Site faz meio de
campo entre condomínios e companhias de telefonia, internet, rádio e TV
Quem nunca teve um problema com internet
caindo, a ligação do celular que não se completa, ou até a sua estação favorita
de rádio sendo ouvida sem clareza.
Tudo isso pode acontecer por falta de sinal:
ou a antena está muito longe ou há muitos obstáculos entre você e ela.
Estima-se que hoje no Brasil existam mais de
70 mil torres de telecomunicações, que espalham os sinais de emissoras de
rádio, TV, de telefonia celular e de internet.
E a previsão é de que esse número dobre em cinco anos, para acompanhar a
demanda por cada vez mais linhas e tecnologias de celular e internet.
Principalmente nas grandes cidades, os
locais geralmente escolhidos para receber uma antena desse tipo são os
edifícios – embora donos de terrenos e de residências também possam receber a
aparelhagem.
O aluguel do topo para esse tipo de fim pode
ser uma boa alternativa para driblar os gastos condominiais que chegam com
força em 2015, como reajuste da energia e tarifa diferenciada da água, ou para
aqueles que buscam efetuar melhorias no condomínio.
Serviço
Pensando nisso, e para atender uma demanda
cada vez maior dos dois lados, de operadoras que buscam alugar topos de prédios
e condomínios que querem locar seus espaços, o administrador de empresas, Tiago
Albino, criou o site MyTower - www.mytower.com.br,
que tem como proposta fazer essa "ponte" entre companhias e
condomínios.
“Temos clientes que conseguiram fazer um
retrofit grande apenas com os vencimentos advindos do aluguel para a antena”,
explica Tiago.
O site funciona como se fosse um
classificado de imóveis, porém focado no segmento de locação para antenas de
operadoras, e cobra uma taxa mensal do condomínio que quer anunciar o espaço em
seu topo para empresas do setor – há demanda em todo o país.
Os ganhos mensais para os empreendimentos
que conseguem locar seus espaços variam entre R$ 3 mil a R$ 4 mil em áreas
rurais e em média R$ 8 mil em áreas urbanas.
Para anunciar seu condomínio, é preciso
entrar no site da MyTower e cadastrá-lo http://www.mytower.com.br/.
Lá, você escolhe o plano que desejar, insere dados de localização do seu
condomínio e também pode enviar uma imagem do local, para adicionar ao seu
anúncio.
Caso haja interesse por parte da operadora
em instalar uma antena no condomínio que anunciou no site, a empresa entra em
contato direto com o anunciante, sem intermediações.
Benefício
Usuários do SíndicoNet terão direito a
usufruir da plataforma durante 15 dias gratuitamente. Para obter este
benefício, use o código de cupom promocional "SíndicoNet" ao se
cadastrar.
Negociação
Ao ser contatado pela operadora interessada,
o primeiro passo é o síndico conversar com o conselho do condomínio, ou obter
concordância dos moradores do condomínio em assembleia.
Com esse sinal verde, um engenheiro da
empresa vai até o local e dá um parecer sobre se é possível e seguro para o
espaço receber a antena. O profissional assina com a sua ART o documento que
atesta que o condomínio pode receber a antena.
Se estiver ok, começa, então, a etapa de
negociação de preço.
Geralmente o preço depende de alguns fatores
como a quantidade de antenas nas proximidades, se o condomínio está na cidade
ou no campo e se o equipamento a ser instalado vai ser uma antena mesmo – que
pede 20 m² - ou um rebatedor de sinal, que ocupa cerca de 1 m².
Para a instalação da antena são pedidas
autorizações na prefeitura, Ministério da Aeronáutica e do Meio Ambiente
(dependendo da localização do condomínio), da Anatel e do Corpo de Bombeiros -
esses documentos devem ser regularizados todos os anos.
Entre a procura da empresa pelo condomínio
para a instalação da antena, o comum é se passarem cerca de dois meses.
Assembleia
Não há consenso entre os especialistas
consultados sobre qual o quórum necessário e correto para aprovação, devido a
diferentes interpretações da Lei. Na prática, a maioria dos condomínios tem
aprovado através de maioria simples dos presentes na assembleia, ou pela
maioria de todos os condôminos, por entenderem que trata-se de obra útil.
Por causa dessa indefinição, para que o
condomínio esteja resguardado em caso de reclamações, o recomendado é obter a
aprovação por unanimidade.
Obrigações da
empresa
A empresa que aluga esse espaço no
condomínio tem algumas obrigações, como manter e devolver o espaço nas mesmas
condições. Isso quer dizer que se for necessário furar a laje, por exemplo,
para afixar a aparelhagem, a impermeabilização, se danificada, deve ser
refeita.
A dona da antena também deve pagar pelo seu
consumo de energia elétrica – uma vez que o equipamento fica ligado 24h por dia
e algumas partes necessitam de refrigeração.
O contrato de aluguel geralmente tem duração
de cinco ou dez anos – ajustados anualmente pelo IGP-M.
A empresa também deve estar em dia com a
documentação da antena – e o condomínio deve exigir a papelada em dia, uma vez
que é considerado corresponsável legalmente por aquela infraestrutura.
“Nós
também atuamos na renovação do contrato. Geralmente as empresas buscam baixar o
valor do aluguel na renovação. A MyTower, nesses casos, faz uma pesquisa de
mercado para saber qual o valor médio do aluguel da área na região”, explica
Tiago.
Segurança e saúde
Ao alugar o espaço, o condomínio deve ter em
mente que a torre por vezes precisará de manutenção – e que as equipes devem
poder entrar sempre no condomínio. Portanto, faça constar no contrato a
obrigação de respeitar o Regulamento Interno e seguir algumas exigências
específicas: técnicos devem utilizar uniformes, apresentar crachás e documentos
de identificação.
A análise técnica dos eventuais riscos à
saúde que representa a radiação dessas antenas compete às agências
governamentais (Anatel e CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear). Até o
presente momento, não se conhecem estudos comprovando que estas instalações
fazem mal a saúde ou causem interferências em aparelhos domésticos.
Fonte SíndicoNet