Técnicas simples, mas que impactarão sua carreira
1 – A teoria do favor
Um
episódio ocorrido na vida de Benjamin Franklin pode ilustrar bem essa coisa de
favor. Conta a lenda que Franklin certa vez quis conquistar a simpatia de um
cara que não gostava dele – missão impossível? Pelo visto, não. O inventor
resolveu pedir para que esse desafeto o emprestasse um livro raro e, quando
recebeu o volume, agradeceu o empréstimo com toda a gentileza possível.
Depois
desse gesto, o homem que não simpatizava com Franklin acabou se tonando amigo
dele. A lógica é a de que o favor pessoal aproxima as pessoas e, antes que você
saia por aí falando que uma coisa não tem nada a ver com outra, saiba que um
grupo de cientistas resolveu testar essa lógica de Franklin.
Em
um grupo de voluntários, alguns fizeram favores aos pesquisadores. Depois,
todos os participantes avaliaram a pesquisa. Adivinha só: aqueles que fizeram
favores aos cientistas deram notas maiores ao estudo. A lógica é: se uma pessoa
faz um favor a você, ela vai pensar que você é uma pessoa por quem vale a pena
fazer algum esforço e, por consequência, pode acabar gostando de você.
2 – Use o nome da pessoa
O
autor de “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, Dale Carnegie, reforça, em
sua obra, a importância de fazer referência às pessoas usando seus nomes e, em
alguns casos, títulos como “doutor”, “professor”, “especialista” e afins.
Segundo Carnegie, o nome de uma pessoa é, para ela mesma, o som mais agradável
em qualquer idioma.
A
verdade é que nosso nome é uma parte fundamental de nossa identidade, e
escutá-lo nos dá uma espécie de reafirmação de nossa existência, ainda que
inconscientemente. Dessa maneira, ficamos mais inclinados a gostar da pessoa
que cita nosso nome em uma conversa.
É
preciso ter cuidado, no entanto, para não acabar forçando a barra e falando o
nome do seu interlocutor várias vezes seguidas. Isso tira de você o título de
bom de papo e o leva ao nicho de puxa-saco, que, convenhamos, não é uma posição
das mais interessantes.
3
– O elogio
Por
mais óbvio que pareça, vale sempre reforçar: pessoas gostam de receber elogios.
No entanto, é bom que o elogio seja sincero, ou você só vai piorar a situação
e, de novo, parecer um puxa-saco incansável e patético. Para essa questão,
contamos novamente com os amigos cientistas, que gostam de colocar as coisas em
prática e nos dizer se realmente dão certo.
Um
estudo publicado na Universidade de Leicester relatou que as pessoas tendem a
procurar por uma espécie de “equilíbrio cognitivo” na tentativa de deixar seus
pensamentos e sentimentos organizados. Se você elogiar alguém que tem uma
autoestima boa e se o elogio parecer sincero, essa pessoa passará a gostar mais
de você.
Por
outro lado, se você elogiar alguém com baixa autoestima, há uma chance de essa
pessoa gostar menos de você, porque seu elogio interfere na imagem que ela tem
de si mesma. Então, resumindo, elogie; mas, antes, busque perceber melhor a
forma como a pessoa lida com elogios.
4 – Espelhe-se no comportamento alheio
Algumas
pessoas têm mais facilidade na hora de se inserir em um novo grupo. Nessas
ocasiões, elas reparam na forma como as pessoas estão se comportando e passam a
imitar esse comportamento, o que inclui até mesmo adotar padrões diferentes de
discursos. Esse quase mimetismo pode ser usado propositalmente e vai garantir
quem estiver à sua volta goste mais de você.
Pesquisas
recentes já comprovaram que as pessoas tendem a ir com a cara de quem é
parecido com elas, seja na maneira de se comportar ou nos detalhes relacionados
ao discurso. Ou seja: cientificamente falando, tendemos a gostar mais daquelas
pessoas que nos imitam. Bizarro, né?
