É importante saber traçar um limite entre a dedicação
e o excesso de trabalho: a linha é tênue e pode acabar prejudicando sua vida
pessoal
Numa
época em que a cultura dos negócios é extremamente competitiva e online,
algumas qualidades tais como comprometimento e dedicação são cada vez mais
procuradas em empregados. De fato, o amor pelo trabalho, o interesse em
desenvolver conteúdo para a empresa e a pró-atividade são comportamentos
esperados em todo e qualquer funcionário, isso já sabemos. No entanto, é importante
que nós saibamos, cada vez mais, traçar uma linha entre a dedicação e o
excesso: e ela é tênue.
O
excesso de trabalho pode prejudicar a pessoa de diversas maneiras – desde
problemas na vida pessoal, quanto de saúde. Ninguém nasceu, afinal, para ser
escravo de uma profissão ou companhia – por mais que gostamos do que fazemos. A
pausa, afinal, se faz necessária (inclusive para melhor produtividade). Isso
não é papo para boi dormir!
Nesse
sentido, o site Entrepreneur reuniu alguns sinais fáceis de serem detectados
para você perceber se está ultrapassando esses limites (ou deixando que seus
funcionários façam isso, por exemplo). Fique de olho:
1. Tempo, que tempo?
Quando
o termo “tempo livre” se torna um acontecimento desconhecido na sua vida, é melhor
você parar. Pelo menos que seja para refletir um pouco. Tudo bem, você deve se
sentir envolvido com seu trabalho, mas deixar-se consumir pelos compromissos
profissionais é algo totalmente diferente.
Se
você não tem “tempo pra nada”, se não consegue se lembrar da última vez que
pode encontrar com sua família ou seus amigos, se você não consegue ler um
livro, assistir a um bom filme, relaxar, viajar... Bem, você tem aí uma GRANDE
dica de que as coisas não vão bem – e que é mais do que hora de procurar equilibrar
sua agenda. Você precisa e tem uma vida lá fora.
2. Burro de carga
Você
tem a sensação de que está carregando todo o peso do mundo nas costas. Então,
quando observa suas qualidades e defeitos percebe que é muito perfeccionista,
que tem uma necessidade natural de “abraçar o mundo”, nunca satisfeito com que
é realizado (já que não está perfeito...). Percebe? Esta tendência poderia ser
uma ferramenta para você, se não fosse tão pronunciada, se não causasse o
extremo oposto.
Carregar
todos os problemas nos próprios ombros só vai te causar ainda mais problemas!
Você não é um super-herói, não pode fazer tudo sozinho. Por isso, entregue,
confie, saiba trabalhar em equipe. E isso é ainda mais importante para as
pessoas que são líderes ou chefes na empresa. Se você paga uma equipe para
realizar o trabalho, deve aprender a confiar nessas pessoas.
3. Cadê seus sonhos?
Você
pensa em um sonho na sua vida. Depois em outro. E outro. Melhor, faça uma
lista. Fez? Perceba quantos de seus objetivos e metas de curto, médio e longo
prazo estão relacionados ao trabalho. Claro que é admirável que você tenha
aspirações profissionais, mas é interessante que sua família, seu cachorro,
seus amigos, você também tenham prioridade nas suas metas! Seja altruísta,
afinal.
O
futuro deve refletir mais do que, simplesmente, alcançar bons resultados na
carreira. Quando alguém te pergunta se você possui sonhos futuros e suas únicas
respostas são relacionadas à profissão... Bem, você está, obviamente, se doando
em demasiado ao trabalho.
4. A cabeça no escritório
Você
pode até sair da empresa, mas a empresa não sai de você? Claramente, é um sinal
de que está exagerando na dose! Claro que existem situações especiais que nos
fazem levar dever de casa extra para casa, mas não é sempre que essa obsessão
por entregar resultados deve te perseguir para fora do trabalho.
Se
sua cabeça ou seu corpo estão sempre trabalhando – mesmo em casa ou no bar com
os amigos – você está recebendo sinais físicos de que ultrapassou a linha do
saudável e aceitável.
5. Papo chato
Quando
você só sabe falar sobre o trabalho... Ah! Como essas pessoas são chatas, não?
Então, se vigie – você não quer se tornar aquela pessoa que todo mundo evita
nas festas, certo? É claro que, vez ou outra, você pode e deve falar sobre sua
profissão, sobre seus feitos e cases de sucesso dos quais se orgulha. Mas, como
estamos vendo, tudo tem limite. E se você é um desses chatos, deve tentar mudar
a partir de agora. Deixe o trabalho para trás um pouco e seja uma pessoa
interessante!
6. Meu trabalho, minha vida
Se
você é daqueles profissionais que têm a vida inteira impactada (e vive por
conta) do trabalho, nem é preciso dizer que está fazendo errado, certo? Tome
cuidado sobre o quanto você deixa que sua carreira diga aos outros quem você é,
o quanto isso te define. Seus interesses não devem estar todos ligados ao que
você quer alcançar profissionalmente: seus hobbies e atividades fora da empresa
devem te trazer prazer, por exemplo, e não devem ser determinadas pela vida
profissional.
Atenção!
Se suas decisões são sempre voltadas para a sua carreira, se suas reações
dependem de como isso influenciaria na sua vida profissional, é hora de
revisitar o quanto você precisa e quer se doar ao trabalho. Lembre-se de que
viver é muito mais que isso.
Fonte
Economia - iG