por Jurídica Marketing
Fonte JusBrasil Notícias

REFORMAS NA FACHADA: ESPECIALISTAS ORIENTAM SÍNDICOS SOBRE PINTURA E TEXTURA

Os especialistas Osmar Hamilton Becere e Carlos Carbone apresentam, a seguir, em trabalho desenvolvido com exclusividade para a Direcional Condomínios, orientações de como os síndicos devem proceder mediante obras de pintura e textura nas fachadas das edificações. Osmar é Mestre em Habitação e pesquisador do Laboratório de Materiais de Construção Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT); e Carlos Carbone é engenheiro e Mestre em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP.

1 - Saiba qual a melhor hora para pintar
A presença de manifestações patológicas na pintura indicará o momento de se entrar com repintura. Infiltração de água através de fissuras e/ou trincas, bolhas, descascamento, pulverulência da tinta devido à degradação da resina e descoloramento representam as principais manifestações.
O tempo com que essas manifestações surgem, decorrido da aplicação anterior, varia em função das condições de exposição do edifício, bem como da qualidade da tinta empregada e da espessura da película aplicada.
Fachadas menos ensolaradas, voltadas para a direção preferencial das chuvas dirigidas, áticos, caixa d’água, platibandas superiores, molduras horizontais etc., costumam se deteriorar antes se comparadas com locais mais protegidos. Desta forma, necessitam de especificações mais rígidas. Por exemplo, no caso das tintas, de uma demão a mais.
Os serviços de pintura e restauração das fachadas podem ser executados em qualquer época do ano. Entretanto, é mais recomendável entre abril e setembro, uma vez que é o período de maior estiagem. Em tempos chuvosos devem ser respeitados os limites de aplicação quanto à umidade relativa e à temperatura, além de poder ocorrer perdas de material por chuvas repentinas.

2 - Os procedimentos mínimos a serem adotados pelos fornecedores
É sempre aconselhável que a avaliação do estado do sistema de revestimento (chapisco + emboço + pintura e/ou revestimentos cerâmicos, textura acrílica etc.) seja realizada por profissionais com experiência no assunto. Há diversas empresas de consultoria no mercado, bem como laboratórios de ensaios, habilitados para um diagnóstico da condição da fachada. Esses profissionais e/ou empresas avaliarão, sob vários aspectos, a necessidade de uma intervenção reparadora ou indicarão um projeto executivo, que certamente terá sentido quando da necessidade de intervenções no sistema de revestimento como um todo.

Toda fachada deve ser lavada antes da pintura ou textura
É recomendável que a fachada seja lavada por hidrojateamento de forma a remover os poluentes e microrganismos aderidos, eventuais eflorescências, materiais pulverulentos, bem como facilitar a identificação de fissuras, bolhas etc., para que essas sejam corrigidas antes da pintura e/ou texturização.
A técnica ideal para a limpeza de fachada é o hidrojateamento (normalmente utiliza-se pressão máxima de 1000 psi), combinada com a utilização de sabões neutros. A periodicidade de lavagem depende do grau de exposição a que está sujeita a fachada e do tipo de acabamento do revestimento, capaz de reter mais ou menos sujidades.
No caso das texturas acrílicas, se houver necessidade de reparar alguma área danificada, recomenda-se: demarcar a região, protegendo o entorno com um filme plástico ou papel; remover a textura degradada com auxílio de ferramentas apropriadas; limpar o substrato; e aplicar a nova textura de acordo com as recomendações do fabricante do produto.
As fissuras e trincas visíveis devem ser recuperadas antes da lavagem de modo a evitar a penetração de água no interior dos edifícios. As que forem identificadas após a lavagem deverão ser recuperadas posteriormente. O importante é que a correção das irregularidades no substrato de aplicação seja realizada adequadamente, de forma que a pintura não seja aplicada sobre anomalias, evitando que o seu desempenho fique comprometido.

