Como andam as
promessas que você fez no começo do ano? Especialista ajuda a acompanhar a
evolução e renovar os votos de cuidado com o próprio bolso
Você se aproxima do
seu dinheiro toda vez que revisita seus planejamentos
A virada do ano é sempre um momento de
refazer as trajetórias, elaborar planos e estabelecer novos objetivos. Esse
olhar retrospectivo para as suas finanças é sempre muito positivo: reavaliar
seus hábitos financeiros e prioridades renova as esperanças e o deixa um passo
mais perto dos seus objetivos.
No entanto, um erro que a maior parte de nós
comete é não revisitar esses projetos durante a jornada. E aí o que acontece
você já sabe: com sorte, poucas das metas foram cumprida e, no próximo brinde
de réveillon, os mesmos objetivos voltarão à pauta.
O conselho do consultor financeiro André Massaro
é fazer o que ele mesmo diz fazer com as contas pessoais: um balanço do
semestre. “Na cabeça das pessoas está muito marcado o começo do ano como um
momento de virada, quando você leva um ano inteiro para se arrepender de um
comportamento excessivo, você realimenta esse ciclo de novas promessas que não
serão cumpridas”, explica.
Confira abaixo as cinco dicas de Massaro
para não terminar o ano tão longe das promessas feitas no dia 1º de janeiro.
1 – Encontre a sua
metodologia
A melhor forma de fazer esse acompanhamento é
você quem vai decidir. Listar o que já cumpriu é uma possibilidade mais aberta.
Outra opção é verificar se você conseguiu juntar metade do montante que havia
planejado na virada do ano. Tudo vai depender da linearidade das suas receitas
e da sua regularidade.
Para os mais dispostos, as revisões periódicas
podem até ser mais frequentes. Lembre-se: quanto mais você estiver a par do que
acontece nas suas contas bancárias, mais perto você está do seu objetivo.
2 – Valorize sua
evolução
Para a maior parte de nós, chegar ao final
do semestre com algo concluído já é uma grande evolução. Por isso, não perca
isso de vista. Comemora sua vitória e aproveite a empolgação para se encher de
coragem e estímulo.
3 – Crie planos
resistentes, mas não muito tolerantes
Ter um planejamento financeiro é como criar
um filho. Se você exigir de menos, corre o risco de ser permissivo – se exigir
demais, dificilmente verá metas realizadas. “A tática tem de ser robusta o
suficiente para você não perder tudo se acabar escorregando um mês ou outro”,
explica. “Se o plano não tolerar falha, ele é frágil.”
4 – O ano ainda não
acabou
E se escorregar, pode esquecer aquela história
de “já estraguei todos os planos, então ano que vem eu faço de novo”. Essa é a
pior desculpa que você pode inventar para fugir da responsabilidade de cuidar
do seu bolso da melhor forma possível. “Isso não pode acontecer, principalmente
porque compromete ainda mais seus planos”, diz Massaro. Ou seja, procrastinar
vai te afastar ainda mais no resultado
5 – Priorize as dívidas
Se você já chegou à conclusão de que não vai
dar para cumprir tudo que prometeu em janeiro, eleja as prioridades. A primeira
delas deve ser as dívidas, na avaliação de Massaro. “Estamos em um cenário de
economia instável, o emprego pode não continuar no mesmo nível e o
endividamento está alto para os nossos padrões. Tudo que envolver endividamento
é prioridade absoluta.”
Por Bárbara Ladeia
Fonte iG Economia