sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ONDE COLOCAR O MEU DINHEIRO?

Escolher a aplicação financeira mais adequada para as suas necessidades é fundamental para evitar prejuízo, garantir segurança e, de quebra, obter algum rendimento

Gastar menos do que ganha é a regra básica para uma vida financeira saudável. Caso você esteja no time dos que já conseguem controlar as contas e fazer sobrar uma graninha, o ideal é procurar uma boa forma de aplicá-la, afinal, já passamos da época do dinheiro embaixo do colchão.
Escolher a aplicação financeira mais adequada para a sua necessidade é fundamental para evitar prejuízo, garantir segurança e, se possível, obter algum rendimento. Por isso, é recomendável buscar o máximo de informações sobre as diversas opções disponíveis no mercado.
Um bom ponto de partida é conhecer as características das formas mais populares de aplicação, como a poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Tesouro Direto, entre outras. Quais são as diferenças entre elas? Qual delas é melhor para cada perfil? Para responder a essas dúvidas, explicamos como cada uma funciona. Confira a seguir.

POUPANÇA
Um dos mais antigos serviços financeiros do país, a poupança é famosa por sua segurança e baixo custo. É segura porque o governo garante, por meio do Fundo Garantidor de Crédito, que as cadernetas com até R$ 250 mil aplicados sejam ressarcidas ao poupador em caso de falência do banco. E é barata porque não há cobrança de taxa de administração, não exige valor mínimo inicial e seu rendimento não sofre desconto de Imposto de Renda.
Outra vantagem é a liquidez, ou seja, a facilidade em resgatar o valor aplicado: basta ir a qualquer caixa eletrônico e sacar o dinheiro, na hora.

Quanto rende?
Em geral, o rendimento da poupança é de 6,17% ao ano + Taxa Referencial (TR, próxima de zero). Contudo, desde 2012, há uma nova condição: se a taxa básica de juros, a Selic, cair para 8,5% ao ano ou menos, a poupança só rende 70% da Selic + TR. Até o fechamento desta edição, a Selic estava em 10,9% ao ano e não havia previsão de queda no curto ou médio prazos.
Para o consultor financeiro André Massaro, por sua simplicidade, a poupança é recomendada para investidores principiantes. "À medida que a pessoa se habitua ao universo dos investimentos, é interessante procurar opções mais rentáveis", recomenda.

Título de capitalização: não é investimento, é cilada
PIC (Itaú), Pé Quente (Bradesco), Cap Sorte (Santander), SuperXCap (Caixa Econômica Federal), OuroCap (Banco do Brasil). Se você é correntista de algum desses bancos, provavelmente já recebeu uma oferta para contratar um dos títulos de capitalização acima. Mas, ao contrário do que talvez tenham lhe dito, esse serviço não é um investimento. Quase todos rendem menos do que a tradicional poupança.
Isso ocorre porque parte do valor aplicado vai para a taxa de administração (chamada de cota de carregamento) e parte para o fundo formado para pagar os sorteios. Assim, apenas uma parcela fica rendendo e, sobre o pequeno ganho, ainda incide imposto de renda. No final, o suposto "investimento" equivale a ter guardado o dinheiro no cofrinho em casa. Sem contar que o valor fica "preso" por muito tempo e, em caso de resgate antes do prazo, o consumidor perde parte do que foi aplicado. Em outras palavras: não vale a pena!
Se o que lhe chama a atenção é o prêmio, lembre-se de que a probabilidade de ser sorteado é pequena. Apostar na loteria sai bem mais barato.

Fonte Idec