3 - Especificações das tintas disponíveis no mercado
A norma da ABNT, a NBR 15079/2011 (Sobre Tintas para construção civil – Especificação dos requisitos mínimos de desempenho de tintas para edificações não industriais – Tintas látex nas cores claras), estabelece as seguintes definições:
·  Tinta látex Econômica: corresponde ao menor nível de desempenho de uma tinta látex, independentemente do tipo de acabamento proporcionado (fosco, acetinado, semibrilho ou qualquer outra definição). Indicada exclusivamente para ambiente interior, ela deve atender no mínimo às especificações indicadas nessa norma;
·  Tinta látex Standard: tinta látex fosca indicada para ambiente interior/exterior e que deve atender no mínimo às especificações indicadas na referida norma;
·  Tinta látex Premium: indicada para ambiente interior/exterior e que deve atender no mínimo às especificações indicadas na referida norma.
Em termos de desempenho, a tinta látex Premium tem critérios mais rigorosos para os requisitos estabelecidos e, dessa forma, espera-se que ela apresente melhor desempenho que a Standard, a qual, por sua vez, possui critérios mais rigorosos em relação às tintas Econômicas.
Todavia, a aquisição desses materiais deve ser baseada em resultados de ensaios de desempenho, alguns estabelecidos na ABNT NBR 15079/2011, e não em preços e/ou marcas, ou indicação de pintores, amigos etc.
Além dos ensaios estabelecidos nessa norma, considera-se fundamental medir o teor de sólidos de resina e as propriedades de absorção de água e de permeabilidade ao vapor de água desses materiais. A partir da análise combinada desses resultados é possível selecionar a tinta que apresentará melhor desempenho, que certamente será mais durável.

4 - Orientações básicas para a execução de pinturas
- Antes da pintura, o usuário deverá avaliar a condição do emboço, corrigindo eventuais anomalias. É importante a realização de uma inspeção para verificar a presença de regiões com som cavo e mapeamento dessas áreas.
Dependendo da área comprometida, tornam-se necessárias correções antes da aplicação da pintura. Nessa etapa é importante também a correção de fissuras, remoção de eflorescência, correções de locais de infiltrações de água, tais como em peitoris de janelas, rufos etc.
A substituição de toda a argamassa de emboço é uma tarefa muita difícil de ser realizada e de alto custo. Desta forma, a sua substituição somente deverá ser empregada quando as possibilidades de recuperação forem esgotadas. Essa avaliação demanda profissionais competentes com experiência no assunto e/ou consultores e laboratórios de ensaios que estão habilitados para um diagnóstico da condição da fachada e as recomendações para a recuperação.
- As pinturas não devem ser aplicadas sobre emboços pulverulentos e/ou com baixa resistência superficial ao risco;
- As pinturas não devem ser aplicadas sobre substratos úmidos, molhados e expostos à ascensão capilar.
- Arestas, arremates horizontais e superfícies com pouca inclinação devem ser objetos de detalhes arquitetônicos que evitem que a água se acumule sobre essas superfícies ou cause depósito de sujidades e manchas indesejáveis, ao escorrer sobre a superfície do revestimento;
- Da mesma forma, as fachadas, sempre que possível, deverão apresentar detalhes arquitetônicos que facilitem o escoamento do filme de água. Entre eles, são imprescindíveis os peitoris, cornijas e rufos. Esses detalhes construtivos devem ser providos de pingadeiras, cuja função é “quebrar” a linha d’água evitando que a mesma escorra pelas fachadas;
- Durante a pintura, o usuário deverá controlar a diluição indicada pelo fabricante e garantir o consumo mínimo recomendado. Este deverá ser obtido e mantido em todo o processo, tomando por base a quantidade de tinta que entra na obra;
- Coletar amostras aleatórias das tintas que entram na obra e enviá-las a um laboratório de ensaios, com objetivo de verificar a manutenção da qualidade da tinta tal como especificado.

5 - Impermeabilização das fachadas antes da pintura
A aplicação de alguma argamassa com propriedades impermeabilizantes pode ser uma alternativa interessante quando se tem histórico de infiltrações no interior das edificações através do revestimento das fachadas. Todavia, são necessárias avaliações prévias para verificar:
·  Condições do emboço quanto à presença de anomalias (som cavo, fissuras, resistência superficial e resistência mecânica);
·  Compatibilidade mecânica e química da argamassa a ser aplicada com o emboço e desta com a pintura a ser aplicada sobre ela;
·  Determinação da resistência de aderência à tração da argamassa aplicada ao emboço. Essa atividade pode ser realizada em protótipos.
·  Análise laboratorial da argamassa a ser aplicada para verificar as propriedades impermeabilizantes informadas, suas propriedades de absorção de água por capilaridade versus permeabilidade ao vapor de água, bem como ensaios de desempenho do comportamento do sistema (emboço + argamassa impermeabilizante + pintura);
·  Definição do processo para a remoção de toda a pintura anterior e aplicação do novo sistema.
Para essa etapa, a norma ABNT NBR 13245/2011 (Sobre Tintas para construção civil – Execução de pinturas em edificações não industriais – Preparação de superfície) oferece diretrizes importantes de preparo do substrato de aplicação.

