Intercâmbio: o primeiro passo é descobrir as faculdades
que mais combinam com você
Ano
novo, metas novas! E, para te ajudar, o Estudar Fora organizou um passo a passo
para você tirar do papel o projeto de fazer intercâmbio em 2018. As orientações
foram escritas com a ajuda da psicóloga Andrea Tissenbaum, do Blog da Tissen,
que é especialista em estudos fora do país. Confira:
1. Entenda o que você realmente quer e qual é o seu
perfil como estudante
O
primeiro passo é descobrir o que você quer e que faculdades ou cursos combinam
com você. Para isso, é necessário compreender seu perfil acadêmico: pense em
seu histórico escolar, projetos extracurriculares, nível de proficiência no
idioma do país (ou países) de interesse, entre outros, para poder fazer
escolhas mais assertivas. Andrea aconselha conversar com professores e outras
pessoas que possam te avaliar nesse sentido, mas lembra que nada te impede de
tentar uma vaga em uma universidade que esteja no topo dos rankings.
Quem
não puder passar anos fora do país pode apostar em outros tipos de vivência
internacional, como trabalho voluntário ou cursos rápidos (short term courses).
De idiomas à gastronomia, passando por história da arte e resolução de
conflitos, há uma infinidade de programas e instituições. Há também os cursos
oferecidos pelas summer schools, que acontecem no verão do hemisfério norte e
duram até três meses.
Reflita
sobre o que você quer – intercâmbio universitário de seis meses ou de um ano,
curso de idioma, curso de curta duração, especialização, pós-graduação – e por
que quer isso.
2. Pesquise bastante e escolha muito bem seu destino
O
mundo é vasto e as opções de destino, inúmeras. Por isso, às vezes, é difícil
até saber por onde começar. Mas vamos pelo básico:“Entenda se escolheu um lugar
ou lugares nos quais poderá viver sem se apertar financeiramente e que estão em
sintonia com quem você é”, aconselha Andrea.
Vale
pesquisar um pouco da história e da cultura de cada destino e buscar
informações sobre sua situação atual, como custos de vida médios (há o Budget
Your Trip e outros sites parecidos para isso) e índices socioeconômicos. Fica
mais difícil achar um emprego se o país está passando por uma recessão, por
exemplo.
É
preciso também fazer uma análise realística de suas condições atuais para
entender se o destino que almeja é, de fato, o mais indicado para você neste
momento. Uma opção pode escolher países que lhe permitam trabalhar com visto de
estudante. O Estudar Fora publicou recentemente as regras de trabalho de 9
países para estudantes brasileiros. Austrália, Irlanda e Nova Zelândia, por
exemplo, permitem que alunos de cursos de idioma também trabalhem. Já outros
destinos, como Estados Unidos e Canadá, não dão essa opção.
3. Informe-se sobre as melhores formas de lidar com o
câmbio
Em
tempos de volatilidade cambial, é imprescindível programar-se. A recomendação é
manter planilhas de receitas e gastos diários, seja no Excel, em apps de
controle de custos ou mesmo na ponta do lápis. Lembre-se que a chegada é sempre
mais cara, seja pelo deslumbre com um lugar novo ou necessidades inadiáveis,
como depósitos para moradia.
Também
é interessante checar outras opções de transferência financeira, como PayPal e
Western Union, que trabalham com diversas moedas, e ver se funcionam para suas
necessidades.
“Outra
dica boa é o seguro de saúde, que deve ser feito antes de viajar e que é uma
questão para muita gente”, lembra Andrea. Ponha em outra planilha todas as
opções disponíveis, de bancos a seguradoras, para avaliar quais são as
melhores. É útil também dar uma olhada nos contratos de seus cartões de crédito
– alguns oferecem gratuitamente um seguro de até 30 dias caso a passagem seja
comprada com eles.
4. Tire suas dúvidas com consulados, embaixadas e
representantes
Se
ainda não tem um lugar em mente ou se quiser conversar com quem já esteve lá,
experimente visitar consulados e entidades representantes de governos, como
Education USA, Campus France, Goethe Institut, Study in Australia e British
Council. Quem está em Brasília também pode checar eventos culturais das
embaixadas e saber um pouco mais sobre cada destino.
5. Defina o idioma e a instituição de ensino
Caso
o intuito não seja aprender um novo idioma, é melhor ir para um lugar em que a
língua já é familiar para você. Pensando nisso, instituições da Holanda ao
Japão costumam oferecer cursos em pelo menos dois idiomas: o nativo e o inglês.
É sempre possível, estudar em um idioma mais familiar e aproveitar para
aprender outra língua nas horas vagas.
Para
os que querem fazer graduação ou pós-graduação fora, o processo é mais focado.
As escolhas estarão relacionadas com sua área de interesse profissional e é
necessário combinar seu perfil e aspirações acadêmicas aos programas que as
universidades oferecem.
6. Comece a se preparar: veja documentos necessários e
como funciona o processo de candidatura
Com
a decisão tomada, dê início ao seu processo de candidatura (application), que
varia entre cursos e escolas. Para a graduação e a pós-graduação no exterior,
os processos são mais complexos e, em geral, envolvem provas, teste de
proficiência no idioma, envio de currículo, cartas de recomendação e redações.
Especialistas recomendam que os estudantes comecem a se preparar com pelo menos
um ano de antecedência.
Cursos
rápidos têm processos mais simples e, normalmente, exigem do aluno apenas um
teste de domínio do idioma para verificar se ele terá condições de acompanhar
as aulas. É bom familiarizar-se o quanto antes com os formulários e requisitos
exigidos.
E
em qualquer curso que vá fazer fora do Brasil, seja um intensivo de francês na
Bélgica ou um curso de empreendedorismo na Califórnia, você terá que cuidar de
seu passaporte, passagem aérea e hospedagem. Não deixe nada para a última hora:
confira se o seu passaporte estará valido por todo o tempo em que estará fora e
comece a buscar as opções de moradia.
* Este artigo foi originalmente publicado pelo
Estudar Fora, portal da Fundação Estudar
Fonte
Exame.com