Confira como as
pessoas de sucesso usam a gestão das emoções como aliada na carreira
profissional, segundo especialistas
Influenciar e
engajar pessoas são duas ações próprias de profissionais emocionalmente
inteligentes
Atenção aos nervosinhos e ansiosos de plantão:
a maneira como você lida com as emoções pode estar interferindo (muito
negativamente) na sua vida profissional.
“A emoção é a base da decisão e da nossa reação
ao futuro”, diz o psicólogo português Fernando Rodrigues que, em maio,
participará do Neurobusiness Expo Forum, em São Paulo.
Ou seja, se a suas emoções não têm poder
para determinar os solavancos do mercado de trabalho, elas tem capacidade de comandar
as suas reações diante de adversidades, conflitos, negociações e decisões
importantes na carreira.
Saber controlá-las, portanto, já é um grande
passo para atingir o êxito profissional, segundo os especialistas. Mas como
isso é possível? Confira como as pessoas de sucesso usam a inteligência
emocional a seu favor no dia a dia de trabalho:
1 Para ter consciência
de habilidades e pontos fortes e fracos
O autoconhecimento é um dos pilares da
inteligência emocional. Carlos Aldan, especialista no assunto e CEO do Grupo
Kronberg, diz que pessoas de sucesso (e emocionalmente inteligentes) têm consciência
de suas habilidades, pontos fortes e fracos. “E se concentram nos fortes”, diz.
Além disso, percebem como os seus padrões
emocionais afetam sua forma de pensar e de se comportar e também as pessoas a
sua volta.
2 Para ser mais
eficiente
Aldan aponta ainda a relação entre inteligência
emocional e resultados financeiros. Segundo o especialista, por se conhecer e
se focar em seus pontos fortes, tais pessoas tendem a ser mais eficazes, geram
mais resultados e conseguem atingir as metas propostas.
3 Para se conectar
com pessoas
Criar (e gerir) relacionamentos
profissionais duradouros exige ajustes constantes. Pessoas de sucesso
geralmente sabem disso, segundo Aldan. “Elas desenvolvem empatia”, explica.
4 Para ter poder de
influência
Influenciar e engajar pessoas são duas ações
próprias de profissionais emocionalmente inteligentes. Segundo Aldan, eles
atuam de forma colaborativa e, assim, conseguem motivar colegas, chefes e
subordinados.
5 Para entender que
nenhuma situação ruim é eterna
Perceber que uma crise é temporária é essencial
para atravessar uma fase desagradável sem surtar. Quem é emocionalmente
inteligente tem esta postura mais otimista face às adversidades, segundo Aldan.
6 Para não deixar que crises extrapolem a
outros domínios da vida
Quantas vezes um péssimo dia no trabalho
afetou negativamente a sua noite em casa? Deixar que a crise na empresa
reverbere na sua vida pessoal só vai aumentar o campo de frustração.
“Pessoas emocionalmente inteligentes não
deixam que crises extrapolem para outros domínios da sua vida”, diz Aldan.
7 Para dar um novo
significado ao imutável
Agir para mudar o que é passível de ser
alterado e ressignificar o imutável são dois comportamentos que revelam “sofisticação”
emocional.
“Não posso mudar e melhorar o trânsito de São
Paulo, mas posso mudar minha atitude em relação ao tempo em que passo nele”,
explica Aldan.
Em vez de passar uma hora irritado com o
congestionamento, ele prefere usar o tempo para fazer ligações e ler livros,
por exemplo. “É a mesma hora, mas minha perspectiva sobre ela mudou”, diz.
8 Para criar mecanismos que alterem estados
mentais
“O grande desafio é entender que não existe
razão sem emoção”, diz Fernando Rodrigues. Este é o “pulo do gato” para usar a
gestão emocional a seu favor.
Na maior parte das vezes, diz ele, surgem
justificativas cognitivas posteriores para as decisões tomadas sob influência
de emoções. “Você racionaliza depois e justifica a ação”, concorda Aldan.
O especialista afirma que é preciso
antecipar esta lógica. Uma medida para isso é, por exemplo, "procrastinar"
a ação. Se o impulso é uma resposta atravessada, você se acalma antes de falar.
Se está no trajeto para um dia difícil no trabalho, ouvir a música preferida
pode dar uma dose extra de energia e motivação. E por aí vai.
“Podemos criar mecanismos pessoais de apoio
a decisões, como passar de estados de medo para estados de calma, passar de
ansiedade para autocontrole, passar de estados de raiva para estados de empatia”,
diz.
9 Para observar emoções alheias e ajustar suas
atitudes
Entender as emoções dos outros e ajustar a
sua reação a elas é também domínio da gestão emocional, diz Fernando Rodrigues.
“Saber observar as expressões emocionais de
outras pessoas pode aumentar nossa capacidade de negociação e melhorar a tomada
de decisão”, afirma Rodrigues.
Se tirar proveito de negociações é parte
essencial do sucesso na carreira, conhecer o funcionamento do processo
emocional torna o êxito mais fácil de ser atingido. “Pois comunicamos para os
outros calibrados na emoção deles”, explica.
Por Camila Pati
Fonte Exame.com