Brasil é o segundo país em número de sistemas
infectados por malware bancário, atrás apenas dos EUA
Depois
de analisar e mapear o submundo do cibercrime na Rússia e na China, a Trend
Micro lança o estudo “The Brazilian Underground Market”, com um panorama dos
problemas de segurança digital no Brasil. De acordo com o estudo, o submundo do
cibercrime do país é o único que possui treinamentos para pessoas que querem
entrar nesse mercado.
Novos
malfeitores também tem serviços oferecidos pelos criminosos: páginas de
phishing são opções muito utilizadas pelos criminosos no Brasil, principalmente
as páginas de instituições bancárias, para se apropriar das credenciais do
usuário e conseguir fazer movimentações em suas contas bancárias. O custo, por
exemplo, é em média, de R$ 100. O Brasil é, também, o segundo país em número de
sistemas infectados por malware bancário, atrás de Estados Unidos e empatado
com o Vietnã.
Essas
ferramentas oferecidas no mercado negro, muitas vezes, permitem que pessoas com
pouco conhecimento de tecnologia consigam ter sucesso ao aplicar golpes e
fraudes online. Algumas ferramentas, por exemplo, modificam os boletos
bancários e podem ser adquiridas por apenas R$ 400. Já um software que envia
Spam via SMS custa R$ 499 e uma lista de números de telefone pode sair por a
partir de R$ 750.
“O
cibercrime no Brasil está se desenvolvendo cada vez mais. A oferta de
softwares, serviços e malwares maliciosos está crescendo, e os preços
diminuindo. Esse levantamento tem como objetivo mapear o crime digital para
ajudar a detê-lo, mas também serve como um alerta para o usuário sobre o
problema da segurança digital e para os cuidados que ele deve ter com o seu
comportamento online”, diz Fernando Mercês, pesquisador da Trend Micro
responsável pela elaboração do material.