A
Black Friday – que ocorre no dia 27 de novembro – já atrai a atenção de
diversos consumidores. A movimentação na nova data do varejo brasileiro promete
faturar cerca de R$ 1,9 bilhão, de acordo com um levantamento realizado pelo
Google.
Cerca
de 80% dos clientes online pretendem aproveitar as promoções da última
sexta-feira do mês, segundo uma pesquisa divulgada pelo E-bit/Buscapé. Por
conta disso, é importante o consumidor estar atento às formas de pagamento
disponibilizadas pela empresa e ter cuidado na hora de realizar compra.
O
iG reuniu algumas dicas sobre o assunto para ajudar os interessados no evento a
aproveitá-lo melhor.
Evite sites que só aceitem uma única forma de
pagamento
O
cliente deve tomar cuidado com sites que só aceitem como forma de pagamento o
boleto para não cair em armadilhas, conforme alerta a assessora técnica do
Procon-SP Marta Aur. “O site que só oferece o boleto como forma de pagamento
ele gera uma insegurança para o consumidor. Ele [o consumidor] pagou o boleto,
está pago. Se o site, por exemplo, desaparecer ou não efetuar a entrega, o
consumidor perder aquele valor”, explica.
Como se proteger de possíveis golpes na hora de pagar?
Marta
afirma que a realização de uma pesquisa prévia é fundamental para garantir uma
maior segurança. Ela aconselha que sejam procuradas informações sobre a empresa
para garantir que a organização é confiável, ou seja, que se consulte endereço,
telefone, razão social e outras formas de contato para verificar se o site é
idôneo. “Quando o site disponibiliza como forma de contato apenas um telefone
celular, por exemplo, já fica um alerta”, diz. A assessora também enfatiza que
o consumidor deve checar a política de privacidade da loja virtual para saber
quais compromissos ela assume com relação ao armazenamento e relação dos dados
do consumidor para evitar possíveis vazamentos de dados.
Ela
também sugere que os fornecedores procurados sejam aqueles mais conhecidos e
que possuam estabelecimentos físicos e sejam recomendados por pessoas de
confiança. “[Também é importante] Verificar se o site está com o indicativo de
segurança, verificar quais informações ele vai ter que disponibilizar [o
consumidor]. Se tiver um contrato de aceitação, ler com atenção o que está
incluído e o que vai ser divulgado das informações do consumidor.”
Pesquisar os preços cobrados antes do dia da
Black Friday para confirmar se a promoção é de fato uma promoção, diz a
especialista, é fundamental. “Evitar
comprar por impulso é uma grande dica também”, complementa, acrescentando que é
importante instalar programas de antivírus no aparelho eletrônico e que o
consumidor não deve realizar transações em computadores públicos.
É melhor pagar à vista ou parcelado?
De
acordo com Marta Aur, essa questão depende da preferência de cada consumidor,
mas faz uma ressalva. “A prazo não pode ter juros, tem que ser no mesmo valor.
O consumidor não pode ficar calculando só o valor da parcela, ele precisa ver o
quanto aquilo vai impactar no orçamento dele”. Ela esclarece que é essencial que
o comprador analise a descrição do produto e da condição de pagamento.
Reporte transtornos e procure registrar todas as
transações
O
consumidor pode reportar a clonagem do cartão de crédito à administradora do
cartão e também pode relatar problemas nas compras por meio do atendimento do
SAC. Caso não haja uma solução para a questão, é possível procurar o Procon.
Marta
ainda destaca a importância de registrar os detalhes das transações para que
caso aconteça algum aborrecimento, o consumidor consiga comprovar os detalhes
do ocorrido. “É importar ‘printar’ (reproduções de tela), salvar todas as telas
e guardar a confirmação dos valores para que não haja surpresas na hora de vir
o cartão de crédito”, afirma.
Caso a promoção se estenda à loja física, é melhor
comprar nela ou na internet?
Para
a assessora técnica do Procon-SP Marta Aur, na loja física o consumidor possui
um maior poder de barganha e pode tentar fazer outras formas de pagamento, mas
diz acreditar ser mais vantajoso comprar via internet. “Comprar pela internet é
muito mais rápido, muito mais cômodo. O consumidor precisa tomar alguns
cuidados, mas hoje em dia não podemos dizer que é melhor comprar na loja
física, vai do gosto do consumidor”, conclui.
Fonte
iG