6 - O que diz a nova norma de desempenho da ABNT (NBR 15.575/2013), que trata de parâmetros para a durabilidade, garantia e vida útil dos materiais e sistemas construtivos
A NBR 15575/2013, norma da ABNT, é uma norma de vital importância para o Brasil, e que já existe em outros países há bastante tempo. Ela surge como um divisor de águas para o mercado imobiliário de construção residencial de qualquer padrão, envolvendo toda a cadeia produtiva agregada. Estabelece padrões mínimos de qualidade para as edificações que deverão ser observados desde a fase de projeto, instituindo níveis mínimos de qualidade em diversos sistemas que compõem uma edificação, bem como define a vida útil dos seus diversos sistemas.

Ou seja, a NBR 15575, além de estabelecer requisitos e critérios (limites) de desempenho, que servem para dirimir dúvidas entre a opinião de um usuário e o trabalho feito pelas construtoras, estabelece incumbências para todos intervenientes no processo, como os fornecedores, construtoras e incorporadoras, projetistas e usuários.
No caso especifico da vida útil estabelecida para as pinturas de fachadas, texturas acrílicas e revestimentos aderidos, é bom frisar que o mercado pode disponibilizar produtos adequados à obtenção do período de vida útil, até superior. Mas a obtenção desse desempenho não depende somente do produto em si (tinta, textura), mas de um substrato adequado, de mão de obra qualificada para a aplicação, da aplicação no consumo recomendado, bem como a instituição de programas de manutenção preventiva.
Então, fica o alerta da importância de que todos os síndicos e responsáveis por qualquer edificação busquem tomar conhecimento da abrangência dessa norma e a forma correta de empregá-la nos serviços de manutenção, reforma, construção etc. A ideia é exigir, quando aplicável, o atendimento aos requisitos mínimos da norma em cada etapa da construção e/ou manutenção, para que não ocorram, em função de eventual falha em um dos elementos construtivos, danos ao sistema como um todo.
Por  Rosali Figueiredo
Fonte Direcional Condomínios

ESTRESSE, O MAIOR GATILHO PARA AS SÍNDROMES DA VIDA MODERNA

Impor limites, fazer exercícios e dormir bem são as dicas para evitar doenças

Lidar com as exigências de uma sociedade contemporânea com o imperativo da pressa e das incertezas, sem falar na quase obrigação de estar sempre conectado, ligado e produtivo, não é fácil. Não raro, esse pacote provoca um desequilíbrio do ritmo biológico, levando ao desenvolvimento de uma série de distúrbios igualmente contemporâneos. Até a Justiça já começa a se preocupar com eles. Recentemente, uma decisão favoreceu uma jovem atendente de telemarketing que teve uma crise nervosa e xingou um cliente. Demitida por justa causa, teve o desligamento revertido ao ser constatado que sofria da síndrome de burnout. Acabou ganhando o direito a uma indenização da empresa.
Profissionais que vivem sob pressão extrema até que se sintam exauridos e incapazes de lidar com a rotina, muitas vezes desenvolvendo comportamentos agressivos e crises de ansiedade são candidatos clássicos ao diagnóstico de burnout (algo como apagado, em tradução livre). Mas essa não é, nem de longe, o único problema do tipo. Por trás deles está, geralmente, uma condição conhecida da maioria: o estresse, que atinge, em diferentes níveis, 70% dos trabalhadores brasileiros, segundo estudo da ISMA-BR, uma organização para pesquisa e prevenção da estafa no Brasil. Só o burnout afetaria 30% da população economicamente ativa do país.
— O estresse em si não é uma doença, mas pode ser o gatilho, e é preciso estar alerta — explicou a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR.
O truque, segundo Ana Maria, é manter o ritmo. Não aquele imposto pelos fatores externos, mas o do corpo. Enxergar a alimentação saudável, a atividade física, o lazer e o sono de qualidade como prioridades, e não meros coadjuvantes. Isso significa estabelecer objetivos e impor limites, mesmo que, para isso, às vezes seja necessário reduzir expectativas.