A
questão tem a ver com a noção de identidade pessoal de cada um. Quando vemos
traços do nosso comportamento em outra pessoa, acabamos achando que esses
traços são normais e, em consequência, ficamos satisfeitos por essa validação
comportamental. De novo, o mesmo conselho: se você resolver usar essa tática
propositalmente, cuidado para não deixar que isso transpareça.
5 – Usando bem o cansaço
Essa
é fácil de entender: se nos pedem para fazermos algo quando estamos muito
cansados – no final do expediente ou nos últimos minutos da última aula, por
exemplo –, tendemos a dizer a boa e velha sentença: “Posso fazer amanhã?”. Esse
é o segredo. No dia seguinte, a pessoa vai se comprometer a fazer o que foi
pedido no dia anterior, quando ela estava cansada.
Por
mais que isso pareça controverso para algumas pessoas, a verdade é que tendemos
a honrar nossa palavra e a cumprir aquilo que prometemos. Então, se você quer
que uma pessoa faça algo para você, peça isso a ela no momento em que ela
estiver cansada, assim a tarefa que você quer que ela faça vai estar no topo
das prioridades dela no dia seguinte.
6 – Em etapas
Se
você precisa que alguém faça alguma coisa, comece pedindo algo simples e,
depois, reformule seu pedido. As pessoas tendem a aceitar outras requisições de
tarefas quando já estão fazendo alguma. Em vez de solicitar uma lista de
grandes favores, peça uma coisa só e depois inclua outras.
Em
um teste recente, pesquisadores avaliaram essa lógica em um ambiente de
consumo. As pessoas, primeiro, eram convidadas a se mostrar favoráveis à
preservação ambiental, o que, claro, é uma tarefa fácil. Depois, elas se mostraram
mais inclinadas a comprar produtos relacionados com o meio ambiente. A dica é
não ir de um pedido a outro rapidamente – essa técnica é mais efetiva se você
espera um ou dois dias antes de fazer o segundo pedido.
7 – Aprenda a discordar
Corrigir
alguém é péssimo caso você queira que ele goste de você. Você pode até
discordar de uma pessoa e deixar isso claro, mas é bom evitar dizer que ela
está errada. Se você acha que isso é impossível, saiba que existe uma técnica
infalível para esse tipo de situação. Ela é conhecida como “Ransberger Pivot” e
foi inventada por Ray Ransberger.
A
ideia é basicamente ouvir o que o interlocutor tem a dizer e aí buscar entender
como ele se sente e por que se sente dessa maneira – a tal empatia. Aí, você
explica que entende o que ele quis dizer e, a partir daí, explica a sua
posição, sem necessariamente apontar que a da outra pessoa é errada.
8 – Repita
Quando
você repete para a pessoa o que ela acabou de falar, você coloca em prática uma
das técnicas mais eficientes para fazer com que alguém vá com a sua cara e seja
influenciado por você, sabia? Isso é conhecido como escuta reflexiva.
Alguns
estudos já provaram que quando terapeutas usam a escuta reflexiva, seus
pacientes tendem a revelar mais emoções e a desenvolver uma relação mais
intensa com o profissional. A técnica é basicamente ouvir o que a pessoa fala
e, na hora de comentar, repetir o que ela acabou de dizer, complementando o
raciocínio. Isso mostra que você se importa com ela e que vai fazer com que ela
passe a se importar com você também.
9 – Concorde
com a cabeça
O
simples fato de movimentar a cabeça de cima para baixo enquanto uma pessoa está
falando já vai fazer com que ela preste atenção em você. Além do mais, já se
sabe que acenar com a cabeça vai fazer com que o interlocutor faça o mesmo – de
novo aquela coisa do mimetismo.
Então
se você quer impressionar, acene com a cabeça várias vezes durante uma
conversa, mostrando que concorda com aquilo que está ouvindo. Assim que você
falar, o interlocutor vai se sentir motivado a balançar a cabeça também, o que
pode levá-lo a concordar, de fato, com o que você diz.
Por
Fátima Burégio
Fonte
Blogandotudo