A
globalização e a aproximação das relações comerciais envolvendo diferentes
países modificou a estrutura da economia mundial, trazendo consequências para o
dia a dia de diversas profissões. No universo jurídico, as questões que
envolviam operações entre diferentes países deixaram de ser uma exclusividade
do Direito Internacional e do ambiente acadêmico, passando a fazer parte do
cotidiano de muitos advogados.
Com
a dissolução das fronteiras econômicas, uma nova demanda surgiu para a
advocacia: regular e formalizar a relação entre empresas estrangeiras que
pretendem atuar no âmbito nacional ou, ainda, auxiliar empresas com a intenção
de negociar junto a empresas nacionais. Dentro desse cenário, o inglês jurídico
tornou-se fundamental.
Muitos
advogados ainda não atentaram para a importância de saber um segundo idioma e
como isso pode abrir diversas portas na carreira profissional. Hoje, dominar o
inglês jurídico deixou de ser um diferencial para se tornar uma real
necessidade. Para saber por que você deve investir nesseconhecimento, continue
a leitura!
O advogado no mundo moderno
No
mundo moderno, o papel do advogado deixou de ser apenas o de um técnico capaz
de interpretar as leis. Além de traduzir a legislação, o advogado atual
participa ativamente das negociações, sendo um profissional estratégico na hora
de fechar contratos e operações comerciais. Muitas vezes, é o advogado quem
direciona a celebração de um negócio. Por isso, mais do que saber a legislação,
ele precisa se comunicar muito bem para que as negociações sigam fluidas, sem
que haja prejuízo do seu cliente.
Com
a globalização, que aproximou empresas estrangeiras e pessoas do mercado
nacional, o advogado continua com esse papel estratégico — e, para se comunicar
bem, saber inglês é fundamental. Porém, muito além da comunicação, cabe ao
profissional dominar termos técnicos e conhecer um pouco do sistema jurídico
estrangeiro para que sua atuação seja eficiente diante desse tipo de negócio.
A particularidade do inglês jurídico
O
inglês jurídico consiste no domínio de termos técnicos da área do Direito em
inglês. Embora muitos deles já tenham sido incorporados ao dia a dia da
advocacia, é importante conhecer os conceitos e os significados para que a
atuação do advogado envolvendo negócios internacionais seja proveitosa e útil.
Termos
como due diligence, trust, venture capital e letter of credit, entre outros, já
foram incorporados ao vocabulário de muitos advogados, tamanha a influência das
operações internacionais. Porém, mais do que conhecer os termos, o advogado
precisa estar capacitado para entender plenamente seus sentidos e, assim,
tornar-se uma peça chave para a conexão entre dois universos jurídicos
diferentes.
Contratos, transações e instrumentos jurídicos
Atualmente,
o inglês jurídico conta com uma grande demanda no universo dos contratos, mas
não se restringe a isso. Outros instrumentos e procedimentos também requerem
esse tipo de conhecimento, e um profissional que tem domínio dos termos
técnicos faz toda a diferença para uma operação.
No
âmbito das auditorias, por exemplo, o inglês jurídico também é fundamental.
Como a auditoria é o passo que precede as fusões e aquisições e, muitas vezes,
envolve investidores e compradores internacionais, dominar o inglês e saber
explicar a existência dos passivos que impactam o ordenamento jurídico nacional
é essencial para que um bom negócio seja feito.
Acordos
estratégicos também demandam o conhecimento técnico do inglês e do Direito.
Diversos dispositivos que regulam obrigações, conceitos e proteções que podem
ser usuais dentro do comércio exterior são, muitas vezes, conflitantes com o
sistema jurídico brasileiro. Portanto, a presença de um profissional que
conheça esses dois universos e seja capaz de encontrar um ponto de harmonia que
viabilize o negócio é fundamental.
Por
Felipe Asensi