Insônia e depressão
Foi o que precisou aprender um profissional de 36 anos do ramo de seguros. Ele conta que adorava o cargo de coordenador, era produtivo, considerava-se um dos melhores do setor. Doava-se quase que integralmente, esquecia de almoçar e até de ir ao banheiro. Por mais de uma década, sua rotina era de dez a 18 horas de trabalho diárias.
— Não percebi que estava me deixando levar demais — lembra-se. — Há três anos, notei que algo estava estranho; num relatório que levava 30 minutos para fazer, comecei a gastar dois dias. Passei a ter dificuldade de me concentrar e comunicar, gaguejava, estava exausto e, ainda assim, passava noites inteiras sem dormir; tinha crises de choro sem motivo, dores de cabeça, gastrite... Cheguei a não conseguir nem tomar banho...
Levado pela esposa, começou o tratamento psicológico e, logo, precisou se afastar do trabalho. Nesse período, chegou a pensar em suicídio. Voltou, depois de um tempo, para a mesma função. Porém, passado o ano seguinte no cargo — garantido pelo direito de estabilidade —, foi demitido. Ele alega que até conseguia realizar os projetos, mas não na velocidade ou da forma requeridas pela empresa.
Autoconhecimento é um fator-chave nesse processo, defende a psiquiatra Deborah Duwe, especialista em tratamento de estresse:
— É preciso se conhecer e ter a qualidade de vida como um valor. Essas pessoas, quando chegam a uma situação perigosa, param. É bom também ter alguém próximo que possa levantar o cartão amarelo.
O chamado jetlag social, por exemplo, é uma sensação de cansaço permanente de quem tem muitos compromissos e não consegue acompanhá-los. A qualidade de sono é a primeira a ser afetada. Há um total descompasso entre rotina e relógio biológico. A referência, não à toa, é à fadiga provocada por viagens a lugares com o fuso horário diferente.
A doença da pressa é um sentimento ininterrupto de urgência, de fissura na contagem do tempo.
— É a sensação de que não vai dar tempo para nada. Daí surge a hostilidade a qualquer coisa ou pessoa que retarde o desenvolvimento das tarefas. Por exemplo, alguém que venha querer conversar — explicou pesquisadora do Instituto de Psicologia e Controle do Estresse, Marilda Lipp.

Dependência tecnológica
Numa sociedade cada vez mais conectada, a dependência da tecnologia também virou síndrome. Atinge cerca de 10% dos brasileiros, segundo estudos. Viciadas em internet e redes sociais ou incapazes de desligar o celular, as vítimas têm até setor especializado para tratamento no Hospital das Clínicas de São Paulo.
— Está explodindo o número de dependentes do Facebook, do WhatsApp... Há pessoas que simplesmente não conseguem se desligar hora nenhuma — comenta Deborah Duwe.
Por isso algumas iniciativas tentam ir no sentido contrário. Movimento internacional chamado Slow (lento) prega uma desaceleração radical. Em alguns momentos, adeptos se encontram para não fazer absolutamente nada. E sem culpa.
Por Flávia Molhorance
Fonte O Globo Online

SEMANA NOVA CHEGANDO...

