Todo verão nos preocupamos muito com o câncer
de pele. Diversas campanhas nos orientam como prevenir e combater este mal que
corresponde a 25% dos tumores malignos registrados no país, de acordo com o
Instituto Nacional do Câncer. Na praia, no parque, no campo usamos protetor
solar, chapéu, e sempre que possível buscamos a sombra. Mas e seu pet? Ele
corre algum risco?
Infelizmente sim. Cães e gatos também são
vitimados pelo tão temido câncer de pele e não devem ficar de fora no quesito
proteção para garantirmos saúde e longevidade. Os animais de pelagem branca são
mais propícios a desenvolverem este tipo de doença. Os gatos brancos e os cães
das raças Bull Terrier, Boxer, Pit Bull e Dogo Argentino são alguns exemplos
com maior tendência ao desenvolvimento de câncer de pele. Isso não significa
que as outras raças e cores não precisam de proteção. O protetor solar animal
deve ser usado nas regiões mais expostas aos raios solares sempre. Os raios
ultravioletas da radiação solar são altamente danosos ao DNA da camada mais
superficial da pele de animais muito claros. É recomendável o uso diário de um
produto com fator de proteção (FPS) 30 nas regiões como pálpebras, têmporas (“testa”),
borda da orelha, nariz, abdômen, axilas. E evitar o sol nos períodos de maior intensidade
do dia entre 10h e 16h.
Alterações simples, como pele vermelha,
descamação, aparecimento de nódulos avermelhados que podem ou não sangrar, úlceras
(feridas) que crescem e sangram com facilidade, espessamento da pele e lesões
em áreas não pigmentadas são sintomas da doença.
Existem três tipos de tumor: o carcinoma, o
hemangioma e o melanoma. O carcinoma, um tumor epitelial maligno, é o mais
comum tanto em cães quanto em gatos. O melanoma, decorrente do melanócito
responsável pela pigmentação da pele, também é maligno. Já o hemangioma, originário
dos vasos sanguíneos, é benigno.
O tratamento é sempre cirúrgico com o
objetivo de eliminar o tecido acometido. Como as regiões onde estes tumores
aparecem são muito delicadas e a margem cirúrgica muito pequena, uma excelente
opção – menos invasiva e com excelentes resultados – é a criocirurgia,
procedimento feito com nitrogênio líquido onde o tumor é congelado. Em muitos
casos, a quimioterapia é necessária para complementar o tratamento, aumentando
assim a sobrevida dos animais.
Por isso, lembre-se: proteção e prevenção
devem fazer parte da família toda, e isso inclui o seu pet.
Aproveite o verão, mas não se esqueça: a
proteção vale para o ano todo.
Por Fernanda Fragata
Fonte Época Online