Escolher a aplicação
financeira mais adequada para as suas necessidades é fundamental para evitar
prejuízo, garantir segurança e, de quebra, obter algum rendimento
Gastar menos do que ganha é a regra básica
para uma vida financeira saudável. Caso você esteja no time dos que já conseguem
controlar as contas e fazer sobrar uma graninha, o ideal é procurar uma boa
forma de aplicá-la, afinal, já passamos da época do dinheiro embaixo do colchão.
Escolher a aplicação financeira mais
adequada para a sua necessidade é fundamental para evitar prejuízo, garantir
segurança e, se possível, obter algum rendimento. Por isso, é recomendável
buscar o máximo de informações sobre as diversas opções disponíveis no mercado.
Um bom ponto de partida é conhecer as
características das formas mais populares de aplicação, como a poupança, o
Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Tesouro Direto, entre outras. Quais são
as diferenças entre elas? Qual delas é melhor para cada perfil? Para responder
a essas dúvidas, explicamos como cada uma funciona. Confira a seguir.
POUPANÇA
Um dos mais antigos serviços financeiros do
país, a poupança é famosa por sua segurança e baixo custo. É segura porque o
governo garante, por meio do Fundo Garantidor de Crédito, que as cadernetas com
até R$ 250 mil aplicados sejam ressarcidas ao poupador em caso de falência do
banco. E é barata porque não há cobrança de taxa de administração, não exige
valor mínimo inicial e seu rendimento não sofre desconto de Imposto de Renda.
Outra vantagem é a liquidez, ou seja, a
facilidade em resgatar o valor aplicado: basta ir a qualquer caixa eletrônico e
sacar o dinheiro, na hora.
Quanto rende?
Em geral, o rendimento da poupança é de 6,17%
ao ano + Taxa Referencial (TR, próxima de zero). Contudo, desde 2012, há uma
nova condição: se a taxa básica de juros, a Selic, cair para 8,5% ao ano ou
menos, a poupança só rende 70% da Selic + TR. Até o fechamento desta edição, a
Selic estava em 10,9% ao ano e não havia previsão de queda no curto ou médio
prazos.
Para o consultor financeiro André Massaro,
por sua simplicidade, a poupança é recomendada para investidores principiantes.
"À medida que a pessoa se habitua ao universo dos investimentos, é interessante
procurar opções mais rentáveis", recomenda.
Título de capitalização:
não é investimento, é cilada
PIC (Itaú), Pé Quente (Bradesco), Cap Sorte (Santander),
SuperXCap (Caixa Econômica Federal), OuroCap (Banco do Brasil). Se você é correntista
de algum desses bancos, provavelmente já recebeu uma oferta para contratar um
dos títulos de capitalização acima. Mas, ao contrário do que talvez tenham lhe
dito, esse serviço não é um investimento. Quase todos rendem menos do que a
tradicional poupança.
Isso ocorre porque parte do valor aplicado
vai para a taxa de administração (chamada de cota de carregamento) e parte para
o fundo formado para pagar os sorteios. Assim, apenas uma parcela fica rendendo
e, sobre o pequeno ganho, ainda incide imposto de renda. No final, o suposto "investimento"
equivale a ter guardado o dinheiro no cofrinho em casa. Sem contar que o valor
fica "preso" por muito tempo e, em caso de resgate antes do prazo, o
consumidor perde parte do que foi aplicado. Em outras palavras: não vale a pena!
Se o que lhe chama a atenção é o prêmio,
lembre-se de que a probabilidade de ser sorteado é pequena. Apostar na loteria
sai bem mais barato.
Fonte Idec