domingo, 28 de abril de 2024

EU ACREDITO EM UM AMANHÃ MELHOR

CURE A FERIDA EM PRIMEIRO LUGAR


Quando somos atingidos por uma flecha, não devemos perder tempo buscando saber quem e por que nos feriu. Mas, sim, arrancar a flecha fora e cuidar, o quanto antes, da ferida. Este é o modo budista de lidar com os problemas: focamos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor.
Em vez de responder aos inúmeros porquês, focamo-nos em lidar com a situação de modo a assumir o autocontrole diante de nossos problemas. Afinal, quando não podemos mudar uma situação externa, ainda assim, podemos transformar o nosso modo de encará-la.
Enquanto estivermos contaminados pelo cansaço, pela raiva ou pela indignação, nossas atitudes serão tendencialmente unilaterais ou vingativas. O que o budismo nos alerta é que a primeira coisa a fazer quando recebemos qualquer tipo de agressão é nos interiorizarmos para recuperar o espaço interior.
Mais do que uma percepção mental dos fatos, devemos buscar o equilíbrio interior para que nosso pensamento volte a ser claro e amplo.
Na medida em que nos concentramos em curar a ferida, ao invés de indagar o porquê ela ocorreu, cultivamos o hábito mental de buscar soluções práticas que nos ajudam a nos desvencilhar dos problemas. Deste modo, não ficamos presos ao discurso "ele não podia ter feito isso comigo" que nos leva apenas à paralisia, mas passamos a nos mover em direção à solução interior, o que nos leva a um senso profundo de liberdade de podermos ser quem somos.
O mundo à nossa volta está repleto de informações conflitantes e confusas. Tornamo-nos reféns dos outros enquanto nos deixamos enganchar por seus conflitos. Para nos desvencilharmos das confusões alheias, precisamos antes de tudo recuperar nosso espaço interior. Esta é a diferença entre gritar para o outro: "Me solta" e dizer internamente: "Eu me solto".
Desta maneira, ganhamos autonomia interior, isto é, recuperamos o prazer e a habilidade de exercitar a nossa própria vontade de nos acalmar. Lama Gangchen nos encoraja a praticar a Autocura quando nos fala: "Basta reconhecermos nossa própria capacidade e ousarmos aceitá-la".
Em seu livro Autocura Tântrica III (Ed. Gaia) ele esclarece: "Para começarmos a vivenciar os níveis mais profundos da Autocura, nossa mente precisa começar a aceitar e usar o espaço interior da forma correta. Temos que compreender que há mais espaço em nossa mente muito sutil do que no mundo externo. Além disso, também precisamos entender que as situações perigosas que hoje vivenciamos são o resultado de causas e condições negativas criadas por nós no passado. É muito importante praticarmos a Autocura, pois se continuarmos a gravar negatividades em nosso espaço interior, embora nosso coração não possa explodir, uma terrível explosão global de negatividade pode acontecer, causando nosso Armagedom individual e planetário".
Para parar de gravar negatividades em nosso espaço interior, precisamos cultivar o hábito de nos interiorizarmos, de ampliarmos nosso espaço interior. Mas a capacidade de nos auto-sustentar surge à medida em que nos sentimos disponíveis para nós mesmos.
Se não nos sentimos capazes de lidar com certas emoções, devemos buscar pessoas que nos incentivem a lidar positivamente com elas. A solidariedade alheia nos ajuda a sentir e aceitar o que nem mesmo somos capazes de entender.
O importante é buscar coerência entre nosso mundo interior e a realidade exterior. Viver bem pressupõe considerar a realidade acima de qualquer coisa.
Ao recuperar o espaço interior, ganhamos uma nova disponibilidade para agir.

Por Bel Cesar

sábado, 27 de abril de 2024

5 DICAS PARA AUMENTAR SUA AUTOESTIMA E FICAR BEM CONSIGO MESMA!


É possível que você já tenha se apaixonado perdidamente por alguém e um dia, sem maiores explicações, sentido desprezo por essa pessoa. Isso também pode acontecer com a sua autoestima podemos acumular pequenas decepções com nossas próprias atitudes e escolhas, seja por nos compararmos a padrões pré-estabelecidos ou por nos impormos a outros padrões.
No caso de deixarmos de gostar de alguém, resolvemos a situação terminando o relacionamento ou nos afastando da pessoa. Quando deixamos de gostar de nós mesmos, entretanto, é preciso procurar maneiras de promover uma reconciliação entre o que somos e o que queremos ser.

1. Tome iniciativa
O primeiro passo para ser feliz depende de você
Não se faça de vítima. Não importa de quem é a culpa, sua, dos outros, da vida, enfim, pense que isso não faz diferença. Os problemas já existem e o importante é procurar maneiras de resolvê-los.
Comece escrevendo tudo o que em sua vida esteja te incomodando. Liste tudo o que vier à cabeça. Você vai perceber que pode começar a trabalhar para resolver os problemas hoje mesmo e cada vitória vai contribuir com a melhora de sua autoestima. A maior parte das mudanças que queremos fazer em nossas vidas só depende de nós mesmos.

2. Reconstrua a autoestima
Passe escrevendo no diário
Ao dizer para uma pessoa com baixa autoestima que é preciso se gostar mais é possível que esteja criando uma sensação ainda maior de incapacidade. As pessoas com baixa autoestima já não acreditam em si mesmas e esse tipo de abordagem pode reforçar a crença de que a baixa autoestima seja ainda mais culpa delas.
Por isso, se você está com a sua autoestima baixa, o melhor é começar a se impor aos pequenos desafios. Volte à lista que criou e determine quais as ações diárias precisam ser tomadas para que os problemas sejam resolvidos. Depois, desafie-se a realizar pelo menos uma ação por dia ou por semana.
Os objetivos devem ser claros e simples. Pequenas conquistas naturalmente nos faz sentir bem e se você mantiver a regularidade, vai perceber que aos poucos essas pequenas atitudes vão se tornar hábitos saudáveis em sua rotina.
Uma maneira de assegurar a regularidade é escrever um diário, além de promover o autoconhecimento, escrever um diário é uma maneira de monitorar seus próprios pensamentos e perceber quais deles estão deteriorando sua autoestima e fazendo com que você se sinta mal.

