Quando tirar um piano da sala? O que fazer
com aquele aparelho de ginástica encostado no canto do quarto? E o celular
antigo? Os sites de compra e venda de usados revolucionaram o mercado. Além de
o consumidor poder se livrar de algo fora de uso mais rapidamente, ainda é possível
garantir o dinheiro da compra do próximo item. Parece uma solução perfeita para
quem até ontem não sabia o que fazer com o produto encalhado. O desafio é não
se desfazer do bem antes do fim do prazo de vida útil, o que seria um desperdício.
O conserto só vale a pena quando a despesa ficar 60% abaixo do valor do novo.
Segundo Dayse Maciel Araujo, coordenadora da
Fundação Instituto de Administração e Programa de Varejo (Provar), as pessoas
consomem de acordo com perfil, necessidade e desejo. A hora certa de descartar
também depende desse diagnóstico.
— A primeira pergunta a se fazer é: qual é o
meu perfil? Por que eu preciso de um novo produto? Se não usou o item durante
um ano, não vai usar mais. Pode passar adiante (vender ou doar).
No caso dos produtos tecnológicos, o
consumidor pode ser inovador, aquele que quer ter o último modelo, o lançamento,
e desconfiado, que gosta de tecnologia, mas prefere pagar um seminovo.
— Este segundo tem a tendência de comprar um
produto que tenha sido descartado há pouco tempo e custe até 20% mais barato.
Quem consome somente por necessidade tende a
utilizar o produto até o fim de sua vida útil. Quem compra por desejo costuma
substituí-lo bem antes desse prazo.
Por Priscila Belmonte
Fonte Extra – O Globo Online