Programas de fidelidade, varejo e alianças
internacionais são algumas formas utilizar os pontos
Nova York é uma das cidades americanas para as quais
os brasileiros mais pedem milhas. No geral, para a América do Norte, são
necessários, em média, de 40 mil a 60 mil milhas para um bilhete de ida e volta
Em
sua próxima ida à farmácia, ao supermercado ou a qualquer estabelecimento
comercial, não esqueça: sem saber, você pode estar dando o primeiro passo para
a compra de uma passagem aérea. Isto porque as formas de se acumular milhas se
diversificaram, e é possível juntar pontos das mais diferentes formas. Seja
através dos cartões de crédito e de programas de fidelização de serviços e
varejo (ambos ampliaram suas ofertas nos últimos anos), seja via planos das
próprias companhias aéreas. Cada compra pode ser um passo para concretizar suas
férias.
Nos
últimos anos, a classe média entrou com força no mercado de viagens. Com isso,
os programas de fidelização também cresceram. Outro ganho para quem é viajante
frequente de alguma aérea específica, é a parceria entre bancos e companhias,
que costuma remunerar melhor cada dólar gasto com milhas, facilitando o
acúmulo. E fique atento: com a alta recente do dólar, a maioria delas está com
promoções para quem deseja viajar com pontos.
Agora,
se a facilidade para acumular pontos aumentou, a dificuldade para
transformá-los em uma passagem aérea também. Queixas quanto a milhas
necessárias ou voos disponíveis são comuns, diz Cláudia Almeida, do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):
—
Muitas companhias mudam as regras sem avisar ou colocam cláusulas abusivas no
contrato. Vale a pena viajar com milhas, mas é preciso pesquisar.
Segundo
as companhias, os principais destinos inclusive para uso de milhas são: na
América Norte, Nova York, Orlando e Miami; na América do Sul, Argentina e Chile;
e na Europa, Paris e Londres. No mercado interno, a troca por passagens é forte
nas viagens a trabalho. Tanto que, pela ordem, as primeiras da lista são São
Paulo, Rio e Brasília. No Nordeste, despontam Recife e Salvador.
Antes
de se inscrever em programas de fidelidade, é preciso se informar. Para o
economista Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), o básico é ficar de
olho na validade dos pontos.
—
São poucas as companhias que avisam quando os pontos estão expirando. Com
exceção de alguns cartões, a validade é, em média, de três anos.
Por
Carolina Mazzi
Fonte
O Globo Online