3. Lembre-se de seus melhores momentos
Você pode mais
Já percebeu que há momentos na vida em que você realmente se acha o melhor? Seja por ter passado em um teste ou conseguido algo que todos achavam impossível, a verdade é que todos tem a sensação de sucesso em algum momento da vida e não seria ótimo poder prolongá-la?
Cada vez que você atingir um dos seus objetivos diários, tente aproveitar a sensação de bem estar conscientemente e fixá-la na memória de maneira que seja possível resgatá-la em situações nas quais normalmente você se sinta inseguro.

4. Não se compare
O equilíbrio da vida está nas diferenças
A grama sempre parece mais verde no jardim do vizinho. Algumas vezes desconsideramos que as pessoas passam por momentos difíceis na vida, mas todos possuem medos e inseguranças, a diferença está em como cada um lida com isso.
O equilíbrio da vida está nas diferenças. Encontre aquilo que você realmente gosta de fazer, invista em suas potencialidades. Se todos fossem iguais, fizessem as mesmas coisas ou tivessem as mesmas aptidões e preferências, o mundo não giraria tão harmonicamente.
Há espaço para todos, portanto, aprenda a valorizar os seus pontos fortes. Cuide da sua aparência e esqueça os modismos, use roupas e acessórios que destaquem o que há de mais bonito em você. Não faça esporte apenas para conquistar o corpo perfeito, mas também para ter qualidade de vida.

5. Aproveite a jornada
Aproveite a vida. Sinta e seja feliz
Não é possível deixar para viver somente amanhã, quando os seus sonhos se realizarem. Ter objetivos é importante, pois eles norteiam as decisões e funcionam como motivação, mas enquanto estamos buscando alcançá-los, também estamos vivendo, então por que não viver e aproveitar a jornada, hoje?
Contemple os prazeres simples da vida todos os dias, escute sua música favorita, leia um bom livro, caminhe no parque. Pode parecer difícil ver beleza na vida quando estamos muito tristes e cansados, mas tenha paciência, ao inserir pequenas mudanças de atitude no dia a dia, você vai notar a melhora gradativa em seu bem estar. Comece.

Por UOL - Um Estilo de Vida

ADMINISTRE MELHOR O SEU TEMPO

quinta-feira, 25 de abril de 2024

RESPEITAR O ADVOGADO SIGNIFICA VALORIZAR O CIDADÃO


O respeito às prerrogativas inerentes ao exercício da profissão de advogado é uma forma de enaltecer o cidadão. O causídico é instrumento de acesso à justiça, essencial à defesa dos direitos das pessoas e contendor do abuso de poder estatal.
As prerrogativas, na realidade, pertencem ao cidadão e apenas são exercidas pelo profissional que o representa na defesa de seus direitos. Garantias do advogado como ser recebido em audiência por autoridades, apresentar questão de ordem em qualquer momento de um julgamento, resguardar o sigilo da conversa com o cliente, preservar a inviolabilidade do local de trabalho, perceber justos honorários de sucumbência e ter vista dos autos ainda que sigilosos, são destinadas a proteção do cidadão injustiçado.
Mais propriamente, poder-se-ia denominá-las de prerrogativas da defesa dos direitos do cidadão.
Sem as garantias do exercício da profissão, o advogado não conseguirá defender o cidadão em toda a sua plenitude, sobrelevando-se o poder estatal. Não é possível readmitir a lógica da Idade média, segundo a qual “a forca está pronta, só falta o processo”. O processo existe para garantir o direito de defesa do cidadão e não para funcionar como instrumento de opressão estatal. O advogado é o garantidor do processo justo, indispensável à segurança jurídica e a qualidade da distribuição da Justiça.
Emblemática a previsão da Lei Federal 8.906, Estatuto da Advocacia, segundo o qual não há hierarquia entre juiz, promotor e advogado. Entre eles há de existir tratamento respeitoso, sem subserviência. O cidadão representado pelo advogado não é menos importante do que o Estado simbolizado pelo juiz. Afinal, a principal finalidade do Estado é servir aos seus cidadãos. Já de há muito encerrou a história da civilização enterrou a concepção do poder estatal divinizado, no qual o povo era súdito. A sociedade é senhora dos direitos, cumprindo ao Estado a tarefa de implementá-los, sendo o advogado essencial nessa tarefa.
Com tal compreensão, o presidente da OAB Nacional Ophir Cavalcante Junior, lançou a caravana de defesa das prerrogativas dos advogados. A caravana já esteve em Santa Catarina e Paraíba, ouvindo os advogados em audiência pública. Até o final da gestão, o propósito é se fazer presente em todos os Estados da federação. No parlamento, a diretoria do Conselho Federal envida esforços no sentido de aprovar o aumento da pena no caso de violação das prerrogativas profissionais e assegurar a legitimação da OAB para a propositura da respectiva ação penal. Com este mesmo propósito, está sendo planejado um seminário com os magistrados oriundos do quinto constitucional, com o intuito de se criar uma cultura nos tribunais de respeito ao advogado.
O advogado é a voz do cidadão em busca de justiça. Quanto mais forte e firme for a fala do profissional da liberdade e dos direitos, melhor protegida ficará a sociedade diante de atos arbitrários, mais eficaz será o rol de direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Não é demais afirmar que o advogado valorizado significa, em ultima análise, na garantia de prevalência do próprio Estado de Direito.

