Fase deve ser encarada como mais uma chance de o
candidato mostrar que é capaz
Para
muitos, responder mais de 100 questões objetivas, mesmo quando uma errada anula
uma certa, é menos temeroso do que enfrentar uma página branca com 30 linhas
que precisam ser preenchidas por uma redação. Muitos concurseiros até deixam de
concorrer só porque terá fase discursiva na seleção. Mas nada que prática e uma
boa orientação não deem jeito. Conheça algumas dicas valiosas, confira a
seguir:
Brainstorming
No
dia da prova, vá direto para a folha que contém a proposta de redação assim que
abrir o caderno de questões. Leia e anote todas as ideias e palavras-chave que
aparecerem em sua cabeça a partir do tema proposto. Assim, é mais fácil
identificar quais argumentos realmente servem para embasar seu posicionamento
sobre o tema. Essa a técnica é chamada de brainstorming ou tempestade de
idéias.
Defenda suas ideias com unhas e dentes
É
importante ser objetivo quanto ao posicionamento frente ao problema/tema apresentado
pela banca organizadora. É preciso desenvolver bons argumentos para defender
claramente seu ponto de vista. Assim, a ambiguidade deve ser descartada. Para
facilitar o desenvolvimento da estrutura textual, separe os desdobramentos do
tema proposto em tópicos e faça com que cada um se desenvolva em um parágrafo,
depois é só interligar as idéias em sequência coerente.
Respeite os limites físicos da página
Geralmente,
o máximo é de 30 linhas. Ultrapassar isso ou desrespeitar as margens da folha
pode ser motivo para desclassificação. É importante ainda que o texto preencha
toda a linha para que esteticamente o texto facilite a visualização e leitura.
Exemplifique seu ponto de vista
Podem
ser dados estatísticos, testemunho de autoridade, fatos da realidade,
ilustrações e comparações para fundamentar seu ponto de vista em relação ao
tema proposto. Para isso, é fundamental que o candidato procure estar
atualizado com temas como política, economia, meio-ambiente, entre outras
áreas.
Não use termos que não conheça
Se
tiver dúvida com relação à escrita ou significado de algum termo, substitua-o
por outro de mesmo significado. Em vez de arriscar palavras mais rebuscadas,
simplificar a linguagem é o mais adequado e seguro.
Estar realizando?
Evite
gerundismo, clichês, gírias, pleonasmos (Ex.: subir para cima), linguagem
coloquial (são comuns abreviações, estrangeirismos, palavras criadas, erros de
concordância), “internetês” e vocabulário excessivamente requintado. Para
aquisição de um vocabulário mais rico e sem vícios não há outro remédio a não
ser ler com freqüência.
Aprenda
o novo acordo ortografico
Lembre-se
que o novo acordo ortografico já foi implementado. Não se esqueça que os verbos
crer, ler, dar e ver não possuem mais acento circunflexo, quando colocados na
3ª pessoa do plural do modo indicativo. Ex: creem, leem, deem e veem. Ditongos
abertos (Ex.: ideia, plateia), a hifenização sofreu alterações (ex.: dia a
dia), assim como caiu os acentos diferenciais para distinção de palavras iguais
(Ex.: para, pelo), entre outras modificações.
Treine sempre
O
ideal é que o candidato que vai prestar redação em concurso produza pelo menos
duas redações por semana. É importante ainda sempre reescrever os textos após
submetê-lo à correção de um profissional ou de um amigo.
Texto excelente nem sempre é garante aprovação
Existe
uma diferença entre um texto excelente e outro para passar em concurso. Para
passar você só precisa atender aos tópicos do tema. Às vezes, o candidato vai
além, aborda diversos aspectos e faz uma excelente redação. Mas se fugir do que
é exigido, não adianta.
Ih, não é dissertação. O que fazer?
Não
se assuste quando a banca pedir para você elaborar um estudo de caso ou peça
técnica. Esses tipos de texto são subgêneros do texto dissertativo.
Basicamente, a diferença entre eles é que a dissertação é baseada em texto
motivado e o estudo de caso, em situações hipotéticas. Os critérios, em tese,
são os mesmos para todas as redações. É preciso sempre estar dentro do tema,
abordar os aspectos exigidos pelo enunciado, ser claro e montar o raciocínio
com começo, meio e fim.
Focar o estudo por banca
Embora
cada examinadora tenha características próprias, podemos separá-las em dois
conjuntos quanto à prova de redação: Cespe e demais bancas:
-
O Cespe faz uma prova de redação redundante: avalia praticamente o mesmo que na
prova objetiva, ou seja, conteúdo. A redação tem 95% da nota para nível de
conhecimento sobre o assunto. Os outros 5% são para apresentação e estrutura.
Apurada a nota, o candidato pode perder pontos pelos erros gramaticais.
-
Quanto às demais bancas, há sempre uma preocupação com incluir critérios mais
típicos de correção de redação, que, em geral, podem ser organizados em três
grandes critérios: conteúdo (conhecimento do assunto e fundamentação, que é a
pertinência e relevância das ideias do desenvolvimento), estrutura (coerência,
coesão) e correção gramatical (ortografia, vocabulário e morfossintaxe).
Por
QualConcurso
Fonte
JusBrasil Notícias