Por Marcus Vinicius Furtado Coêlho
Fonte Consultor Jurídico

ATITUDE POSITIVA? TENHA OU SUA SAÚDE E PERFORMANCE SERÃO PREJUDICADAS


Diante de um leque de desafios, todos nós já recebemos um conselho bem intencionado para nos “mantermos positivos”. Quanto maior o desafio, maior as chances dessa sabedoria do “copo meio cheio” se tornar uma visão Poliana e irreal. É difícil encontrar motivação para focar em positividade quando a positividade nada mais parece do que um pensamento positivo.
O verdadeiro obstáculo para a positividade é o nosso cérebro, programado para buscar e focar em ameaças. Esse mecanismo de sobrevivência serviu à humanidade quando éramos caçadores e coletores, vivendo todos os dias com a ameaça real de sermos assassinados por algo ou alguém próximo a nós.
Isso aconteceu há eras. Hoje, esse mecanismo reproduz pessimismo e negatividade nas mentes e a tendência é buscar até acharmos uma ameaça. Essa ameaça amplia a percepção de que as coisas estão de mal a pior. Para ameaças cuja fuga envolve se esconder na florestas, esse mecanismo é eficaz. No entanto, quando a ameaça está no campo da imaginação e você passa dois meses convencido de que o projeto o qual você está trabalhando vai falhar, esse mecanismo deixa você com uma visão amarga da realidade que causa estragos na sua vida.

POSITIVIDADE E SUA SAÚDE
Pessimismo é problemático pode ser ruim para sua saúde. Muitos estudos mostram que os otimistas são mais fisicamente e psicologicamente saudáveis que os pessimistas.
Martin Seligman da Universidade da Pensilvânia conduziu várias pesquisas sobre o assunto. Seligman encontrou taxas mais altas de depressão em pessimistas que atribuem suas falhas em déficits da própria personalidade. Otimistas, no entanto, tratam as falhas como um experiência de aprendizado e acreditam que podem fazer melhor no futuro.
Para examinar a saúde física, Seligman trabalhou com pesquisadores de Dartmouth e da Universidade de Michigan em um estudo que avaliou pessoas dos 25 até os 65 anos para saber como os níveis de pessimismo ou otimismo influenciam a saúde no geral. Os pesquisadores percebeu que a saúde dos pessimistas se deteriorou bem mais rápido com a idade.
Os achados de Seligman são parecidos com a pesquisa conduzida pela Clínica Mayo, que percebeu que os otimistas possuem menos doenças cardiovasculares e mais tempo de vida. Embora o mecanismo exato pelo qual o pessimismo afeta a saúde não tenha sido identificado, pesquisadores de Yale e da Universidade do Colorado associaram esse pessimismo a uma imunidade enfraquecida respondendo a tumores e infecções.
Pesquisados da Universidade de Kentucky e Louisville foram mais longe: injetaram um vírus em otimistas e pessimistas para medir a resposta do sistema imunológico. E o resultado? o sistema dos otimistas responde melhor que o dos pessimistas.

POSITIVIDADE E PERFORMANCE
Manter uma atitude otimista não é bom apenas para sua saúde. Martin Seligman também estudou a conexão entre positividade e performance. Em um estudo, particularmente, ele mediu o grau em que vendedores de seguros estavam se sentindo otimistas e pessimistas em relação ao trabalho, incluindo se eles atribuíam os problemas a questões pessoais fora de seu controle ou a circunstâncias capazes de serem alteradas com esforço.
Vendedores otimistas venderam 37% apólices a mais que os pessimistas, que tinham maior probabilidade de deixar a empresa no primeiro ano de emprego.
Seligman estudou a positividade mais que qualquer outro, e ele acredita na habilidade de transformar pensamentos pessimistas e tendências com esforço. Mas ele não apenas acredita nisso. Suas pesquisas mostram que isso pode acontecer por meio de técnicas que criam mudanças duradouras no comportamento.
Seu cérebro precisa de ajuda para combater a negatividade. Aqui estão dois passos simples que você pode praticar e que podem levar seu cérebro a se manter otimista:

1º PASSO: SEPARE FATOS DA FICÇÃO
O primeiro passo exige parar de falar de si de maneira negativa. Quanto mais você coloca pensamentos negativos para fora, mais força você dar a eles. Muita da nossa negatividade são apenas pensamentos, não fatos.
Quando você estiver acreditando nas vozes negativas da sua mente, é hora de parar e escrever. Literalmente para e escreva o que você está pensando. Uma vez que você estiver diminuindo o protagonismo dos pensamentos negativos, você ficará mais racional e com a mente mais aguçada para avaliar a veracidade deles. Avalie essas frases e veja se elas são factuais. Pode ter certeza que elas não são sempre que existir a presença de palavras como nunca, sempre ou pior.
Você “sempre” perde suas chaves? Claro que não. Talvez esqueça com frequência, mas a maioria dos dias você lembra. Você “nunca” encontrará a solução para um determinado problema? Se você está preso nisso, talvez você esteja resistindo em pedir ajuda. E se realmente não existir solução, por que você está perdendo seu tempo e batendo o a cabeça na parede?
Se suas questões continuarem parecendo fatos no papel, converse com um amigo e veja se essa pessoa concorda com essa perspectiva. A verdade sempre vem a tona.
Sempre que você sentir que algo sempre ou nunca acontece, essa é a reação natural do seu cérebro a ameaças. Ele tende a inflar a percepção de frequência e gravidade de um evento.
Identificar e rotular seus pensamentos como pensamentos, os separando dos fatos te ajudará a escapar do ciclo da negatividade e seguir em frente para uma postura nova e otimista.

2º PASSO: IDENTIFICA UM POSITIVO
Agora que você tem uma ferramenta para se livrar dos pensamentos negativos e de auto-defesa, é hora de ajudar seu cérebro a aprender o que você quer e se focar nisso - o positivo.
Isso virá com naturalidade após alguma prática, mas primeiro você deve dar ao seu cérebro uma ajuda escolhendo, conscientemente, algo positivo para ele pensar. Qualquer pensamento positivo servirá para reprogramar a atenção da sua mente. Quando as coisas estão bem, seu humor é geralmente bom, isso é relativamente fácil. Quando as coisas vão mal, e sua mente está afundada em pensamentos ruins, isso pode ser um desafio. Nesses momentos, pense no seu dia e identifique algo positivo que aconteça, não importa quão pequeno.
Se você não conseguir pensar em algo do dia, reflita sobre os dias anteriores. Ou talvez um evento para o qual você está ansioso e que possa focar nisto.
O ponto aqui é que você deve ter algo positivo em mente e deve colocar sua atenção nisto sempre que algo negativo aparecer. No primeiro passo, você aprendeu como tirar o poder dos pensamentos ruins separando o que é fato e ficção.
O passo dois é substituir o negativo com positivo. Uma vez que você tenha identificado um pensamento positivo, coloque sua atenção para ele, especialmente se estiver lidando com algo ruim. Se isso for difícil, você pode repetir o processo, escrevendo seus pensamentos negativos para colocá-lo em descrédito e assim, se permitir aproveitar as ideias positivais.

JUNTANDO TUDO ISSO
Eu percebi que esses dois passos são incrivelmente básicos, porém extremamente poderosos por que treinam seu cérebro para ter um pensamento positivo. Eles quebram antigos hábitos, se você se forçar a usá-los. Dada a tendência natural da mente de navegar em direção a pensamentos negativos, nós podemos ajudar sendo positivos.
Coloque esses passos em use, e você colherá os benefícios físicos, mentais e de performance que são consequências do pensamento positivo.
Fonte Portal Administradores